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domingo, 21 de fevereiro de 2016

REDES SOCIAIS & IMBECIS





'As redes sociais 

deram voz aos imbecis': 

Veja as 17 frases mais marcantes 

de Umberto Eco, 

morto aos 84 anos



UMBERTO ECO




Discutir a comunicação, a cultura e a sociedade, aliadas às novas tecnologias, foi um dos motes favoritos do escritor e intelectual italiano Umberto Ecomorto aos 84 anos nesta sexta-feira (19), em Milão (Itália). Ele sofria de câncer e faleceu às 22h30 (horário local), em sua casa, segundo a família confirmou ao jornal La Repubblica.

O sepultamento do corpo do escritor acontece na próxima terça-feira (23), informou o La Repubblica, adicionando ainda que o último livro de Eco, Pape Aleppe Satan, será lançado em maio.
Tido em seu país natal como “o homem que sabia de tudo”, dado o seu grande conhecimento, Eco apresentou muitas lições acessíveis por meio de frases marcantes.
O HuffPost Brasil compilou 17 delas não só como forma de homenagear esta figura marcante da sociedade contemporânea, mas também para demonstrar que o mundo fica mais pobre. Com o perdão do trocadilho, todos nós ‘perdemos Eco’.
“As mídias sociais deram o direito à fala a legiões de imbecis que, anteriormente, falavam só no bar, depois de uma taça de vinho, sem causar dano à coletividade. Diziam imediatamente a eles para calar a boca, enquanto agora eles têm o mesmo direito à fala que um ganhador do Prêmio Nobel. O drama da internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade”.
Depois de uma cerimônia em que recebeu o título de doutor honoris causa em comunicação e cultura na Universidade de Turim, em 2015.
“A internet não seleciona a informação. Há de tudo por lá. A Wikipédia presta um desserviço ao internauta. Outro dia publicaram fofocas a meu respeito, e tive de intervir e corrigir os erros e absurdos. A internet ainda é um mundo selvagem e perigoso. Tudo surge lá sem hierarquia. A imensa quantidade de coisas que circula é pior que a falta de informação. O excesso de informação provoca a amnésia. Informação demais faz mal. Quando não lembramos o que aprendemos, ficamos parecidos com animais. Conhecer é cortar, é selecionar”.
Em entrevista à Revista Época, em 2011.
"Atribuem-me muitas frases célebres de outros. Ou mesmo situações erradas como a que me atribuíram há uns anos de que eu dissera que um escritor famoso tinha morrido e até o jornal The New York Times me ligou para confirmar. Mas nem sempre confirmam se é verdade, o que já não me incomoda porque acredito na fraqueza da memória das pessoas. Sabemos sempre que no dia a seguir já nada é notícia".
Em entrevista ao Diário de Notícias, de Portugal, em 2015.
“O livro ainda é o meio ideal para aprender. Não precisa de eletricidade, e você pode riscar à vontade. Achávamos impossível ler textos no monitor do computador. Mas isso faz dois anos. Em minha viagem pelos Estados Unidos, precisava carregar 20 livros comigo, e meu braço não me ajudava. Por isso, resolvi comprar um iPad. Foi útil na questão do transporte dos volumes. Comecei a ler no aparelho e não achei tão mau. Aliás, achei ótimo. E passei a ler no iPad, você acredita? Pois é. Mesmo assim, acho que os tablets e e-books servem como auxiliares de leitura. São mais para entretenimento que para estudo. Gosto de riscar, anotar e interferir nas páginas de um livro. Isso ainda não é possível fazer num tablet”.
Em entrevista à Revista Época, em 2011.
“O problema da internet é que produz muito ruído, pois há muita gente a falar ao mesmo tempo. Faz-me lembrar quando na ópera italiana é necessário imitar o ruído da multidão e o que todos pronunciam é a palavra ‘rabarbaro’. Porque imita esse som quando todos repetem ‘rabarbaro rabarbaro rabarbaro’, e o ruído crescente da informação faz correr o risco de se fazer ‘rabarbaro’ sobre os acontecimentos no mundo.”
Em entrevista ao Diário de Notícias, de Portugal, em 2015.
“Eu pessoalmente gosto de livros fáceis que me fazem dormir imediatamente”.
Em entrevista à Revista Vogue, em 1995.
“Creio que o que nos tornamos depende do que nossos pais nos ensinam em momentos estranhos, quando eles não estão tentando nos ensinar. Nós somos formados por pequenos pedaços de sabedoria”.
Trecho do livro Pêndulo de Foucault (1988).
“Populismo midiático significa apelar diretamente à população por meio da mídia. Um político que domina bem o uso da mídia pode moldar os temas políticos fora do parlamento e até eliminar a mediação do parlamento”.
Em entrevista ao jornal americano The New York Times, em 2007.
“Sou firmemente da opinião que o Macintosh (denominação dos computadores Mac da Apple até 1997) é católico e o DOS (sistema operacional usado em computadores pessoais nos anos 1980 e 1990) é protestante. De fato, o Macintosh é contra-reformista e foi influenciado pelo ‘ratio studiorum’ (o plano de padronização da educação) dos jesuítas. Ele é caloroso, amigável, conciliador, diz ao fiel como ele deve proceder, passo a passo, para alcançar, se não o Reino dos Céus, o momento em que o documento é impresso. Ele é catequista: lida-se com a essência da revelação por meio de fórmulas simples e ícones esplêndidos. Todos têm direito à salvação.”
Em ensaio de 1994.
“Essa é minha maneira de contribuir para esclarecer algumas coisas. O intelectual não pode fazer nada, não pode fazer a revolução. As revoluções feitas por intelectuais são sempre muito perigosas”.
Em entrevista à Agência EFE, em 2015.
“A aprendizagem não consiste apenas em saber o que devemos ou podemos fazer, mas também saber o que poderíamos fazer e, talvez, não deveríamos”.
Trecho do livro O Nome da Rosa (1980).
“Na medida em que envelheci, comecei a odiar a humanidade. Portanto, se eu tivesse um poder absoluto, deixaria que ela continuasse em seu caminho de autodestruição. Ela seria destruída e eu ficaria mais feliz. Pessoas como eu são intelectuais: nós fazemos o nosso trabalho, escrevemos artigos, temos maneiras de protestar, mas não podemos mudar o mundo. Tudo o que podemos fazer é apoiar a política de empatia”.
Em coluna ao portal UOL, em 2016.
“Assim eu redescobri o que os escritores sempre souberam (e disseram-nos uma e outra vez): livros sempre falam de outros livros, e cada história conta uma história que já foi contada”.
“Eu passei a acreditar que o mundo inteiro é um enigma. Um enigma inofensivo que é feito por nossa própria tentativa de interpretá-lo, como se houvesse nele uma verdade subjacente”.
“Todos os poetas escrevem poesia ruim. Poetas ruins as publicam, poetas bons as queimam”.
"Nós temos um limite, muito desencorajador e humilhante: a morte. É por isso que nós gostamos de todas as coisas que nos parecem ilimitadas e, portanto, sem fim. É uma forma de fugir dos pensamentos sobre a morte. Nós gostamos de listas porque não queremos morrer".
Entrevista à revista alemã Der Spiegel, em 2009.
“Quando os homens pararem de acreditar em Deus, isso não significará que eles não acreditam em nada, mas que eles acreditam em tudo”.
Quem foi Umberto Eco
Pilar internacional de toda uma disciplina, a Semiologia, que marcou os estudos de Comunicação no mundo, Eco também deixa um imenso e singular legado sobre estudos de estética. Eco foi antes de mais nada um intelectual brilhante e reconhecido por sua obra sobre a estética medieval e sobre a filosofia da arte. Nascido em Alexandria, nas imediações de Turin, em 1932, diplomou-se em Filosofia em 1954 na Universidade de Turin. Sua formação diz muito: discípulo do grande filósofo antifascista Luigi Pareyson, defendeu uma tese de fim de estudos sobre Thomas de Aquino, que seria publicado dois anos mais tarde sobre o nome O Problema Estético em Tomas de Aquino.
Em pouco tempo, seu brilhantismo o tornaria reconhecido em todo o mundo. Depois de publicar O Desenvolvimento da Estética Medieval, em 1959, Eco mudou os rumos da crítica da arte no Século 20 com dois textos fundamentais: Obra Aberta, de 1962, e Apocalípticos e Integrados, de 1964.
Esses livros, somados a A Definição da Arte e a A Estrutura Ausente, são referências na compreensão da história da estética, sobretudo no que diz respeito às relações entre a filosofia da arte, a linguística e a comunicação de massa na segunda metade do século passado. Para Eco, a estética não pode ser dissociada em diferentes ramos - não há uma "estética da pintura", ou uma "estética do cinema".
Em Obra Aberta, o autor ajudou a romper com a ideia de que um objeto artístico é algo acabado, com uma interpretação única e fechada ditada pelo artista. Essa crítica, de "um novo modo de entender a relação com a obra e sua fruição por parte do público", seria compartilhada então por nomes como o poeta concretistaHaroldo de Campos.
Ao longo dos anos 1960, Eco se transformaria em uma referência mundial na Teoria da Comunicação ao se integrar à chamada Escola Sociológica Europeia, da qual faziam parte nomes como Edgar Morin, Jean Baudrillard ou Roland Barthes. Esse grupo foi marcado por uma visão menos negativa sobre os meios de comunicação de massa, dissociando-se das críticas funcionalistas e da Escola de Frankfurt.
Tido como uma autoridade nos meios acadêmicos, Eco se transformaria, ele próprio, em um exemplo de fenômeno na cultura de massa com a publicação de um best seller mundial. Em O Nome da Rosa, de 1980, fez convergir em uma história de ficção várias de suas áreas de interesse: a história, a filosofia, a estética medieval e a semiótica. Sucesso extraordinário de público e crítica, com mais de 17 milhões de livros vendidos, o thriller policial medieval venceu, entre outros, o Prêmio Médicis de Melhor Romance estrangeiro em 1982. Em 1986, seu livro foi adaptado para o cinema por Jean-Jacques Annaud, com Sean Connery e Christian Slater.
O toque de ironia: sua carreira tardia de escritor de sucesso só teve início graças à encomenda feita por uma editora que desejava lançar livros policiais curtos e contemporâneos escritos por "não-romancistas". Ao entregar o livro, Eco apresentou um romance de suspense de mais de 500 páginas ambientado na Idade Média.
A carreira de ficcionista continuou em 1988 com O Pêndulo de Foucault e a seguir em 1994, com A Ilha do Dia Anterior, romances cuja publicação foi esperada em todo o mundo. Em 2015, em seu último romance, Número Zero, que se passa em 1992, Eco revê a história de seu país a partir do fim da 2ª Guerra Mundial, destilando sua fina ironia sobre temas como a máfia, a corrupção e, claro, o jornalismo contemporâneo, alvo de crítica mordaz.
Cínico, seu personagem afirma no curso de uma reunião de redação: "Seria conveniente, para o prazer de nosso editor, que nós encontrássemos um meio de lançar sombras de suspeitas sobre esse juiz intrometido. Saiba que hoje, para responder a uma acusação, não é necessário provar o contrário, basta deslegitimar o acusador".
Mesmo crítico, Eco jamais abandonou sua paixão pela informação, pelo jornalismo e pela comunicação - ele havia começado, em 1955, como assistente em programas culturais da rede de televisão RAI. Ao longo de sua vida, foi articulista assíduo e leitor inveterado da imprensa italiana e internacional. Eco se dizia fiel à ideia de Hegel de que jornais são "a reza cotidiana do homem moderno".
Até por admirá-la, o autor lamentava a recente pulverização da informação nas novas tecnologias e, sobretudo, a superficialidade de alguns veículos de mídia. "A imprensa exigente deve aprofundar a atualidade, abrir espaço às ideias", pregou em entrevista ao jornal Le Monde em maio passado, mostrando absoluta clareza de raciocínio.
(Com Estadão Conteúdo)




FONTE:

HuffPost Brasil

Publicado: Atualizado: 

sábado, 20 de fevereiro de 2016

NÃO TEM MAIS O QUE INVENTAR: JESUS ERA ET ??








ESSA IMAGEM "PROVA" QUE 
JESUS ERA ET 
QUE VIAJOU NO TEMPO



Reprodução


TEORIA MALUCA DIZ QUE ELEMENTOS DESSA PINTURA DO SÉCULO 16 SERIA A PROVA DE QUE JESUS PODERIA NÃO SER HUMANO


Homem afirma que essa foto prova que Jesus viajou no tempo


O que uma pintura feita em 1595 pode dizer sobre uma das pessoas mais famosas da história? 
Para um grupo de teóricos da conspiração, simplesmente muita coisa mesmo.
Observando a pintura A Glorificação da Eucaristia, de Ventura Salimbeni, o britânico Steve Mera afirmou ter encontrado uma prova de que Jesus era um viajante no tempo. 
As informações são do Daily Express.
Segundo o teórico da conspiração, no quadro está presente o satélite Sputnik. A questão é que ele foi lançado em 1957 pela União Soviética. Quase dois milênios depois do surgimento de Jesus.
Ver as imagens
“Ele não era capaz de fazer água se transformar em vinho? Então talvez ele não fosse um ser humano qualquer para aquela época, a semelhança do objeto do quadro com o Sputnik seria um sério indício disso”, afirma Mera.
A teoria, é claro, foi bastante mal recebida pelo grande público. Para essas pessoas, a teoria de Mera não só é completamente maluca como também acaba desrespeitando a crença das pessoas.
Em sua defesa, o teórico explica que não desmerece nenhum dos ensinamentos ou feitos realizados por Jesus Cristo. Diz, apenas, que enxerga a história contada para todos de um jeito peculiar e diferente, mas sempre respeitoso.

FONTE:
https://br.noticias.yahoo.com



quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

URGENTE: SAÚDE MENTAL INFANTIL



Por que é urgente 

cuidar da saúde mental 

das crianças 

no Brasil



MENTAL HEALTH CHILD

Trago aqui um olhar reflexivo sobre esta questão: a importância do cuidado na saúde e estrutura mental e emocional das crianças. Vale pensar que esse assunto, tão estudado no Brasil é, na realidade, muito pouco efetivado e utilizado como condição de um desenvolvimento.
Facilmente encontramos pesquisas, estudos, profissionais de diferentes áreas e até políticos ressaltando e reafirmando sobre tamanha necessidade de cuidado com as crianças e a estrutura do meio em que se desenvolvem e crescem, mas quase não encontramos nada além de teorias e expectativas.
Parece que em nosso País muito se sonha e espera para nossas crianças, mas muito pouco se faz para tal futuro.
E, se pensarmos bem, a partir dessa análise, podemos entender com até certa facilidade a condição emocional atual que nós vivemos no Brasil, onde somos todos resultados de sonhos, teorias e crenças (a fé brasileira) e hoje arcamos brutalmente com a falta de estrutura do meio e também a nossa, muitas vezes, para poder continuar construindo e vivendo adequadamente.
Hoje temos pouquíssimas condições e atitudes para formar uma estrutura saudável de crianças. Isso é para poucos e mesmo estes poucos não estão sabendo o que fazer: pecam pelo excesso, pela pressão, pela ausência afetiva.
Somos todos resultados de uma sociedade sem estrutura saudável. Então, como não esperar sintomas, transtornos e uma diversidade de diagnósticos fisiológicos e psíquicos, principalmente nas crianças?
O termo "saúde mental" ainda é polêmico quanto a sua definição e falta acordo entre as diferentes áreas (psicologia e psicanálise) sobre seu real conceito.
Há quem o entenda somente por ordem biológica, limitando-o a diagnósticos clínicos.
Não tenho aqui o objetivo de questionar, mas de provocar um pensamento a respeito do termo, para que possamos considerar a saúde mental por uma via mais ampla e acrescentar a ela a ordem estrutural e emocional da criança como ponto relevante e necessário.
Há um caminho pela psicanálise que aborda e entende a saúde e estrutura da criança como resultado direto de sua relação com o meio, desde seu nascimento. Partindo do ponto que a relação com sua mãe é o primeiro contato estrutural para se formar, é desta relação que sentimos nossas primeiras experiências sobre o existir.
E através do olhar, do toque, do acalento, do colo, do mamar ou mesmo da falta de cuidados (no excesso ou ausência deles) formamos estruturas primitivas sobre nosso EU que carregaremos por toda a vida e irão ditar nossos sintomas e atitudes pela frente.
O pai, a família, a escola, os amigos também fazem parte deste meio estrutural, apesar de surgirem mais adiante, e são de muita importância. Deles surge a possibilidade de a criança continuar crescendo e construindo além de sua mãe.
Logo podemos pensar e entender que a falta de um ambiente saudável e estruturado pode adoecer uma criança psíquica e fisiologicamente, como reflexo do meio em que se vive.
Uma criança ansiosa, deprimida, agressiva, compulsiva, reprimida, lenta, cheia de manias... Essa criança nada mais é do que o próprio reflexo direto do ambiente em que ela vive e que aparece em forma de sintoma.
Mas o que seria um ambiente ou meio saudável para uma criança?
Podemos entender e partir do ponto de que o saudável não é uma regra ou atitude técnica. Não há receita, é preciso somente o suficiente.
E como saber o que é o "suficiente"?
É preciso olhar para aquela criança e entender suas necessidades particulares, é preciso conseguir ultrapassar os desejos e expectativas egoístas que o meio cria em torno da criança e enxergar e ouvi-la para saber se ela está tendo a chance de ser ela mesma enquanto é acolhida, compreendida, auxiliada e estimulada.
Um ambiente saudável requer pais saudáveis, escola saudável e política saudável, isto é, um meio que ensine a criança a existir, mas sem impor verdades únicas, regras técnicas e institucionalizadas.
É preciso um meio que olhe pra ela, sem teorias e a entenda, a convide a existir e a construir junto a todos, mostrando através de possibilidades que ela é capaz.
Até meados do século 19 as crianças não existiam, eram entendidas apenas como mini-adultos e exigidas como tal, ou seja, a fase infância não era considerada, logo não era cuidada especificamente e sua saúde biológica e psíquica era entregue a sorte.
Nos tempos atuais muita coisa mudou com o ressurgimento da infância e há uma preocupação com a existência, o tempo e manejo com esta fase infantil. Porém deixo aqui aberto um pensamento a todos vocês, antes de finalizar:
Vamos partir do ponto que para criar crianças saudáveis é preciso olhar para elasestar com elas e ajudá-las a existir e que ao mesmo tempo em nosso País, nossas crianças são resultados de teorias e sonhos, muita fala, muito estudo e boa intenção, mas pouca atitude efetiva.
Será mesmo que a saúde e estrutura emocional de nossas crianças não continua sendo entregue a sorte?
Não continua perdida?
Vale pensar na criança que fomos, na criança que somos e na criança que desejamos.
Young Minds Matter é uma nova série dedicada a tomar a dianteira nas conversas com crianças sobre saúde mental e emocional para que elas se sintam amadas, valorizadas e compreendidas. Lançada pela duquesa de Cambridge como editora-convidada do The Huffington Post UK, a série vai discutir problemas, causas e sobretudo soluções para o estigma envolvendo crise de saúde mental entre crianças britânicas.
LEIA MAIS:

Psicanalista e psicóloga


Publicado: Atualizado: 

dima_sidelnikov

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

MUDANÇAS PESSOAIS





Não é para ser (tão) fácil





Um belo dia resolvi mudar. E fazer tudo o que eu queria fazer. (Sim, esse é um trecho da canção da Rita Lee – “Agora só falta você”).
E aí eu acordei e eu era e tinha tudo aquilo que tinha sonhado. E fim. É mais ou menos isso o que as pessoas esperam da vida. Um dia você toma uma decisão; no outro dia, as coisas batem na sua porta como mágica. Eu mesma passei muitos anos esperando por isso.
Eu queria emagrecer. Então, eu procurava médicos, endocrinologistas, livros sobre dietas milagrosas e assinaturas anuais da Boa Forma. Só que eu continuava gorda. Eu acordava no outro dia, com alguma dor de estômago de algo errado que eu tinha comido e reclamava a sina de não entrar, de novo, na calça jeans. De sentir tudo apertando e a energia indo pelo ralo. Eu sentia, eu queria, mas precisava de um milagre. Esperar um milagre é isso. E todo mundo se aproveita deste nosso lado infantil. Se você jogar “emagrecimento” no Google, vai achar um milhão de resultados de remédios milagrosos, massagens fantásticas, vídeos de pessoas que emagreceram sem esforço e muito, muito rápido. Tudo acompanhado de um banner com um “compre agora” e um desconto incrível.
Pois é, mas não é assim que funciona. O que andei descobrindo, depois de muito sofrimento, é que um corpo bonito e saudável é fruto de uma vida diferente daquela que eu estava vivendo. Não, não é possível comer tudo o que se quer e acordar magra. Sim, existem pessoas assim, mas nunca foi a minha realidade. Tenho uma genética para obesidade e “aceita que dói menos”. Não posso passar a vida invejando gente diferente de mim, não faz sentido. Mas perder peso e manter a saúde é um novo jeito de viver.
Outro dia li uma reportagem de uma moça que emagreceu 35 quilos. Estava magérrima, com um abdômen super definido. No final, o marido largou dela. Não, ela não ficou chata, mas ela e ele queriam estilos de vida diferentes. Não adianta ela insistir para que ele vire marombeiro e nem o contrário. O corpo dela era só resultado de um estilo de vida e não uma mágica. Esperamos mágica com tudo. Que a gente abra o nosso extrato do banco e veja um erro de um milhão de dólares (que eles nunca vão descobrir, claro). Jogamos alucinadamente na loteria. Nos apaixonamos por coisas e pessoas que nada tem a ver com a gente, tentando encaixar a nossa vida na dos outros.
Nunca paramos e pensamos: é isso o que eu quero da vida? Mesmo que você case amanhã com o príncipe inglês que sobrou solteiro, é essa a vida que você vai querer? Andar de evento em evento, em terninhos elegantes e desconfortáveis? Nunca mais sentar de perna cruzada ou beber além da conta? Se você acordar magra o que vai fazer? Comer tudo o que quiser até engordar de novo? É, possivelmente.
Pessoas que ganham na loteria, por exemplo, têm a tendência a gastar tudo. Isso porque não passaram pelo processo de ganhar aquele dinheiro, entender para o que ele serve e como administrá-lo. Parece que vira uma batata quente na mão, cheia de ansiedade. Isso acontece com tudo. Tudo o que queremos de mão beijada tende a não ter valor para gente. Não que as coisas não possam ser fáceis (fácil aqui no sentido de fluir), mas não adiantaria ter coisas ou situações que não teríamos como manter.

Eu emagreci. Mas ainda preciso perder mais peso. Mas hoje eu sei que não vou fazer isso voltando a ser a pessoa que eu era antes. Não posso mais me dar ao luxo de faltar aos treinos ou de comer tudo o que quiser todos os dias. Sim, eu jaco (termo para quem come demais de vez em quando), eu tomo um chopp com os amigos e pasteizinhos do Quintal da Mooca (#ficaadica). Mas o meu dia a dia é outro, completamente diferente. Se você quer um resultado diferente, em qualquer coisa, construa. Pode ser um corpo mais leve, pode ser uma conta mais gorda. Pode ser um negócio, um estilo de vida mais easy, qualquer coisa que você queria. Você não está preso à sua vida, mas precisa movimentar as coisas. Não, não existe almoço grátis. E se for para pagar a conta, que seja uma com a consciência de que vai valer a pena. Escolha seus sonhos e trabalhe por eles. Simples assim!



Autor Andrea Pavlovitsch
 contato@andreapavlovitsch.com

Terapeuta porque adora ajudar as pessoa a se entenderem.
Escritora pelo mesmo motivo. Apaixonada por moda, dança, canto e toda forma de arte.
Adora pão de queijo com café e não pretende mudar o mundo, mas, quem sabe, uma pequena parte da visão que temos dele.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

EQUILIBRIO




Equilíbrio, 

seja bem-vindo 

às nossas vidas


DIA DE FURIA

Viver bem é o tipo de desejo tão universal que se tornou um direito.
Mas não há fórmula ou mágica que o garanta, o que deixa, para cada um de nós, a difícil tarefa de descobrir e pavimentar o próprio caminho. E enquanto nos perdemos em nossas rotas – ou nos trajetos alheios – uma série de dissabores da vida aparece.
Vêm o medo, a angústia, a ansiedade, a hesitação, a revolta, a culpa, o remorso e outros azedumes e amargores capazes de complicar, perturbar, comprometer, arriscar, paralisar e até mesmo aniquilar o mais básico de tudo, a sobrevivência.
Não nos faltam ofertas para fugir ou se alienar de tudo isso: medicamentos especializados e certeiros, êxtase infinito prometido em drogas, hábitos mandatórios que atraem a tão buscada felicidade. Apenas um pequeno e fundamental problema no meio disso tudo: viver bem inclui viver mal em determinados momentos e passar por maus bocados. E o sofrimento psíquico, variável em intensidade, faz parte de todos nós, assim como a tristeza, a frustração, a impotência e o conflito.
Por mais áridos e temerosos que sejam, esses sentimentos nos constituem e representam não só a complexidade do ser humano, como sua singularidade. Cada um de nós tem seu repertório de linguagem, seu referencial de cultura e, portanto, é afetado diferentemente por cada evento, seja ele bom ou ruim. É por isso que não há uma receita que nos conduza ao estado de plenitude, às horinhas de descuido, à tranquilidade, à saúde mental.
Existe, porém, o equilíbrio e sua busca, que não só apaziguam algumas agonias e dissolvem sofrimentos, como também nos deixam mais dispostos a reconhecer, em nós, características nem tão bem-vindas e a admitir o desconhecido em nossa própria personalidade.
Temos dificuldades diárias para conciliar o contraditório e o controverso nos outros e em nós mesmos. É natural que sejam difíceis, na medida em que nos expõem nossas limitações. Elas, aliás, também fazem parte do pacote.
Acolher angústias como parte de nós, e não como doenças, é um passo importante para o equilíbrio. Questionar sobre os próprios incômodos, também. Experimentar, sem rejeição, a incoerência e o sem sentido. Mergulhar nas próprias incertezas. Viver o luto (da morte ou de uma separação) – ele é essencial para a cicatrização de feridas incomensuráveis, sem contar que libera os afetos para novas situações na vida e, com isso, o recomeçar.
Sim, a sensação é de uma guerra interior pacificada e reativada em todos os momentos. Pode ser que falte o ar. Pode ser que o choro saia, desenfreado. Pode ser que a raiva cegue. Pode ser que ela, a depressão, se desenvolva. Mas permitir-se vulnerável e identificar fraquezas é o tipo de coisa que fortalece. Ajuda a construir o caminho mencionado lá em cima.
E para auxiliar você a fazer perguntas que levem a boas trajetórias, o HuffPost Brasil vai trazer conteúdos exclusivos e cuidadosos em nossa seção Equilíbrio.
Não temos o intuito de nortear escolhas de vida ou julgar atitudes. O objetivo aqui é pensar nossas incoerências e permitir que novos sentidos se construam sobre as experiências de cada um.
Bem-vindos ao ilimitado território da subjetividade!
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FONTE:

domingo, 14 de fevereiro de 2016

PRESSÃO & SOFRIMENTO




Se você sofre quando 

está pressionado, 

este estudo é para você



MEDOS


Cientistas dão conselhos sobre 
o que fazer sobre o medo do palco.

Um novo estudo lança luz sobre a ansiedade de ter um bom desempenho, e os cientistas oferecem conselhos sobre como combater o medo do palco.
Quem já passou por isso sabe o que é sofrer quando público acompanha todos os seus movimentos.
Em suma: é devastador.
Uma equipe internacional de pesquisadores identificou a rede do cérebro que nos deixa tensos quando somos observados.
Por causa dessa tensão, fazemos mais força do que o necessário, o que pode causar contratempos, diz ao The Huffington Post Hugo Critchley, chefe do departamento de psiquiatria da Escola de Medicina da Universidade Brighton and Sussex, na Inglaterra.
“Em última análise, estar preocupado com si mesmo pode afetar o desempenho não só de atletas e músicos, mas também de pessoas que têm outras ocupações”, disse ele. “Conhecer os fatores que ajudam ou atrapalham as habilidades motoras tem implicações educacionais e de reabilitação.”
Os pesquisadores monitoraram a atividade cerebral de 11 mulheres e 10 homens usando ressonância magnética enquanto os participantes cumpriam uma tarefa necessária que exigia uma certa quantidade de força para agarrar um objeto.
Os participantes completaram a tarefa enquanto assistiam imagens de vídeo de duas pessoas que avaliariam seu desempenho. Em seguida, os participantes repetiram a tarefa assistindo imagens de pessoas que pareciam estar avaliando uma outra pessoa.
O que os pesquisadores descobriram? Não só os participantes admitiram sentir mais ansiedade quando achavam que estavam sendo avaliados, mas também agarraram o objeto com muito mais força.
É importante acreditar que o público está te apoiando e torcendo para que você tenha sucesso. Michiko Yoshie, autora da pesquisa
Além disso, os exames de ressonância magnética mostraram que o lobo parietal inferior dos cérebros dos participantes estavam menos envolvidos quando eles acreditavam estar sendo avaliados.
“Essa área, no lobo parietal inferior, reúne informações do corpo, suas sensações e ações relacionados ao autoconhecimemto”, disse Critchley. Ela influencia as regiões do cérebro que controlam diretamente a tensão muscular e como os movimentos são realizados.”
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Os pesquisadores concluíram que essa área do cérebro é parte do que os neurocientistas chamam de “rede de ação-observação” (AON, na sigla em inglês). Ela está envolvida em como processamos o que achamos que os outros estão pensando.
“Percebemos que a AON também pode estar relacionada com ansiedade de desempenho, porque, quando somos analisados, a tendência é que nos preocupemos com o que os outros estão pensando”, disse em comunicado Michiko Yoshie, autora principal da pesquisa.
Com base nas novas descobertas, os pesquisadores sugerem que visualizar um desempenho de sucesso, bem como a reação positiva do público, pode ajudar a aliviar a ansiedade, se você tende a ficar tenso sob pressão.
“É importante acreditar que o público está te apoiando torcendo para que você tenha sucesso”, disse Yoshie no comunicado. “Para fortalecer essa ideia, às vezes é bom se apresentar diante de pessoas que te apoiam.
Músicos, por exemplo, podem se apresentar para parentes ou amigos e receber um monte de aplausos. Isso ajudaria a induzir um padrão de ativação desejável no cérebro, aumentando a auto-confiança”.
A pesquisa foi publicada na quarta-feira na revista Scientific Reports.
Este artigo foi originalmente publicado pelo HuffPost US e traduzido do inglês.
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