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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

CIENTISTAS REVELAM A FACE DE JESUS CRISTO



JESUS NÃO TINHA ESTA APARENCIA !!


Reprodução


Especialista forense revela a verdadeira aparência de Jesus Cristo


(Foto: Reprodução)
Foto: Reprodução)

Representado na arte cristã como um homem branco de cabelos longos e castanhos, Jesus Cristo na realidade pode ter sido bem diferente dessa visão. Segundo um especialista forense, o filho de Deus teria pele mais escura, cabelo curto e encaracolado. 

O artista Richard Neave conseguiu recriar a face de Jesus estudando crânios com técnicas forenses. No resultado final, Cristo aparece com um rosto largo, olhos castanhos, uma espessa barba e a pele bronzeada. 

(Foto: Divulgação / Daily Mail)(Foto: Divulgação / Daily Mail)



 
Estas características seriam provavelmente típicas dos judeus da região da Galileia, ao norte de Israel no Oriente Médio. Sem descrições de sua aparência no Novo Testamento da Bíblia ou desenhos antigos, historiadores e cientistas sempre debateram como seria de fato a fisionomia do filho de Deus.

Além disso, nenhum esqueleto ou restos mortais foram encontrados para estudar o DNA de Cristo. Desta forma, Neave analisou diversos cadáveres encontrados na região por onde Jesus passou e recriou o rosto do homem padrão que viveu no mesmo tempo que ele. Segundo o norte-americano, o modelo é muito mais preciso do que qualquer pintura feita por grandes mestres da arte ao longo da história.  
(Foto: Divulgação / Daily Mail)(Foto: Divulgação / Daily Mail)
A técnica utiliza dados culturais e arqueológicos, assim como métodos similares aos usados para solucionar crimes hoje em dia. De acordo com o cientista, eventos descritos no Jardim Getsêmani, texto do Novo Testamento no evangelho de Mateus, mostram que Jesus se assemelhava muito aos seus discípulos. 

Diante disso, Neave analisou três crânios de galileus semitas da época encontrados por arqueólogos isralenses para traçar um padrão entre eles. Eles utilizaram tomografias computadorizadas para recriar verdadeiras fatias dos crânios para descobrir detalhes que compõem a face de cada indivíduo.

Com ajuda de programas, conseguiram calcular as medidas do crânio e como os músculos e a pele se apresentavam na face. Características como a cor dos olhos, do cabelo não puderam ser analisadas desta forma, os pesquisadores apelaram para registros da cultura judaica da época e citações na Bíblia, buscando padrões estéticos encontrados comumente entre as pessoas. 

FONTE: 

ASAS PARA VOAR




Se queremos voar é

preciso que nossas asas 

estejam prontas...



Se queremos voar é preciso que nossas asas estejam prontas...


A Natureza é sábia... 
e respeita os ciclos da vida-morte-vida... 

saber que tem 

um tempo de semear, 
um tempo de espera onde não podemos ver 
o que está acontecendo debaixo da terra 
com aquela sementinha, 

um tempo de brotar, florescer... 
dar frutos e depois virar semente de novo... 
reduziria em muito nosso problemas, 

mas quase nunca fazemos isso... 
quase nunca temos tempo de observar e
 cumprir os ciclos naturais da vida...



O mundo agitado, cheio de regras, agendas e horas marcadas, afasta-nos cada vez mais do ciclo natural e simples que fomos criados para respeitar...

No último dia de Novembro, abri o Facebook e tinha uma postagem daquelas que eles colocam recordando o que você postou nesse dia há alguns anos... Nesse dia era uma abelha com uma frase... "A abelha fazendo o mel, vale o tempo que não voou".
Repeti a postagem e à tarde fui terminar um desenho que estava fazendo...

Depois de pronto, resolvi colocar no meu Face com uma frase que tivesse a ver com a ilustração. Lembrei-me de um texto que escrevi sobre sair do casulo e fui buscar esse texto porque pensei que ali teria algo relacionado àquela imagem, que era de algumas borboletas de cor laranja e uma mulher com uma roupa que lembrava borboleta... saindo do casulo.

Enquanto procurava o texto, encontrei em um outro uma frase que achei perfeita para a imagem e optei por ela...
"Em um segundo de clareza, o casulo se abriu e eu voei..."
Só então me dei conta como a frase da abelha e essa da borboleta pareciam indicar um movimento, um ciclo de recolhimento para criar, que terminava, para o início de um movimento de voar...
E, alguns dias depois, esse movimento se refletiu na minha realidade com tanta nitidez, como se eu realmente tivesse saído do casulo...
E estava tão mais ativa e aberta para as coisas que não teve como não perceber que uma grande mudança realmente tinha acontecido.

Entendi que os ciclos são todos ricos e nos trazem ensinamentos preciosos... o tempo onde a abelha não voa e faz o mel é um tempo necessário e produtivo, assim como a borboleta que ainda está no casulo está se preparando, construindo-se no tempo certo para que as asas necessárias para o voo estejam prontas para esse momento de liberdade e de alegria.
Nas nossas vidas, precisamos do recolhimento dos mergulhos para dentro para criar os frutos que depois vamos compartilhar. Não tem como apressar o rio e nem como conter... tudo tem o tempo certo, para que as coisas aconteçam com simplicidade e sem esforço.

E me vendo nesse novo movimento pareço outra pessoa e coisas que antes eram difíceis e que requeriam grande esforço, agora, fluem com muita facilidade. Na verdade, entendo que sou a mesma pessoa em ciclos diferentes...

Essa vida tão agitada, muitas vezes nos faz apressar os ciclos ou tentar voar quando as asas ainda não estão prontas... parece que nos cobram resultados em curto espaço de tempo onde nossas criações não podem se completar naturalmente... A natureza com sua sabedoria mágica está sempre nos inspirando... e nossa Alma sabe o caminho, mas nossa personalidade tenta apressar tudo, atropelando o que é natural para se adequar a uma sociedade doente.
Se queremos voar é preciso que nossas asas estejam prontas...

Escrito por: Rubia A. Dantés 

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

SOMOS FERRAMENTAS DE DEUS




É Tempo de ser instrumento

nas mãos do Mestre



Existe uma Consciência Superior que guia nossas ações?



Muitas vezes não percebemos como
 podemos ser um instrumento nas
 mãos do Mestre. 

Temos a ideia que Deus só faz coisas grandiosas por meio de pessoas extraordinárias. 
Todavia, a Bíblia nos traz vários exemplos de pessoas comuns, que foram grandemente usadas para impactar positivamente a sociedade. 
Deus chama pessoas de todos os níveis e lugares para serem instrumentos nas Suas mãos. 
Cada um tem o seu jeito de falar, agir e ser;
assim, o Mestre consegue atingir todos tipos de personalidades em todos os espaços possíveis, por mais diferentes que sejam. 
Pela misericórdia do Mestre, Ele me fez pastor e pregador de Sua Palavra; portanto, cabe a mim levar a Sua mensagem de salvação. Você também foi chamado para propagar Cristo: da maneira que você é, no seu meio, do seu jeito, com a sua linguagem; talvez até com um vocabulário limitado, sem muita instrução, mas nada poderá impedir você de ser um instrumento nas mãos do Senhor. Será sempre dessa forma que as pessoas vão entender, aceitar, acolher e serem transformadas pelo poder de Deus através da instrumentalidade da tua vida.
Todos os crentes podem e devem ser verdadeiros instrumentos nas mãos do Mestre. 
Não é necessário que todos os crentes sejam o mesmo tipo de instrumento e venham a servir o Mestre da mesma forma; entretanto, todos tem o privilégio e a responsabilidade como cristão de se tornar o melhor instrumento possível. 
Para isso precisamos permitir que o grande Mestre venha nos usar da maneira que lhe aprouver. 
Você foi chamado e capacitado para se unir com outros irmãos a fim de ser usado por Deus de forma ilimitada, numa esfera de ação profunda, a ponto de fazer a diferença e contribuir muito mais em prol do estabelecimento do reino de Deus na Terra. 
Nada se compara ao prazer de sermos instrumentos nas mãos de nosso grande Mestre. 
Você precisa compreender a dimensão deste valor, pois como instrumento você foi escolhido para anunciar a Palavra e manifestar a graça de Jesus e a Sua misericórdia a todo o mundo. 
Você é o instrumento escolhido para levar os perdidos aos pés do Senhor Jesus.
Nilton dos Santos
por Nilton dos Santos
Pastor Presidente da ADblu e vice presidente da CIADESCP. Atuou por 12 anos como missionário no Norte de Minas Gerais e pastoreou diversas igrejas no estado de Santa Catarina. Cursou o IBAD, EETAD e também se formou como bacharel em Teologia pela FAETEB

domingo, 13 de dezembro de 2015

LIVRE-SE AGORA DE PENSAR COMO POBRE



6 pensamentos pobres que te impedem de ser rico

Frases aparentemente inofensivas podem fazer toda a diferença quando se trata de acumular riqueza. Saiba quais são elas
© Ingram Publishing/Thinkstock 
Frases aparentemente inofensivas podem fazer toda a diferença quando
 se trata de acumular riqueza. Saiba quais são elas



São Paulo - Pensamentos aparentemente inofensivos podem se revelar extremamente prejudiciais quando o objetivo é enriquecer. 
São ideias que se relacionam direta ou indiretamente com o dinheiro ao tratarem sobre conceitos de riqueza ou sobre seu trabalho e cotidiano.  
A mera atitude de refletir sobre esses pensamentos já pode ser um grande passo para aumentar seu patrimônio.
Steven Siebold, autor do livro "How Rich People Think" (Como os ricos pensam, em tradução livre), aponta, em artigo para o site Business Insider, que mudar a ideia que uma pessoa tem sobre o dinheiro não é suficiente, por si só, para torná-la mais rica. Mas é, certamente, um impulso para que ela passe a trilhar esse caminho.

Veja abaixo 
seis pensamentos recorrentes que
 podem prejudicar as finanças:



1 = "Minha casa é o meu maior bem”

A visão de que a casa própria é o bem que mais pode gerar valor é falsa. O imóvel não costuma trazer apenas rendimentos ao proprietário, mas também diversos custos, seja com os juros do financiamento, impostos ou reformas.
É preferível encarar o imóvel mais como um tipo de garantia ou seguro e concentrar esforços em investimentos que geram mais renda do que despesas, aponta o autor americano Robert Kiyosaki, no best seller "Pai rico, pai pobre".
Segundo o escritor, ao mesmo tempo em que o investidor deve buscar aumentar o volume de dinheiro aplicado nesses investimentos, ele deve ficar atento para manter as despesas sob controle. Dessa forma, em pouco tempo ele conseguirá diversificar aplicações e ter acesso a investimentos mais sofisticados (veja os sete erros mais evitados pelos ricos ao investir).

2 = “Ou sou rico ou sou feliz”

Outro pensamento recorrente é o de que não é possível acumular dinheiro e ser feliz ao mesmo tempo, já que, para criar riqueza, seria necessário cortar gastos com lazer, por exemplo.
Mas não é preciso, necessariamente, passar por grandes privações financeiras para construir um patrimônio sólido. Dá para economizar e, ao mesmo tempo, passar bons momentos com a família, diz a educadora financeira Cássia D´Aquino. "Para isso, basta gastar o dinheiro de maneira mais inteligente" (veja 7 dicas práticas para revolucionar suas finanças). 
Para Cássia, o mais importante é sempre ponderar como cada gasto pode impactar seus objetivos financeiros. "O investidor pode até resolver fazer uma viagem. Mas é necessário ter consciência de que, posteriormente, precisará economizar mais ou arranjar outras formas de aumentar sua renda para conquistar o seu objetivo."

3 = “Não consigo comprar isso”

Dizer para si mesmo que uma determinada aquisição ou investimento está fora do alcance é um pensamento realista, mas que pode causar acomodação.
Em vez de dizer essa frase, no livro  "Pai rico, pai pobre" Kiyosaki sugere que ela seja adaptada para: “Como posso adquirir isso?". O objetivo dessa mudança de pensamento não é incentivar o consumo, mas, sim, maneiras de ganhar ou economizar mais dinheiro, que façam com que as compras passem a caber no orçamento.

4 = “Farei isso amanhã”

A procrastinação pode ser extremamente nociva quando o assunto é dinheiro. Não há um momento certo para começar a poupar e investir, principalmente se o objetivo é ter uma aposentadoria tranquila. Quanto mais cedo for iniciada uma aplicação financeira, maior será a sua rentabilidade, ainda que o volume de recursos seja, inicialmente, limitado.
Como existem diversas alternativas de investimentos hoje no mercado com aportes iniciais baixos, não há desculpas para não começar a investir hoje. Um exemplo é o Tesouro Direto. O sistema de compra e venda de títulos públicos aceita aplicações a partir de 30 reais (investir no Tesouro Direto é mais barato do que ir ao cinema). 
Mesmo quem precisa quitar dívidas antes de começar a investir pode desde já concentrar esforços em ampliar os conhecimentos sobre planejamento financeiro






5 = “Nunca serei rico”

O pensamento de que ser rico é algo que está fora do controle e depende de sorte é uma maneira inconsciente de evitar o desafio de acumular dinheiro, diz Cássia D´Aquino. "Como não há nada que se possa fazer para atingir esse objetivo, seguindo essa ideia, o jeito é gastar o dinheiro. Mas sabemos que isso não é verdade" (veja os fatores que levam à riqueza, de acordo com milionários). 
Para ter sucesso nas finanças, é necessário se comprometer com o objetivo, segundo o americano Steven Siebold. Para o autor, ele mesmo um milionário, a receita para acumular riqueza reúne, além de muito esforço, foco, coragem e conhecimento.


6 = “Eu odeio o meu emprego”

Agarrar-se a um emprego que não traz prazer e viver pensando na aposentadoria certamente não deixará ninguém mais rico. As chances de obter a motivação necessária para acumular dinheiro, nesse caso, são reduzidas.
Enquanto para muitas pessoas a paixão é uma consequência do esforço, milionários tendem a pensar que gostar do que se faz é o que, na verdade, dá impulso ao esforço, diz Siebold.
Para o estudioso do comportamento dos milionários, o importante é pensar que é possível acumular riqueza fazendo o que se ama. "Em vez de gastar energias maldizendo o emprego, é preferível canalizá-las para buscar um emprego que traga mais incentivos".



FONTE:


sábado, 12 de dezembro de 2015

MEDITAÇÃO e REJUVENESCIMENTO DO CEREBRO


Meditação frequente faz com que o cérebro fique mais atento e funcional




Estudo mostra que adeptos da prática 
usam menos áreas do cérebro para 
desempenhar mesmas tarefas que 
pessoas que não meditam



Cabeça zen. 
Bombardeio de estímulos causa 
dificuldade de focar numa tarefa e 
executá-la do início ao fim, 
segundo a pesquisadora 

Eliaria Andrade


RIO - A pesquisadora Elisa Kozasa, do Instituto do Cérebro do Hospital Israelita Albert Einstein, é bióloga com pós-doutorado em Psicobiologia pela Unifesp e descobriu que a prática regular de meditação “economiza” neurônios porque mantém o foco em exercícios de atenção. Praticante de aikido há 32 anos, ela acredita que o grande trunfo seja relaxar em momentos de estresse.

De acordo com sua pesquisa, pessoas que meditam usam menos neurônios para executar as mesmas tarefas. É como se estas pessoas “economizassem” o cérebro?
Sim, entre aspas seria isso sim. Essas pessoas recrutam menos áreas cerebrais para executar as mesmas tarefas de atenção. É como se as pessoas que meditassem regularmente tivessem um cérebro mais eficiente para desempenhar estas tarefas.

Como isso acontece?
As práticas de meditação geralmente desenvolvem treinamento de foco de atenção, uma atenção sustentada. A gente interpreta que pessoas que praticam meditação com regularidade têm essa habilidade mais desenvolvida, fica mais fácil manter a atenção sustentada durante a tarefa de atenção.O estudo usou ressonância magnética funcional por imagem para avaliar diferenças no cérebro de 20 meditadores e 19 não meditadores combinados por idade, sexo e nível de escolaridade. Os não meditadores mostraram maior atividade cerebral (giro frontal medial direito, giro médio temporal, giros pré e pós central, núcleo lentiforme) durante a execução das tarefas.

Qualquer pessoa consegue chegar a esse nível?
Nossa amostra era de gente como a gente. Havia duas pessoas com vida monástica, mas os meditadores da amostra tinham no mínimo três anos de prática constante: por 30 minutos, três vezes por semana, numa média de oito anos de tempo de meditação. E essa amostra foi suficiente para ver essa diferença entre meditadores e não meditadores. Esse artigo ficou como o mais baixado da revista “Neuroimage” por quase cinco meses. Ficamos bastante felizes e um tanto surpresos com o fato de um artigo sobre meditação despertar tanto interesse.

O estudo usou alguma técnica específica de meditação?
Fizemos o teste com pessoas de diferentes técnicas que meditavam regularmente. Acreditamos que exista um mecanismo similar entre as práticas — é claro que há diferenças entre elas também, mas mais específicas — que, em termos de atenção, funcionam de maneira similar. No estudo havia pessoas de meditação zen, de diferentes tradições budistas, praticantes de ioga que faziam práticas meditativas também, de mindfulness, que é uma técnica de atenção plena que está bastante na moda. No outro grupo havia pessoas que nunca tiveram regularidade na prática de meditação.

Em que áreas os resultados do estudo podem ser aplicados?
O teste que usamos envolve atenção e controle de impulsos (Stroop Word-Colour Task — SWCT), em que aparece uma palavra verde pintada de vermelho, e a pessoa tem que escolher a cor vermelha, por exemplo. É um teste que exige manter atenção e inibir a tendência de ler a palavra em vez de escolher a cor. Observamos um potencial de atenção sustentada em quem pratica meditação. Hoje se fala muito em déficit de atenção, imaginamos que a prática de meditação pode ajudar as pessoas em vários setores da vida profissional, pode ser útil para atletas. O controle de impulsos é importante para regulação emocional, na área de saúde mental as práticas meditativas são bastante estudadas e podem ser úteis.

As áreas do cérebro relacionadas no estudo têm a ver com atenção, controle e comportamento. É possível que a meditação seja uma solução no tratamento de ansiedade ou vício em drogas, problemas ligados a esse controle do cérebro?
Essa experiência mostra sim, que se pode regular impulsos porque o SWCT é um teste de atenção e controle de impulsos. Já existe atualmente um protocolo de prevenção a recaídas para usuários de drogas que envolve meditação junto com terapias cognitivas.
Os resultados desse trabalho têm muito a ver com uma forma de tratamento para a vida que estamos levando atualmente, com tantos estímulos...
O grande problema é que somos bombardeados constantemente por estímulos, e isso faz com que tenhamos dificuldade de focar numa tarefa, iniciá-la e cumpri-la, tendo em vista a quantidade de estimulações que a gente recebe durante o dia. Esse treinamento de atenção da meditação não é aquela atenção com tensão física, é uma atenção relaxada. Aliás, um dos pontos importantes da meditação é a prática informal. A prática formal é quando a pessoa senta para praticar a meditação, em uma determinada postura, usando uma determinada técnica. Mas o mais importante é que a pessoa consiga resgatar esse momento durante o dia, no que faz, no que fala, na maneira de se alimentar, tudo no sentido de procurar ter uma vida melhor, isso é o mais importante.

A senhora acha que a chamada Geração Y, criada a partir de tantos estímulos, lida com isso de uma forma diferente?
Eu não trabalho com essa área de desenvolvimento, mas imagino — mais opinião que algo que eu tenha estudado, porque não é a minha área — que possam existir diferenças entre pessoas que já cresceram num ambiente de alto nível de estimulação, e pessoas que tiveram outro tipo de vida, mas seria necessário fazer um estudo longitudinal, acompanhando desde a infância o que pode estar acontecendo com o cérebro dessas pessoas para comprovar essa tese.

Como surgiu seu interesse pela meditação?

Eu tive o primeiro contato quando comecei a praticar aikido, a arte marcial japonesa com ênfase nos estados mais meditativos. No aikido o praticante se utiliza desses estados para realizar movimentos. Comecei a praticar com 12 anos e hoje, com 44 anos, sou instrutora, ou seja, tenho mais tempo treinando aikido que não treinando. Sem dúvida, observei isso em mim e em grandes mestres de artes marciais que têm essa habilidade meditativa de conseguir relaxar sob ataque, sob estresse. Isso diferencia um bom artista marcial de um mediano.

A senhora acha que no futuro a meditação estará mais presente no nosso cotidiano?
Já está. Em São Paulo, até as unidades públicas de saúde oferecem práticas de ioga, meditação e tai chi chuan, por exemplo. Hoje não há um clube ou academia que não ofereça aula de ioga, que também envolve práticas meditativas. Isso já faz parte do cotidiano de boa parte da população, e o interesse é cada vez maior, infelizmente, por questões de estresse tão comuns em centros urbanos. Um estudo recente apontou que 30% das pessoas da megalópole de São Paulo atingiram critérios de diagnóstico de transtorno mental.

FONTE:
JORNAL O GLOBO POR VIVIANE NOGUEIRA 19/01/2013 14:00

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

ATEUS NO BRASIL




A dura vida dos ateus 

em um Brasil cada vez

 mais evangélico







A parábola do taxista e a intolerância. 


Reflexão a partir de uma conversa no trânsito de São Paulo. 


A expansão da fé evangélica está mudando “o homem 

cordial”?


ELIANE BRUM


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O diálogo aconteceu entre uma jornalista e um taxista na última sexta-feira. 
Ela entrou no táxi do ponto do Shopping Villa Lobos, em São Paulo, por volta das 19h30. 
Como estava escuro demais para ler o jornal, como ela sempre faz, puxou conversa com o motorista de táxi, como ela nunca faz. 
Falaram do trânsito (inevitável em São Paulo) que, naquela sexta-feira chuvosa e às vésperas de um feriadão, contra todos os prognósticos, estava bom. 
Depois, outro taxista emparelhou o carro na Pedroso de Moraes para pedir um “Bom Ar” emprestado ao colega, porque tinha carregado um passageiro “com cheiro de jaula”. 
Continuaram, e ela comentou que trabalharia no feriado. Ele perguntou o que ela fazia. “Sou jornalista”, ela disse. E ele: “Eu quero muito melhorar o meu português. Estudei, mas escrevo tudo errado”. Ele era jovem, menos de 30 anos. “O melhor jeito de melhorar o português é lendo”, ela sugeriu. “Eu estou lendo mais agora, já li quatro livros neste ano. Para quem não lia nada...”, ele contou. “O importante é ler o que você gosta”, ela estimulou. “O que eu quero agora é ler a Bíblia”. Foi neste ponto que o diálogo conquistou o direito a seguir com travessões.
 - Você é evangélico? – ela perguntou.
 - Sou! – ele respondeu, animado.
 - De que igreja?
 - Tenho ido na Novidade de Vida. Mas já fui na Bola de Neve.
- Da Novidade de Vida eu nunca tinha ouvido falar, mas já li matérias sobre a Bola de Neve. É bacana a Novidade de Vida?
- Tou gostando muito. A Bola de Neve também é bem legal. De vez em quando eu vou lá.
- Legal.
- De que religião você é?
- Eu não tenho religião. Sou ateia.
- Deus me livre! Vai lá na Bola de Neve.
- Não, eu não sou religiosa. Sou ateia.
- Deus me livre!
- Engraçado isso. Eu respeito a sua escolha, mas você não respeita a minha.
- (riso nervoso).
- Eu sou uma pessoa decente, honesta, trato as pessoas com respeito, trabalho duro e tento fazer a minha parte para o mundo ser um lugar melhor. Por que eu seria pior por não ter uma fé?
- Por que as boas ações não salvam.
- Não?
- Só Jesus salva. Se você não aceitar Jesus, não será salva.
- Mas eu não quero ser salva.
- Deus me livre!
- Eu não acredito em salvação. Acredito em viver cada dia da melhor forma possível.
- Acho que você é espírita.
- Não, já disse a você. Sou ateia.
- É que Jesus não te pegou ainda. Mas ele vai pegar.
- Olha, sinceramente, acho difícil que Jesus vá me pegar. Mas sabe o que eu acho curioso? Que eu não queira tirar a sua fé, mas você queira tirar a minha não fé. Eu não acho que você seja pior do que eu por ser evangélico, mas você parece achar que é melhor do que eu porque é evangélico. Não era Jesus que pregava a tolerância?
- É, talvez seja melhor a gente mudar de assunto...

O taxista estava confuso. 
A passageira era ateia, mas parecia do bem. 
Era tranquila, doce e divertida. 
Mas ele fora doutrinado para acreditar que um ateu é uma espécie de Satanás. 
Como resolver esse impasse?
 (Talvez ele tenha lembrado, naquele momento, que o pastor avisara que o diabo assumia formas muito sedutoras para roubar a alma dos crentes. Mas, como não dá para ler pensamentos, só é possível afirmar que o taxista parecia viver um embate interno: ele não conseguia se convencer de que a mulher que agora falava sobre o cartão do banco que tinha perdido era a personificação do mal.)
Chegaram ao destino depois de mais algumas conversas corriqueiras. Ao se despedir, ela agradeceu a corrida e desejou a ele um bom fim de semana e uma boa noite. Ele retribuiu. E então, não conseguiu conter-se:
- Veja se aparece lá na igreja! – gritou, quando ela abria a porta.
- Veja se vira ateu! – ela retribuiu, bem humorada, antes de fechá-la.
Ainda deu tempo de ouvir uma risada nervosa.  
A parábola do taxista me faz pensar em como a vida dos ateus poderá ser dura num Brasil cada vez mais evangélico – ou cada vez mais neopentecostal, já que é esta a característica das igrejas evangélicas que mais crescem. 
O catolicismo – no mundo contemporâneo, bem sublinhado – mantém uma relação de tolerância com o ateísmo. Por várias razões. 
Entre elas, a de que é possível ser católico – e não praticante. 
O fato de você não frequentar a igreja nem pagar o dízimo não chama maior atenção no Brasil católico nem condena ninguém ao inferno. Outra razão importante é que o catolicismo está disseminado na cultura, entrelaçado a uma forma de ver o mundo que influencia inclusive os ateus. Ser ateu num país de maioria católica nunca ameaçou a convivência entre os vizinhos. Ou entre taxistas e passageiros.
Já com os evangélicos neopentecostais, caso das inúmeras igrejas que se multiplicam com nomes cada vez mais imaginativos pelas esquinas das grandes e das pequenas cidades, pelos sertões e pela floresta amazônica, o caso é diferente. 
E não faço aqui nenhum juízo de valor sobre a fé católica ou a dos neopentecostais. 
Cada um tem o direito de professar a fé que quiser – assim como a sua não fé. Meu interesse é tentar compreender como essa porção cada vez mais numerosa do país está mudando o modo de ver o mundo e o modo de se relacionar com a cultura. Está mudando a forma de ser brasileiro.

Por que os ateus são uma ameaça 
às novas denominações evangélicas? 

Porque as neopentecostais – e não falo aqui nenhuma novidade – são constituídas no modo capitalista. 
Regidas, portanto, pelas leis de mercado. 
Por isso, nessas novas igrejas, não há como ser um evangélico não praticante. 
É possível, como o taxista exemplifica muito bem, pular de uma para outra, como um consumidor diante de vitrines que tentam seduzi-lo a entrar na loja pelo brilho de suas ofertas. 
Essa dificuldade de “fidelizar um fiel”, ao gerir a igreja como um modelo de negócio, obriga as neopentecostais a uma disputa de mercado cada vez mais agressiva e também a buscar fatias ainda inexploradas. 
É preciso que os fiéis estejam dentro das igrejas – e elas estão sempre de portas abertas – para consumir um dos muitos produtos milagrosos ou para serem consumidos por doações em dinheiro ou em espécie. O templo é um shopping da fé, com as vantagens e as desvantagens que isso implica.
É também por essa razão que a Igreja Católica, que em períodos de sua longa história atraiu fiéis com ossos de santos e passes para o céu, vive hoje o dilema de ser ameaçada pela vulgaridade das relações capitalistas numa fé de mercado. 
Dilema que procura resolver de uma maneira bastante inteligente, ao manter a salvo a tradição que tem lhe garantido poder e influência há dois mil anos, mas ao mesmo tempo estimular sua versão de mercado, encarnada pelos carismáticos. 
Como uma espécie de vanguarda, que contém o avanço das tropas “inimigas” lá na frente sem comprometer a integridade do exército que se mantém mais atrás, padres pop star como Marcelo Rossi e movimentos como a Canção Nova têm sido estratégicos para reduzir a sangria de fiéis para as neopentecostais. Não fosse esse tipo de abordagem mais agressiva e possivelmente já existiria uma porção ainda maior de evangélicos no país.
Tudo indica que a parábola do taxista se tornará cada vez mais frequente nas ruas do Brasil – em novas e ferozes versões. Afinal, não há nada mais ameaçador para o mercado do que quem está fora do mercado por convicção. E quem está fora do mercado da fé? Os ateus. É possível convencer um católico, um espírita ou um umbandista a mudar de religião. Mas é bem mais difícil – quando não impossível – converter um ateu. Para quem não acredita na existência de Deus, qualquer produto religioso, seja ele material, como um travesseiro que cura doenças, ou subjetivo, como o conforto da vida eterna, não tem qualquer apelo. Seria como vender gelo para um esquimó.
Tenho muitos amigos ateus. E eles me contam que têm evitado se apresentar dessa maneira porque a reação é cada vez mais hostil. Por enquanto, a reação é como a do taxista: “Deus me livre!”. Mas percebem que o cerco se aperta e, a qualquer momento, temem que alguém possa empunhar um punhado de dentes de alho diante deles ou iniciar um exorcismo ali mesmo, no sinal fechado ou na padaria da esquina. Acuados, têm preferido declarar-se “agnósticos”. Com sorte, parte dos crentes pode ficar em dúvida e pensar que é alguma igreja nova.
Já conhecia a “Bola de Neve” (ou “Bola de Neve Church, para os íntimos”, como diz o seu site), mas nunca tinha ouvido falar da “Novidade de Vida”. Busquei o site da igreja na internet. Na página de abertura, me deparei com uma preleção intitulada: “O perigo da tolerância”. O texto fala sobre as famílias, afirma que Deus não é tolerante e incita os fiéis a não tolerar o que não venha de Deus. Tolerar “coisas erradas” é o mesmo que “criar demônios de estimação”. Entre as muitas frases exemplares, uma se destaca: “Hoje em dia, o mal da sociedade tem sido a Tolerância (em negrito e em maiúscula)”. Deus me livre!, um ateu talvez tenha vontade de dizer. Mas nem esse conforto lhe resta.
Ainda que o crescimento evangélico no Brasil venha sendo investigado tanto pela academia como pelo jornalismo, é pouco para a profundidade das mudanças que tem trazido à vida cotidiana do país. As transformações no modo de ser brasileiro talvez sejam maiores do que possa parecer à primeira vista. Talvez estejam alterando o “homem cordial” – não no sentido estrito conferido por Sérgio Buarque de Holanda, mas no sentido atribuído pelo senso comum.
Me arriscaria a dizer que a liberdade de credo – e, portanto, também de não credo – determinada pela Constituição está sendo solapada na prática do dia a dia. Não deixa de ser curioso que, no século XXI, ser ateu volte a ter um conteúdo revolucionário. Mas, depois que Sarah Sheeva, uma das filhas de Pepeu Gomes e Baby do Brasil, passou a pastorear mulheres virgens – ou com vontade de voltar a ser – em busca de príncipes encantados, na “Igreja Celular Internacional”, nada mais me surpreende.
Se Deus existe, que nos livre de sermos obrigados a acreditar nele. 
Eliane Brum, jornalista, escritora e documentarista (Foto: ÉPOCA)ELIANE BRUMJornalista, escritora e
documentarista. Ganhou mais
de 40 prêmios nacionais e
internacionais de reportagem.
É autora de um romance -
Uma Duas (LeYa) - e de três
livros de reportagem: Coluna
Prestes – O Avesso da Lenda
(Artes e Ofícios), A Vida Que
Ninguém Vê
 (Arquipélago
Editorial, Prêmio Jabuti 2007)
e O Olho da Rua (Globo).
E codiretora de dois
documentários: Uma História
Severina e Gretchen Filme
Estrada.
elianebrum@uol.com.br
@brumelianebrum 

FONTE:

REVISTA EPOCA