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terça-feira, 1 de março de 2016

ANTIDEPRESSIVOS



O que a venda crescente de antidepressivos 

revela sobre a nossa sociedade?



ANTIDEPRESSIVE

A carioca Cátia Moraes tinha 37 anos e, mesmo sem motivo aparente, começou a se sentir tomada pela angústia. 
A escritora procurou ajuda na psicanálise e levou um ano para ter coragem de perguntar se tinha depressão.
A doença era uma velha conhecida. 
Por causa dela, seu pai tinha parado de trabalhar quando ela era criança. 
“Foi como se ele tivesse sido roubado de nós”, diz.

Ela continuou com a terapia, mas não era suficiente. “As coisas foram muito difíceis até que aceitei o transtorno e o medicamento.” Melhorou em duas semanas e, após quatro meses, sentiu-se pronta para deixar os remédios. Conversou com o médico e decidiu tentar. Mas, cerca de um ano depois, a depressão voltou. Ela retomou a medicação e não a deixou mais.
“Tive que encarar meu bicho-papão. Foi muito doloroso e também uma libertação”, conta ela, que, hoje com 55 anos, é autora do livro Eu Tomo Antidepressivo, Graças a Deus (Best Seller).
Casos como o de Cátia são um exemplo de como os antidepressivos, quando bem indicados, podem devolver uma pessoa a si mesma e, com isso, sua vontade de viver e capacidade de interagir socialmente. Eles agem sobre as catecolaminas internas, neurotransmissores que equilibram o humor e são responsáveis pela sensação de prazer, bem-estar e energia.
O primeiro antidepressivo foi lançado nos anos 1950 com alguma hesitação – a doença era ainda pouco conhecida, e a esquizofrenia, que acometia 1% da população, prometia ter mais mercado.
Cerca de meio século depois, aqui estamos: segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão atinge 350 milhões de pessoas, principalmente mulheres (é duas vezes mais comum entre elas). Quer dizer, um em cada 20 habitantes do planeta sofre desse mal, que está relacionado ao aumento de infartos, à incidência de doenças autoimunes e ao suicídio, causa de quase 1 milhão de mortes por ano no mundo.
O número expressivo de pacientes, associado às graves consequências, se reflete na venda de antidepressivos e estabilizadores de humor: em 2015, foram vendidos quase 55 milhões de caixas desses medicamentos, 11,6% a mais que no ano anterior, segundo a IMS Health do Brasil, empresa de pesquisa e conteúdo para a indústria farmacêutica. Para efeito de comparação, no mesmo período, a venda de antibióticos subiu 3,5%.
A tendência se repete mundo afora: um estudo publicado em 2013 pela revista científica PLoSone mostrou que, entre 1995 e 2009, o uso de antidepressivos na Europa aumentou, em média, 20% ao ano, enquanto a taxa de crescimento populacional dificilmente ultrapassa 1%.
“Houve, sem dúvida, um aumento dos que têm acesso a diagnóstico e tratamento”, avalia Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria. Mas não é só. O abuso é latente.
A própria OMS aponta que, em todo o mundo, muita gente que não precisa recebe a prescrição. “Há médicos de outras especialidades que receitam indiscriminadamente, sem conhecer a depressão nem os remédios. E também psiquiatras que os prescrevem para quem não tem depressão, mas está triste ou desanimado”, alerta o psiquiatra Dartiu Xavier, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Foi uma ginecologista que fez a prescrição para a coordenadora financeira Anna Carolina de Castro, 30 anos, do Rio de Janeiro. “Em uma consulta, comentei que minha separação estava difícil e ela me receitou fluoxetina.” Anna não gostou do efeito. “Não sentia tristeza, mas também não sentia alegria.” Ela parou com a medicação após dois meses. “As emoções são importantes”, acredita.
A desinformação – tanto de leigos quanto de profissionais – leva ao extremo da glamourização dos antidepressivos, um dos grandes motores do abuso. Assim, quando não é o médico que prescreve sem tanto critério, há pacientes que correm aos consultórios atrás de uma receita das chamadas “pílulas da felicidade” para lidar com um contratempo ou decepção.
“Isso é frequente. As pessoas acham que vão resolver todos os problemas com a medicação, o que não é verdade”, alerta Xavier. Não à toa, a venda desses remédios rendeu 3 bilhões de reais à indústria farmacêutica no Brasil no ano passado.
O risco é que, mal indicado, o antidepressivo pode mascarar um problema real (por exemplo, hipotireoidismo) e ainda roubar a chance de se conhecer melhor e aprender a lidar com situações difíceis, que, às vezes, podem ser vencidas sem aditivos químicos. “Há pessoas capazes de sair desse estado por si mesmas, com terapia, e as que necessitam dos comprimidos. Deve-se estudar caso a caso”, alerta a psiquiatra e psicanalista Elisa Alvarenga, membro da Escola Brasileira de Psicanálise.
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“Sem o medicamento, o paciente muitas vezes adquire um saber sobre como lidar com o sofrimento”, avalia.
Além da terapia, vários estudos mostram relação direta entre saúde mental e atividade física. Um deles, da Duke University, nos Estados Unidos, concluiu que a prática de exercícios aeróbicos ao menos três vezes por semana possui efeitos poderosos contra a depressão.
“Tenho pacientes que, por problemas de saúde, não podem tomar o remédio e, como uma alternativa de tratamento, melhoram com o exercício”, diz Xavier. De novo, como acontece com a terapia e com os remédios, a atividade física não é resposta para todos. Até porque exige comprometimento e disciplina de quem, por causa da doença, às vezes mal consegue realizar as tarefas diárias básicas.
“Para encontrar o tratamento adequado, o deprimido precisa ser devidamente examinado e compreendido”, explica Xavier. “Há estudos mostrando que participar de um grupo de ajuda e fazer sexo também muda o nível de dopamina no cérebro. A nossa orientação é que as pessoas tenham uma vida equilibrada.”
Outro fator que não pode ser desprezado são os efeitos colaterais causados pelos remédios, que variam conforme o princípio ativo e o organismo. Entre eles, perda de libido, alterações de peso e dor de cabeça.
Desconhecimento amplo
Na outra ponta do abuso, estão os também numerosos casos de pacientes que precisam dos comprimidos e não chegam nem ao diagnóstico correto. Segundo a OMS, menos da metade das pessoas afetadas pela depressão recebe tratamento adequado. Entre as barreiras enfrentadas, estão a falta de recursos e o estigma social que ainda cerca o quadro.
“O preconceito muitas vezes impede que se procure o profissional especializado”, afirma Doris Moreno, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.
Em geral, a depressão é causada pela combinação de fatores genéticos e externos. A morte de alguém próximo, por exemplo. O diagnóstico é feito por identificação de sintomas, como perda de interesse e mudanças no apetite e no sono. “Mas não dá para resolver só com um questionário: os sinais podem parecer anemia, hipotireoidismo...”, diz Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria.
A análise aprofundada, com atenção ao contexto e às ferramentas de cada paciente, é sem dúvida uma das armas mais valiosas no combate à medicalização desnecessária. E com ela a consciência de que o caminho para o controle da depressão ocorre na esfera do individual, do particular, do único.
“Eu me perguntava: é um problema químico ou físico? É preciso uma cura química ou filosófica?”, conta o americano Andrew Solomon, autor do premiado O Demônio do Meio-Dia (Companhia das Letras), sobre a depressão. “E não conseguia encontrar uma resposta. Até que entendi que não estamos suficientemente avançados em nenhuma dessas áreas para explicar as coisas totalmente. Tanto a cura química quanto a psicológica têm seu papel.”
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 |  De Isabela Noronha
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PESQUISA POLÊMICA: ZICA E MICROCEFALIA




Três em cada cinco brasileiros não concorda com aborto em casos envolvendo zika e microcefalia (PESQUISA)



GRAVIDEZ


Quase três em cada cinco brasileiros é contrário à possibilidade de aborto para mulheres infectadas pelo vírus zika, mesmo que exista a confirmação demicrocefalia no feto. É o que aponta uma pesquisa do Instituto Datafolha, publicada nesta segunda-feira (29) pelo jornal Folha de S. Paulo.
Para 58%, as mulheres grávidas não podem interromper a gestação em casos relacionados ao zika, contra 32% que defendem o direito ao aborto e outros 10% não opinaram. A maioria dos entrevistados (52%) também rejeita o aborto mesmo nos casos em que a microcefalia esteja confirmada – 39% se dizem favoráveis neste caso.
A rejeição maior está entre as mulheres (61%) quando da hipótese do aborto para mulheres que foram infectadas pelo zika, e o dado se mantém alto mesmo quando a microcefalia já foi detectada – 56% das mulheres seguem aqui contrárias ao aborto também.
A única faixa que aprova o aborto em casos de zika e microcefalia está entre aqueles que possuem ensino superior (53%), com renda entre cinco a dez salários mínimos (56%). Nas demais, a maioria é contrárias à interrupção da gestação pela infecção do vírus ou pela má-formação do bebê.
Recentemente, a Organização das Nações Unidas (ONU) pediu que as leis que impedem o aborto em países como o Brasil fossem flexibilizadas. Entretanto, o governo brasileiro já indicou que não patrocinará este debate, defendendo que a lei brasileira hoje criminaliza o aborto, salvo algumas condições específicas.
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Desde o início da epidemia do vírus zika no País, no ano passado, o Brasil já registrou 583 casos confirmados, dos quais 90% estão situados na região Nordeste. Há estudos em andamento para tentar confirmar a suspeita de que a doença tem relação direta com os casos de microcefalia que estão sendo registrados, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) espera ter uma confirmação disso nos próximos meses.
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domingo, 28 de fevereiro de 2016

SINGAPURA & ÔNIBUS POLÊMICO


'ÔNIBUS DO DIABO' 
CAUSA POLÊMICA 
EM SINGAPURA


Reprodução


Novo ônibus com número 666 causa polêmica em Singapura



Um post no Facebook publicado pelo Departamento de Trânsito de Singapura na última segunda-feira anunciando o lançamento de um novo serviço de ônibus com o número 666 foi alvo de muitas piadas na rede social.
Ver as imagens
Um novo serviço privado de ônibus causou polêmica na internet ao anunciar que a rota teria o número 666. (Foto arquivo Yahoo).
“Eu sempre suspeitei que Satã morasse em Punggol [cidade em Singapura],” escreveu Sivaraj Pragasm.
Operando entre Punggol e Marina Boulevard, a rota é um dos cinco novos Serviços Diretos da Cidade (CDS, na sigla em inglês), que permitirá que os residentes façam viagens diretas até o Distrito Central de Negócios em Singapura.
Outros novos CDS, com números entre 667 e 670, atenderão as regiões de Clementi, Dover, Ang Mo Kio, Bedok e Yishun. Estes novos serviços são operados por empresas privadas.
Já existem ônibus desse tipo em várias rotas, com números de identificação que começam em 651. Os números são atribuídos em sequência, e não há nenhuma razão especial para que o 666 tenha sido escolhido para a rota de Punggol.

Reprodução
O ônibus 666 faz o trajeto entre Punggol e o Distrito Central de Negócios (Foto: Land Transport Authority / Facebook)
No entanto, parece que o anúncio do ônibus 666 chamou a atenção no Facebook, e tinha mais de 100 curtidas e quase 500 compartilhamentos no momento em que este artigo foi escrito.
De acordo com o último livro da Bíblia, 666 é o número ou o nome da Besta, considerada o demônio. O “666” também está presente no refrão de uma música do Iron Maiden de 1982, chamada ‘Number of the Beast’.
O ônibus 666 é de responsabilidade da empresa BT&TAN Transport Pte Ltd.
Alguns usuários das redes sociais se manifestaram rapidamente, fazendo piadas a respeito do número e publicando referências à música.
“Bom, o ônibus realmente leva algumas pessoas ao inferno todas as manhãs (já que o trabalho é um inferno),” Kenneth Low escreveu, em tom de brincadeira.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

MEDITAÇÕES ATIVAS




5 tipos de meditação 

que você pode fazer 

sem ter que ficar sentado



MEDITAR

Ao contrário de uma ideia muito difundida, 
meditar nem sempre quer dizer ficar sentado 
na posição de lótus com os olhos fechados.

Na realidade, a maioria das pessoas não sabe que é possível praticar a meditação em praticamente qualquer lugar. Não é preciso ficar sentado, imóvel.
A verdadeira beleza da meditação está no fato de que você pode adequar sua prática perfeitamente às suas necessidades pessoais. Os benefícios também são inegáveis: estudos mostram que meditar pode prevenir doenças e reduzir inflamações, sendo também uma maneira eficaz de tratar a depressão e elevar seu nível de felicidade.
Acredita-se até que meditação previne sinais cerebrais de envelhecimento.
Todo o mundo pode aproveitar as vantagens da meditação, independentemente de querer ou não ficar sentado. Veja abaixo cinco tipos de meditação que podem ser feitos em movimento:
  • 1
    Qigong ou chi kung
    FurmanAnna via Getty Images
    Esta prática chinesa antiga é uma experiência mental, física e espiritual própria para pessoas de todas as idades. Os movimentos do qigong são lentos, fluidos e ritmados, com ênfase sobre acalmar a mente e respirar calmamente.

    Os benefícios psicológicos e físicos da prática incluem a redução da dor, redução da ansiedade e promoção da estabilidade. Além disso você terá os benefícios da meditação, que melhoram a qualidade de vida de modo geral..
  • 2
    Ioga
    Thomas Barwick via Getty Images
    Existem razões de sobre para se fazer ioga, como exercitar-se e aumentar sua flexibilidade. Mas a meditação é mais uma das razões para você abrir sua esteira.

    Quando você está fazendo a saudação ao sol ou tentando uma postura nova e difícil, sua mente está concentrada e limpa. Esse tipo de concentração é uma das metas da meditação, e por isso é fácil combinar ioga e meditação. 

    Além disso, a finalidade maior da meditação é o relaxamento. Para nós, não há nada que acalma mais que fazer a postura da criança.
  • 3
    Caminhada medidativa
    ImagesBazaar via Getty Images
    Amarre seus tênis! Concentrar seus pensamentos numa caminhada relaxante é uma forma de meditação que todos nós podemos praticar e curtir.

    O mais importante é estar com a atenção voltada ao momento: enquanto você caminha, não deixe que as tensões da vida anuviem seus pensamentos e penetrem em sua atenção. 

    Além disso, caminhar é uma das maneiras mais fáceis de se conservar fisicamente saudável.
  • 4
    Tai Chi
    PhotoAlto/Antoine Arraou via Getty Images
    O tai chi é uma arte marcial, mas muitos o veem como uma espécie de qigong. Ele envolve movimentos suaves e rítmicos e incentiva seu praticante a buscar equilíbrio espiritual e clareza mental. 

    Embora possam parecer lentos, os movimentos, quando são acelerados, são uma forma de combate.

    Mas a maioria das pessoas que pratica tai chi o faz para movimentar-se e participar de um ritual que acalma. 
    Mover-se com intenção é uma ótima maneira de focar seus pensamentos, algo que é por si só uma forma de meditação.
  • 5
    Estar na natureza
    Hero Images via Getty Images
    Passar tempo ao ar livre pode fazer maravilhas por nossa saúde mental – e também é uma ótima maneira de meditar. Sair para caminhar com a finalidade de relaxar pode ser uma forma de meditação, sem sombra de dúvida.

    Passe algum tempo na natureza e concentre-se no presente, para energizar sua mente e melhorar seu humor. É uma combinação potente, que encerrar mais benefícios do que se imagina.
Este artigo foi originalmente publicado pelo HuffPost US e traduzido do inglês.

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 |  De


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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

MULHERES: LIBERDADE AMEAÇADA




Liberdade das mulheres sobre seus corpos foi um dos atentados aos direitos humanos no Brasil em 2015, diz Anistia Internacional




VIOLENCE WOMEN



As mulheres brasileiras encabeçam uma série de violações de direitos humanos relatadas ao longo de 2015, graças a uma “democracia [que] está sendo manipulada contra a democracia”. 

É o que aponta o capítulo do Brasil no relatório anual da ONGAnistia Internacional, divulgado na noite desta terça-feira (23). Velhos problemas, como a violência policial e a insolvência do sistema carcerário também são mencionadas pela entidade.
De acordo com a Anistia, os debates de novas leis no Congresso Nacional“representaram uma séria ameaça aos direitos sexuais e reprodutivos, assim como aos direitos das mulheres”. São mencionados o Estatuto do Nascituro, que propõe criminalizar o aborto em todas as circunstâncias, e o projeto de lei 5.069/13, do presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que impõe restrições ao aborto às vítimas de estupro.
Intitulado O Estado de Direitos Humanos no mundo 2015/2016, o relatório da ONG vê deputados federais e senadores como principais vilões nestas e outras pautas polêmicas que representam, segundo a Anistia, um retrocesso na pauta dos direitos humanos no País. “A democracia está sendo manipulada contra a democracia”, criticou o diretor executivo da Anistia, Átila Roque.
A redução da maioridade penal – em detrimento do fato de que jovens negros seguem sendo vítimas em larga escala da violência policial, esta permanentemente impune – é outro ponto criticado pelo levantamento, junto com o projeto de lei que tipifica o terrorismo (criminalizando movimentos sociais), a proposta de revogação do Estatuto do Desarmamento, o projeto do Estatuto da Família, e a discussão da PEC 215 (que trata da demarcação das terras indígenas).
“Na ditadura, os atos institucionais legislavam contra as liberdades, mas neste momento, vemos a Constituição ser manipulada para restringir direitos e marginalizar setores da sociedade”, avaliou Roque. O relatório pontua que a impunidade é uma realidade quando o assunto são os grupos de extermínio formados por policiais e as torturas dentro de prisões por todo o País.
“As políticas de segurança pública pautadas pela guerra às drogas e a indignação seletiva resultam em um alto número de mortes principalmente de jovens negros moradores de favelas e periferias; no campo, o modelo de desenvolvimento é sustentado pela violência e exploração desenfreada de recursos naturais colocando em risco populações tradicionais como indígenas e quilombolas e o próprio meio ambiente”, emendou.
Longe das metrópoles brasileiras os direitos humanos também seguem sendo sistematicamente desrespeitados, segundo a Anistia. São alvo de críticas os homicídios de lideranças rurais no Norte e Nordeste do Brasil, a mando dos ruralistas, e o genocídio de índios, notadamente as comunidades localizadas no Mato Grosso do Sul, como a dos Guarani-Kaiowá. A ONG ainda repudia remoções como a da Vila Autódromo, no Rio, como parte dos preparativos para as Olimpíadas deste ano.
Se o Legislativo federal é visto como um ‘bastião do retrocesso’ às pautas dos direitos humanos, os movimentos sociais são elogiados e vistos como o ‘antídoto’. São relembradas pela entidade as mobilizações de estudantes secundaristas em São Paulo e Goiás, a do Amanhecer contra a Redução, e campanhas feitas pelas mulheres como o #MeuPrimeiroAssédio.

“A mobilização ativa em defesa de direitos de importantes setores da sociedade, especialmente jovens, tem despertado a reação de setores mais conservadores da sociedade brasileira. Não é um caminho fácil, mas acreditamos que a participação cidadã ativa é a saída para um país cada vez mais justo”, concluiu Átila Roque.

O documento da Anistia deve ser enviado à presidente Dilma Rousseff.


FONTE:

 |  De

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