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sábado, 28 de setembro de 2013

Santificação é Efeito e Não Causa da Salvação

Quero dizer três coisas sobre a maneira pela qual Deus nos salvou.

(I) Nossa salvação é completa. O apóstolo diz: "Que nos salvou". Crentes em Jesus Cristo são salvos no momento que colocam sua confiança em Cristo. Eles não esperam que sejam salvos. Deus salvou completamente Seu povo. Ele o escolheu para esta salvação. O preço total da salvação desses pecadores escolhidos por Deus foi pago quando Cristo morreu por eles na cruz. Cristo disse quando pendurado na cruz: "Está consumado" (João 19:30). Estávamos completamente perdidos por causa da desobediência de Adão. Fomos completamente salvos quando Cristo, o segundo Adão, terminou Sua obra redentora por nós.
(II) Meu segundo pensamento é que o texto diz: "Que nos salvou, e chamou". Será que Deus nos salvou antes de nos chamar? O texto diz que Ele assim o fez. Não sabemos que somos salvos até que o Espírito Santo opere em nossos corações, trazendo-nos a Cristo. Entretanto, no propósito de Deus e na redenção de Cristo, somos salvos antes de sermos chamados. O Senhor Jesus Cristo pagou as dívidas do Seu povo quando foi crucificado. Por conseguinte, vocês podem ver que fomos salvos antes de sermos chamados.


(III) Deus nos chamou para uma vida santa. Aqueles pecadores pelos quais Cristo morreu são chamados pelo poder do Espírito Santo à santidade. Eles deixam seus pecados; tentam ser como Cristo. Antes de serem salvos amavam o pecado. A velha natureza deles amava tudo que era maligno. A sua nova natureza não pode pecar porque é nascida de Deus. Deus chama Seu povo à santidade. O povo de Deus não é santo porque quer que Deus o salve. Deus, através do Espírito Santo, opera a santidade nele. Portanto, o belo fruto espiritual que vemos num crente tanto é a obra de Deus quanto é o resultado da expiação pela qual Cristo o comprou. A salvação de um crente é unicamente pela graça. Deus é o autor dessa graça. Salvação tem que ser pela graça, pois não pode ser adquirida. A seqüência verdadeira é: Deus nos salvou antes de nos chamar.


Esta ordem mostra que nossa santificação não é a causa, e sim o efeito, da nossa salvação.
 
"Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos" (2Tm 1.9)ACF
|  Autor: Charles. H. Spurgeon  |  Divulgação: estudosgospel.com.br |

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

DEUS NÃO FAZ NEGÓCIO

Reprodução

Igreja não condena gays, diz padre

Padre Juarez critica pastores que prometem riqueza, mas acredita na bispa Sônia 2 Chopes com
 
 
FONTE: YAHOO 

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Crentes Devem Arrepender-se e Crer

Talvez você já tenha refletido sobre sua fé. Você lembra de um momento em sua vida que você voltou-se para Deus, deixando o pecado para servir ao Deus vivo e verdadeiro. Esses temas gêmeos que entrelaçam a Escritura, arrependimento e fé, verdadeiramente tornam-se seus. Desde então, você considera a si mesmo uma pessoa “de fé”. Agora, quando você lê passagens na Bíblia que falam sobre arrependimento e fé, você se lembra carinhosamente de sua conversão e espera que os outros experimentem o mesmo. Quando Jesus chama: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28), você pensa em seu amigo incrédulo que precisa ouvir essas palavras. Esse tipo de pensamento é correto, nostálgico e perfeitamente falho.

A Escritura é a revelação de Deus à humanidade, não importa de que lado da cruz você está. Quando Deus nos chama à fé e arrependimento, ele espera que o façamos! Só porque nós somos crentes agora, não temos pretextos para deixar de ver passagens bíblicos como se fossem “para nós”. Toda nossa vida deve ser marcada por confiança e arrependimento. Esses não são atos únicos que “nos levam ao céu”, mas são uma característica contínua que manifestamos. Somos chamados a uma vida de fé e confissão.

Fé e arrependimento são um estilo de vida

Tomemos a fé como ilustração. Podemos “crer” em algum momento em Jesus, então parar de crer, e desviar-se. Assim, quando as pessoas “creram no seu nome [de Jesus]” em João 2.23, João nos diz que “Mas o mesmo Jesus não confiava neles, porque a todos conhecia” (João 2.24). Isso porque Jesus sabia que a fé humana era volátil e, sem auxílio divino, fracassará (cf. João 2.25). Esse jogo de palavras entre as pessoas “acreditando/crendo” em Jesus e ele não “confiando neles” é importante para nosso argumento. Apenas começarmos a “crer” não significa nada se não continuarmos a verdadeiramente crer.

As passagens de advertência no livro de Hebreus nos encorajam a continuar em fé. Por exemplo, após uma exortação particularmente chocante para continuar na fé (Hb 6.1-10), o autor escreve: “Mas desejamos que cada um de vós mostre o mesmo cuidado até ao fim, para completa certeza da esperança; para que vos não façais negligentes, mas sejais imitadores dos que pela fé e paciência herdam as promessas”. Consequentemente, o autor aqui quer que perseveremos seriamente com segurança completa, e isso só acontece por meio de uma vida de fé (cf. Hb 11).

É lógico que um estilo de vida de arrependimento também é característica do crente. Os cristãos devem confessar seus pecados a Deus (1 João 1.9) e aos outros (Tiago 5.16). Resumidamente, arrependimento e fé não são assuntos isolados – eles são um estilo de vida.

Conclusão

Quando você lê passagens bíblicas que nos exortam à fidelidade e confissão de pecado, elas são para você. Mais que isso, se você está tentado a descansar em seus louros, pare agora. O fato de você ter crido e se arrependido no passado não te dá uma desculpa para parar agora. Essas não são ações que fazemos uma vez ou duas, fé e arrependimento caracterizam nossas vidas. Deus nos chama a uma transformação radical de como vivemos, e não devemos parar depois de nos tornarmos crentes. Você aí! Arrependa-se e Creia ainda mais!


| Autor: Wyatt Graham | | Tradutor: Josaías Jr | | Divulgação: estudosgospel.Com.BR |

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Nos Carvalhais de Manre

TEXTO. Gênesis 13.14-18
14.E disse o Senhor a Abrão, depois que Ló se apartou dele: Levanta agora os teus olhos, e olha desde o lugar onde estás, para o lado do norte, e do sul, e do oriente, e do ocidente; 15.Porque toda esta terra que vês, te hei de dar a ti, e à tua descendência, para sempre. 16.E farei a tua descendência como o pó da terra; de maneira que se alguém puder contar o pó da terra, também a tua des
cendência será contada. 17.Levanta-te, percorre essa terra, no seu comprimento e na sua largura; porque a ti a darei. 18.E Abrão mudou as suas tendas, e foi, e habitou nos carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom; e edificou ali um altar ao Senhor.

INTRODUÇÃO
Abraão, o grande patriarca do povo de Deus, chamado de amigo de Do Eterno e pai da fé, fato que os judeus, muçulmanos e cristãos não descordam, pois nas três maiores religiões do mundo Abraão é o pai da fé.

Era Abraão filho de Terá, e seu pai era um fazedor de imagens (Js-4:2). Segundo o Talmud e o Midrash, Abraão todas as vezes que olhava para aquelas imagens dizia em seu coração, “deve haver uma Deus maior do que essas imagens” , e realmente ele estava certo. Contam os sábios Judeus que certa vez, Terá, seu pai partiu para uma viagem, mas antes ele chama seu filho Abrão e lhe dá uma incumbência, cuidar das imagens e dar comida a elas. Mas quando Terá volta ele se dirige até ao local onde ficavam as imagens e vê uma grande imagem no canto da sala que segurava um taco de madeira e todas as outras imagens menores quebradas. Então ele pergunta a Abraão o que teria acontecido, veja o diálogo:

__ Meu pai, fiz tudo conforme me disseste, mas quando dava de comer as imagens menores, aquela maior, tomando o pedaço de pau em suas mãos veio e quebrou todas as outras menores. Mas seu pai não acreditou e disse:

__ Como pode isso ser verdade Abrão, se esta imagem tem mãos e não se mexe, tem olhos e não vê, tem pernas e não anda? No que de pronto respondeu Abrão:

Se tudo que o senhor meu pai disse é verdade, então porque acredita nelas? E naquele dia Terá, pai de Abraão se converteu ao único e verdadeiro Deus de todo o universo.

Porém, como nós, Abraão teve seu momentos difíceis, pois já fazia muito tempo que havia deixado sua família e obedecido a voz de Deus, saindo errante em busca da promessa de ser pai de um grande povo e possuir uma terra que mana leite e mel. E é sobre momentos difíceis que quero falar nessa mensagem.

A SEPARAÇÃO DE ABRAÃO E LÓ

A partir do capítulo 13, Abraão vê a necessidade de se separar de seu amado sobrinho Ló, e diz para Ló: “Escolhe, se fores para a direita eu irei para a esquerda, e se fores para a esquerda eu irei
para a direita (Gn,13:9)” , mostrando Abraão ser uma pessoa não avarenta ou ambiciosa. Mas Ló olha e escolhe as campinas verdejantes do Jordão que era toda bem regada, e ali Ló estendeu suas tendas com as cidades de Sodoma e Gom orra, mas Abraão vai para as terras de Canaã a um lugar providenciado por Deus.

Quando Deus chamou Abraão a sair de sua parentela, Ele não disse que era para que Ló fosse junto, mesmo sabendo da amizade entre tio e sobrinho, mesmo reconhecendo a união entre os dois, mas Deus havia chamado a Abraão que na ocasião ainda era Abrão. Muitas vezes queremos levar conosco coisas e pessoas que não podem fazer parte daquilo que Deus tem para nossas vidas. Muitos se casam e vão morar com os pais ou com os sogros, ao invés de obedecerem a palavra de Deus e construírem suas próprias vidas. A ida de Ló junto com Abrão não estava na vontade de Deus, mas passou a estar na permissão de Deus, e devemos sabe r que melhor é fazer a vontade de Deus. Mas com o tempo logo um problema se instaurou entre os empregados, pastores de Ló e os homens de Abrão, levando o tio a tomar uma decisão mais drástica, a separação, e é bem verdade que devemos nos separar de tudo aquilo que não é da vontade de Deus para podermos chegar de forma mais rápida até as nossas bênçãos e atingir o ápice da vontade de Deus.

Logo após a separação de Ló e Abrão, Deus aparece a seu servo e faz uma promessa a Abrão lhe dizendo que até onde seus olhos alcançarem Ele daria a Abrão e sua descendência (Gn, 13:14-17). Quando nos separamos daquilo que não é a vontade de Deus então nossos ouvidos começam a ouvir mais a voz do Senhor e novas promessas começam a vir para nossas vidas.

Após ouvir as palavras do Eterno, Abrão decide se mudar para um outro local que a bíblia indica e nomeia de Carvalhais de Manre, que estava junto a Hebrom e ali levantou um altar ao Senhor Deus Eterno.

Aquele local seria um marco na vida de Abraão, mas o inimigo sempre vai tentar nos afastar do caminho que Deus nos colocou para que não recebamos as maiores bênçãos de Deus. Foi assim com Abrão e não é diferente para conosco.

A PRISÃO DE LÓ

Quando Abrão já estava instalado nos Carvalhais de Manre, ele vê uma grande guerra se formar, uma guerra sanguinária e extremamente horrível, pois cinco reis se rebelaram contra um rei maldoso chamado Quedorlaomer rei de Elão, que as oprimia e as dominava e foram as cidades de Sodoma, Gomorra, Admá, Semeber e Zoar, perdedoras e os mantimentos e bens de Sodoma e Gomorra foram levados, entre os cativos de Sodoma estava Ló e toda sua família, e logo a notícia chegou aos ouvidos de Abrão, que vendo seu querido sobrinho naquela condição logo separou 318 homens de guerra para salvar a Ló e assim o fez, libertando toda a família de Ló, sua família e todo o seu povo das garras do rei e Elão, Quedorlaomer.

E derrotou Abrão a Quedorlaomer e libertou o rei de Sodoma, que lhe foi grato querendo dar a Abrão um pagamento com o prêmio, mas um homem de Deus que é sensível a voz e a vontade do Eterno nada pega da mão do Rei de Sodoma, isso para nos ensinar que quem recompensa o servo do Eterno é o Senhor Eterno. Isso nos ensina que existem coisas que não podemos nos conformar e sim nos levantarmos e irmos a luta, pois covardes jamais sentiram o gosto verdadeiro da vitória.

A TRISTEZA DE ABRÃO DE NÃO TER UM FILHO

Ainda morando nos Carvalhais de Manre, vemos no capítulo 15 o Eterno confortar o coração de Abrão lhe dizendo que lhe daria sim um filho, como já havia dito, pois neste contexto Abrão estava desolado, já quase sem esperança, pois todos os dias nasciam crianças no meio de seus servos e sua esposa não engravidava, e com isso foi vendo Abrão que os dias iam passando e ele não tinha um herdeiro para que seu nome fosse lembrado.

Muitas vezes nos entristecemos por não vermos nos sos sonhos ou nossos projetos realizados, e isso vai nos deixando cabisbaixos, entristecidos fazendo com que um desânimo invada nossos corações, mas isso não pode durar muito tempo, pois temos as promessas do Eterno a nosso favor.

Tão logo Deus reanima Abrão lhe dizendo que sua tristeza iria chegar ao fim com a chegada de um herdeiro, acontece que um sacrifício é feito a Deus. Somos cristão ignorantes, pois temosa bíblia a nossa disposição e não fazemos como praticar seus ensinamentos. Veja que todas as vezes que Deus fala Abrão faz um sacrifício a Deus, e nós ouvimos mensageiros ministrarem a palavra de Deus nos púlpitos, na internet, na televisão e no rádio, e até mesmo em mensagens como esta, e sem mesmo nos conhecerem eles lançam palavras proféticas e nós falamos em nossos corações “eu recebo!”, mas na hora de fazer o sacrifício a Deus, ele não acontece, e assim continuamos na espera, e por isso muitos morrem semreceberem suas tão sonhadas bênçãos e milagres.

O PROBLEMA ENTRE SARAI E AGAR

Os dias passam e ainda nos Carvalhais de Manre Sarai esposa de Abrão dá sua serva Agar, a Egípcia, para se deitar com Abrão e lhe dar um filho em seu nome e isso causou um grande problema na vida de Abrão, pois tão logo Agar se engravida uma briga familiar se instala dentro da casa de Abrão, pois Sara começa a atormentar a vida da serva egípcia, chegando ao ponto de Agar fugir para o deserto. Com certeza Aquilo não era a vontade de Deus, mas em sua eterna bondade Ele permitiu mais uma vez que acontecesse, e vemos que esse erro até hoje podemos ver o resultado no confronto entre judeus descendente de Isaque, e muçulmanos descendentes de Ismael que se atracam no oriente.

Devemos estar firmes na palavra e dela jamais nos desviarmos, nem para a esquerda e nem para a direita, pois é ela que vai nos sustentar no futuro bem próximo. Quando passamos a ouvir nossos corações deixamos de atender o coração do Eterno.

UM DIA DIFICIL

Certo dia nos Carvalhais de Manre no capítulo 18, logo no primeiro versículo vemos que Abraão já quase sem forças psicológicas para tantas lutas e a desilusão de ainda na ter um filho se assenta na porta de sua tenda no maior calor do dia, isso era no sol do meio dia, o momento mais quente do dia cerca de 45º a sombra era um sinal do s limites humanos. Mas porque Abraão não entrou na tenda, mas preferiu ficar do lado de fora, se no interior da tenda ele estaria abrigado do grande calor? Porque ficar do lado de fora se Sara estava do lado de dentro?

Abraão estava vivendo dias difíceis. Abrão sabia que seu problema estava dentro da tenda, não que o problema fosse Sara, sua esposa, mas sempre quando algo em nossas vidas dá errado, procuramos culpar alguém menos nós mesmos. Mas a bíblia diz que Deus havia falado com Abrão e não com Sarai, então ele agora passa por uma crise de existência, e nessa crise ele esta questionando ao Senhor. Nós, como homens falhos, também fazemos isto, de forma que desacreditamos na palavra de Deus. Veja que toda vez que Abraão olhava para sua agora velha esposa, ele recordava das palavras de Deus, mas nunca deixou de ser um amigo de Deus, pois já algumas promessas se haviam cumprido na vida de nosso patriarca, mas a grande e mais valiosa ainda não tinha acontecido, ter um filho, aquele que levaria seu nome.

Agora no maior calor do dia, um desânimo pega Abraão, dentro da tenda uma esposa velha e infértil, embora ainda a amasse, e do lado de fora a solidão e o calor, em cima Deus, e em baixo a terra que ele deveria possuir e em seus ouvidos a voz do diabo dizendo que Deus não iria cumprir a promessa, tentando fazer com que Abrão se desviasse.

O cenário estava pronto. Para o Eterno tudo era perfeito. Quando a sua vida parecer estar no sol do meio dia, e tudo parecer já não ter mais solução, Jeová entrará em cena, mas o importante é que estejamos firmes e com nossas tendas nos Carvalhais de Manre.

OS CARVALHAIS DE MANRE

Tudo isso e muito mais passou Abraão estando nos Carvalhais de Manre onde instalou suas tendas e fez sua morada, foi ali que travou batalhas e realizou sacrifícios e quase já sem forças parecendo que já não esperava uma saída que Abraão levanta os olhos e vê três homens que eram três anjos vindo em sua direção. Mas por que três anjos?

Uma grande verdade é que a escolha de Abraão em se instalar nos Carvalhais de Manre fez a diferença para toda a sua vida. Mas talvez você caro irmão leitor não se convenceu disso e eu lhe mostro o por que da minha afirmativa. E para isso precisamos primeiramente conhecer o carvalho.

O CARVALHO

Dentre todas as criações de Deus está uma árvore chamada Carvalho. Essa árvore é usada pelos botânicos e geólogos com o um medidor de catástrofes naturais do ambiente. Quando querem saber o índice de temporais e tempestades ocorridas numa determinada floresta ou região, eles procuram e observam o carvalho quando existindo no local, pois esta árvore é naturalmente a árvore que mais absorve as consequências de temporais, ou seja, quanto mais temporais e tempestades o carvalho enfrenta, mais forte ele fica! Preste atenção. Diante as inúmeras tempestades as raízes do carvalho naturalmente se aprofundam mais na terra e seu caule se torna mais robusto, sendo impossível uma tempestade arrancá-lo do solo ou derrubá-lo! Mas não pense que os cientistas precisam fazer essas análises todas para saber isso! Basta apenas eles olharem para o carvalho. Por absorver as conseqüências das tempestades, a robusta árvore assume uma aparência disforme, como se realmente tivesse feito muita força. Muitas vezes o carvalho possui uma aparência triste! Cada tempestade para um carvalho é mais um desafio a ser vencido e não uma ameaça!

Numa grande tempestade, muitas árvores são arrancadas, mas o carvalho permanece firme! Assim era Abraão. Devemos tirar proveito das situações contrárias e nos tornarmos ainda mais fortes! Um pouco marcados é claro, mas jamais derrubados. Muitas vezes com aparência abatida, mas certamente fortes! Com raízes bem firmes e profundas na terra! Podemos, com isso, compreender o que a palavra de Deus quer nos ensinar nos mostrando que Abraão escolheu viver entre os Carvalhais de Manre, era sem dúvida que observemos os exemplos que o próprio Eterno nos deixou para que possamos ter grandes vitórias em nossas vidas.

Quando a palavra do Eterno nos ensina que podemos todas as coisas naquele que nos fortalece, ela está nos ensinando que devemos ser fortes e persistentes como o carvalho. Eu chego a acreditar que o rei Davi já havia percebido o porquê de Abraão ter escolhido os Carvalhais de Manre para morar que no Salmo 23 ele escreve: “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte eu não temerei mal algum, porque tu (O Eterno) estás comigo...”

Se você está passando por grandes lutas por estes dias, pense que (como o carvalho) é só mais uma tempestade que o tornará mais forte no dia de amanhã!

OS TRÊS ANJOS NOS CARVALHAIS DE MANRE

Nos Carvalhais de Manre Abraão tem uma das maiores experiências ministeriais de toda sua vida, quando ele já estava quase sem esperança vê três homens que na verdade eram três anjos caminhando em sua direção, aí eu te digo que quando tudo parecer perdido Deus ainda tem anjos para fazer aquilo que você não pode fazer.

Três coisas ainda deveriam acontecer na vida do servo do Eterno, Abraão, ainda residindo nos Carvalhais de Manre, porém estas três coisas estavam além das capacidades humanas de Abraão. Vem os que quando Ló foi preso Abraão foi e o libertou das mãos do inimigo, e quando Sara e Agar se agride Abraão toma decisões drásticas, quando a esperança está chegando ao fim Abraão se assenta debaixo do sol do meio dia talvez, para orar e buscar auxilio do Eterno, pois já era velho, mas em tudo isso ele não tirava seus olhos dos Carvalhos de Manre aprendendo com aquelas árvores com galhos torcidos e com as raízes profundas que abrigaram seu povo que nenhuma tempestade o faria desistir.

Porém agora três coisas estavam fora do alcance das capacidades de Abraão, então o Eterno envia a ajuda. Mas quais eram estas três coisas? Quais tarefas os três anjos realizariam? Qual a missão de cada um deles na vida do amado servo do Eterno? Como um homem com a capacidade intelectual e de fé inabalável precisava de anjos? Vejamos então.

A MISSÃO DO PRIMEIRO ANJO

Deus olhou do céu e viu grandes abominações em Sodoma e Gomorra e viu que aquelas cidades já não mais tinham salvação, pois seus habitantes haviam se contaminados pela ABOMINAÇÃO. Veja bem, existem pecados, transgressões, iniqüidades, e para estes e xistem o perdão de Deus, mas a abominação é como o pecado contra o Espírito Santo, quem a pratica se torna insensível a voz de Deus e quando chega a esse ponto já não mais sente arrependimento daquilo que faz.

Sodoma e Gomorra iriam provar da ira de Deus, mas uma família estava lá e precisava de um socorro, era a família de Ló. A missão do primeiro anjo era dar a Ló e sua casa a salvação da morte eterna os retirando dali por um caminho que só ele conheciam, e isso Abraão não poderia fazer.

A MISSÃO DO SEGUNDO ANJO

O segundo anjo estava junto ao primeiro e ambos foram juntos até Sodoma e Gomorra o primeiro para dar a Ló a salvação, e o segundo para realizar a destruição das cidades que se perderam nas abominações proibidas por Deus. O segundo anjo tinha a missão de trazer a destruição para as cidades trazendo chuva de fogo e enxofre para aquele lugar e todos morreram exceto aqueles que saíram com o primeiro anjo.

Hoje quem vai para aquele local pode perceber que nem praga rasteira nasce naquele local e um forte cheiro de enxofre predomina na áurea da região onde outrora fora Sodoma e Gomorra. Assim a missão do segundo anjo era a destruição de Sodoma e Gomorra e isso também Abraão não poderia fazer, levar o juízo de Deus somente Ele, o Eterno tem autoridade e poder.

A MISSÃO DO TERCEIRO ANJO

No capitulo 18 lemos que Ló recebe dois anjos em sua casa, mas sabemos que foram três os que se encontraram com Abraão. Então onde estaria o terceiro? E qual era sua missão?

O terceiro anjo foi aquele que veio com a missão de se fazer cumprir a promessa que o Eterno fizera a Abraão de que ele teria um filho com Sara sua esposa. E isso Abraão também não poderia fazer, pois somente o Eterno tem poder para trazer à existência aquilo que ainda não existe, somente Ele tem poder para chamar a vida o que ainda não tem vida ou que esteja morto. Sara sorriu da mensagem do anjo, mas Abraão não, pois ele andava com Deus e vivia nos Carvalhais de Manre, e aprendeu a suportar as maiores tempestade e acreditar que quando tudo parecer complicado, Deus virá a seu socorro e fará aquilo que para o homem é impossível, pois o Eterno é o Deus do impossível.

CONCLUSÃO
Todas as vezes que nos deparamos com problemas em nossas vidas, observamos o quanto somos frágeis. As alegrias se vão e só fica a verdade de que somos impotentes para lidar com adversidades que surgem no decorrer de nossa existência. Deus nos deixa lições interessantes em sua criação para nos mostrar o contrário, que o homem foi criado forte e que essa força é sempre adquirida e absorvida das situações adversas.

Manre era um homem cananita cujo nome significa “Riqueza”, e aquele local talvez tenha recebido o nome Carvalhais de Manre, como uma referência àquele que provavelmente teria plantado aquelas árvores. Deus tem um local onde as mais ricas bênçãos sobrevirão em nossas vidas, por isso acredite no Deus de Abraão, de Isaque e Jacó, que fez os céus e a terra e que te colocou diante dessa mensagem.

Foi nos Carvalhais de Manre que Abraão se encontrou com Melquisedeque rei de Salém, cujo nome significa “rei justo”, que o abençoou grandemente. Era Melquisedeque um tipo de Cristo, ou seja, uma Teofania no velho testamento, pois por duas vezes ele usa a frase El Elion, que quer dizer “Deus soberano”, mostrando que ele não servia a nenhuma divindade Cananéia, mas ao mesmo Deus que Abraão chamou de Yavé.

Quero falar uma coisa para você que está lendo esta mensagem, “Deus não se esqueceu de você!” Ele esta apenas te testando, por isso não desonre a Deus! Ele chegará no sol do meio dia e virá a ti com a resposta. Saiba que ainda que o sol esteja forte, há um Deus assentado no trono celestial que esta olhando por você, assim como Ele olhou para Abraão, Ele tem um “Carvalhais de Manre”, para cada um de nós.

Curiosidade:
O carvalho na foto abaixo é conhecido como OakAngel (carvalho anjo), tem aproximadamente 1.500 anos de idade e é atração turística na Carolina do Sul, ganhou esse aspecto devido ter enfrentado muitas e incontáveis tempestades.

| Autor: Alexandre Augusto | Divulgação: EstudosGospel.Com.BR |

terça-feira, 17 de setembro de 2013

A Blasfêmia contra o Espírito Santo

"Portanto, eu vos digo: Toda forma de pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens"
E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro. (Mateus 12.31-32)


Do grego (blasphemia) blasphemía, pelo latim blasphemia:

1- palavras que ultrajam divindade ou a religião.
2- Ultraje dirigido contra pessoa ou coisa respeitável.

         A declaração apresentada por Jesus neste episódio distingue a blasfêmia contra o Espírito Santo de todos os outros tipos de pecados que um ser humano pode cometer.
         É preciso, no entanto, apresentar ao leitor um dado a muito conhecido pelos teóricos do Novo Testamento com relação as expressão usadas neste período. A tradução Versão Autorizada Inglesa (King James) acertadamente traduz a expressão passa hamartia por “toda forma de pecado”. É evidente, no entanto, que o sentido da expressão é “toda outra espécie de pecado”. Portanto, a blasfêmia contra o Espírito Santo não está inclusa nesta expressão. As traduções de João Ferreira de Almeida, Edição Revista e Atualizada no Brasil (sociedade Bíblica do Brasil) e revista e corrigida, traduzindo literalmente do grego, todo pecado, obscurecem o sentido mais amplo.
         Existem, portanto, várias interpretações sobre o que realmente é blasfemar contra o Espírito Santo. Todos parecem saber que esse delito é imperdoável, porém as opiniões se divergem amplamente quanto ao que ele realmente pode ser. Alguns afirmam ser o suicídio, outros o adultério. Também há quem diga ser a rejeição do evangelho depois da vinda do Espírito Santo no dia de Pentecostes. Poucos se detêm a examinar o contexto das referências à blasfêmia contra o Espírito Santo, como acontece na maioria dos casos dos assuntos aparentemente divergentes na Bíblia. A análise cuidadosa do texto elucida alguns pontos aos quais devemos atentar. Os textos relevantes são encontrados nos três primeiros evangelhos chamados evangelhos sinóticos (que devem ser vistos em conjunto). Em Mateus 12, as afirmações de Jesus sobre blasfemar contra o Espírito Santo ocorreram quando ele curou um homem cuja possessão demoníaca o havia feito cego e mudo. Em Marcos 3, a cura não é mencionada, Lucas registra a cura no capítulo 11 e menciona a blasfêmia contra o Espírito Santo em 12.10.
         Afirmar que o mal é o bem e que luz é trevas, era pratica comum entre os fariseus. Esta prática traz em si mesma um alerta anunciado pelo profeta Isaias (Is 5.20) e agora reinterpretado por Jesus como Blasfêmia contra o Espírito Santo.
         Na história da Igreja, muitos estudiosos emitiram sua opinião sobre o assunto:
         Para Irineu, Blasfêmia contra o Espírito Santo seria a rejeição do evangelho;
         Atanásio – a negação da divindade de Cristo, a qual teve sua evidencia ao homem pela concepção do Espírito Santo;
         Orígenes – toda a quebra da lei após o batismo, Agostinho – a dureza do coração humano rejeitando a obra de Cristo[2].
         Vemos que a acusação feita contra Jesus em Mateus 12.24 “Este não expulsa os demônios senão por Belzebu, príncipe dos demônios”[3] de que ele não passa de um curandeiro, cujos exorcismos são feitos pelo poder maligno, acusação que se repete nos evangelhos. Contesta-se, o verdadeiro significado do poder e das obras do Messias. Não vemos no texto a negação da realidade do milagre, mas a acusação de que são diabólicos, nega-os como sinais do poder soberano de Deus. A reação de Jesus acontece em meio a uma série de parábolas rápidas que demonstram ser ilógico pensar que Satanás daria poderes a Jesus a fim de destruir a si próprio. A última parábola (Mat.12:29), acerca de apoderar-se dos bens do valente, pode ser uma alusão a Isaías 49:24-25, em que Deus descreve a salvação futura com o mesmo tipo de figura de linguagem.
         A existência de um pecado imperdoável tem mexido com a mente dos cristãos em todo mundo em todos os séculos do cristianismo. Podemos observar no contexto apresentado pelo evangelista, que a advertência de Jesus dirige-se contra os que rejeitam sua mensagem ao chamá-la de satânica. No entanto, vemos que, se há preocupação, pelo fato de que algo possa eliminar o ato do perdão de Cristo é, ironicamente, evidência de que o homem crê em Cristo e que o mesmo foi enviado por Deus, e constitui, assim, prova de que tal pessoa não cometeu o pecado contra o qual o Senhor adverte.
         Para compreendermos melhor esse assunto é preciso termos em mente o que de fato é a graça dispensada por Deus aos homens.
 
Dietrich Bonhoeffer, em sua obra intitulada Nachfolge, traduzida em português com título “Discipulado”, traz uma das melhores definições para este tópico, ao dizer que a graça barata é a maior inimiga de nossas igrejas, quando na verdade deveríamos defender a graça preciosa.
         Graça barata é graça como refugo, perdão malbaratado, consolo malbaratado, sacramento malbaratado – é graça como inesgotável tesouro da Igreja, distribuído diariamente com mãos prontas, sem pensar e sem limites; a graça sem preço, sem custo. A essência da graça seria, ao que pensamos, a conta ter sido liquidada antecipadamente e para todos os tempos. Estando a conta paga, pode-se obter tudo gratuitamente. Por ser infinitamente grande o preço pago, são também infinitamente grandes as possibilidades de uso e dissipação. Que seria graça se não fosse barata?
         A graça preciosa é o tesouro oculto no campo, por amor do qual o homem sai e vende com alegria tudo quanto tem; a pérola preciosa, para adquirir a qual o comerciante se desfaz de todos os seus bens; o governo régio de Cristo, por amor do qual o homem arranca o olho que o escandaliza; o chamado de Jesus Cristo, ao ouvir do qual o discípulo larga as suas redes e o segue. A graça preciosa é o Evangelho que há que se procurar sempre de novo, o dom pelo qual se tem que orar, a porta à qual se tem que bater. Essa graça é preciosa porque chama ao discipulado, e é graça por chamar ao discipulado de Jesus Cristo; é preciosa por custar a vida ao homem, e é graça por, assim, lhe dar a vida,- é preciosa por condenar o pecado, e é graça por justificar o pecador. Essa graça é sobretudo preciosa por tê-lo sido para Deus, por ter custado a Deus a vida de seu Filho fostes comprados por preço" - e porque não pode ser barato para nós aquilo que para Deus custou caro. A graça é graça sobretudo por Deus não ter achado que seu Filho fosse preço demasiado caro a pagar pela nossa vida, antes o deu por nós.
         A maneira como Bonhoeffer descreve o significado de “graça”, nos tranqüiliza no sentido de que, uma vez participantes dessa graça preciosa, temos instintivamente maior zelo em relação ao Sagrado. Logo somos guardados de blasfemar contra o Espírito Santo, no entanto continuamos sujeitos, como não poderia ser diferente, ao cometimento dos demais pecados.
          Atribuir as obras de Deus ao Diabo foi, no período patrístico e na idade média, o pressuposto usado para condenar à inquisição aqueles que de alguma forma não concordavam com o pensamento teológico da igreja vigente em sua totalidade nos assuntos doutrinários, como a Trindade e a divindade de Cristo. Desta maneira, declarava-se maldito, partindo do pressuposto que blasfemaram e, por conseguinte, não haveria perdão para os tais, nem de Deus nem da Igreja.
          Na sociedade pós-moderna este fato poderia se repetir, atribuindo o mesmo adjetivo ao mesmo tipo de comportamento, como por exemplo, os adeptos da confissão positiva, que acreditam que podem “determinar” que Deus cumpra isso ou aquilo, excluem deliberadamente os que não aderem esse tipo de comportamento como prática litúrgica, esquecem, no entanto que, o próprio Deus, criador dos céus e da terra, não se submete aos nossos anseios. Outro tipo comum em nossos tempos poderíamos assim dizer, são aqueles que impedem que as mulheres tenham seu papel no ofício religioso, tolhendo-as no meio eclesiástico de realizar algo além do que o ideal machista permite.
         Semelhante a estes, podemos ressaltar, são aqueles ensoberbecidos que ousam descrever o Ser de Deus e os seus atributos, como se O Criador eterno fosse um objeto, passível de análise, excluindo séculos de pesquisas e teorias daqueles que buscaram entender, não o inimaginável do Eterno, mas os aspectos tangíveis manifestos na vida e no comportamento do ser humano.
         Esse tipo de ultraje ao Sagrado, embora não seja uma blasfêmia contra o Espírito Santo no sentido mais estrito do termo, certamente se constitui em um outro pecado; a idolatria, tão condenável quanto, porém perdoável, uma vez que Deus deu o seu único filho para que todo aquele que nele crê não se perca mas tenha a vida eterna -(Jo 3.16).
         A blasfêmia contra o Espírito Santo é rejeitar a graça preciosa para a salvação em Jesus Cristo. Desta forma podemos concluir que apenas aqueles que se declaram apáticos as boas novas do Cristo, poderiam blasfemar contra o Espírito Santo, e não os cristãos, conforme recomendação do apóstolo Paulo em Efésios 4:17-22ss
 
“E digo isto, e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade da sua mente. Entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração; os quais, havendo perdido todo o sentimento, se entregaram à dissolução, para com avidez cometerem toda a impureza. Mas vós não aprendestes assim a Cristo, se é que o tendes ouvido, e nele fostes ensinados, como está a verdade em Jesus; que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano”  Efésios 4:17-22

Autor: Wilson R. Cardoso
FONTE: ESTUDOS GOSPEL

Estudo Bíblico Os Calçados de Boaz, Moisés e Josué

"Antigamente, em Israel, para que o resgate e a transferência de propriedade fossem válidos, a pessoa tirava a sandália e a dava ao outro. Assim oficializavam os negócios em Israel." Rute 4:7.

E através desse acordo público de descalçar os pés, entregar a propriedade do sapato a outro, eram firmados contratos de ordem comercial, conjugal e outros. Não havia cartórios, advogados, meios jurídicos que validassem e defendessem a causa da população, então em Israel, era comum se recorrer ao costume dos sapatos para solucionar pendências. Moisés chegou a instruir o povo a se organizar na porta da cidade e com ajuda dos anciãos, firmar contrato envolvendo os calçados. Aquele que rejeitasse o sapato do outro, estaria renunciando a um dever, por isso, se chamaria: “o descalçado”. Deuteronômio 25:5-10.

Era apenas um costume e que não deve ser lembrado ou considerado para nossos dias, dirão alguns. Vivemos em uma sociedade totalmente diferente do Israel no Antigo Testamento. É verdade, mas o que está escrito na Palavra de Deus, é para nosso crescimento espiritual, coisas antigas e novas, nada se despreza. Jesus nos falou algo sobre escrever para o Reino de Deus utilizando o Antigo e o Novo Testamento, vejamos: E ele disse-lhes: “Por isso, todo o escriba instruído acerca do reino dos céus é semelhante a um pai de família, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas. ” Mateus. 13:52. Gosto de mexer nesse Tesouro que é a Palavra de Deus e encher as mãos e o coração com riquezas que apenas Deus pode nos oferecer.

O costume dos sapatos em Israel, nos chega com lições aplicáveis em qualquer tempo da vida, para glória de Deus. Do mesmo Deus que prosperou a Rute e a Boaz ao fazerem o acordo público de casamento. Na ocasião, Boaz recebe os sapatos de um parente que estaria renunciando ao direito de casar com Rute. O sapato em posse de Boaz significava a posse de Rute.E dessa união se tem a descendência de Davi, de Jesus. Deus não rejeitou ou anulou o acordo dos calçados realizados nas portas da cidade de Belém, antes o honrou.

“A vida pública de uma aldeia israelita se concentrava em sua porta principal. Era ali que os assuntos legais eram apresentados perante a comunidade de anciãos para julgamento. Em ocasião como esta, Boaz recebeu os sapatos de um parente que renunciou casar com Rute. A partir de então nenhum impedimento havia para casar e suscitar descendência a Rute. Posse dos sapatos, posse dos direitos.” Great people of the Bible p. 133.

As sandálias de Moisés

Depois dos sapatos de Boaz, vamos dar alguns passos em direção A Terra Prometida? De lá nos chega a lição dos pés de Moisés. Ele estava apascentando um rebanho no Monte Horebe quando vê uma sarça ardente, acesa, e o fogo não consumia nada da planta, uma visão maravilhosa e intrigante! E quando Moisés olha para aquilo, escuta: “ Então disse Deus: "Não se aproxime. Tire as sandálias dos pés, pois o lugar em que você está é terra santa". Êxodo 3:5. Naquele dia, Moisés recebe de Deus um ministério, uma missão de apascentar as “ovelhas de israel”, o povo da Antiga Aliança.

As sandálias de Moisés são retiradas dos pés para que ele fale com Deus. Descalço, o servo de Deus demostra reverência a Deus, ao lugar que se torna santo pela presença do Santo. Entendo também que as sandálias de Moisés fora de seus pés, representava um acordo entre ele e Deus: “Vá, pois, agora; eu o envio ao faraó para tirar do Egito o meu povo, os israelitas". Êxodo 3:10. Moisés deveria se entregar ao chamado, renunciando a vida comum de pastor de ovelhas para assumir a vida e aos planos de Deus para ele. Os caminhos que Moisés seriam dirigidos por Deus. As sandálias de Moisés fora dos pés, repousando na areia do Horebe, percorreriam o deserto, vales e planícies, em total dependência de Deus.

As sandálias de Josué Josué foi outro que retirou as sandálias dos pés ao contemplar a visão de um anjo: “O comandante do exército do Senhor respondeu: "Tire as sandálias dos pés, pois o lugar em que você está é santo". E Josué as tirou. “ Josué 5:15 e ele estava prestes a comandar a derrubada dos muros de Jericó. Josué descalço estava confessando que a glória, a honra, o poder e o louvor, seriam de Deus . Sem Ele não haveria conquistas como a de Jericó. E Josué, assim como Moisés, seria líder de seu povo, caminhando com as sandálias de Deus e não com as suas próprias.

Nossa caminhada nessa vida pode ser realizada de muitas formas e com muitas calçados: orgulho, autossuficiência, egoísmo, pecado. Mas Deus nos oferece um acordo de paz, uma Aliança com Ele onde devemos retirar nossos calçados e entregá-Lo. Ao fazermos isso, estaremos renunciando ao nosso “eu” para que em nós habite Deus. Ele nos conduzirá a Terra Prometida, e ainda que passemos por vales, lamas, espinhos, o que for, estaremos guardados porque Ele tem a posse de nossos calçados. Ele sendo nosso remidor, Aquele que nos recebeu como herança:

Não temas, porque não serás envergonhada; e não te envergonhes, porque não serás humilhada; antes te esquecerás da vergonha da tua mocidade, e não te lembrarás mais do opróbrio da tua viuvez. Porque o teu Criador é o teu marido; o Senhor dos Exércitos é o seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor; que é chamado o Deus de toda a terra. Isaías 54:4-5

Sandálias de servos

Como Boaz resgatou a Rute, como Moisés tirou as sandálias no Horebe, como Josué ficou descalço em Jericó, assim seja conosco. Tiremos nossas sandálias, nos aliancemos a Deus para uma caminhada segura nessa terra em direção ao porvir. Jesus também tirou as sandálias dos seus discípulos e lavando-lhes os pés: “Se eu te não lavar, não tens parte comigo. Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo." João 13:8-10.

Oração: Senhor, eis aqui nossas sandálias, lava nossos pés e nos conduz nessa vida, para glória de Teu nome. Aonde formos, não nos deixa esquecer que estás conosco todos os dias. Que assim como cuidas de nossos pés, cuidemos também de outros, sabendo que a fé não é vã e que Teu socorro é em tempo oportuno. Obrigada pela herança revelada em Cristo Jesus, Ele que nos torna mais fortes e próximos de Ti. Amém.

Deus nos abençoe.

| Autor: Wilma Rejane | Divulgação: EstudosGospel.Com.BR |

domingo, 15 de setembro de 2013

A Mulher com Fluxo de Sangue

"E disse Jesus: Quem é que me tocou? E, negando todos, disse Pedro e os que estavam com ele: Mestre, a multidão te aperta e te oprime, e dizes: Quem é que me tocou?" (Lc 8:45)


        Pedro, que estava com Jesus retrucou: " A multidão te aperta e te oprime e dizes: Quem é que me tocou? o que Pedro não entendia era que aquele toque era diferente, especial."Quem me tocou?" Enquanto os demais, movidos por curiosidade, superstição e pensamentos naturais "apertavam e oprimiam Jesus", a mulher, com firmeza e determinação, tocara o coração do Mestre.
         Quem sofria com fluxo de sangue era considerado imundo. Não podia tocar nem ser tocado. Até mesmo objetos, perdiam o valor se tocados por um doente com fluxo, A impureza física era associada a moral e assim eram excluídos do convívio normal da sociedade (Lv 15).

Solidão e conflito

         Tocar em Jesus?!Estás louca?!! Certamente esta seria a reação das pessoas se a mulher lhes contasse sua intenção. Ela ouviu falar de Jesus, de seus milagres, do seu amor pelas pessoas...Talvez tenha vibrado de alegria em um lugar solitário da casa : "Vou ficar curada!!Acabou meu sofrimento!! O evangelho de Mateus relata:
 
"Porque dizia consigo: Se eu tão somente tocar a sua veste, ficarei sã".  Mateus 9:21.
        Ela não podia compartilhar sua alegria! Ninguém a compreenderia!.
 
"Alguém me tocou, então a mulher não podendo ocultar-se, aproximou-se tremendo e, prostrando-se ante Ele declarou-lhe diante de todo o povo a causa por que lhe havia tocado" Lc 8:46.

         O medo, sentimento de inferioridade e a vergonha ainda faziam parte de sua vida, mas, ao declarar perante todo o povo que tocara Jesus, vencera a si mesma e a multidão. Creio que antes de tocar Jesus, fora profundamente tocada por Ele. Durante o intervalo em que ouviu falar de Jesus até tocá-lo, muitas coisas aconteceram na vida da mulher. Ela viveu um processo de cura interior que teria lhe concedido forças em meio a sua fraqueza. O milagre aconteceu porque haviam elementos sobrenaturais movendo os céus. Eram sua fé, arrependimento, determinação.Ela era diferente da multidão.

O Toque na Orla

         Em seu encontro com a mulher com fluxo de sangue, as vestes de Jesus eram a de um Israelita obediente a Deus. É que no Livro de Números há uma orientação que deveria ser seguida por todo que desejasse ser santo e agradável a Deus: As vestes deveriam conter franjas nas bordas e um cordão azul.
 
"e as franjas vos serão para que, vendo-as, vos lembreis de todos os mandamentos do Senhor, e os cumprais" Nm 15:39.

        Foi exatamente na orla, parte mais significativa da roupa que ela segurou." No verbo Grego ela fez mais que tocar, ela agarrou, pegou " ( Gospel of Luke, pag 166). Ela agarrou o que era a representação do divino, celeste. Talvez tenha pensado que a pureza da veste lhe purificasse. Há quem diga que havia um misto de superstição e fé no gesto, um equívoco desfeito por Jesus ao falar-lhe : " filha, a tua fé te salvou".

Aprendendo com a Mulher do Fluxo de Sangue

         Ela nos ensina que a fé precisa de uma ação. A Bíblia diz: "Sem fé é impossível agradar a Deus" (Hb 11:6) e outra vez diz: " A fé vem pelo ouvir e o ouvir pela Palavra de Deus" Rm 10:17. Ao praticar essas verdades são vencidos os medos, fracassos e tudo mais que porventura nos impediriam de chegar até Jesus. Ele sempre está disposto a transformar vidas, porém, como a multidão, muitas vidas não conseguem alcançar o milagre.
         Existiam duas multidões nessa história: Uma próxima a Jesus e outra distante ,representada pelos familiares, vizinhos, enfim, todos os que faziam parte do cotidiano da mulher. O que aprendemos? Essas multidões ainda são reais. Da mesma forma, religiosos, fariseus podem nos impedir de alcançar o Reino, também pessoas queridas. A mulher, no entanto tinha muita convicção. O livro de Romanos diz:
 
"De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus "  Romanos 14:12

Somente nós poderemos tomar essa decisão.
         Se você ainda não teve um encontro real com Jesus, lhe convido a fazer como esta mulher. Agarre, segure o Mestre e confesse a Ele tudo o que está em seu ser. Ele pode e quer lhe curar totalmente dando-lhe vida em abundância.

Autor: Wilma Rejane 
fonte: estudos gospel