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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

ÁGUA: PIOR CRISE DESDE 1930




Foto: Estadão Conteúdo

Sabesp divulga horários em que reduz água em SP

 
 
Empresa alega que, apesar os cortes,
medida não caracteriza
'racionamento sistêmico'
 
 
 
 

Sabesp divulga horários em que reduzirá a água na rede

 
 
 
                   
 
 
Um ano após o início da crise hídrica paulista, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) começou a informar somente na segunda-feira, 26, os horários em que cada imóvel da Grande São Paulo é afetado pela redução da pressão da água na rede.
 
Um levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo em 20 endereços constatou que a restrição no fornecimento é feita diariamente, começa quase sempre a partir das 13 horas, e pode durar até 18 horas. A empresa alega que a medida não caracteriza "racionamento sistêmico".

Para saber o horário em que pode ficar sem água, o consumidor precisa ligar no telefone 195 da Sabesp, informar o Registro Geral do Imóvel (RGI) - número que vem discriminado na conta - e esperar a resposta do atendimento automático. "A Sabesp realiza a redução de pressão nas tubulações de água da sua região das 13 horas às 7 horas", disse a gravação na consulta feita para o condomínio onde mora Tânia Rocha, de 55 anos, no Ipiranga, zona sul da capital.
 
O prédio dela é o que sofre com a redução da pressão por mais tempo ao longo do dia entre os casos levantados pela reportagem em todas as regiões da capital e em cinco cidades da Grande São Paulo. "É muito tempo sem água. Se tivessem informado antes, poderíamos nos programar", afirmou Tânia, cujo condomínio, que era abastecido pelo Sistema Cantareira e agora recebe água do Guarapiranga, impôs aos moradores três cortes diários no fornecimento para garantir que os dois reservatórios de 15 mil litros não sequem.

Leia também:
Seca no Cantareira supera o cenário mais pessimista
Ensaio sobre a cegueira hídrica: Quantos dias nós aguentamos sem poder dar descarga?
 
 
Já o empresário Marcel Agarie, de 35 anos - que mora na região do Parque São Jorge, zona leste, abastecida pelo Sistema Alto Tietê -, diz que a redução da pressão ocorria até o fim do ano passado a partir das 20 horas. Agora, a própria Sabesp admite que o imóvel é afetado pela medida das 13 às 5 horas, todos os dias. "A maior dificuldade, ainda para uma casa onde vivem seis adultos e duas crianças, é administrar os horários para usar a água e dar tempo para todo mundo tomar banho."

A redução da pressão é feita pela Sabesp desde 1997 para reduzir as perdas por vazamentos, mas foi intensificada após a seca no Cantareira, provocando cortes no abastecimento de água, inicialmente à noite e em regiões mais altas. Responsável por 60% de toda a economia de água obtida durante a crise, a medida, porém, nunca havia sido divulgada pela companhia, até a reportagem revelar a prática, em abril do ano passado.

A divulgação dos locais e horários em que há redução só foi feita agora por determinação da Agência Reguladora de Saneamento e Energia de São Paulo (Arsesp), quando autorizou a Sabesp a cobrar sobretaxa de até 100% na tarifa de água para quem aumentar o consumo. O presidente da companhia, Jerson Kelman, já havia dito há duas semanas que intensificaria a medida para economizar mais água e isso poderia causar "sofrimento à população".
Das regiões levantadas pela reportagem, apenas em bairros do extremo sul da capital, como Interlagos e Cidade Dutra, abastecidos pelo Guarapiranga, a redução da pressão começa mais tarde, a partir das 20 horas. E só para o endereço pesquisado na cidade de São Bernardo do Campo a Sabesp informou que não adota a prática.

Segundo Antonio Eduardo Giansante, mestre em Engenharia Hidráulica e Saneamento, bairros mais altos podem ser afetados pela redução da pressão por um período maior do que o informado pela Sabesp. "Os primeiros a ficar sem água também são os últimos a recebê-la. Quando a pressão é normalizada, começa a atender às regiões mais baixas, até ganhar força para subir aos pontos alto. Isso pode levar horas."

Por telefone, a Sabesp afirma que para que a medida "cause o menor transtorno na rotina, tenha no imóvel reservação de água adequada ao consumo dos usuários por 24 horas e verifique se as instalações internas estão ligadas à caixa d’água e não diretamente à rede da rua".
 
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.        
 

domingo, 25 de janeiro de 2015

FALAR COM O COMPUTADOR ??




Foto: Reprodução

Com Windows 10, será que vamos falar com o computador?

 
 
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a assistente virtual da Microsoft
que não só aceita comandos,
mas responde como humanos
 

sábado, 24 de janeiro de 2015

ÁGUA: QUEM É VOCÊ NESTA CRISE ??





 
 
 
 

Teste: quem é você na crise da água?

 

 
 
O Brasil está vivendo uma crise hídrica severa, que exige o esforço de todos.
 
 
Faça o teste e veja se você está ajudando a resolver a questão ou é parte do problema.
 
 
 

Teste: quem é você na crise da água?

 
 
 
 
 
 

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

FIM DO MUNDO ESTÁ MAIS PRÓXIMO ??



Getty

'Relógio do Apocalipse' mais perto da meia-noite

'Relógio do Apocalipse',
que mede risco do fim da humanidade,
se adianta por conta de aquecimento global
 
 
 
 

Aquecimento global aproxima planeta do Apocalipse, dizem cientistas

Por Redação Yahoo! Brasil
 
 

 
                  
 
  • Richard Summerville, do Bulletin of tomic Systems, em apresentação nesta quinta, dia 22.
    AFP - Richard Summerville, do Bulletin of tomic Systems,
  • em apresentação nesta quinta, dia 22.
 

Um “relógio” fictício criado há 70 anos para medir quão próxima a humanidade está de sua extinção deve voltar a se movimentar hoje.
 
Ele estava a 5 minutos da meia-noite (horário que representa a “extinção”) e nesta quinta, 22, foi "adiantado" para apenas três minutos - somente um "minuto" a mais do que o momento mais próximo da extinção.
 
Segundo os cientistas do Bulletin of Atomic Scientists, grupo que monitora a possiblidade de extinção da humanidade,  a negligência dos governos ao redor do mundo de atacar radicalmente o aquecimento global.

Estados Unidos, China e Rússia são os maiores vilões no assunto, porque nem mesmo mandaram representantes à última conferência em Lima, no Peru.

As reações, segundo o BAS, estão sendo tomadas em "câmera lenta".

"A 'meia-noite' não é uma coisa qualquer: simplesmente significa a extinção da raça humana e da vida no planeta", afirmou Kennette Benedict, diretora do Bulletin of the Atomic Scientists


O relógio, oficialmente chamado de “Doomsday Clock” (“Relógio do Apocalipse”) foi criado há décadas  pelo BAS para dar uma ideia ao mundo de como o homem se aproxima da autodestruição.

A criação se seguiu ao lançamento da bomba nuclear em Hiroshima e Nagasaki no Japão. A esposa de um dos cientistas envolvidos no “Manhattan Project” foi quem idealizou a concepção gráfica do “Relógio”.

Durante a Guerra Fria, o relógio se “aproximava” da meia-noite sempre que a tensão entre EUA e União Soviética se agravava.

O momento mais próximo da destruição foi em 1953, quando as duas superpotências de então começaram a fazer testes com a bomba de hidrogênio.

Com o fim da Guerra Fria, o ponteiro dos minutos do relógio atingiu sua maior distância da “meia-noite”, em 1991, chegando a 17 “minutos” de distância.


Na coletiva dada pela organização científica, os cientistas observaram que muitas das consequências vão muito além da catástrofe natural.


"Governos podem perder estabilidade. O Oceano Ártico passará a ser uma área de instabilidade militar porque novas fronteiras se formam. Criaremos um novo tipo de refugiado - os refugiados ambientais", ilustrou o professor Richard Sommerville, da Universidade da California.



A última mudança foi em 2012, quando o relógio passou a ficar a 5 minutos da autodestruição, após o desastre nuclear de Fukushima e da disseminação do virus H5N1.

A decisão dos cientistas de mexer o relógio em "dois minutos" indica que a humanidade está se destruindo a passoa mais largos.        
 

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

CHOQUE ELÉTRICO & VIDA




Reprodução

Eletricista sobrevive após choque surreal em poste

 
Enquanto fazia manutenção em um poste,
rapaz se descuidou e por pouco não morreu
 
 
 
                                     
 

Eletricista toma choque incrível em um poste

15 horas atrás, Zoomin.TV
 
Poderia ter sido mais trágico do que parece.
 
Este eletricista esta fazendo manutenção em um poste, quando de repente uma explosão acontece.
 
Felizmente ele teve apenas ferimentos leves mas poderia ter virado "churrasquinho".
 
Uma trabalho de risco, até mesmo para profissionais.
        
 

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

VALOR DA VIDA



Foto: Reuters

'Você prefere perder sua vida à vista ou a prazo?'

 
 
Marcelo Mirisola diz que não vê diferença entre pagar imposto de renda e FGTS e terminar os dias diante de pelotão de fuzilamento
 
 
 
 
 
 

Vida leva eu - Marco Archer ( 1962-2015)

 
Marco Archer Cardoso Moreira (Foto: Reuters)
Marco Archer Cardoso Moreira (Foto: Reuters)Uma lembrança da infância. Bolo de laranja.
 
O primeiro beijo. O céu azul do Rio de Janeiro. O sorriso de uma negra. O que Marco Archer teria vislumbrado segundos antes de levar um tiro no coração? Na minha cachola, aqui e agora, a única coisa que me ocorre é Zeca Pagodinho "Deixa a vida me levar/ vida leva eu/ sou feliz e agradeço por tudo que Deus me deu".                      
              
                                   ****

"Ninguém entra no mesmo rio duas vezes", essa frase é atribuída a Heráclito de Éfeso que, segundo a lenda, mergulhou num barril de estrume para se curar de uma hidropsia.

Ninguém entra num rio, nem num barril de merda duas vezes. Heráclito acreditava que o calor do estrume absorveria a água acumulada dentro das catacumbas de seu corpo( hidropsia).O filósofo dos fluxos e do movimento apostou na cura pela merda, e se afogou na mesma.

Também existe a possibilidade de Heráclito ter emergido do barril de merda, e de ter sido trucidado pelos seus cães, que não reconheceram o cheiro da nova sabedoria do dono.

Heráclito de Éfeso é um dos meus filósofos favoritos, ao lado de Diógenes de Sinope, Luciano de Samósata, e Belchior - que é apenas um rapaz latino americado, sem amigos importantes e vindo do interior do Ceará, Belchior de Sobral. E, claro, Zeca Pagodinho de Xerém.

Isso tudo para falar de Marco Archer. O traficante brasileiro que, domingo passado, foi executado na Indonésia.

Ninguém aqui seria louco de isentar os homens de suas culpas, de seus erros, muito menos de suas ações impetuosas e omissões galopantes; agindo assim, o "pacificador" estaria sendo negligente com os homens que julgam os próprios homens e que se alimentam exatamente desse julgamento para seguir em frente com seus cânceres e consciências aplacadas.

Antes de prosseguir, quero dizer que desconfio desse ente que os místicos chamam de sociedade, e das leis paridas pelas sociedades, de modo que qualquer decisão vinda em nome das tais sociedades, independentemente de serem autoritárias ou não, tanto faz se aqui ou na Indonésia, qualquer deliberação é uma temeridade.

Não vejo diferença entre pagar imposto de renda, ICMS,CPMF, FGTS e quetais ( inclua na lista o condomínio do prédio, a escola dos seus filhos e a TPM de sua mulher); diferença alguma entre pagar IPTU e terminar os dias diante de um pelotão de fuzilamento na Indonésia. A única coisa que muda é a aplicação da sentença: você prefere perder sua vida à vista ou a prazo?

Desde muito cedo Marco Archer optou pela vida à vista. Jamais pagou imposto de renda. Nunca teve talão de cheques. Na adolescência atuou junto aos cartéis colombianos, levando cocaína de Medellín para o Rio de Janeiro. Em pouco tempo se tornou um dos traficantes mais solicitados e festejados na paradisíaca Bali. O malandro carioca viajou o mundo, frequentou as melhores baladas e dormiu com as mulheres mais cobiçadas do planeta.

Em 2005, o repórter Renan Antunes de Oliveira entrevistou Marco Archer na prisão de Tangerang, na Indonésia: “Sou traficante, traficante e traficante, só traficante. Nunca tive um emprego diferente na vida. Tomei todo tipo de droga que existe".

Indagado sobre o risco que corria se fosse pego traficando drogas na Indonésia, disse: "Ora, em todo lugar do mundo existem leis para serem quebradas. Se eu fosse respeitar leis nunca teria vivido o que vivi. Não posso me queixar da vida que levei".

Vida leva eu.

O problema todo é conciliar o fluxo: a história mal contada, com a vontade de contar outra versão. A versão de Marco Archer não colou. Na Indonésia, não.

Pela revogação de todas as penas de morte, porque a vida é uma merreca e não tem o alto valor que lhe atribuímos. Se dependesse de mim, ninguém seria julgado e todos seriam culpados de antemão. E a vida - a vida vivida até o fim, com direito a pelo menos dois banhos no rio de Heráclito - seria a sentença que eu aplicaria a padeiros, confeiteiros, jogadores de Rugby, chapeiros do McDonald's, santos, assassinos e todos os homens e mulheres desse mundo cheio de injustiça e iniquidade. 


fonte: blog do Marcelo

Marcelo Mirisola

Marcelo Mirisola tem 47 anos, é paulistano e radicado na ponte-rodoviária Bixiga-Rio de Janeiro há dez anos. Escreveu mais de uma dúzia de livros, dentre eles destacam-se Bangalô, O Herói Devolvido, Joana a Contragosto e O Azul do Filho Morto. Não se identifica com nenhuma corrente da literatura brasileira contemporânea, embora alguns críticos o considerem o Pedro Alvares Cabral da autoficção aqui em nossas plagas. Também é dramaturgo.