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terça-feira, 1 de outubro de 2013

O Que Significa Receber um 'Novo Nome'?

“Quando estivermos no céu, vamos nos reconhecer?” – essa é uma das perguntas que mais ouvia quando era criança. Alguns tinham certeza que não. Já eu achava que era um pouco injusto e desnecessário. Por que, afinal, nós não nos reconheceríamos? Qual a graça de fazer amigos na igreja e chamar amigos para a igreja se, no fim da história, nem saberíamos que eles estavam morando conosco?

Mais tarde, vi que a Bíblia parece indicar que saberemos quem são nossos vizinhos, mesmo os que não encontramos pessoalmente. Por exemplo, Jesus diz que Abraão, Isaque e Jacó sentarão conosco. Ele também diz para fazermos amigos no céu, a fim de que eles nos recebam em suas casas. Parece que saberemos quem são essas pessoas. E, claro, vemos que os discípulos reconheceram o Jesus glorificado – o mesmo deve acontecer conosco, então (1 Jo 3.2). Nós o reconheceremos e seremos reconhecidos.

Parte dessa crença se deve a um verso de Apocalipse, que diz que receberemos um novo nome. Na carta à igreja de Pérgamo, Jesus diz o seguinte: “Ao que vencer darei a comer o maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece, senão aquele que o recebe” (2.17). Isaías parece confirmar a profecia quando Deus promete que “a seus servos chamará por outro nome” (65.15).

Já que seremos diferentes e teremos outro nome – como reconhecer alguém assim?
É verdade que há descontinuidade entre nossa vida corruptível aqui e a vida incorruptível da Nova Criação. Entretanto, também existe continuidade e o tal “novo nome” não é um motivo para não sermos reconhecidos. Há algo muito mais belo por trás dessa expressão e, mesmo que você nunca tenha ouvido falar dessa “crendice gospel”, te convido a caminhar um pouco pela maravilhosa Palavra de Deus.

Uma teologia do “nome”

Já comentei em outro texto a importância do conceito de “Nome” na Escritura. Para os autores bíblicos, o “nome” é mais que uma junção de letras. Ele representa a própria essência da pessoa que o carrega. É por isso que o pecado dos construtores da grande torre de Babel – “façamo-nos um nome” (Gn 11.4) – não era simplesmente construir um prédio alto, mas glorificar a si mesmo, por meio de um nome célebre. Por isso também, por exemplo, quando dizemos que o nome de Jesus salva ou que todo joelho se prostrará a seu Nome, estamos falando do próprio Cristo, não apenas de uma junção de letras.

Além disso, dar o nome a alguém simboliza a autoridade que se tem sobre essa pessoa. Adão nomeou os animais como parte de seu chamado de vice-gerente da Criação (Gn 2.19). Da mesma forma, ele deu o nome de sua esposa – Eva. (Antes que alguma leitora tente me matar – ele fez isso, em Gn 3.20, com a autoridade de marido, não porque a mulher estava na mesma categoria do resto da criação). Por outro lado, José e Maria não escolheram o nome de seu filho – coube a Deus decidir que ele se chamaria Jesus (Mt 1.21).

De vez em quando, vemos Deus mudando o nome de alguém, simbolizando um novo status ou uma nova identidade – caso de Abraão, Sara e Jacó. Às vezes, o próprio portador do nome muda sua alcunha, representando uma nova situação. Noemi (“doce”) resolve chamar-se de Mara (“amarga”) após a morte de sua família (Rt 1.20), mas termina a história com um “nome afamado” (4.14). Aliás, note como a ideia do nome move todo o livro de Rute.

No livro que inspirou esse artigo, o autor G.K. Beale nos fala ainda de outras ideias por trás da expressão “Nome”:
- Quando alguém na época do Antigo Testamento ou do mundo antigo dava um nome a outra pessoa ou coisa, significava que ela possuia essa pessoa ou coisa. Ou saber o nome de alguém, especialmente o nome de Deus, frequentemente significava entrar em um relacionamento íntimo com essa pessoa ou poder.

Autoridade, posse, intimidade, status e identidade – tudo isso estava associado à ideia de Nome. E, como veremos, isso ainda encontra-se parcialmente em nossa sociedade.

Uma teologia do novo nome

Em nossa época de individualismo e feminismo, a prática perdeu um pouco da força, mas tenho certeza de que muitas garotas (e alguns rapazes) já fizeram isso – pegaram seu nome e o imaginaram junto ao sobrenome do namorado ou pretendente. “Como eu me chamaria se me casasse com ele?”, elas pensaram. É isso que acontece em sociedades tradicionais – a mulher, quando casa, tem seu nome modificado.

Às vezes, somos levados a pensar que isso é mero elemento cultural ou fruto de uma tradição das sociedades patriarcais. Entretanto, se entendermos a Bíblia como verdadeira e, consequentemente, o casamento como figura do relacionamento entre Cristo e a Igreja, descobriremos que essa prática ilustra algo belíssimo sobre a história da redenção.

Próximo a Apocalipse 2.17, encontramos outra promessa aos crentes: “Ao que vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus e dele nunca sairá, e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome” (3.12). Mais adiante, em 14.1, aprendemos que os crentes terão o nome do Pai em suas testas, o que lembra que os sacerdotes usavam uma lâmina de ouro com os dizeres “santidade ao Senhor” (Êx 28.36-38). Novamente, Beale explica:

Parte do significado dos cristãos terem o nome de Deus e de Cristo em suas frontes é que eles compartilham da presença, da semelhança e do caráter de Deus e de seu Messias, como consequência de consagrar-se a eles.

O que isso tudo significa? Basicamente, o que já falamos antes: uma nova condição, uma nova identidade – como Abraão, Jacó e Noemi tiveram – pela bondade de Yahweh. Jesus ensina ao mesmo tempo que temos um novo nome e que Deus escreveu em nós seu Nome. E como termina o livro de Apocalipse? Com um casamento. Nós somos a noiva e receberemos o nome do Noivo. Os dois agora são um.

Assim, casar e receber o nome de um marido torna-se uma figura dos cristãos que consagram-se ao Senhor e, consequentemente, tornam-se um com ele, e compartilham de seu caráter.

Autoridade, posse, intimidade, status e identidade
Poderíamos falar horas e horas das diversas implicações desse novo nome que receberemos. Listarei algumas delas e sugiro que meditemos sobre cada um desses itens, com corações cheios de alegria e gratidão.

- Receber um novo nome nos lembra que Cristo é nosso Senhor e tem autoridade sobre sua igreja;
- Como o pai escolhe o nome dos filhos, nosso Pai nos dá um novo nome, lembrando que fomos adotados e agora somos parte da família de Deus;
- Receber o nome de Deus é sinal de que ele é nosso dono e que pertencemos a nosso marido, Cristo;
- Conhecer o nome de Deus e o nome de Cristo mostra que temos profunda intimidade com Pai e Filho, como um filho e um marido têm;
- Receber o sobrenome do Noivo nos lembra que seremos um com ele, que compartilharemos um novo lar, cheio de amor e felicidade;
- Nosso novo nome lembra a Nova Criação da qual já fazemos parte, mas que será manifesta com a volta de Cristo. Somos nova criatura, novo homem, nova vida;
- Carregar o nome de Yahweh é ser habitado pelo Espírito, como o Templo de Israel era e como agora seremos – “coluna do templo”. G.K. Beale lembra que “quando o nome de Deus era aplicado a algum lugar… isso frequentemente indicava que sua presença estava lá”.

Alguns estudos dizem que, com o tempo, marido e mulher vão ganhando feições e trejeitos parecidos. Isso não é mentira! Se deve ao fato da convivência, da intimidade, de rir juntos. As marcas da idade até se tornam parecidas, dizem os cientistas. Cristo se fez como nós e, como futura esposa, devemos carregar uma vida que reflita quem é nosso Noivo.

Cristo se fez como nós e, como futura esposa, devemos carregar uma vida que reflita quem é nosso Noivo.

Eu não sei que efeito isso tem em sua vida, mas deveria nos levar a uma maior gratidão, a louvores que deveriam durar uma eternidade. Deveria nos lembrar que não há amor maior que este – sermos chamados filhos de Deus, noiva de Cristo, templo do Espírito. Que tenhamos isso em nossos corações até o dia que as palavras de Apocalipse 22.4 se cumprirem:

“E verão o seu rosto, e nas suas testas estará o seu Nome”.
| Autor: Josaías Jr. | Divulgação: estudosgospel.Com.BR |

As Obras da Carne - Parte 1

1 - Considerações        

Já de muito tenho ministrado que há uma ignorância muito grande acerca de Deus no mundo, e também dentro de nossas igrejas. A maior parte das pessoas que freqüentam conosco uma das igrejas de Jesus Cristo, não compreende muito bem o que Deus quer de nós e nem o que pretende fazer conosco.
         A questão que quero levantar é no tocante a uma das mais conhecidas e incompreendidas passagens da Bíblia: a que trata dos frutos do Espírito e dos frutos (ou obras) da carne (Gálatas 5).
         Uma grande parte de nossos irmãos, de nossos companheiros de igrejas, estão absolutamente convictos de que estão em posse do fruto do Espírito, e que tem rejeitado as obras da carne. Mas é uma convicção falsa, ilusória, porque na verdade estão em posse das obras da carne e tem rejeitado o fruto do Espírito. Estão na incômoda situação descrita em Mateus 6:23.
         Por que estão nessa situação? Porque desconhecem o significado das palavras que estão no texto bíblico, ou estão fechando seus olhos para a verdade, para viverem uma fábula, uma ilusão, uma utopia, um sonho, do qual serão tirados quando vier o dia da angústia já mencionado.
         Existem dois fatores principais que norteiam o comportamento humano: pensamento e sentimento. Via de regra, nós fazemos o achamos certo ou o que queremos fazer. As crises de consciência ocorrem quando desejamos o que condenamos, ou não queremos fazer o que acreditamos que deve ser feito.
         O problema maior e mais complicado é que nossos desejos são pérfidos, perversos, são decaídos e pecaminosos, contrários à essência e ao desejo de Deus... E nossos pensamentos são egoístas, são egocêntricos, individualistas, mesquinhos, destrutivos. Em suma: somos pecadores, e vendidos sob a escravidão do pecado (Rom.7 e 8)
         Não sei ao certo qual seria o conceito mais aproximado de personalidade, mas acredito que seja a essência de uma pessoa, o conjunto de seus valores, suas emoções, suas dores e suas aspirações. Personalidade é o conjunto de certo e errado, de bom e de ruim, de bonito e feio, de louvável e reprovável que cada um ser humano tem dentro de si.
         O que ocorre, e isto precisa ficar claro, é que tais valores são... "incorretos". Estão todos impregnados com essa alguma coisa nojenta aos olhos de Deus chamada 'pecado'.
         Então, quando o ser humano peca, quando faz alguma coisa que seja errada ou condenável pela bíblia, nada estará fazendo contrária à sua natureza. Gritar, xingar, amaldiçoar, mentir, aproveitar-se da situação, roubar, e coisas tais, são inerentes à condição humana. O natural é cometer pecado, e ter as obras da carne presentes em nossa vida. O sobrenatural é vencer a carne. É por isso que a Bíblia diz em Mateus 11:12 que desde os dias de João Batista até hoje o reino dos Céus e tomado à força e os violentos se apoderam dele. E os violentos que andam em espírito, não se curvam ao desejo da carne (Gal. 5:16)
         Se não lutarmos contra a nossa natureza vil e perversa, seremos dominados por ela, e as obras da carne se farão presentes em nossa vida. Quando as obras da carne se fazem presentes em nossa vida, significa que nosso espírito carnal está dominando nosso ser. Então, o Espírito de Deus se entristece, deixando-nos um vazio, e uma angústia em nossas almas e em nossos corações.
         Nas continuações da presente estaremos explicando o que é exatamente cada obra da carne listada em Gálatas 5, e é necessário que você, caso queira continuar, saiba que a carne (espírito carnal, decaído) deve ser extirpada, ou vai tirá-lo da igreja mais cedo ou mais tarde...

2 - Prostituição

         Já discorremos sobre a insignificância da diferenciação que fazem os cristãos sobre a existência de vários frutos ou apenas um fruto com várias partes. Discussão meramente acadêmica que não interfere na aplicabilidade do ensino bíblico, na vida da maior parte dos que freqüentam nossas igrejas.
         O primeiro fruto (ou primeira parte do fruto) é a prostituição. E o sentido que comumente se atribui a palavra é como sinônimo de fornicação, isto é, a prática sexual pré-matrimonial. Isto é prostituição, sim. Mas prostituição não é somente isto.
         As palavras podem ter seus sentidos alterados de acordo com o contexto em que estão inseridas. Assim, essa palavra pode adquirir outros sentidos, de acordo com o sentido que o Autor quiser lhe emprestar.
         No mundo, a palavra prostituição pode ser relativo a uma troca imoral, pessoas que dão coisas para receber outras coisas, prática esta que ofende a moral e ética. Mulheres e homens que alugam seus corpos por dinheiro, bens, necessidades. Isto é uma forma de prostituição (Ex.23, II Reis 17:17) que gostaria que ficasse claro para todos quantos se dizem cristão e se ufanam como sendo "filhos de Deus".
         Prostituir é vender a própria honra, a própria dignidade, é sacrificar o amor-próprio e a auto-valoração em troca de alguma outra coisa.
         Nós freqüentemente somos forçados a escolher entre o que é reto aos olhos de Deus, aquilo que Deus quer e exige de nós, é aquilo que é melhor (pelo menos aparentemente) aos nossos olhos. Como ocorreu em Números 25. Para possuirem as mulheres moabitas, os hebreus adoraram os deuses estranhos, e se inclinaram diante de ídolos feitos por mãos humanas. Nesse sentido, Adão e Eva se prostituíram quando a desobedeceram a Deus para poder saborear o fruto da árvore da vida.
         Abraão prostituiu-se quando mentiu para não correr o risco de ser morto por causa de sua linda mulher (Gen.12 e 20). Isaque repetiu o mesmo erro (Gen.26). Jacó mentiu para obter a benção de seu pai( Gen.27).
         Ocorre a prostituição quando as pessoas da igreja se vendem para obter o que desejam ou almejam. Negam a sua fé em Cristo, jogam para fora a honestidade e a pureza de suas mãos por dinheiro, por prazer, pela fama, pela diversão.
         E isto, infelizmente, é comum e rotineiro em nossas igrejas: pessoas que vendem a própria fé, a própria paz, a comunhão com o Espirito de Deus por dinheiro, por prazer e por uma qualquer outra mórbida forma de satisfação...
         Simão Pedro prostituiu-se para não ser capturado e morto com Jesus, mas depois de revestido com o poder do Espirito Santo, recusou-se a prostituir por dinheiro (Atos:8). Isto é o que quero transmitir para ti, e preciso que fique claro: toda vez que alguém que se diz cristão, deliberada e espontaneamente faz qualquer coisa contrária à palavra de Deus, para ganhar algo ou não perder algo que tem, está se prostituindo.
         Jesus tem que valer mais do que tudo em nossas vidas, e por ele temos que renunciar a tudo. Enquanto houver alguma coisa no mundo, neste mundo, que valha tanto ou tão mais do que Jesus, estamos sujeitos a nos prostituir para tê-lo ou não perde-lo.
         Pecado não é somente uma transgressão à lei de Deus, como muitos pensam e ensinam. Pecado não é somente o que não provém de fé. Pecado é tudo o que fere, magoa e entristece o coração e o Espírito de Deus.
         Toda vez que você faz alguma coisa, qualquer coisa, de forma consciente e deliberada, que venha a magoar, entristecer o coração de Deus para conseguir satisfazer uma necessidade, um desejo, um capricho, uma "inclinação da carne" (concupiscência), você estará vendendo a sua fé, sacrificando a sua comunhão e comunicação com Deus. A carne estará se manifestando e dominando a sua vida, a sua alma, o seu espírito.

3 - Impureza

         As palavras não têm sentido nenhum se isoladamente colocadas. E nenhuma delas tem melhor sentido se não houver que as leia, as interprete, as entenda.
         Impureza é sujeira, é escória, é o que atrapalha, é o que está destoando do conjunto. Um feijão no meio de muitos feijões não é impureza, mas um feijão no meio de um monte de arroz é sujeira, é impureza, porque não se cozinha feijão com arroz.
         Assim, impureza no sentido bíblico, é relacionado ao mau-uso da sexualidade humana. E isto é uma coisa, infelizmente, comum e até normal nos dias atuais. Muitas vezes, inclusive, é incentivado nas propagandas contra as doenças sexualmente transmissíveis. "Faça o uso que quiser de seu corpo e sua sexualidade, mas não transmita e nem adquira doenças" é a tônica das campanhas. As novelas, os filmes, as leituras, as conversas das rodas de bar, são onde encontramos incentivos para tal prática que tem desastrosas conseqüências para o ser humano em família.
         Os seres humanos (inclusive, talvez, eu e você) tem sido transformados em objetos, em coisas, em brinquedos sem alma, sem aspirações , sem desejos, com o único propósito de satisfazer nossos desejos e caprichos e também desejos e caprichos alheios...
         Homens com olhos cheios de impureza, olham apenas seios, nádegas e coxas das mulheres que incentivam essa prática insinuando-se com roupas que mostram "porções generosas" de seus corpos.
         Se por um lado tem se tornado comum que homens vejam mulheres como brinquedos sexuais, de outro mulheres tem se reduzido a tais objetos quando incentivam tais práticas.
          Com a liberação sexual, a quebra de tabus, e a diminuição da repressão sexual, um fenômeno inverso tem ocorrido: homens que se sujeitam a se rebaixam também à condição de brinquedos sexuais das mulheres. Às vezes, por dinheiro, o que se classifica como prostituição. Objeto de uma mensagem desta série.
         Homens e mulheres são despidos, seviciados, abusados, usados, explorados com os olhos da imaginação.
         Quais as imagens que vem a tua mente quando estás deitado? Quais são os sonhos e os desejos secretos e inconfessáveis que te assaltam na tua solidão enquanto esperas o teu sono?
         No secreto de teu coração, no esconderijo de tua mente, o que vês? Para o que olhas? Quais os atos que aspiras praticar? São santos? São agradáveis a Deus? São louváveis? Podem ser conhecidos e confidenciados?
         É comum que se pense que se assim for é impossível ao ser humano manter-se puro. E realmente é, daí porque a bíblia diz que a salvação é impossível aos homens (Mt.19).
         Quando formos dominados, subjugados, transformados pelo Espírito de Deus (Rom.12), poderemos ver as mulheres como elas são: mulheres. Mulheres com emoções, desejos, vontades, aspirações: alma, e não somente como bonecas, brinquedos, objetos, coisas. O mesmo também para as mulheres que se contaminam com a perniciosa mensagem das novelas e dos filmes mundanos. Se imaginando desfrutar de um homem a cada semana...
         Nossos olhos são a janela de nossa alma. Se nosso interior for limpo, tudo o mais será limpo. Mas se nosso interior for impuro, tudo nos será impuro.
O mau-uso de nossa sexualidade só nos traz conseqüências destrutivas. Somente dor e tristeza.
 
"Ainda que o pecado lhe seja doce na boca, ainda que ele o esconda debaixo da sua língua, ainda que não o queira largar, antes o retenha na sua boca, contudo a sua comida se transforma nas suas entranhas; dentro dele se torna em fel de áspides." (Jó 20:12-14)

4 - Lascívia

         Depois de toda a exposição acerca da impureza, não resta muito a se falar sobre a lascívia. Enquanto que a impureza se opera no plano abstrato, na imaginação, na mente, no coração e nos pensamentos, a lascívia é a prática de atos sexuais sem a pureza e a santidade colocadas na Bíblia para a consecução do "serão os dois uma só carne" (Gênesis 2:24).
         O relacionamento sexual, acredito, não tem sido muito bem compreendido pelos membros de nossas igrejas. Em parte por causa de falta de preparo dos líderes das igrejas, que não tem também um conhecimento suficiente para se sentirem seguros para ministrar sobre o assunto.
         O relacionamento sexual não tem fins meramente reprodutivos, como querem alguns, e não deve ser mera fonte de prazer como muitos o consideram.
         O relacionamento sexual tem vários objetivos que foram instituídos pelo próprio Deus. Este é um lado da moeda. O outro é a lascívia, a escravidão sexual, a degradação, o excesso, o mau-uso da sexualidade. Isto é, se por um lado temos uma total condenação e repressão da utilização de sexualidade humana, de outro, temos um excessivo e desregrado uso, que é igualmente destrutivo e fonte de angústias e sofrimentos.
         Num relacionamento sexual, os pares devem se preocupar mais com o prazer que podem proporcionar do que o prazer que querem e podem obter. A lascívia faz com que a pessoa se preocupe somente com o próprio prazer, e isto de uma forma excessiva, desregrada (sem regras, sem limites e sem medir as conseqüências...). Pessoas há que se relacionam com animais, com vários parceiros, com pessoas do mesmo sexo, usando objetos, assistindo filmes e vendo revistas pornográficas. Tudo isto é lascívia.
         A lascívia é uma água que não sacia, é uma água que dá mais sede, e cada vez que as pessoas se entregam à lascívia, mais são envolvidas por ela, mais são tragadas, são viciadas, controladas, dominadas, escravizadas. É uma escada que leva as pessoas cada vez mais para baixo.
         A pessoa que é dominada pela lascívia é aquela que está sempre "em busca de novas emoções", porque o que tem logo perde o gosto e a graça... E nessa busca, deixa sua humanidade para se tornar menos e pior do que os animais...
         Os filmes, as novelas, as propagandas estão cheios de elementos que acalentam a lascívia, que sempre começa com um "pequeno desvio" que descamba para longe da presença de Deus...
         O mundo incentiva e alardeia o mau-uso de nossa sexualidade, e, em alguns atos, dá a entender que seria uma forma de ser feliz. Mas são apenas umas flores que se colocam sobre as correntes que prendem as pessoas que se tornam escravas da lascívia...
         Tem um cena de um filme do Batman (o homem-morcego), que retrata e denuncia essas correntes. Nela, o Coringa grita: o riso que vês em meus lábios apenas escondem a tristeza que carrego no meu peito (ou coisa parecida). Assim é o mundo...
         A impureza é o começo da lascívia e o fim do caminho é a escuridão das trevas, a frustração, a angústia, a dor e o sofrimento.
 
"Ainda que o mal lhe seja doce na boca, ainda que ele o esconda debaixo da sua língua, ainda que não o queira largar, antes o retenha na sua boca, contudo a sua comida se transforma nas suas entranhas; dentro dele se torna em fel de áspides." (Jó 20:12-14)

5 - Idolatria

         Há muito pouco ou quase nada a ser dito de idolatria.
         Normalmente os cristãos lêem Jeremias 10 ou Salmos 115, e entendem que idolatria se reduz e se resume ao ajoelhar-se perante imagens de pedra ou madeira, e lhe dirigir orações, esperando comunicar-se com o que o ídolo representa.
         O Senhor nosso Deus é soberano, é absoluto, é total, é completo. E assim Ele deve ser adorado.
         Mas o ser humano é idólatra por sua natureza pecaminosa. Sente a incrível necessidade de ver, de visualizar, de ter contato com algo mais que os olhos da fé podem mostrar.
         Todas as religiões do mundo antigo e moderno, à exceção do judaísmo, tem imagens representativas de seus deuses.
        No cristianismo, à exceção do catolicismo, não se fazem imagens de escultura representativas de Deus.
         E Deus proibiu a edificação, a construção, a elaboração de imagens representativas de sua deidade (fato de ser Deus), porque em nenhuma imagem há lugar e espaço para conter toda a sua divindade. Deus, o nosso Deus , é onipotente, onisciente e onipresente.
         O outro sentido da palavra idolatria, ignorado pela maioria dos cristãos, é o que se interpõe entre o ser humano e Deus.
         Deus é soberano, completo, total, absoluto. E qualquer motivo, qualquer elemento, qualquer pessoa, qualquer coisa que valha mais ou tanto quanto Deus, é idolatria.
         É por isso que a Bíblia chama de idolatria a avareza: quando as pessoas esquecem- se de adorar e glorificar Deus, por causa do dinheiro...
         Deus tem que valer mais do que tudo. Mais do que a tua casa, tua conta bancária, teu carro (novo ou velho), tua chácara, teu emprego, teu próprio corpo, tua vida, teus sonhos, tuas aspirações, teus projetos de vida. Deus deve valer mais do que tudo, se assim não for, há idolatria em teu coração...
         São ídolos tudo que se interpõe entre você e Deus. Deus tem que vir em primeiro, e antes de tudo.
         Percebe agora como temos milhares de idólatras dentro de nossas igrejas? Pessoas que preferem magoar, ofender, ferir e entristecer o coração de Deus para não perderem tempo, dinheiro, carros, o respeito ou a amizade de alguém, o prazer de ver uma novela ou um filme... Pessoas que preferem magoar e ferir o coração de Deus a passarem por perdas e humilhações... As suas casas, a sua honra, ou o amor-próprio valem mais do que Deus...
         E milhares já abandonaram as igreja por causa do objeto de sua idolatria: dinheiro, posição social, homens ou mulheres, família...
         Deus que vir em primeiro lugar. Se assim não for, Deus não é o primeiro, não é absoluto em tua vida, não é teu Senhor.
         Oportuno colocar que há muitos que não tem consciência de que Deus não é o primeiro, o Senhor. Acreditam que realmente Deus esteja à frente de suas vidas. Há alguma coisa que vale mais do que Deus para ti? Se um dia você for colocado contra a parede, e tiver que escolher entre Deus e outra coisa, e escolher esse outra coisa (talvez a própria vida - Mt.26:69-75), esse será o objeto de tua idolatria.
         Todos os dias cristãos do mundo todo trocam a fidelidade, e a comunhão com o espírito de Deus por dinheiro, por prazer, pela satisfação de uma vingança. São os ídolos que estão adorando sem o saber.
         Agora você já sabe o que é idolatria. Você tem algum ídolo? Algo que valha mais do que Deus?
 
"Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." (Mt.6:33)

6 - Feitiçaria

         O ser humano é inseguro por natureza, é fraco e medroso. Mas também é ambicioso, orgulhoso e vaidoso. Quer ser mais, e melhor do que tudo e todos. E por isso, o oculto, o proibido, o ultrapassar os limites sempre esteve presente no curso da humanidade.
         A cobiça do ser humano desafia-o a conhecer o desconhecido, a pisar em solo perigoso, a brincar com forças que não pode subjugar ou controlar.
         Por que vai em busca dessas coisas? Por causa da três coisas que o mundo cultua: o prazer, o poder e a fama. Querem ser ricos, bonitos e famosos. Querem ser invejados, admirados, ser comentário da sociedade. O desejo de ter poder, de ter todas as vontades satisfeitas, leva muitas pessoas a desprezarem a própria vida, e a própria liberdade. Querem se sentir fortes, intocáveis, invencíveis, invulneráveis, infalíveis, vencedores, olhar todos com soberba e arrogância.
         O sucesso é objeto perseguido pela maior parte dos seres humanos. Eles acham que o sucesso é uma espécie de arco-íris, onde a felicidade estará escondida num pote de ouro. Então, os desavisados, para conseguir o sucesso que almejam para suas vidas, recorrem à feitiçaria. Não querem correr o risco de sofrer um fracasso. Não querem o risco de que alguma coisa não vá dar certo. Não querem ser objeto dos comentários maldosos de outrem, e nem querem ser vistos como fracassados. Não querem sentir a humilhação de um fracasso. Tem medo de serem objeto de chacotas e deboches. E isto não somente em grandes projetos de vida. Mas também, motivados pelo orgulho e pela arrogância, até mesmo em pequenas coisas.
         Há nos seres humanos uma ponta de desejo de serem invejados, admirados, respeitados como vencedores. Ser o objeto dos comentários e dos suspiros de outrem.
         Ao lado dos rituais declaradamente satânicos, há, contudo, uma outra faceta mais "soft" de feitiçaria, mais dissimulada, mais aceita e até incentivada: astrologia (horóscopo), a necromancia e a consulta dos espíritos.
         Dentro do que a Bíblia chama de feitiçaria, estão todas as práticas relacionadas ao contato com os espíritos e de previsão do futuro.
         Pessoas inescrupulosas, atrás de lucro fácil, enganam pessoas ingênuas falando-lhes aquilo que querem ouvir. Os que são explorados e enganados, na verdade o são pelo próprio desejo de ter as expectativas realizadas, de ter alguém que lhes diga: vai dar tudo certo, vai em frente.
         Medo... o medo faz com que as pessoas ajam de forma irracional em certos casos. O medo do futuro, o medo do fracasso, o medo da dor faz com que busquem na feitiçaria alguma certeza de que o objeto de seus medos não as encontre mais à frente...
         Medo... quando as pessoas são pressionadas, são colocadas em situações em que tem que escolher, que decidir sobre o que fazer, como fazer, elas tem medo. Medo de errar, de passar ou causar dor e sofrimento, de perder o que tem, ou de não conseguir o que querem. Então elas recorrem ao ocultismo, à feitiçaria para ter certeza de conseguir o sucesso em suas empreitadas.
         Na vida do cristão não há sorte, não há azar. Existe a benção e a direção de Deus. Se temos medo do futuro, é porque há alguma coisa que não está de acordo com a Bíblia. Ou não estamos confiando em Deus, que pode cuidar de nós, ou estamos fazendo algo que a Bíblia condena.
         Tua vida está de acordo com a Bíblia diz? Tua vida está nas mãos de Deus? Então, não temas, porque o Senhor é contigo. Nesta questão, não adianta mentir. Daí porque o Salmista pergunta para Deus se há alguma coisa contra Deus em sua vida (Salmos 139). Em caso contrário... a feitiçaria não vai poder te livrar das funestas conseqüências de teus atos, porque quem semeia ventos, colhe tempestades (Oseias 8:7).

7 - Inimizades

         A convivência em sociedade nunca foi fácil e nunca será.
         O comportamento humano sempre foi pautado por traições, mesquinharias, enganos, tropeços...
         O ser humano é extremamente melindroso, e se ofende, e se sente ameaçado por pouca coisa, às vezes por quase nada. Algumas vezes por nada...
         A já comentada insegurança da alma do ser humano, às vezes o leva a tangenciar a paranóia, fazendo-o pensar que há pessoas que querem prejudicá-las, afligi-las, machucá-las, atingi-las, roubá-las, matá-las... Assim, às vezes, uma falta de cumprimento, é suficiente para desencadear um processo que pode acarretar rompimento de relacionamentos.
         Nossos olhos são a janela de nossa alma, e o que vemos depende de nosso estado de espírito, do que somos e das circunstancias em que ocorrem os fatos.
         Nós filtramos, interpretamos o que vemos, e às vezes, chegamos a conclusões totalmente erradas. Construímos toda uma situação de maldade, toda uma cadeia de intrigas, toda uma fundamentação e o conluio de pessoas que se unem para nos prejudicar, nos ludibriar, que às vezes não corresponde à realidade dos fatos. Vemos intenções que somente existem na nossa imaginação.
         Por que estou falando sobre isto? Porque "inimizade" é um conceito ativo, não um conceito passivo. Isto é, no mais das vezes, não são as pessoas que se declaram nossas não-amigas. Lógico que há situações em que não tem como deixarmos de reconhecer inimigas porque elas assim se declaram e praticam atos de inimizades. Mas, no mais das vezes, nós é que "sentimos" que as pessoas são ou se tornaram nossas inimigas.
         Por um motivo ou outro de somenas importância, passamos a antipatizar com algumas pessoas. A acreditar que elas têm algo contra nós, e que, assim, não querem o nosso bem... ou, pelo menos, não se interessam com o nosso bem-estar.
         Há que se diferenciar quem são efetivamente, nossos inimigos, e quem são aqueles que consideramos, elegemos, como nossos inimigos.
         Quando as pessoas à nossa volta deliberada e intencionalmente querem nos prejudicar e fazem coisas no intuito de nos acrescentar dores e aflições, inegável que são nossas inimigas, e que por isso mesmo devemos amá-las (Mt. 6:44).
         A carne opera quando, seguindo nossa essência má e egoísta, consideramos, elegemos nossos irmãos como inimigos, e procuramos nos afastar deles, deixamos de nos preocupar com elas. E chegamos até a sentir uma ponta de satisfação se eles passarem por dores e aflições.
         Inimizade é obra da carne. Você tem sido amigo(a) de teus irmãos? As pessoas da igreja são tuas amigas? As pessoas da igreja tem a ti como amigo(a)?
         Existem três sentimentos que podemos sentir em relação às pessoas que estão nas igrejas: amor, ódio e indiferença. De longe, é possível concluir que o sentimento mais comum e a indiferença.
         Tanto faz como tanto fez se as pessoas estão na igreja ou não. Indiferença é uma forma da inimizade de que fala a Bíblia...
         Temos que amar, e sermos amigos das pessoas que estão na igreja. Não importa se elas se importam conosco ou não, se nos amam ou não. Nós temos que amá-las, e ajudá-las, e nos importarmos com ela. O que foge disto não é amor.
 
Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. (Mt.22:37-39)



Autor: Takayoshi Katagiri
fonte: estudos gospel

SÓ SE DÊ AO SENHOR

"O que se dá à cobiça perturba a sua casa, mas o que aborrece as dádivas viverá."  Provérbios 15.27
 
Há várias coisas que nos tentam, enchem os nossos olhos e fazem-nos sentir atraídos por elas, mas a nenhuma delas devemos dar atenção. Não ouça as mais diversas vozes que chamam o homem para inúmeras situações. Ao contrário, dê ouvidos somente ao que o bom Pastor fala ao seu coração e, com isso, você continuará seguindo a sua trajetória de vitória completa. Deus lhe deu um alvo a atingir: a plena estatura de Cristo (Ef 4.13).
Alguns se dão à cobiça, não percebendo que, atrás dela, está o diabo. Com o tempo, descobrem que o seu ato de atender a essa tentação fez com que sua casa ficasse perturbada. O demônio fará de tudo para dominá-lo e, para isso, usará todas as armas que possui. Como ele é mentiroso, a melhor coisa a fazer é não crer em nada que ele lhe mostrar. Isso o protegerá de ser enredado pelo maligno.
O mesmo ocorrerá com quem se dá ao adultério. O maligno é mestre em enganar e, na usa astúcia, faz o adúltero não sentir remorso ou arrependimento pelo seu ato. Há quem diga que o amor pela sua metade acabou e, por isso, age assim, pois sente necessidade de alguém que verdadeiramente o ame. Contudo, quando a paixão passa, o que resta é desapontamento, sofrimento e tristeza.
A cobiça está presente em todos os setores da atividade humana. Existem pessoas que cobiçam os bens, o cônjuge e o emprego do próximo. Mais tarde, elas se sentirão péssimas. O pior é que quem faz isso se abre para ser possuído pelo vil tentador. Se alguém deseja viver em paz e ser bem-sucedido em todas as áreas da vida, deve desprezar a ajuda do inimigo.
Outra boa ação é fugir do suborno. Tendo essa atitude, você não se colocará debaixo do jugo escravizador de Satanás. Fique atento e vigie. Se o maligno mostrar-lhe o lado “bom” de algo errado, evite sequer examinar aquilo. O enganador é capaz de levar aquele que lhe dá ouvidos a mais perversa paixão, fazendo com que tal pessoa perca o seu poder de examinar tudo e descartar o que não convém.
O invejoso deve ser evitado, uma vez que, por ter dado atenção ao demônio, poderá ser usado para nos causar um mal muito grande, ainda que seja um indivíduo alegre, carismático. Quando se vê em qualquer aperto, quem está nas mãos do diabo não pensa duas vezes antes de nos prejudicar. O melhor é agir como o Mestre, evitando toda incursão infernal na sua vida.
Quando o demônio da cobiça vier tentá-lo, não se abra para ele a menos que você queira viver perturbado. Por que perder a sensatez, o domínio próprio e aceitar o sofrimento? Uma das maiores bênçãos que o Senhor nos deu é o poder de tomar decisões. Portanto, decida não se dar a nenhuma tentação. Viver em santidade é bom demais!
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares

sábado, 28 de setembro de 2013

Santificação é Efeito e Não Causa da Salvação

Quero dizer três coisas sobre a maneira pela qual Deus nos salvou.

(I) Nossa salvação é completa. O apóstolo diz: "Que nos salvou". Crentes em Jesus Cristo são salvos no momento que colocam sua confiança em Cristo. Eles não esperam que sejam salvos. Deus salvou completamente Seu povo. Ele o escolheu para esta salvação. O preço total da salvação desses pecadores escolhidos por Deus foi pago quando Cristo morreu por eles na cruz. Cristo disse quando pendurado na cruz: "Está consumado" (João 19:30). Estávamos completamente perdidos por causa da desobediência de Adão. Fomos completamente salvos quando Cristo, o segundo Adão, terminou Sua obra redentora por nós.
(II) Meu segundo pensamento é que o texto diz: "Que nos salvou, e chamou". Será que Deus nos salvou antes de nos chamar? O texto diz que Ele assim o fez. Não sabemos que somos salvos até que o Espírito Santo opere em nossos corações, trazendo-nos a Cristo. Entretanto, no propósito de Deus e na redenção de Cristo, somos salvos antes de sermos chamados. O Senhor Jesus Cristo pagou as dívidas do Seu povo quando foi crucificado. Por conseguinte, vocês podem ver que fomos salvos antes de sermos chamados.


(III) Deus nos chamou para uma vida santa. Aqueles pecadores pelos quais Cristo morreu são chamados pelo poder do Espírito Santo à santidade. Eles deixam seus pecados; tentam ser como Cristo. Antes de serem salvos amavam o pecado. A velha natureza deles amava tudo que era maligno. A sua nova natureza não pode pecar porque é nascida de Deus. Deus chama Seu povo à santidade. O povo de Deus não é santo porque quer que Deus o salve. Deus, através do Espírito Santo, opera a santidade nele. Portanto, o belo fruto espiritual que vemos num crente tanto é a obra de Deus quanto é o resultado da expiação pela qual Cristo o comprou. A salvação de um crente é unicamente pela graça. Deus é o autor dessa graça. Salvação tem que ser pela graça, pois não pode ser adquirida. A seqüência verdadeira é: Deus nos salvou antes de nos chamar.


Esta ordem mostra que nossa santificação não é a causa, e sim o efeito, da nossa salvação.
 
"Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos" (2Tm 1.9)ACF
|  Autor: Charles. H. Spurgeon  |  Divulgação: estudosgospel.com.br |

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Crentes Devem Arrepender-se e Crer

Talvez você já tenha refletido sobre sua fé. Você lembra de um momento em sua vida que você voltou-se para Deus, deixando o pecado para servir ao Deus vivo e verdadeiro. Esses temas gêmeos que entrelaçam a Escritura, arrependimento e fé, verdadeiramente tornam-se seus. Desde então, você considera a si mesmo uma pessoa “de fé”. Agora, quando você lê passagens na Bíblia que falam sobre arrependimento e fé, você se lembra carinhosamente de sua conversão e espera que os outros experimentem o mesmo. Quando Jesus chama: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28), você pensa em seu amigo incrédulo que precisa ouvir essas palavras. Esse tipo de pensamento é correto, nostálgico e perfeitamente falho.

A Escritura é a revelação de Deus à humanidade, não importa de que lado da cruz você está. Quando Deus nos chama à fé e arrependimento, ele espera que o façamos! Só porque nós somos crentes agora, não temos pretextos para deixar de ver passagens bíblicos como se fossem “para nós”. Toda nossa vida deve ser marcada por confiança e arrependimento. Esses não são atos únicos que “nos levam ao céu”, mas são uma característica contínua que manifestamos. Somos chamados a uma vida de fé e confissão.

Fé e arrependimento são um estilo de vida

Tomemos a fé como ilustração. Podemos “crer” em algum momento em Jesus, então parar de crer, e desviar-se. Assim, quando as pessoas “creram no seu nome [de Jesus]” em João 2.23, João nos diz que “Mas o mesmo Jesus não confiava neles, porque a todos conhecia” (João 2.24). Isso porque Jesus sabia que a fé humana era volátil e, sem auxílio divino, fracassará (cf. João 2.25). Esse jogo de palavras entre as pessoas “acreditando/crendo” em Jesus e ele não “confiando neles” é importante para nosso argumento. Apenas começarmos a “crer” não significa nada se não continuarmos a verdadeiramente crer.

As passagens de advertência no livro de Hebreus nos encorajam a continuar em fé. Por exemplo, após uma exortação particularmente chocante para continuar na fé (Hb 6.1-10), o autor escreve: “Mas desejamos que cada um de vós mostre o mesmo cuidado até ao fim, para completa certeza da esperança; para que vos não façais negligentes, mas sejais imitadores dos que pela fé e paciência herdam as promessas”. Consequentemente, o autor aqui quer que perseveremos seriamente com segurança completa, e isso só acontece por meio de uma vida de fé (cf. Hb 11).

É lógico que um estilo de vida de arrependimento também é característica do crente. Os cristãos devem confessar seus pecados a Deus (1 João 1.9) e aos outros (Tiago 5.16). Resumidamente, arrependimento e fé não são assuntos isolados – eles são um estilo de vida.

Conclusão

Quando você lê passagens bíblicas que nos exortam à fidelidade e confissão de pecado, elas são para você. Mais que isso, se você está tentado a descansar em seus louros, pare agora. O fato de você ter crido e se arrependido no passado não te dá uma desculpa para parar agora. Essas não são ações que fazemos uma vez ou duas, fé e arrependimento caracterizam nossas vidas. Deus nos chama a uma transformação radical de como vivemos, e não devemos parar depois de nos tornarmos crentes. Você aí! Arrependa-se e Creia ainda mais!


| Autor: Wyatt Graham | | Tradutor: Josaías Jr | | Divulgação: estudosgospel.Com.BR |

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Nos Carvalhais de Manre

TEXTO. Gênesis 13.14-18
14.E disse o Senhor a Abrão, depois que Ló se apartou dele: Levanta agora os teus olhos, e olha desde o lugar onde estás, para o lado do norte, e do sul, e do oriente, e do ocidente; 15.Porque toda esta terra que vês, te hei de dar a ti, e à tua descendência, para sempre. 16.E farei a tua descendência como o pó da terra; de maneira que se alguém puder contar o pó da terra, também a tua des
cendência será contada. 17.Levanta-te, percorre essa terra, no seu comprimento e na sua largura; porque a ti a darei. 18.E Abrão mudou as suas tendas, e foi, e habitou nos carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom; e edificou ali um altar ao Senhor.

INTRODUÇÃO
Abraão, o grande patriarca do povo de Deus, chamado de amigo de Do Eterno e pai da fé, fato que os judeus, muçulmanos e cristãos não descordam, pois nas três maiores religiões do mundo Abraão é o pai da fé.

Era Abraão filho de Terá, e seu pai era um fazedor de imagens (Js-4:2). Segundo o Talmud e o Midrash, Abraão todas as vezes que olhava para aquelas imagens dizia em seu coração, “deve haver uma Deus maior do que essas imagens” , e realmente ele estava certo. Contam os sábios Judeus que certa vez, Terá, seu pai partiu para uma viagem, mas antes ele chama seu filho Abrão e lhe dá uma incumbência, cuidar das imagens e dar comida a elas. Mas quando Terá volta ele se dirige até ao local onde ficavam as imagens e vê uma grande imagem no canto da sala que segurava um taco de madeira e todas as outras imagens menores quebradas. Então ele pergunta a Abraão o que teria acontecido, veja o diálogo:

__ Meu pai, fiz tudo conforme me disseste, mas quando dava de comer as imagens menores, aquela maior, tomando o pedaço de pau em suas mãos veio e quebrou todas as outras menores. Mas seu pai não acreditou e disse:

__ Como pode isso ser verdade Abrão, se esta imagem tem mãos e não se mexe, tem olhos e não vê, tem pernas e não anda? No que de pronto respondeu Abrão:

Se tudo que o senhor meu pai disse é verdade, então porque acredita nelas? E naquele dia Terá, pai de Abraão se converteu ao único e verdadeiro Deus de todo o universo.

Porém, como nós, Abraão teve seu momentos difíceis, pois já fazia muito tempo que havia deixado sua família e obedecido a voz de Deus, saindo errante em busca da promessa de ser pai de um grande povo e possuir uma terra que mana leite e mel. E é sobre momentos difíceis que quero falar nessa mensagem.

A SEPARAÇÃO DE ABRAÃO E LÓ

A partir do capítulo 13, Abraão vê a necessidade de se separar de seu amado sobrinho Ló, e diz para Ló: “Escolhe, se fores para a direita eu irei para a esquerda, e se fores para a esquerda eu irei
para a direita (Gn,13:9)” , mostrando Abraão ser uma pessoa não avarenta ou ambiciosa. Mas Ló olha e escolhe as campinas verdejantes do Jordão que era toda bem regada, e ali Ló estendeu suas tendas com as cidades de Sodoma e Gom orra, mas Abraão vai para as terras de Canaã a um lugar providenciado por Deus.

Quando Deus chamou Abraão a sair de sua parentela, Ele não disse que era para que Ló fosse junto, mesmo sabendo da amizade entre tio e sobrinho, mesmo reconhecendo a união entre os dois, mas Deus havia chamado a Abraão que na ocasião ainda era Abrão. Muitas vezes queremos levar conosco coisas e pessoas que não podem fazer parte daquilo que Deus tem para nossas vidas. Muitos se casam e vão morar com os pais ou com os sogros, ao invés de obedecerem a palavra de Deus e construírem suas próprias vidas. A ida de Ló junto com Abrão não estava na vontade de Deus, mas passou a estar na permissão de Deus, e devemos sabe r que melhor é fazer a vontade de Deus. Mas com o tempo logo um problema se instaurou entre os empregados, pastores de Ló e os homens de Abrão, levando o tio a tomar uma decisão mais drástica, a separação, e é bem verdade que devemos nos separar de tudo aquilo que não é da vontade de Deus para podermos chegar de forma mais rápida até as nossas bênçãos e atingir o ápice da vontade de Deus.

Logo após a separação de Ló e Abrão, Deus aparece a seu servo e faz uma promessa a Abrão lhe dizendo que até onde seus olhos alcançarem Ele daria a Abrão e sua descendência (Gn, 13:14-17). Quando nos separamos daquilo que não é a vontade de Deus então nossos ouvidos começam a ouvir mais a voz do Senhor e novas promessas começam a vir para nossas vidas.

Após ouvir as palavras do Eterno, Abrão decide se mudar para um outro local que a bíblia indica e nomeia de Carvalhais de Manre, que estava junto a Hebrom e ali levantou um altar ao Senhor Deus Eterno.

Aquele local seria um marco na vida de Abraão, mas o inimigo sempre vai tentar nos afastar do caminho que Deus nos colocou para que não recebamos as maiores bênçãos de Deus. Foi assim com Abrão e não é diferente para conosco.

A PRISÃO DE LÓ

Quando Abrão já estava instalado nos Carvalhais de Manre, ele vê uma grande guerra se formar, uma guerra sanguinária e extremamente horrível, pois cinco reis se rebelaram contra um rei maldoso chamado Quedorlaomer rei de Elão, que as oprimia e as dominava e foram as cidades de Sodoma, Gomorra, Admá, Semeber e Zoar, perdedoras e os mantimentos e bens de Sodoma e Gomorra foram levados, entre os cativos de Sodoma estava Ló e toda sua família, e logo a notícia chegou aos ouvidos de Abrão, que vendo seu querido sobrinho naquela condição logo separou 318 homens de guerra para salvar a Ló e assim o fez, libertando toda a família de Ló, sua família e todo o seu povo das garras do rei e Elão, Quedorlaomer.

E derrotou Abrão a Quedorlaomer e libertou o rei de Sodoma, que lhe foi grato querendo dar a Abrão um pagamento com o prêmio, mas um homem de Deus que é sensível a voz e a vontade do Eterno nada pega da mão do Rei de Sodoma, isso para nos ensinar que quem recompensa o servo do Eterno é o Senhor Eterno. Isso nos ensina que existem coisas que não podemos nos conformar e sim nos levantarmos e irmos a luta, pois covardes jamais sentiram o gosto verdadeiro da vitória.

A TRISTEZA DE ABRÃO DE NÃO TER UM FILHO

Ainda morando nos Carvalhais de Manre, vemos no capítulo 15 o Eterno confortar o coração de Abrão lhe dizendo que lhe daria sim um filho, como já havia dito, pois neste contexto Abrão estava desolado, já quase sem esperança, pois todos os dias nasciam crianças no meio de seus servos e sua esposa não engravidava, e com isso foi vendo Abrão que os dias iam passando e ele não tinha um herdeiro para que seu nome fosse lembrado.

Muitas vezes nos entristecemos por não vermos nos sos sonhos ou nossos projetos realizados, e isso vai nos deixando cabisbaixos, entristecidos fazendo com que um desânimo invada nossos corações, mas isso não pode durar muito tempo, pois temos as promessas do Eterno a nosso favor.

Tão logo Deus reanima Abrão lhe dizendo que sua tristeza iria chegar ao fim com a chegada de um herdeiro, acontece que um sacrifício é feito a Deus. Somos cristão ignorantes, pois temosa bíblia a nossa disposição e não fazemos como praticar seus ensinamentos. Veja que todas as vezes que Deus fala Abrão faz um sacrifício a Deus, e nós ouvimos mensageiros ministrarem a palavra de Deus nos púlpitos, na internet, na televisão e no rádio, e até mesmo em mensagens como esta, e sem mesmo nos conhecerem eles lançam palavras proféticas e nós falamos em nossos corações “eu recebo!”, mas na hora de fazer o sacrifício a Deus, ele não acontece, e assim continuamos na espera, e por isso muitos morrem semreceberem suas tão sonhadas bênçãos e milagres.

O PROBLEMA ENTRE SARAI E AGAR

Os dias passam e ainda nos Carvalhais de Manre Sarai esposa de Abrão dá sua serva Agar, a Egípcia, para se deitar com Abrão e lhe dar um filho em seu nome e isso causou um grande problema na vida de Abrão, pois tão logo Agar se engravida uma briga familiar se instala dentro da casa de Abrão, pois Sara começa a atormentar a vida da serva egípcia, chegando ao ponto de Agar fugir para o deserto. Com certeza Aquilo não era a vontade de Deus, mas em sua eterna bondade Ele permitiu mais uma vez que acontecesse, e vemos que esse erro até hoje podemos ver o resultado no confronto entre judeus descendente de Isaque, e muçulmanos descendentes de Ismael que se atracam no oriente.

Devemos estar firmes na palavra e dela jamais nos desviarmos, nem para a esquerda e nem para a direita, pois é ela que vai nos sustentar no futuro bem próximo. Quando passamos a ouvir nossos corações deixamos de atender o coração do Eterno.

UM DIA DIFICIL

Certo dia nos Carvalhais de Manre no capítulo 18, logo no primeiro versículo vemos que Abraão já quase sem forças psicológicas para tantas lutas e a desilusão de ainda na ter um filho se assenta na porta de sua tenda no maior calor do dia, isso era no sol do meio dia, o momento mais quente do dia cerca de 45º a sombra era um sinal do s limites humanos. Mas porque Abraão não entrou na tenda, mas preferiu ficar do lado de fora, se no interior da tenda ele estaria abrigado do grande calor? Porque ficar do lado de fora se Sara estava do lado de dentro?

Abraão estava vivendo dias difíceis. Abrão sabia que seu problema estava dentro da tenda, não que o problema fosse Sara, sua esposa, mas sempre quando algo em nossas vidas dá errado, procuramos culpar alguém menos nós mesmos. Mas a bíblia diz que Deus havia falado com Abrão e não com Sarai, então ele agora passa por uma crise de existência, e nessa crise ele esta questionando ao Senhor. Nós, como homens falhos, também fazemos isto, de forma que desacreditamos na palavra de Deus. Veja que toda vez que Abraão olhava para sua agora velha esposa, ele recordava das palavras de Deus, mas nunca deixou de ser um amigo de Deus, pois já algumas promessas se haviam cumprido na vida de nosso patriarca, mas a grande e mais valiosa ainda não tinha acontecido, ter um filho, aquele que levaria seu nome.

Agora no maior calor do dia, um desânimo pega Abraão, dentro da tenda uma esposa velha e infértil, embora ainda a amasse, e do lado de fora a solidão e o calor, em cima Deus, e em baixo a terra que ele deveria possuir e em seus ouvidos a voz do diabo dizendo que Deus não iria cumprir a promessa, tentando fazer com que Abrão se desviasse.

O cenário estava pronto. Para o Eterno tudo era perfeito. Quando a sua vida parecer estar no sol do meio dia, e tudo parecer já não ter mais solução, Jeová entrará em cena, mas o importante é que estejamos firmes e com nossas tendas nos Carvalhais de Manre.

OS CARVALHAIS DE MANRE

Tudo isso e muito mais passou Abraão estando nos Carvalhais de Manre onde instalou suas tendas e fez sua morada, foi ali que travou batalhas e realizou sacrifícios e quase já sem forças parecendo que já não esperava uma saída que Abraão levanta os olhos e vê três homens que eram três anjos vindo em sua direção. Mas por que três anjos?

Uma grande verdade é que a escolha de Abraão em se instalar nos Carvalhais de Manre fez a diferença para toda a sua vida. Mas talvez você caro irmão leitor não se convenceu disso e eu lhe mostro o por que da minha afirmativa. E para isso precisamos primeiramente conhecer o carvalho.

O CARVALHO

Dentre todas as criações de Deus está uma árvore chamada Carvalho. Essa árvore é usada pelos botânicos e geólogos com o um medidor de catástrofes naturais do ambiente. Quando querem saber o índice de temporais e tempestades ocorridas numa determinada floresta ou região, eles procuram e observam o carvalho quando existindo no local, pois esta árvore é naturalmente a árvore que mais absorve as consequências de temporais, ou seja, quanto mais temporais e tempestades o carvalho enfrenta, mais forte ele fica! Preste atenção. Diante as inúmeras tempestades as raízes do carvalho naturalmente se aprofundam mais na terra e seu caule se torna mais robusto, sendo impossível uma tempestade arrancá-lo do solo ou derrubá-lo! Mas não pense que os cientistas precisam fazer essas análises todas para saber isso! Basta apenas eles olharem para o carvalho. Por absorver as conseqüências das tempestades, a robusta árvore assume uma aparência disforme, como se realmente tivesse feito muita força. Muitas vezes o carvalho possui uma aparência triste! Cada tempestade para um carvalho é mais um desafio a ser vencido e não uma ameaça!

Numa grande tempestade, muitas árvores são arrancadas, mas o carvalho permanece firme! Assim era Abraão. Devemos tirar proveito das situações contrárias e nos tornarmos ainda mais fortes! Um pouco marcados é claro, mas jamais derrubados. Muitas vezes com aparência abatida, mas certamente fortes! Com raízes bem firmes e profundas na terra! Podemos, com isso, compreender o que a palavra de Deus quer nos ensinar nos mostrando que Abraão escolheu viver entre os Carvalhais de Manre, era sem dúvida que observemos os exemplos que o próprio Eterno nos deixou para que possamos ter grandes vitórias em nossas vidas.

Quando a palavra do Eterno nos ensina que podemos todas as coisas naquele que nos fortalece, ela está nos ensinando que devemos ser fortes e persistentes como o carvalho. Eu chego a acreditar que o rei Davi já havia percebido o porquê de Abraão ter escolhido os Carvalhais de Manre para morar que no Salmo 23 ele escreve: “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte eu não temerei mal algum, porque tu (O Eterno) estás comigo...”

Se você está passando por grandes lutas por estes dias, pense que (como o carvalho) é só mais uma tempestade que o tornará mais forte no dia de amanhã!

OS TRÊS ANJOS NOS CARVALHAIS DE MANRE

Nos Carvalhais de Manre Abraão tem uma das maiores experiências ministeriais de toda sua vida, quando ele já estava quase sem esperança vê três homens que na verdade eram três anjos caminhando em sua direção, aí eu te digo que quando tudo parecer perdido Deus ainda tem anjos para fazer aquilo que você não pode fazer.

Três coisas ainda deveriam acontecer na vida do servo do Eterno, Abraão, ainda residindo nos Carvalhais de Manre, porém estas três coisas estavam além das capacidades humanas de Abraão. Vem os que quando Ló foi preso Abraão foi e o libertou das mãos do inimigo, e quando Sara e Agar se agride Abraão toma decisões drásticas, quando a esperança está chegando ao fim Abraão se assenta debaixo do sol do meio dia talvez, para orar e buscar auxilio do Eterno, pois já era velho, mas em tudo isso ele não tirava seus olhos dos Carvalhos de Manre aprendendo com aquelas árvores com galhos torcidos e com as raízes profundas que abrigaram seu povo que nenhuma tempestade o faria desistir.

Porém agora três coisas estavam fora do alcance das capacidades de Abraão, então o Eterno envia a ajuda. Mas quais eram estas três coisas? Quais tarefas os três anjos realizariam? Qual a missão de cada um deles na vida do amado servo do Eterno? Como um homem com a capacidade intelectual e de fé inabalável precisava de anjos? Vejamos então.

A MISSÃO DO PRIMEIRO ANJO

Deus olhou do céu e viu grandes abominações em Sodoma e Gomorra e viu que aquelas cidades já não mais tinham salvação, pois seus habitantes haviam se contaminados pela ABOMINAÇÃO. Veja bem, existem pecados, transgressões, iniqüidades, e para estes e xistem o perdão de Deus, mas a abominação é como o pecado contra o Espírito Santo, quem a pratica se torna insensível a voz de Deus e quando chega a esse ponto já não mais sente arrependimento daquilo que faz.

Sodoma e Gomorra iriam provar da ira de Deus, mas uma família estava lá e precisava de um socorro, era a família de Ló. A missão do primeiro anjo era dar a Ló e sua casa a salvação da morte eterna os retirando dali por um caminho que só ele conheciam, e isso Abraão não poderia fazer.

A MISSÃO DO SEGUNDO ANJO

O segundo anjo estava junto ao primeiro e ambos foram juntos até Sodoma e Gomorra o primeiro para dar a Ló a salvação, e o segundo para realizar a destruição das cidades que se perderam nas abominações proibidas por Deus. O segundo anjo tinha a missão de trazer a destruição para as cidades trazendo chuva de fogo e enxofre para aquele lugar e todos morreram exceto aqueles que saíram com o primeiro anjo.

Hoje quem vai para aquele local pode perceber que nem praga rasteira nasce naquele local e um forte cheiro de enxofre predomina na áurea da região onde outrora fora Sodoma e Gomorra. Assim a missão do segundo anjo era a destruição de Sodoma e Gomorra e isso também Abraão não poderia fazer, levar o juízo de Deus somente Ele, o Eterno tem autoridade e poder.

A MISSÃO DO TERCEIRO ANJO

No capitulo 18 lemos que Ló recebe dois anjos em sua casa, mas sabemos que foram três os que se encontraram com Abraão. Então onde estaria o terceiro? E qual era sua missão?

O terceiro anjo foi aquele que veio com a missão de se fazer cumprir a promessa que o Eterno fizera a Abraão de que ele teria um filho com Sara sua esposa. E isso Abraão também não poderia fazer, pois somente o Eterno tem poder para trazer à existência aquilo que ainda não existe, somente Ele tem poder para chamar a vida o que ainda não tem vida ou que esteja morto. Sara sorriu da mensagem do anjo, mas Abraão não, pois ele andava com Deus e vivia nos Carvalhais de Manre, e aprendeu a suportar as maiores tempestade e acreditar que quando tudo parecer complicado, Deus virá a seu socorro e fará aquilo que para o homem é impossível, pois o Eterno é o Deus do impossível.

CONCLUSÃO
Todas as vezes que nos deparamos com problemas em nossas vidas, observamos o quanto somos frágeis. As alegrias se vão e só fica a verdade de que somos impotentes para lidar com adversidades que surgem no decorrer de nossa existência. Deus nos deixa lições interessantes em sua criação para nos mostrar o contrário, que o homem foi criado forte e que essa força é sempre adquirida e absorvida das situações adversas.

Manre era um homem cananita cujo nome significa “Riqueza”, e aquele local talvez tenha recebido o nome Carvalhais de Manre, como uma referência àquele que provavelmente teria plantado aquelas árvores. Deus tem um local onde as mais ricas bênçãos sobrevirão em nossas vidas, por isso acredite no Deus de Abraão, de Isaque e Jacó, que fez os céus e a terra e que te colocou diante dessa mensagem.

Foi nos Carvalhais de Manre que Abraão se encontrou com Melquisedeque rei de Salém, cujo nome significa “rei justo”, que o abençoou grandemente. Era Melquisedeque um tipo de Cristo, ou seja, uma Teofania no velho testamento, pois por duas vezes ele usa a frase El Elion, que quer dizer “Deus soberano”, mostrando que ele não servia a nenhuma divindade Cananéia, mas ao mesmo Deus que Abraão chamou de Yavé.

Quero falar uma coisa para você que está lendo esta mensagem, “Deus não se esqueceu de você!” Ele esta apenas te testando, por isso não desonre a Deus! Ele chegará no sol do meio dia e virá a ti com a resposta. Saiba que ainda que o sol esteja forte, há um Deus assentado no trono celestial que esta olhando por você, assim como Ele olhou para Abraão, Ele tem um “Carvalhais de Manre”, para cada um de nós.

Curiosidade:
O carvalho na foto abaixo é conhecido como OakAngel (carvalho anjo), tem aproximadamente 1.500 anos de idade e é atração turística na Carolina do Sul, ganhou esse aspecto devido ter enfrentado muitas e incontáveis tempestades.

| Autor: Alexandre Augusto | Divulgação: EstudosGospel.Com.BR |