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sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

QUADRO CRÍTICO: CONTRATAÇÃO DOS DEFICIENTES NO BRASIL




81% contratam pessoas com deficiência só 'para cumprir lei'




Apenas 4% acreditam em potencial, 

diz pesquisa da ABRH, Isocial e Catho.


Pós-graduado, profissional com deficiência 
acabou trabalhando em limpeza.

Cristiane CaoliDo G1, no Rio
Christian Guerrato, de 28 anos, tentou por três anos uma colocação profissional sem participar da lei de cotas. E só conseguiu um emprego quando fez uso da lei. (Foto: Cristiane Cardoso / G1)Apesar de possuir graduação e pós-graduação, Christian Guerrato, de 28 anos, tentou por três anos uma colocação profissional sem participar da lei de cotas. Ele só conseguiu um emprego quando fez uso da lei. (Foto: Cristiane Caoli / G1)
Uma pesquisa da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) Nacional, Isocial e Catho realizada com 2.949 profissionais do setor apontou que 81% dos recrutadores contratam pessoas com deficiência “para cumprir a lei”. Apenas 4% declararam fazê-lo por "acreditar no potencial" e 12% o fazem "independente de cota". Para Teresa Amaral, superintendente do Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência, este é um dos principais problemas da inclusão desses profissionais no mercado de trabalho no país.
“Eu acho que a grande questão é o olhar da empresa para a pessoa com deficiência com obrigação e não a contratação de uma pessoa competente. No momento que a empresa pensa 'vou ter que contratar despesa', essa pessoa vira um fardo para os seus quadros e ela já começa desistindo. Então, a grande mudança que é preciso é esse olhar das empresas e da sociedade no geral sobre a competência de pessoas com deficiência”, declarou ao G1.
Conhecimentos sobre lei de cotas
Em % dos entrevistados
62936228Conheço profundamenteConheço bemConheço parcialmenteJá ouvi falarNão conheço010203040
Fonte: ABRH
Christian Guerrato, de 28 anos, é um dos exemplos de profissional em busca de uma oportunidade de trabalho à altura de sua qualificação. Formado em administração, com duas pós-graduações em marketing, uma concluída e outra em curso, ele é fluente em espanhol, possui inglês avançado e estuda japonês. Mas já teve entre suas tarefas como assistente de merchandising – cargo que ocupou por três meses –, recolher latas de tinta e fazer limpeza.
“Fui contratado para uma função e quando cheguei, acabei tendo que fazer limpeza, tendo que dar de eletricista, pegar lata de tinta. Tudo que foi passado na entrevista não aconteceu. Quando fui ver, era algo de âmbito geral da organização. A maior dificuldade é a percepção das pessoas que vão contratar. A maioria vê o portador como se tivesse dificuldade, como se a pessoa fosse menos competente”, contou o jovem do Rio de Janeiro, que possui atrofia ocular.
Falta de informação e preconceito
De acordo com a pesquisa "Profissionais de RH: expectativas e percepções sobre a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho", cerca de 50% declararam já terem entrevistado pessoas com deficiência. No entanto, destes, 56% afirmaram não se sentir bem preparados para tal função, o que, para a ABRH, representa uma fragilidade do processo de inclusão.
“Esse dado é preocupante, visto que os gestores são fundamentais ao processo de inclusão. Afinal, são eles que decidem sobre a contratação dos profissionais com deficiência e que os gerenciam. Sem suporte adequado, o risco de má gestão é amplificado, ocasionando situações de exclusão dentro do próprio ambiente de trabalho, falta de assistência adequada ou diferenças de tratamento e oportunidades”, analisou a associação.
Marcia Costa trabalha há seis anos da Light. Nos corredores, há sinalizações em braille para que os funcionários deficientes visuais saibam onde estão localizadas suas mesas (Foto: Cristiane Cardoso / G1)Marcia Costa trabalha há seis anos na Light. Nos
corredores da empresa, há sinalizações em braille
para que ela e outros funcionários deficientes
visuais saibam onde estão localizadas suas mesas
(Foto: Cristiane Caoli / G1)
A pesquisa revelou ainda que 65% dos gestores possuem resistência em entrevistar e/ou contratar pessoas com deficiência. Para a ABRH, é “outro dado preocupante”. E 93% dos que responderam a análise afirmaram que gestores devem se informar mais para entrevistar e gerenciar este profissional, “revelando que ainda existem muitas barreiras a serem derrubadas e muito trabalho a ser feito com os gestores”.
“Acredito que ainda há muito a investir em termos de conhecimento e desenvolvimento de habilidades e atitudes de gestores, em todos os níveis nas organizações, e seus empregados em geral, pois o desconforto causado às PcD [pessoas com deficiência] é decorrente da evidência do preconceito e discriminação por essas pessoas – o público interno, somado ao público externo, os clientes dessas organizações”, afirmou Jorgete Lemos, diretora de Diversidade da ABRH Nacional.
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Quantidade de empregos  – pessoas com deficiência
EstadoEmpregados
RR1.742
AC541
AM4.996
RR414
PA5.374
AP637
TO1.019
MA4.107
PI2.626
CE13.719
RN4.895
PB4.091
PE12.608
AL2.946
SE2.324
BA14.125
MG37.266
ES7.674
RJ29.049
SP111.295
PR23.904
SC18.796
RS28.203
MS3.132
MT3.509
GO8.770
DF10.976
Total358.738
Dados da Rais 2013 mais Caged 2014, até setembro
Para a assistente de compras Marcia Marisa Costa, de 45 anos, que trabalha há seis anos na Light – empresa privada de geração, comercialização e distribuição de energia do Rio de Janeiro –, a falta de convívio com pessoas com deficiência potencializa o preconceito de que há limitações do profissional para executar as atividades necessárias para o cargo pretendido.
“Não tem outro nome. O preconceito é fruto da falta de conhecimento. As pessoas não entendem como uma pessoa com deficiência visual pode desempenhar determinadas funções. Para você, é claro que a questão é o preconceito, mas isso não é dito, não é verbalizado. Você não tem como fazer nada. Você consegue observar que a pessoa está insegura com você. A gente observa em entrevistas, e depois nunca mais reencontra essa pessoa”, desabafou.
Para que esse distanciamento seja contornado, Marcia, que também já trabalhou em ONGs desenvolvendo livros para deficientes visuais como ela, acredita que “o contato é muito importante”. “Essas iniciativas que muitas empresas têm de pegar o deficiente que esteja bem posicionado profissionalmente e levar para dar palestras, eu tenho visto bons resultados. Isso tem ajudado”, garantiu. Junto à Marcia, há outros 192 funcionários na Light com algum tipo de necessidade especial.
“A gente não foi acostumado a conviver com pessoas com deficiência. Não estudou em escolas com elas. É raro. Você tem um cadeirante, uma pessoa deficiência auditiva, visual. Isso já tem desde muito tempo. E isso se reflete no universo das empresas. Ela não é produtiva? Ela vai atrapalha? É uma pessoa que não posso contar?”, ponderou Patrícia Pacheco, diretora de Responsabilidade Social da ABRH-RJ.
Buscando um universo corporativo em que essas dúvidas não existam, a diretora ressaltou a importância do RH em sensibilizar gestores e equipes para “essa nova relação”, uma vez que muitos nunca tiveram contatos com pessoas com limitação física, segundo Patrícia.
“Às vezes não é culpa das pessoas, é porque não aprenderam a lidar com aquela situação. Se quer saber como lidar com a deficiência, pergunte à pessoa como ela quer ser tratada. Pergunta a ela se ela precisa de ajuda para abrir a porta, porque o que a gente não pergunta, fica na suposição e isso parte mais de uma suposição do que de uma situação real”, concluiu.
Busca por profissionais
A pesquisa revelou ainda que cerca de 80% dos entrevistados consideram que a busca por profissionais com deficiência é mais difícil em comparação com aqueles sem deficiência. “A questão está situada no âmbito comportamental/atitudinal, e por isso, é um processo lento envolvendo realinhamento de valores”, completou Jorgete, que acrescentou ainda que a limitação da busca desses profissionais a ONGs também prejudica a inclusão das PcDs.
Christian exibe todos os diplomas e certificados que possui diferentes tipos de cursos que já realizou (Foto: Cristiane Cardoso / G1)Christian exibe todos os diplomas e certificados
que possui diferentes tipos de cursos que
já realizou (Foto: Cristiane Caoli / G1)
“A grande dependência das empresas pelas indicações denota falta de um banco de currículos qualificado. Já a elevada busca por PcDs nas ONGs demonstra que a deficiência ainda está muito institucionalizada. A percepção de que uma pessoa com deficiência está vinculada a uma associação é grande, o que é uma visão equivocada”, analisou a ABRH.
46 milhões de pessoas com deficiência
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego, havia no Brasil 358.738 pessoas com deficiência contratadas até setembro de 2014. O Ano de 2013 registrou 357.797 profissionais. Segundo dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil há, no entanto, cerca de 46 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, 24% da população.
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Reação do gestor ao ser apresentado a candidato PcD
Em % dos entrevistados
95635Apresenta resistência para entrevistarEntrevista mas têm resistência para contratarNão apresenta resistência e contrata0502575
Fonte: ABRH
De acordo com as Estatística de Gênero do instituto – análise dos resultados do Censo 2010, divulgados em outubro – a participação da população economicamente ativa mostra diferenças entre homens e mulheres, que possuem menor participação. Segundo o IBGE, homens e mulheres de 16 a 64 anos com deficiências no grau severo ou mental/intelectual participam menos do mercado de trabalho.
Entre os respondentes da pesquisa da ABRH, 59% é formado por mulheres, 45% possuem pós-graduaçao em curso ou completo. Serviços é o setor que se destaca entre as empresas dos respondentes e 49% são gerentes, coordenadores e diretores.
Lei 8213/91
A lei determina que empresas de 100 funcionários ou mais incluam de 2% a 5% dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiências habilitadas na seguinte proporção: até 200 empregados, 2%; de 201 a 500 empregados, 3%; de 501 a 1000 empregados, 4%; e de 1001 em diante, 5%.
Principais dificuldades recrutamento (Foto: Reprodução / ABRH)Principais dificuldades no recrutamento e seleção de pessoas com deficiência segundo pesquisa (Foto: Reprodução / ABRH)
 fonte:

Cristiane CaoliDo G1, no Rio
G1
http://g1.globo.com/concursos-e-emprego
q0/01/2014 08h19 - Atualizado em 07/05/2015 13h57

CAMPEÃO É QUENIANO



Queniano campeão da
Maratona de Nova York 
vence a São Silvestre 
de forma inédita



Stanley Biwott (207) conquistou a São Silvestre em 2015© Gazeta Press Stanley Biwott (207) conquistou a São Silvestre em 2015
Dominada pelos quenianos nos últimos anos, a São Silvestre teve novamente um vencedor do país africano, mas se trata de alguém diferente. Atual campeão da Maratona de Nova York, em novembro, Stanley Biwott confirmou o favoritismo e conquistou a 91ª edição da tradicional prova paulista de fim de ano ao conseguir o tempo de 44m32. Ele foi seguido de perto pelo Leul Gebresilase, da Etiópia, que brigou pela vitória até a chegada.
O melhor brasileiro foi novamente Giovani dos Santos, que, assim como em 2014, terminou na quinta colocação.O melhor brasileiro na disputa uma vez mais foi o mineiro Giovani dos Santos. É o quarto ano consecutivo que o atleta da equipe Pé de Vento é o principal representante do país na corrida.
O Brasil não tem um vencedor da Corrida Internacional de São Silvestre desde 2010, ano em que Marílson Gomes dos Santos conquistou seu terceiro título da prova pedestre mais tradicional da América Latina. Desde então, apenas atletas africanos subiram ao lugar mais alto do pódio.
A corrida
Nesta quinta-feira, o grupo de corredores da África puxou o pelotão desde os primeiros quilômetros, liderado muitas vezes por Biwott. Campeão na temporada passada, o etíope Dawit Admasu também tentou puxar o ritmo no trecho inicial.
Melhor brasileiro nos últimos anos, Giovani dos Santos tentou se manter no grupo de elite esperando um vacilo dos adversários para buscar a ponta, mas acabou ficando para trás após a primeira metade.
Biwott continuou ditando o ritmo da prova, cada vez com menos atletas em sua cola. O ritmo do campeão da Maratona de Nova York fez ainda mais diferença na temida subida da Avenida Brigadeiro Luís Antônio, em que a briga pela vitória ficou polarizada entre ele e Gebresilase.
O vencedor foi decidido apenas nos metros finais. Biwott chegou a ter seu triunfo ameaçado, mas conseguiu resistir aos ataques do rival e foi o primeiro a cruzar a linha de chegada na Avenida Paulista.
Veja o tempo dos cinco primeiros colocados:
1 - Stanley Biwott (Quênia) - 44m31s
2 - Leul Aleme (Etiópia) - 44m34s
3 - Feyisa Gemechu (Etiópia) - 44m38s
4 - Edwin Kipsang (Quênia) - 44m41s
5 - Giovani dos Santos (Brasil) - 44m58s

FONTE:

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

CANTAREIRA SAI DO VOLUME MORTO !!




Um ano e meio depois, 
Cantareira sai do
volume morto


Sistema Cantareira teve de ser socorrido no ano passado com o uso do chamado volume morto
© Fornecido por Estadão 
Sistema  Cantareira teve de ser socorrido
 no ano passado com o uso do chamado volume morto




Após chuvas acima da média nos últimos meses, racionamento e redução do consumo, o Sistema Cantareira voltou a operar no azul um ano e meio após entrar no volume morto. 

Os reservatórios que compõem o manancial atingiram o índice de 29,3% da capacidade, o suficiente para deixar de captar água da reserva profunda, segundo relatório da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), informado nesta quarta-feira, 30.
Mesmo com a recuperação do manancial, que está há mais de dois meses sem sofrer queda, a população deve continuar sofrendo cortes de abastecimento pelo terceiro ano consecutivo. A exploração do Cantareira, atualmente de até 18 mil litros por segundo, permanece limitada à metade da capacidade de produção do sistema, de 35 mil l/s.
Embora o sistema inicie 2016 em uma situação melhor do que a de 2015, quando o nível estava 21% abaixo de zero, a quantidade de água armazenada nas represas ainda é 44% menor do que em janeiro de 2014, ano marcado pela crise hídrica.
Há incertezas sobre o comportamento climático e o atraso nas obras para ampliar o estoque da Grande São Paulo. As projeções, contudo, são mais otimistas agora porque, depois de registrar o ano mais seco da história, o Cantareira encerra o último mês de 2015 com uma entrada de água (52 mil l/s) igual à média histórica de dezembro, o que não acontecia desde julho de 2012. Só em novembro e dezembro, meses em que choveu 15% acima do esperado, o Cantareira somou 130 bilhões de litros, mais da metade dos 220 bilhões de saldo acumulado no ano.
Ao longo de 2015, o Cantareira recebeu o dobro do volume de água de 2014. Entraram cerca de 711 bilhões de litros nos reservatórios, o equivalente a 70% da capacidade do sistema, enquanto que no primeiro ano da crise hídrica foram 357 bilhões. Mas só a chuva seria insuficiente para garantir a recuperação parcial do sistema.
Cálculos feitos pelo Estado a partir de dados da Agência Nacional de Águas (ANA) mostram que se a Sabesp tivesse mantido em 2015 o nível de exploração de água de 2014, o manancial teria perdido 34 bilhões de litros, em vez de ter acumulado 220 bilhões. Com a política de racionamento, a redução do consumo pela população e a exploração de outros sistemas, a companhia retirou 40% menos água do manancial neste ano do que em 2014.
Histórico
Quando o Cantareira passou a depender do volume morto, no dia de 10 de julho de 2014, a Sabesp retirava 22 mil l/s das represas, que recebiam dos rios afluentes apenas 6,4 mil l/s. Só naquele mês, o déficit do sistema foi de 50 bilhões de litros. Já em dezembro de 2015, o saldo foi inverso. Entraram 51,9 mil l/s e saíram 15 mil l/s, um saldo de 98 bilhões de litros.
A primeira cota do volume morto, de 182,5 bilhões de litros, foi adicionada ao cálculo da Sabesp em maio de 2014, o que fez o nível do manancial saltar artificialmente de 8,2% para 26,7%. Cinco meses depois, outra reserva profunda, de 105 bilhões de litros, seria acrescentada. Dessa vez, o sistema subiria de 3% para 13,6%.



FONTE:




quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

NÃO REPITAM MEU ERRO




As comemorações de fim de ano estão aí novamente e mais uma vez passarei o Ano Novo longe do meu filho, pois as feridas que causei a ele ainda não estão totalmente fechadas. 
Ainda não reconquistei a confiança dele. 
Ainda não fui clara de que ele pode trazer o seu marido e filho para passarmos estas comemorações juntos.


Há anos não passamos o Natal juntos



MULHER


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Até certo ano nossa família sempre esteve unida nas comemorações do Natal e Ano Novo.
De repente, como em um piscar de olhos, durante o ano que chegou após maravilhosas comemorações, meu filho assumiu ser homossexual.
Foi muito difícil entender o que significava aquilo. Eu temia, entre diversas situações, que nas próximas comemorações ele levasse um homem para a nossa festa familiar e o apresentasse como namorado. Não queria dizer para ele, mas os meus únicos sentimentos em relação a essa possível situação eram vergonha e medo da retaliação que minha família iria nos impor. Fiquei muito focada na minha tristeza, na minha frustração, e ignorei o que ele estava sentindo.
Não soube lidar bem com a situação e ele foi embora. Passei anos sem nenhuma notícia dele. Não dormia, não me alimentava direito, não sabia se ele estava bem, se estava vivo, se estava triste e se estava se alimentando tão mal quanto eu. Deixei o meu bebê, meu eterno bebê, assumir sozinho a dura sobrevivência nesse mundo. Todas as minhas orações falavam dele e pediam a Deus que o protegesse. Onde estava o meu filho?
A saudade e a dor dessa distância eram tamanhas, que eu passei a desejar tê-lo por perto, independente da sua orientação sexual. Eu só queria o meu filho por perto, mas onde ele estava?
Todos os dias me perguntava se um dia iria vê-lo de novo. Mais que isso, me perguntava se um dia eu seria merecedora do seu perdão. Caí na real que magoei o meu filho e neguei-lhe o amor incondicional que sentia por ele. Criei condições para esse amor e ele não sentiu a influência e segurança que esse amor poderia lhe oferecer.
Meu amor me fazia capaz de avançar como uma leoa sobre qualquer pessoa que magoasse o meu filho, mas fui eu quem o magoei. Eu merecia uma segunda chance, mas onde estava o meu filho? Será que ele sentia a minha falta?
Alguns anos depois, no Dia das Mães, ele me procurou por uma ligação telefônica, com uma voz chorosa que disse sentir a minha falta. Eu nunca mudei o número do telefone da nossa casa, para que no dia em que ele quisesse entrar em contato, conseguisse. Eu queria e pedia essa ligação todos os dias, mas não usei aquele tempo distante para me preparar para ela e simplesmente não soube o que falar, não soube transmitir para ele o meu desejo de tê-lo por perto novamente.
Ele me falou sobre a sua vida, de como ela tinha mudado, de como ele estava feliz, de como ele havia crescido. Ele se formou longe de mim, tinha uma casa que foi construída e montada sem que eu pudesse lhe dar nem uma panela. Ele tinha um companheiro que eu só conseguia enxergar como amigo. Eu não havia vencido o meu preconceito, que travestido de medo e vergonha, era preconceito.
Eu sou mãe, mas sou humana, sou imperfeita, sou feita de erros e acertos. Hoje eu quero acertar e resolvi escrever esta carta para todas as mães e pais.
Pode ser que um dia o seu filho ou filha chegue até você e assuma uma orientação sexual diferente da que você sonhava para eles. A orientação sexual dos seus filhos não diz respeito a você. É correto sonhar com o que você quiser, mas lembre-se de voltar para a realidade sempre que um sonho seu envolver a liberdade de escolha e a de vida de outra pessoa.
Descobri que há uma forma de vencer o medo, a vergonha, o preconceito: envolva-se na luta pelo fim desses sentimentos. Não imponha seus sentimentos às escolhas dos seus filhos. A menos que você deseje uma vida como a minha, não imponha.
O fato do meu filho ter tido sucesso na vida é um mérito somente dele. Jamais poderei dizer que tenho orgulho da minha maternidade. Errei feio. Todo o sucesso dele poderia ter sido fracasso e aí sim, o mérito seria todo meu. Que mãe deseja o mérito sobre o fracasso total na vida de um filho?
O mundo está repleto de preconceito, de criminosos que não poderiam ter dez segundos sequer, sozinhos, perto de uma pessoa LGBT. Não permita jamais que seus filhos estejam sozinhos por aí, sem o seu amor.
As comemorações de fim de ano estão aí novamente e mais uma vez passarei o Natal e Ano Novo longe do meu filho, pois as feridas que causei a ele ainda não estão totalmente fechadas. Ainda não reconquistei a confiança dele. Ainda não fui clara de que ele pode trazer o seu marido e filho para passarmos estas comemorações juntos.
Me dei conta de que ele alcançou tudo o que eu sonhava para a vida dele: uma formação profissional promissora, uma família e alguém que o amasse. Mas não tive maturidade suficiente para aceitar isso da forma que ele quis e precisava construir. Fui egoísta e quis desenhar a história dele.
Não repitam o que eu fiz. Não repitam o que ainda estou fazendo. De verdade: façam o que eu digo, não o que faço. Eu gostaria, mas ainda não venci o meu orgulho pessoal de chegar até ele e dizer que errei feio. Eu já disse isso para algumas amigas, mas ainda não tive coragem de dizer para ele. Estou escrevendo esta carta para começar a consertar isso.
A minha intenção é ensaiar dizer tudo o que ele merece ouvir, mas antes de dizer a ele pessoalmente, gostaria de deixar a minha experiência com outras mães e pais. Não trilhem o mesmo caminho.
* A identidade da autora da carta será preservada a pedido da mesma.


FONTE:

Publicado: Atualizado: 


O SAL NÃO VIRA AÇÚCAR




Humberto Martins:

 'Não aceitaria viver um gay na TV'



HUMBERTO MARTINS



O ator Humberto Martins afirmou que nunca aceitaria interpretar um personagem gay na TV.
Em entrevista à revista Quem, ele justificou sua posição como uma "questão comercial".
"A TV aberta não comporta esse tipo de escalação. Vai ficar falso, é novela. E novela é retratação da realidade. Você não consegue fazer sal virar açúcar. O gosto vai ser sempre sal."
Com carreira consolidada em novelas da TV Globo, Humberto enumerou os tipos que já interpretou: PM, capitão, agente e bombeiro, entre outros. "Como pegar um cara assim e fazer dele uma bicha?", questionou.
Durante a entrevista, um caso recente envolvendo o ator Marcos Pasquim foi citado.
Pasquim interpretaria um personagem gay na novela Babilônia. Porém, após pesquisas de opinião, percebeu-se rejeição do público e o papel mudou.
De acordo com Humberto, é fácil entender o episódio.
"O público manda na história, acolhe e decide o que quer assistir. Ele não gosta de ver uma pessoa que já idolatrou em sua mente como galã interpretando gay. Há outros atores para isso! (...) Marcos sempre foi visto como pegador!"
As declarações do ator não foram bem recebidas pelos leitores. Nas redes sociais, sua postura foi considerada machista e homofóbica





FONTE:

MUDANÇA NA VIDA DOS CEGOS


ESTE RELÓGIO PODE
 MUDAR PARA SEMPRE 
A VIDA DOS CEGOS




Reprodução


Relógio converte notificações e e-mails para braile


Há mais de 15 anos uma invenção realmente grande não surge para auxiliar os deficientes visuais. Porém agora, parece que o aparelho desenvolvido por um ex-estudante da Universidade de Washington poderá finalmente colocar um marco à frente daqueles que possuem tal deficiência.
Tudo começou quando Eric Ju Yoon Kim recebeu um estudante cego em seu grupo de estudos e observou que ele carregava um enorme e pesado livro. Era uma das 23 partes dos livros que traduzem a Bíblia para o braile. Na cabeça de Kim, aquilo ficou como uma semente para o que viria a ser uma brilhante ideia anos depois. O jovem não se comformava que não houvesse algum dispositivo que facilitasse a leitura por parte dos cegos de uma forma mais compacta.
Ele foi atrás de informações, no entanto, não havia nada como um iPad em braile ou algo assim. Ao encontrar a necessidade, Kim não duvidou e foi atrás de resolver tal problema. Ele reuniu um grupo de especialistas em hardware, software e design e hoje é CEO da companhia Dot Inc. Eles são especializados na criação de inovações tecnológicas para cegos e pessoas com dificuldades na visão. A missão do grupo é aumentar a acessibilidade ao braile e “reduzir a discriminação invisível contra pessoas cegas”.
O último produto que eles lançaram publicamente é um fino e estiloso relógio de pulso capaz de converter textos, emails, notificações e até mesmo ‘e-books’ em braile.

“Falando com deficientes visuais, muitos disseram que os relógios já existentes traziam muitas falhas”, comentou Doo Hyuk Chand, em matéria do 'Upworthy’. Isto porque a grande maioria deles utilizava o som como forma de dar o feedback aos deficientes, o que em locais públicos pode muitas vezes ser um problema.
Com o novo 'Dot Watch’ não há este incomodo, já que o relógio vibra para novas notificações e pequenos pinos em sua superfície levantam, produzindo quatro caracteres em braile por vez. Talvez ele não seja o melhor para ler um romance, mas para textos pequenos é, sem dúvidas, um belo avanço na praticidade e discrição.


FONTE:

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

OS ANTIGOS ROMANOS




POR QUE OS ANTIGOS ROMANOS 
NÃO PRECISAVAM 
DE DENTISTA ?




Antigos romanos 

não precisavam de dentista 

por conta de um alimento 

que não comiam



A forma como higienizamos nossa boca atualmente teria sido algo completamente desnecessário se tivéssemos vivido com os romanos da Pompéia, de acordo com estudos feitos por um grupo de cientistas. 
Para chegar a tal conclusão, eles realizaram exames específicos em que analisaram trinta habitantes da cidade que foi vítima de uma gigante erupção no Vesúvio, no ano 79 d.C..

O grupo, liderado por Giovanni Babino, liberou as fotos do trabalho em setembro de 29 e revelou e uma conferência de imprensa que os romanos tinham dentes perfeitos e “nenhuma necessidade aparente para dentistas”, de acordo com informações da Agência Jornalística Itália.

Na realidade, os cidadãos de Pompeia não precisavam deste “luxo” moderno, já que a quantidade de açúcar em suas dietas era baixíssima. 
Massimo Osanna, superintendente do site ‘World Heritage’, comentou em entrevista ao 'The Telegraph’ que eles mantinham uma dieta equilibrada dentro do que chamamos hoje de dieta Mediterrânea.
“Eles comiam muitas frutas e vegetais, porém pouquíssimo açúcar” comentou a ortodontista Elisa Vanacore, que analisou as amostras de dentes. “Eram melhores do que nós neste quesito”, completou.

fonte:
(Foto: Reprodução/EPA)