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quinta-feira, 23 de abril de 2015

IRRITAÇÃO ?? ALERTA !!

 
 
A irritação como sinal de alerta
 

A irritação como sinal de alerta
 
 
 

A ansiedade, assim como o estresse, pode alterar todo o metabolismo e interferir diretamente no processo de emagrecimento. É como uma ponte projetada para suportar carga pesada e resistir a tempestades. Essas forças provocam tensão na estrutura da ponte, que em princípio resistirá, mas se a tensão ultrapassar irá acabar destruindo a ponte. Ou seja, o excesso de pressão e exigência leva ao estresse.
                
O estresse é a alteração do organismo para se adaptar a uma situação nova ou às mudanças de um modo geral. É uma reação do organismo para manter o próprio equilíbrio e o corpo pode interpretar a informação como ameaça, preparando para duas reações básicas: lutar ou fugir do que o está ameaçando.

Não há apenas o lado negativo em estar estressado, pois algumas pessoas produzem muito mais quando sob pressão. Temos o eustresse, que é o estresse positivo, onde impulsiona a pessoa a agir em alguma direção; e o distresse, que é o estresse negativo, e interfere nas funções e no desempenho de alguns órgãos.

Quando nosso cérebro, independentemente de nossa vontade, interpreta alguma situação como ameaçadora, nosso organismo passa a desenvolver uma série de alterações para se adaptar às situações. Se esse estresse continua por um período mais longo, o corpo começa a se acostumar com os estímulos causadores do estresse e entra num estado de resistência ou adaptação. É um estado de alerta geral!

Durante esse estágio, o organismo adapta suas reações e seu metabolismo para suportar o estresse por um certo tempo. A reação ao estresse pode ser canalizada para um órgão ou sistema específico, por exemplo, o coração, a pele, sistema muscular, aparelho digestivo etc. Se o problema se prolongar, pode-se chegar ao estado de esgotamento, quando haverá queda no sistema de defesa e surgem as doenças.

O estresse só se torna um problema quando ocorrem muitas reações em um pequeno período de tempo. Ou quando as dificuldades são constantes. O estresse prolongado provoca a queda do sistema imunológico. Assim, dependendo da intensidade, repetição e duração ao longo da vida e principalmente da forma que cada um reage às situações, podem levar a doenças.
Comece se perguntando: no último ano enfrentei situações como: perdas, separações, mudança significativa na vida familiar, profissional, afetiva ou problemas de saúde? Caso sim, o que ocorreu? Qual foi minha reação? É importante entender que o estresse é cumulativo. Quanto mais intenso, mais sérias serão as reações.



Doenças que podem se desenvolver:

- resfriados/gripes
- herpes
- gastrite/úlcera
- insuficiência renal
- hipertensão
- depressão
- diabetes
- síndrome do pânico
- alergias
- derrame
- infarto do miocárdio

Como podemos perceber o estresse não é "nada" como alguns consideram. É preciso tomar cuidado para não confundir sintomas do estresse com alguma doença (distúrbios da tireóide, anemia, diabetes, hipoglicemia - queda da taxa de açúcar no sangue) que podem ter os mesmos sintomas. Consulte sempre um médico.



O estresse também provoca mudanças no padrão de comportamento:

- cansaço / insatisfação / irritação constante
- nervosismo
- paciência e tolerância zero / explode com facilidade
- sentimento de ser incapaz (baixa auto-estima)
- chora por qualquer motivo ou sem nenhum motivo
- constantes pensamentos negativos
- diminuição ou perda do interesse sexual/libido
- abuso de álcool e fumo
- dificuldade para dormir / insônia
- não consegue ter autocontrole
- perda ou aumento de apetite
- coordenação motora fica comprometida, podendo gerar acidentes freqüentes
- raciocínio pode ficar acelerado ou lento, em geral sente-se confuso
- não consegue decidir
- perda da memória (começa a esquecer datas, números de telefones, compromissos)
- incapacidade de relaxar
- não consegue desligar-se do assunto que o preocupa


Ocorrem mudanças no corpo:

- tensão muscular, dores no corpo, nas costas
- sensação de peso nas pernas e nos braços
- dor de cabeça constante
- bruxismo (dentes cerrados ou ranger dos dentes)
- tremor na voz
- suor excessivo

LEIA TBM: http://www.stum.com.br/clube/c.asp?id=43142

quarta-feira, 22 de abril de 2015

SAÚDE & SINAIS QUE O CORPO DÁ




Preste atenção nos sinais que a boca dá para a saúde do organismo


mulher mostrando a lingua - Foto: Getty Images

Autoexame pode prevenir doenças mais graves como o câncer bucal e HPV

 
POR CAROLINA SERPEJANTE

       
 
A saúde bucal não pode e nem deve ser separada da saúde geral do organismo. Nossa boca é continuamente desafiada por infecções causadas por bactérias, vírus e fungos. "Qualquer lesão na mucosa da boca pode ser contaminada por micro-organismos presentes na boca ou adquiridos de outras pessoas, aumentando o risco de doenças, desde uma DST até problemas circulatórios", explica a dentista Amália Rodrigues Martins. Afta, herpes, excesso de saburra e outros problemas de saúde, que começam na boca, podem denunciar que seu corpo pede cuidados.

A boca abriga uma grande quantidade de micro-organismos que residem na superfície dos dentes, nas próteses ou na própria mucosa, formando um ecossistema chamado biofilme, que nada mais é do que a conhecida placa bacteriana. As bactérias podem causar doenças locais, como a cárie, a gengivite e a periodontite. Mas também podem desencadear problemas em outras partes do corpo. "Elas podem penetrar nos tecidos e na corrente sanguínea, liberando substâncias tóxicas e estimulando uma inflamação e até uma infecção grave", diz ela. A seguir, a especialista mostra quais os alertas que sua boca dá e como preveni-los.  
 
 
             Saburra

Também conhecida por biofilme lingual, a saburra é composta por células descamadas, restos alimentares e bactérias no dorso da língua, podendo ter a coloração esbranquiçada, amarelada ou amarronzada. A saburra lingual pode acontecer quando há a diminuição da produção de saliva ou a descamação de pele da mucosa bucal acima do normal. Essa formação é mais intensa nas pessoas que estão com o fluxo salivar diminuído, o que pode acontecer em situações de estresse, ingestão de certos medicamentos, respiração bucal, ronco, uso de enxaguantes bucais com álcool, uso de aparelhos ortodônticos, entre outros. "A diminuição do fluxo salivar é comum em diabéticos, a descamação da língua pode ser encontrada em pacientes com rinites ou sinusite", ressalta a dentista Vivian Farfel, de São Paulo. Fora as situações de estresse e ansiedade, que podem causar um aumento da viscosidade salivar, causando a saburra.

"A saburra é uma das principais causadoras do mau hálito", explica a dentista Amália Rodrigues Martins. Ela explica que as bactérias presentes na saburra vão degradar proteínas, produzindo compostos sulfurados, responsáveis pelo mau hálito. Além disso, entre as bactérias presentes na saburra lingual estão algumas espécies capazes de causar doenças como a gastrite, pneumonia, endocardite bacteriana, parada cardíaca, acidente vascular cerebral e a doença periodontal. "A saburra também pode ser o sinal de doenças mais graves, como escarlatina, icterícia e deficiência grave de vitaminas do complexo B", afirma a dentista Vivian.

A escovação dos dentes e a limpeza diária da língua são importantes para a eliminação desses micro-organismos. A higienização deve ser feita com a escova de dente e raspadores ou limpadores de língua. Se mesmo com a limpeza adequada os sintomas persistirem, procure um profissional em odontologia e exponha seu problema.

 

 Mau hálito- Foto: Getty Images

Mau hálito
A principal causa de mau hálito é a má higiene bucal, que causa formação de saburra na língua.  "Entretanto, doenças como gengivite e outras inflamações na via oral também estão entre causas mais frequentes de halitose, uma vez que são consequência da falta de higiene bucal", explica o gastroenterologista Guilherme Andrade, do Hospital 9 de Julho. Doenças como gastrite por Helicobacter pylori e refluxo gastroesofágico também geram o mau hálito, assim como as doenças do trato respiratório superior, por exemplo sinusite, rinite alérgica, amidalite e laringite - essas últimas geram um odor de muco, por conta da concentração de catarro.

Outras doenças podem causar o mau hálito, como diabetes, insuficiência hepática, insuficiência renal, câncer de estômago e insuficiência cardíaca. Se você quiser ler mais informações sobre o assunto, leia aqui sobre as doenças que causam mau hálito.       

terça-feira, 21 de abril de 2015

CRISE EXISTENCIAL


 
Crise existencial faz parte da evolução

Crise existencial faz parte da evolução
 
 
                                     

Crise Existencial: Quais os Sintomas da Crise Existencial?


Veja quais os Sintomas da crise existencial

Crise Existencial
Foto: Crise Existencial
 
 
Os sintomas mais comuns são:
 
- ansiedade,
- desânimo e cansaço mental,
- dificuldade de concentração e
- esquecimento,
- tendência ao isolamento tanto social quanto familiar,
- apatia,
- desambição,
- falta de motivação,
- sentimento de receio,
- incerteza,
- desespero e vazio,
- pessimismo,
- idéias de culpa,
- baixa auto-estima,
- considerando-se inútil,
- idéias suicidas,
 
 
manifestações psicossomáticas comuns como:
 
- dor de cabeça,
- sintomas gastrintestinais,
- dores pelo corpo e pressão no peito,
- alteração do apetite e do sono e
- redução da libido.
 
 
 
Outros sinais que podem estar associados aos sintomas centrais são:
 
- pessimismo,
- dificuldade de tomar decisões e
- para iniciar e concluir suas tarefas;
 
- irritabilidade ou impaciência;
- inquietação;
- achar que não vale a pena viver;
- desejo de morrer;
- chorar à-toa;
- sensação de que nunca vai melhorar;
- desesperança;
- sentimento de menos valia;
- persistência de pensamentos negativos;
- queixas freqüentes;
- boca ressecada,
- constipação,
- perda de peso e apetite,
- insônia,
- perda do desejo sexual.
Se o indivíduo apresentar cinco (ou mais) dos sintomas acima descritos, possivelmente estará apresentando um quadro depressivo.
 
 
 
Crise existencial faz parte da evolução

    por Maria Silvia Orlovas

Sabe quando as coisas não se encaixam?
 
Quando você não se sente bem no trabalho,
não está legal com a família,
olha para si mesmo e se acha gordo,
questiona suas roupas,
sua formação,
suas escolhas afetivas???
 
Crise existencial faz parte da evolução
Acesse o conteúdo completo
 

segunda-feira, 20 de abril de 2015

PESSOAS DIFERENTES




As Pessoas de Bem vs as Pessoas do Bem

 
 
Por | Guy Franco – sex, 17 de abr de 2015


 
 
 
O caminho do inferno está pavimentado de boas intenções, disse certa vez um velho sábio maligno.
 
Existem basicamente duas vertentes de movimentos cheios de boas intenções:
 
- as Pessoas de Bem e
 
- as Pessoas do Bem.
 
 
São como Testemunhas de Jeová que te abordam no portão de casa: “O senhor tem um minuto para ouvir as palavras de Caetano?”
 
As Pessoas de Bem, um pouco menos, talvez.
 
Elas não sentem a necessidade de mostrar que são boas o tempo todo porque isso deveria ser óbvio para todo mundo.
 
São pessoas que usam calça e que de fim de semana lavam o carro com uma bermuda branca.
 
São as senhorinhas que franzem o cenho nas cenas de sexo da novela, que olham para o cabelo do sobrinho e dizem “Isso não está certo”.
 
 
O sedentarismo, a flacidez e as manchas de idade na pele são elementos que costumam ressaltar a imagem das Pessoas de Bem.
 
Elas vivem suas indignações de dentro de casa, com uma coberta xadrez sobre o colo, tomando sopa de ervilha.
 
 
As Pessoas de Bem não se esforçam para serem boas, pois acreditam que basta pagar as contas em dia para atingir um estágio moral superior.
 
 
Usam termos-escudos como “eu pago as minhas contas” e “o cidadão de bem, trabalhador e honesto”.
 
São pouco ousadas e suas indignações ficam confinadas em seus apartamentos.
 
 
Já as Pessoas do Bem são aquelas que no fundo são pessoas boas, mas se elas mesmas não falarem isso você nem repara.
 
Precisam mostrar o tempo todo o quão boas são, soltando perdigotos no seu rosto enquanto discutem questões de gênero.
 
 
Costumam ser os hipters das boas intenções – Ih, vocês ainda estão falando de homofobia?
 
Eu já estou na luta contra a lesbotetransfobia.
 
São engajadas, folheiam revistas na busca de propagandas com alguma discriminação que ela e mais ninguém notou.
 
Gente que vai gritar contra as mais inimagináveis injustiças, mas nunca contra as violências mais óbvias.
 
São capazes de ficar indignadas com uma embalagem de sucrilhos feita para meninas mas não com um assalto à mão armada na rua de casa.
 
Usam termos como “falsa simetria” e “você acha que a sua aula é mais importante do que a questão racial?”
 
E têm horror às Pessoas de Bem.
 
Escrevem teses cujos títulos são algo como “Tattoos como ícones de construção da identidade heteronormativa nos estúdios de tatuagem de Guarulhos”.
 
Como as Pessoas de Bem, também acreditam ter atingido um estágio moral superior.
 
 
Em todo grupo, pode reparar, há alguém cheio de boas intenções, que implica com todos os outros porque ninguém é tão bom, tão iluminado quanto ele.
 
Pessoas de Bem e Pessoas do Bem que acreditam em sua bondade inatacável, em sua índole quase sacrossanta.
 
 


FONTE: BLOG DO GUY FRANCO

Guy Franco


Nasceu em 1984, mora em São Paulo, de onde sai só para comer. Em 1999, pegou homossexualidade no metrô – aquele monte de gente junta, as janelas fechadas. Já foi bancário, designer e videoartista. Em 2008 criou o blog coletivo Canudos Coloridos. Foi colunista da revista 'Alfa' em 2012.

domingo, 19 de abril de 2015

LIDANDO COM O INESPERADO



Abrindo as portas para o diálogo com Deus!


Abrindo as portas para o diálogo com Deus!
 
 
 

Acupuntura emagrece ? 

Fatores emocionais.


A obesidade envolve também pressões geradoras de culpa pelo ato de se comer em demasiado e, conseqüentemente, por se estar acima do peso desejável. Este processo pode ser alimentado por fatores diversos e, em certos casos até pelos mais próximos.

O desenvolvimento de uma proteção entre o Self e as ameaças percebidas pela vida refletem insegurança e medo dos enfrentamentos, quanto maior o tempo da não conscientização deste processo, maior será a autoproteção por parte do organismo que acumula mais gordura para aumentar esta barreira protetora.

Deixando a integridade da saúde física, parcialmente de lado, reflexionemos que existem aqueles que se encontram confortáveis com o peso que apresentam, fazendo uso de variados artifícios, baseados no comodismo e no desânimo.

Eximindo a nossa posição sobre o mérito do julgo, oferecemos a  interpretação, baseada na literatura, de que estes são envolvidos por uma sensação de tranqüilidade que lhe capacita a sensação de ser levado mais a sério e as suas opiniões serem dotadas de maior certeza e consistência. Para a Medicina Tradicional Chinesa tratar-se de uma ilusão tranquilizadora de que o mundo é lento, sólido e estável, em decorrência dos fatores de adoecimento umidade e fleugma atingirem o cérebro, mar da medula.

Os sinais são perceptíveis durante a anamnese, muitas das vezes até pelo paciente, insegurança, medo e preocupação, associam-se com os Rins e o Baço-Pâncreas (BP) que se encontram energeticamente debilitados. A base para harmonização é fortalecer o fogo do Coração, seu Qi e o Qi do BP.

A perda do contato com o entusiasmo e amor internos pode levar a sensação de desgosto e revolta pela vida e estendida a sua expressão àqueles do seu círculo familiar e social, a construção desta identidade pode sustentar uma desculpa para se evitar relacionamentos ou se envolver sexualmente.

Faz-se notável a evolução para um estado depressivo decorrente do processo que leva ao sentimento de culpa e/ou autopunição que estagna o Qi nos órgãos como Coração, Fígado e Pulmão, o princípio do tratamento é mover este Qi estagnado.


A Acupuntura é capaz de promover o fortalecimento do eu interior, de aguçar algumas percepções, através de pontos específicos que trabalham além da auto-estima, a autoconfiança. O paciente é capaz de observar e identificar seus limites e de discernir a causa primária que originou o processo.


É importante ressaltar, mais uma vez, que o processo para um emagrecimento saudável é mais eficaz quando se utiliza um conjunto de atitudes, como a reeducação alimentar devidamente supervisionada por um profissional capacitado para tanto; a definição de Saúde, conforme a OMS, engloba um conjunto de fatores.

Mas a grande maioria das pessoas busca milagres! Em um período muito curto de tempo, sendo que o evento da obesidade caracteriza-se pela cronicidade. Por tanto, cuidado! Qualquer terapia que faça promessas demasiadamente mirabolantes e dê um prazo para isso acontecer, pode envolver medidas drásticas que eventualmente se manifestarão no físico, ou quando cessadas, volta-se a estaca zero: se engorda tudo de novo!

Cada caso é um caso! Isso quer dizer que cada um responde de maneira mais ou menos lenta dada às características que o constitui, alguns perdem peso rápido porque se elimina quantidade de líquido que está acumulada (edema) outros não têm ou não precisam perder líquidos, já que juntamente eliminam-se substâncias importantes ao organismo.

Dentro do Universo da Acupuntura, existem opções de técnicas variadas que podem ser utilizadas juntas ou em separado, as quais abordaremos no próximo artigo.






Espero ter auxiliado! Se gostou compartilhe!

Namastê.




BIBLIOGRAFIA CONSULTADA: 
  • Ross, Cominações dos pontos de acupuntura 2007.
 
 
 

 

INTERRUPÇÃO DOS CAMINHOS


 
INTERRUPÇÃO DOS CAMINHOS
 
 

Interrupção de caminhos
 
 
 

Acessibilidade

Caminhos interrompidos

Famosa por seu planejamento urbano, Brasília exibe calçadas cheias de falhas, uma sinalização específica quase ausente e um conjunto ínfimo de profissionais para atender os mais de 500 000 deficientes físicos que moram no DF

Izana em frente ao Espaço Lucio Costa, na Praça dos Três Poderes: é impossível visitar, sem auxílio, um dos principais pontos turísticos da cidade (Foto: Michael Melo) Izana em frente ao Espaço Lucio Costa, na Praça dos Três Poderes: é impossível visitar, sem auxílio, um dos principais pontos turísticos da cidade (Foto: Michael Melo)
 
     
 
     
25.abr.2014 14:56:05 | por Paulo Lannes
       
Inaugurada dois anos antes de Brasília, a 308 Sul foi, desde o seu início, considerada o modelo ideal para as outras superquadras do Plano Piloto. Com paisagismo de Burle Marx, invejável infraestrutura de lazer e espaços bem definidos, ela até hoje recebe turistas que chegam para conhecer, na prática, o projeto urbanístico de Lucio Costa. Existe um ponto, no entanto, em que a 308 Sul está longe de ser referência positiva. Os moradores mais idosos e, especialmente, os 25 deficientes físicos que ali habitam encontram muitas dificuldades de locomoção. O dia a dia deles é marcado pelo desafio de encarar calçadas desniveladas e quebradas, sem rampas que facilitariam o deslocamento de quem anda em cadeira de rodas. Chegar à Igreja Nossa Senhora de Fátima, por exemplo, tornou-se uma via-crúcis. “A área é impraticável para pessoas com essas características. Isso é modelo para quem?”, reclama Edmilson Magalhães Filho, prefeito da quadra. Para vários deficientes, resta atravessar muitos trechos pelo asfalto, dividindo o espaço com os carros.
 
 
Infelizmente, as adversidades não ficam restritas a essa zona simbólica de Brasília. Nem são exclusivas dos cadeirantes. Em todo o Distrito Federal faltam rampas, meios-fios rebaixados, semáforos sonoros e pisos táteis. Além disso, são escassas as informações em braile, sistema de leitura para cegos, e raros os profissionais disponibilizados para ajudar os cidadãos surdos por meio da língua brasileira de sinais (Libras). Em resumo, não estamos prontos para dar aos deficientes físicos as condições mínimas de deslocamento. E, ao contrário do que muitos acreditam, essa parcela da população é bem grande. De acordo com o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem 573 800 indivíduos no DF com algum tipo de deficiência — ou cerca de 20% dos moradores da capital. Nesse universo, 365 568 pessoas, ou seja, 63,71%, sofreram perdas visuais sérias. Em seguida, vêm aquelas com dificuldades motoras. Elas totalizam 103 399, ou 18,02% do conjunto. As estatísticas ainda relacionam 82 685 deficientes auditivos (14,41%) e 22 091 habitantes (3,85%) com déficit intelectual.
 
 
 
 
Entorno do Estádio Nacional: para entrar na arena, só passando pelo gramado ou pelo estacionamento (Foto: Roberto Castro)
 
 
Travessia na Esplanada: numa área sem faixa de pedestres, é preciso usar a força dos braços para não ser atropelado (Foto: Michael Melo)
 
 
Rodoviária do Plano Piloto: as plataformas não condizem com os novos ônibus acessíveis (Foto: Michael Melo)
 
 
Para saber como membros dos três grupos majoritários de deficientes têm a vida afetada pela formatação da capital, VEJA BRASÍLIA realizou um teste com um representante de cada uma dessas limitações físicas. Eles percorreram três roteiros no centro da cidade, muito frequentados por moradores e turistas (confira os detalhes no quadro acima). Todos usaram como ponto de partida a Rodoviária do Plano Piloto e seguiram para sentidos diversos. O primeiro, via Esplanada dos Ministérios, tinha como destino a Praça dos Três Poderes. No segundo, o traçado cortava o Setor Comercial Sul e acabava no Shopping Pátio Brasil. O Setor Hoteleiro Norte e o Estádio Nacional estavam na rota do terceiro.
 
 
 
 
 
A saída inaugural foi com Izana Barbosa, funcionária pública que perdeu o movimento das pernas após um acidente de carro há dezessete anos. Na época, iniciava carreira como modelo e estava grávida de dois meses. Mesmo com a grave lesão na coluna, não houve problema com o bebê, que nasceu saudável. Hoje ela não reclama de sua condição, mas admite que a cidade ainda tem muito que melhorar. “Para evitar as ruas, saio sempre de carro e desço próximo de onde quero chegar”, explica Izana, proprietária de um veículo automático com freio e acelerador manuais. Durante o teste, obstáculos, como carros mal estacionados, impediram a livre circulação no Setor Comercial Sul. O trajeto até a Praça dos Três Poderes, que leva meia hora para um pedestre comum, durou o dobro do tempo para a cadeirante. Entrar em pontos turísticos como o Museu da Cidade ou o Espaço Lucio Costa, apenas se usasse as escadas — com a ajuda de outras pessoas, claro. Ao seguir para o Estádio Nacional Mané Garrincha, os mesmos problemas de infraestrutura. A cereja do bolo? Bem adaptada para receber deficientes em suas dependências internas, nossa arena da Copa não oferece calçadas de acesso do lado de fora. Izana terminou o passeio com sua cadeira enlameada.
 
As histórias de superação são marcantes na vida dessas pessoas. Cego desde o nascimento, devido a uma disfunção genética, o técnico em informática Leonardo Moreno já caiu e levantou sozinho muitas vezes por não saber onde estava pisando. Para facilitar os deslocamentos, sua família se cotizou e comprou um cão-guia, um labrador que custou 25 000 reais. Ao lado do animal, o rapaz estava consciente de que tanto o trajeto pela Esplanada quanto o do estádio seriam obstáculos difíceis em sua condição. “Dependo dos motoristas para que me avisem e parem para eu atravessar a rua. Algumas vezes, tive de esperar mais de quarenta minutos”, diz Moreno. Ao cruzar o Setor Comercial Sul, a dificuldade a ser vencida era o desrespeito dos frequentadores da região. Uma vergonha.
 
Mesmo para quem enxerga e anda sem problemas não é fácil se deslocar pelo Plano Piloto. No trajeto realizado por Renata Rezende, professora de Libras no Instituto Federal de Brasília e surda desde os 4 anos em decorrência de uma meningite bacteriana, a acessibilidade ficou comprometida de outra forma: pela falta de comunicação. Por não ser oralizada, Renata não faz leitura labial e sofre para ser atendida em instituições públicas e privadas. Na Rodoviária, após muita mímica para explicar no guichê de informações que gostaria de ir à Praça dos Três Poderes, desistiu. Na Feira da Torre, o mesmo ocorreu na praça de alimentação. Passeios culturais, nem pensar. “Só há intérpretes em eventos especialmente voltados para os surdos. Ao resto, não temos condição de comparecer”, lamenta Renata, em tradução feita por Lenilson Costa, especialista que a auxilia em locais abertos.
 
 
 
Costa e Renata: conhecer as atrações da Esplanada depende do auxílio de um intérprete particular (Foto: Michael Melo)
 
 
Renata e um dos responsáveis pelo guichê de informações da Rodoviária do Plano Piloto: tentativas infrutíferas de estabelecer um diálogo (Foto: Michael Melo)
 
 
O panorama é igualmente desalentador quando essas pessoas precisam usar o transporte público. Embora o número de ônibus com entrada especial para deficientes tenha saltado de 950 para 3 000 nos últimos nove meses, poucos cadeirantes se beneficiam dos novos veículos. Quando se arriscam, é comum ouvirem de condutores que o elevador está quebrado ou que eles não sabem operar o maquinário. No metrô, a estrutura também existe e, nesse caso, funciona bem. Mas os trens ainda são evitados por grande parcela de moradores com deficiência. Como os vagões lotam em horários de pico, eles se ressentem de atrapalhar o fluxo e sofrem com a falta de assistência dos usuários nesses momentos.
 
Na comparação com outras metrópoles, fica ainda mais evidente o descaso de Brasília, e do DF, com o público deficiente. Salvador, também sede de uma área considerada Patrimônio da Humanidade, passou por uma série de modificações, em 2013, para tornar as atrações do Centro Histórico acessíveis a qualquer visitante. Atualmente, a região do Pelourinho tem calçadas com rampas e corrimões, ruas revestidas em pedras niveladas e meios-fios rebaixados. Fora do Brasil, Paris talvez seja a maior referência. Lá, existem bairros inteiros preparados para receber pessoas com qualquer problema físico. Antes de sair de casa, o deficiente pode se informar sobre mais de 1 600 pontos turísticos com equipamento e acessos específicos e, também, sobre linhas de transporte com facilidades.
 
 
 
 
Moreno ao cruzar uma via onde o Eixo Monumental se encontra com a W3 Norte: insegurança em pleno Setor Hoteleiro (Foto: Michael Melo)
 
 
Comércio sobre o piso tátil: os benefícios raros perdem seus efeitos se a população não colabora (Foto: Michael Melo)
 
 
Admitindo o quadro desfavorável, setores do governo se movimentam para alterar essa realidade. Desde o ano passado, a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejus) implementa o programa Viver sem Limites, que reúne 35 projetos voltados aos deficientes físicos. Um dos carros-chefe é a Central de Intérpretes, na qual cinco especialistas em Libras se esforçam para auxiliar mensalmente cerca de 1 000 pessoas com problemas auditivos. Além do atendimento pessoal e via redes sociais, a instituição dispõe de um carro para acompanhar os deficientes em hospitais e fóruns. Outra iniciativa é o disque-acessibilidade. Ao ligar para o número 2104-1173, pode-se denunciar qualquer espaço público ou privado que não seja adaptado. No âmbito turístico também há novidades. Apesar de ter sido cancelado o investimento de 6,3 milhões de reais em acessibilidade nos principais monumentos da capital, a Secretaria de Turismo (Setur) deve lançar ainda neste ano o projeto Pegadas de Brasília. “O objetivo é criar diversos circuitos preparados para esse público”, afirma Luis Otávio Neves, secretário da pasta. Não será até a Copa que transformaremos a capital num modelo de atendimento aos que apresentam necessidades especiais. Mas, com vontade política e colaboração popular, quem sabe faremos a cidade se destacar, num futuro próximo, como bom exemplo de planejamento para todos. Todos mesmo. 

CRISTÃOS QUEIMADOS




Queimado por ser cristão,

adolescente fica em estado grave

no Paquistão

 
Reprodução


Um adolescente paquistanês está entre a vida e a morte em um hospital no leste do Paquistão depois que dois jovens tentaram queimá-lo vivo supostamente por ser cristão, segundo informaram fontes oficiais à Agência Efe na terça-feira.
 
"Nauman Masih está em situação muito crítica e respirando com a ajuda de aparelhos, com 55% do corpo queimado", disse o superintendente médico do Hospital Mayo de Lahore, o doutor Amjad Shehzad.

O médico explicou que, "quando 55% do corpo está queimado, há menos possibilidades de sobreviver" e que Masih "pode falar, mas não confortavelmente".

O inspetor policial Safdar Ali disse que o ferido o contou que "dois homens jovens encapuzados o pararam e perguntaram a que religião pertencia".

"Quando respondeu que era cristão, foi agredido e atiraram querosene e atearam fogo nele", explicou o porta-voz policial.



O fato ocorreu na sexta-feira em Lahore, capital da província de Punyab, onde no mês passado um ataque com bombas contra duas igrejas reivindicado pelo grupo insurgente Jamaat-ul-Ahrar (JuA) causou a morte de 15 pessoas e deixou 75 feridos.

Em novembro, um casal cristão foi assassinado nesta província e seus foram corpos queimados por um grupo que o acusou de profanar o Corão.

O Paquistão é uma república islâmica na qual quase 97% de seus 180 milhões de habitantes são muçulmanos e apenas 1,5 % são cristãos.