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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Como Ouvir o Espírito Santo

1. Quem é o Espírito Santo?
1.1. Ele é o consolador – Jo. 16.7. Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for o Consolador não virá a vós; mas, se eu for enviar-vo-lo-ei.

1.2. Ele é Deus – At. 5.3-4 Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.


1.3. é uma pessoa porque pensa – Rm. 8.27 E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos.

1.4 é uma pessoa porque tem vontade – I Co. 12.11 Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.
1.5 é uma pessoa porque fala – At. 13.1-3 Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.

Todas essas coisas são características de uma pessoa. O Espírito é uma pessoa divina.


2. Nomes do Espírito Santo

2.1. Espírito Santo – Rm. 14.17 porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.

2.2. Espírito de Deus – Gn. 41.38 E disse Faraó a seus servos: Acharíamos um varão como este, em quem haja o Espírito de Deus; I Jo. 4.2 Nisto conhecereis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus;

2.3. Espírito do Senhor – I SM. 10.6 E o Espírito do Senhor se apoderará de ti, e profetizarás com eles e te mudarás em outro homem.

2.4. Espírito de Cristo – I Ped. 1.11 indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir e a glória que se lhes havia de seguir.


2.5. Espírito do Senhor Jeová – Is. 61.1 O Espírito do Senhor Jeová está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos e a abertura de prisão aos presos.


3. Cuidados que devemos tomar em relação ao Espírito Santo

3.1. Cuidado para não entristecê-lo – Ef. 4.30 E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o Dia da redenção.

3.2. Cuidado para não resisti-lo – At. 7.51 Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim, vós sois como vossos pais.

3.3. Cuidado para não extingui-lo – I Ts. 5.19 Não extingais o Espírito.

3.4. Cuidado para não se tornar seu inimigo. – Is. 63.10 Mas eles foram rebeldes e contristaram o seu Espírito Santo; pelo que se lhes tornou em inimigo e ele mesmo pelejou contra eles.

3.5. Andar conforme sua santidade- Gl5. 16, 25 Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.


3.6. Cuidado para não ter o Espírito Santo retirado SL 51.11 Não me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu Espírito Santo.


4. Nossa dependência para com o Espírito Santo

4.1. Dependemos dele para orar – Rm. 8.26. E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis; Jd. 20 Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo,

4.2. Dependemos dele para pregar – At. 1.8 Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da ter

4.3. Dependemos dele em tudo – Jo. 14.26 Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.


4.4. 1° Co 12.7 Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil. Para edificação da igreja. Jamais para exaltação pessoal.


5. Todo crente precisa deixar o Espírito operar

5.1. Na sua vida – produzindo transformação - I SM 10.6 E o Espírito do Senhor se apoderará de ti, e profetizarás com eles e te mudarás em outro homem.

5.2. Pela sua vida – dando fortalecimento espiritual – Ef. 3.16 para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo seu Espírito no homem interior.

5.3. Através da sua vida – capacitando-o para o trabalho do Senhor – I Ts. 1.5 porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo, e em muita certeza, como bem sabeis quais fomos entre vós, por amor de vós.


5.4 ouvir o que diz o Espírito Santo 1° TM 4.1 Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios.


6. A Liderança do Espírito Santo

6.1 - Ele controla o crente – At. 10.19,20 E, pensando Pedro naquela visão, disse-lhe o Espírito: Eis que três varões te buscam. Levanta-te, pois, e desce, e vai com eles, não duvidando; porque eu os enviei.

6.2 - Ele guia o crente – Jo. 16.13 Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir.

6.3 - Ele escolhe o campo de operação – At. 16.6 E, passando pela Frígia e pela província da Galácia, foram impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia.

6.4 - Ele orienta o crente – At. 8.29 E disse o Espírito a Filipe: Chega-te e ajunta-te a esse carro.


6.5- Ele nos faz lembrar as coisas importantes LC 12.11-12. E, quando vos conduzirem às sinagogas, aos magistrados e potestades, não estejais solícitos de como ou do que haveis de responder, nem do que haveis de dizer. Porque na mesma hora vos ensinará o Espírito Santo o que vos convenha falar.

6.6 Às vezes nos leva para sermos provados Mt4. 1 Então, foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.


7. As obras do Espírito Santo

7.1. Ele opera o novo nascimento – Jo. 3.5-8 Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.
7.2. Ele regenera o pecador – Tt. 3.5,7 não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo. Para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros, segundo a esperança da vida eterna.


7.3. Ele Santifica o crente – Rm. 15.16 que eu seja ministro de Jesus Cristo entre os gentios, ministrando o evangelho de Deus, para que seja agradável a oferta dos gentios, santificada pelo Espírito Santo.

7.4. Ele convence o homem de seus pecados – Jo. 16.8 E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo:


8. Os atributos do Espírito Santo

8.1. Eternidade – Hb. 9.14 quanto mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará a vossa consciência das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?

8.2. Onipresença – Sl. 139.7-10 Para onde me irei do teu Espírito ou para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás também; se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, 10até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.

8.3. Onipotência – Lc. 1.35. E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.

8.4. Onisciência – I Co. 2.10 Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus.


9. Os simbolos do Espírito Santo

9.1 – FOGO (Lc. 3.16) respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, batizo-vos com água, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, a quem eu não sou digno de desatar a correia das sandálias; este vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.

O fogo, como símbolo do Espírito representa a purificação e fala de sua grande força em relação às diversas maneiras de sua operação em corrigir os defeitos da nossa natureza decaída.

Vejamos a finalidade do Fogo:


9.1.1. O FOGO CONSOME

O fogo consome o que é combustível – “madeira, palha, e feno” (I Co. 3.13-15) a obra de cada um se manifestará; na verdade, o Dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo. Isso fala de material espúrio, usado para fazer a obra de Deus, é o trabalho feito com aquilo que é falso, o Espírito é contra tudo aquilo que é falso, tudo aquilo que não é feito para glória de Deus.

9.1.2. O FOGO LIMPA

Somente o fogo tem o poder de tirar a escória de diferentes metais. O fogo é, portanto, símbolo do poder purificador do Espírito. Aquilo que não pode ser definido e expurgado pela santidade do Espírito é destruído pelo fogo (Is. 6.1-7) Mas um dos serafins voou para mim trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; 7e com ela tocou a minha boca e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniquidade foi tirada, e purificado o teu pecado.


9.1.3. O FOGO DERRETE

Há materiais que se derretem em contato com o fogo, como a cera e outros. O fogo do Espírito derrete os corações endurecidos. – cf. At. 2.37-39 Ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos varões irmãos? E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.

9.1.4. O FOGO ENDURECE

Praticamente o mesmo fogo que amolece a cera endurece o barro. O ferreiro leva o aço ao fogo para amolecer e para torná-lo mais duro. O Espírito torna o crente mais brando e também mais resistente contra as adversidades que terá pela frente – cf. At. 20.23,24 senão o que o Espírito Santo, de cidade em cidade, me revela, dizendo que me esperam prisões e tribulações. Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do Evangelho da Graça de Deus.


9.1.5. O FOGO AQUECE

O Espírito, qual fogo, torna a nossa alma abrasada por uma ardente paixão e zelo por Deus e seu serviço – cf. Lc. 24.32,33

POMBA

“ Vi o Espírito de Deus, descendo como pomba e vindo sobre Ele” – cf. MT. 3.16, A pomba é simples – MT. 10.16 b; o Espírito também é simples, tal simplicidade ilustra a sua beleza e delicadeza. O crente guiado pelo Espírito tem a simplicidade das pombas, não procura salienta sua pessoa ou suas habilidades, porém dá toda honra e glória a Deus que tudo nos dar.


10. Vento

• Jesus disse: O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem e nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito (Jo. 3.8).
• Os hebreus não indicavam com rigor a direção dos ventos, como hoje se faz; contudo reconheciam quatro ventos: o do oriente, o do ocidente, o do norte e do sul – (Jr.49.36; Ez. 37.9; Ap.7.1).
• A Bíblia diz que o Espírito veio dos 4 ventos e soprou sobre os ossos secos e eles reviveram – cf. Ez. 37.9,10.
• Pelo sopro do Espírito Santo o pecador se convence do seu pecado e aceita Cristo como Salvador, e o crente vence o pecado e se aproxima de Deus.
• O vento é o ar em movimento, na criação o Espírito se movia sobre a face das águas – cf. Gn. 1.2;
• o Espírito Santo movimenta a igreja através de seu sopro de poder – cf. At.4.31.
• Outra coisa pode constatar no vento, é que o mesmo sopra em todas as direções.
• Da mesma forma o Espírito age de muitas maneiras. No dia de pentecostes o Espírito veio sobre os discípulos como um vento impetuoso – cf. At.2.2


11. Sêlo

• O selo testifica um direito de propriedade ou a autenticidade de um documento.
• Entre os hebreus, na compra e venda de casas ou campos, era exigido o selo no translado da propriedade.
• O simples selo do comprador num documento garantia-lhe posse da propriedade – cf. Jr.32.8-15,44;
• selar significa dar segurança.
• O ato de colocar o selo somente poderia ser realizado pelo dono do objeto ou da propriedade, a fim de dar-lhe segurança.
• A Bíblia diz que nós somos propriedades de Deus, por isso Ele mesmo nos selou com o seu Espírito para o dia da redenção – cf. Ef. 1.13; II Co. 1.22.
• O selo também servia para tornar conhecido ou identificado aquilo que era selado.
• As Escrituras diz que Deus conhece os que são seus, porque sobre estes há o selo do seu Espírito – cf. II Tm. 2.19


12. Óleo

• O óleo era usado entre os antigos hebreus, era em geral fabricada dos frutos das oliveiras, que amadurecem no outono.
• Era o mesmo azeite usado para ungir a tenda da congregação, os objetos sagrados e os sacerdotes para realizarem o seu serviço.
• Com esta unção eram considerados santificados – Êx. 30.25-30.
• Nas Escrituras, o óleo aparece com um dos símbolos do Espírito Santo – cf. Zc. 4.2-6.
• e nos fala de unção. Jesus foi ungido pelo Espírito Santo – cf. Is. 6.1; Lc. 4.18, o crente em Jesus tem a unção do Santo e sabe todas as coisas – cf. I Jo. 2.20.


13. Aplicação simbólica do óleo (azeite)

a) Azeite na orelha (Lv. 14.17) – preparo para ouvir a voz de Deus. “Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Ap.2.17). “Fala Senhor que o teu servo ouve”.

b) Azeite na mão (Lv. 14.17) – habilitação para o trabalho do Senhor. “Não é por força nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos – cf.”. Zc. 4.6.

c) Azeite no pé (Lv. 14.17) – Fala de um andar santo. Andai no Espírito e não cumprireis a vontade da carne – cf Gl. 5.16.

d) Azeite no rosto (Sl 104.15) – Brilho da presença de Deus e alegria espiritual que desfruta o crente em Cristo. “Com o rosto desvendado”... Somos transformados de glória em glória... Pelo Espírito “- cf. 2 Co”. 3.18.


e) Azeite em outras vasilhas (2RS 4.4-6) – bênçãos para outras pessoas – Rm. 1.16; 5.5; I Jo. 3.16.

f) Azeite nas feridas (Lc. 10.34) – símbolo de restauração pelo Espírito Santo do Senhor – cf. Lc. 4.18

• Vale a pena lembrar que era extremamente proibido fabricar outro óleo com a mesma composição (Êx. 30.33). Ninguém pode imitar o Espírito Santo.

• Da mesma forma era proibido usar o óleo para fins alheios ao serviço sagrado (Êx. 30.25-31).

• O Espírito Santo opera exclusivamente para a glória do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, pois o seu ministério aqui é esse, o de glorificar a Cristo.


10 coisas que o Espirito Santo faz

1° ele intercede pela igreja (RM 8.27) E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos.

“2° O ESPÍRITO SANTO penetra todas as coisas” (1° Co 2.10) Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus.

3° O ESPÍRITO SANTO pode ser entristecido ou ofendido magoado, desgostado: (Efésios 4.30.) E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o Dia da redenção.

4° O ESPÍRITO SANTO Ele reparte dons "a cada um como quer" (1° Co 12.11) Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.


5° O ESPÍRITO SANTO nos da força (jz 6.5-6) Desceu, pois, Sansão com seu pai e com sua mãe a Timna; e, chegando às vinhas de Timna, eis que um filho de leão, bramando, lhe saiu ao encontro. Então, o Espírito do Senhor se apossou dele tão possantemente, que o fendeu de alto a baixo, como quem fende um cabrito, sem ter nada na sua mão; porém nem a seu pai nem a sua mãe deu, a saber, o que tinha feito. (MQ 3.8) parte a Mas, decerto, eu sou cheio da força do Espírito do Senhor e cheio de juízo e de ânimo, para anunciar a Jacó a sua transgressão e a Israel o seu pecado.

6° O ESPÍRITO SANTO nos transforma (1° SM 10.6,10) E o Espírito do Senhor se apoderará de ti, e profetizarás com eles e te mudarás em outro homem. E, chegando eles ao outeiro, eis que um rancho de profetas lhes saiu ao encontro; e o Espírito de Deus se apoderou dele, e profetizou no meio deles.

7° O ESPÍRITO SANTO nos dá ousadia para falar do amor de Deus (AT 4.31) E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a palavra de Deus.

8° (At 9.31) cinco grandes obras do ESPÍRITO SANTO Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, e Galiléia, e Samaria tinham Paz e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e na consolação do Espírito Santo.


9° O ESPÍRITO SANTO não anula nossa mente nossa razão (AT 14.13-15) Pelo que, o que fala língua estranha, ore para que a possa interpretar. Porque, se eu orar em língua estranha, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto. Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento.

10° O ESPÍRITO SANTO nos guia com a verdade (João 16.13) Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir.
 
 
 
| Autor: Pr Sidnei Alves da Silva |
Divulgação: estudogospel.com.br |

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O Êxodo

A arqueologia tem sido a maior amiga dos historiadores e estudiosos bíblicos na procura de locais e objetos que possam evidenciar o trajeto dos hebreus. Já são muitas as evidências encontradas no Egito e na Arábia Saudita.
No último século arqueólogos redescobriram evidências sobre a escravidão dos hebreus, as pragas e a fuga do Egito. A pintura abaixo é uma entre outras encontradas nas paredes da tumba de um comandante chamado Khnumhotep II (século XIX A.C.) onde estão registradas a entrada de um grupo de cerca de 37 palestinos (de barbas) trazendo suas mulheres, crianças, arcos, flexas, lanças, harpas, jumentos e cabras caracterizando que não se tratava de uma invasão, por causa da submissão aos egípcios (mulatos).


A figura n° 115 (imagem abaixo) da publicação The Ancient Near East in Pictures (Pritchard) mostra inscrições no Egito sobre o trabalho escravo (século XV A.C.) na fabricação de tijolos e na construção (Êxodo 1.11-14). Alguns textos egípcios mencionam cotas de tijolo e uma falta de palha, como em Êxodo 5.6-19.


Há sinais das pragas nas ruínas da antiga cidade de Avaris e no chamado "papiro de Ipuwer" encontrado no Egito no início do último século, levado para o Museu de Leiden na Holanda sendo decifrado por A.H. Gardiner em 1909. O papiro completo está no Livro das Advertências de um egípcio chamado Ipuwer. Este descreve motins violentos no Egito, fome, seca, fuga de escravos com as riquezas dos egípcios e morte ao longo da sua terra. Pela descrição ele foi testemunha das pragas como as do Êxodo. A tabela abaixo compara os relatos de Ipuwer e Moisés:
 

Papiro de Ipuwer

Êxodo de Moisés

2.5-6 A praga está por toda região. Sangue em toda parte.
2.3 Certamente, o Nilo inunda mas não querem arar para ele.
2.7 Certamente, foram enterrados muitos mortos no rio; a corrente está como uma tumba.
2.10 Certamente, o rio está ensanguentado, e quando se vai beber dele, passam longe as pessoas e desejando água.
3.10-13 Essa é a nossa água! Essa é a nossa felicidade! O que faremos a respeito? Tudo são ruínas.
7.20 …e todas as águas do rio se tornaram em sangue.

7.21 ...os peixes que estavam no rio morreram, e o rio cheirou mal, e os egípcios não podiam beber da água do rio; e houve sangue por toda a terra do Egito.

7.24 ...os egípcios cavaram poços junto ao rio, para beberem água; porquanto não podiam beber da água do rio.
5.6 Certamente, as palavras mágicas foram descobertas (nas câmaras sagradas), os encantos e os encantamentos eram ineficazes por que são repetidos pelas pessoas. 8.18-19 Também os magos fizeram assim com os seus encantamentos para produzirem piolhos, mas não puderam...
2.10 Certamente, portões, colunas e paredes são consumidos pelo fogo.

10.3-6 A casa real inteira está sem os seus servos. Ela tinha a cevada e o trigo, os pássaros e os peixes; tiveram roupas brancas e linho bom, cobre e azeites;

1.4 ...os habitantes dos pântanos possuem proteções;

6.1-3 A pessoa se alimenta da erva arrastada pela água... Para as aves não se encontra grão nem erva... a cevada pereceu em todas as estradas.

5.13 Certamente o que podia ser visto ontem, desapareceu. A terra está abandonada por causa da esterilidade e igualmente o corte de linho.
9.23-24 ...e fogo desceu à terra ... havia saraiva e fogo misturado...

9.25-26 ...a saraiva feriu, em toda a terra do Egito, tudo quanto havia no campo, tanto homens como animais; feriu também toda erva do campo, e quebrou todas as árvores do campo. Somente na terra de Gosen (pântanos do Delta) onde se achavam os filhos de Israel, não houve saraiva.

9.31-32 ...o linho e a cevada foram danificados, porque a cevada já estava na espiga, e o linho em flor; mas não foram danificados o trigo e o centeio, porque não estavam crescidos.

10.15 ...nada verde ficou, nem de árvore nem de erva do campo, por toda a terra do Egito.
5.5 Certamente, todos os rebanhos de cabras têm os corações chorando; os gados reclamam por causa do estado da terra....

9.2-3 ... e da mesma maneira os rebanhos vagaram sem pastores ... os rebanhos vão desnorteados e nenhum homem pôde reuni-los. Cada um tenta trazer os que foram marcados com o seu nome.
9.3 ...eis que a mão do Senhor será sobre teu gado, que está no campo. sobre os cavalos, sobre os jumentos, sobre os camelos, sobre os bois e sobre as ovelhas; haverá uma pestilência muito grave.

9.19 ...manda recolher o teu gado e tudo o que tens no campo; porque sobre todo homem e animal que se acharem no campo, e não se recolherem à casa, cairá a saraiva, e morrerão.

9.21 ...mas aquele que não se importava com a palavra do Senhor, deixou os seus servos e o seu gado no campo.
9.11 ... não amanheceu...
10.22 ... e houve trevas espessas em toda a terra do Egito por três dias.
4.3 (5.6) Certamente, os filhos dos grandes são lançados contra a parede.

6.12 Certamente, as crianças dos grandes foram abandonadas nas ruas;

2.13 Certamente, as pessoas diminuíram e quem põe seu irmão na terra encontra-se em qualquer lugar.

3.14 É um gemido que há pela terra, misturado com lamentações.
12.29 ...feriu todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, que se assentava em seu trono, até o primogênito do cativo que estava no cárcere, e todos os primogênitos dos animais.

12.30 ...e fez-se grande clamor no Egito, porque não havia casa em que não houvesse um morto.
7.1 Veja, certamente o fogo ascendeu às alturas e o seu queimar sai contra os inimigos da terra.
13.21 ... e de noite numa coluna de fogo para os alumiar, a fim de que caminhassem de dia e de noite.
3.2 Certamente, ouro, lápis azul, prata, turqueza, cornalina e bronze... é colocado no pescoço das escravas... 12.35-36 ...e pediram aos egípcios jóias de prata, e jóias de ouro, e vestidos.....de modo que estes lhe davam o que pedia; e despojaram aos egípcios.
7.2 Veja, quem havia sido enterrado como um falcão está em um caixão de madeira; aquilo oculto na pirâmide estava vazio.
Assim morreu José, tendo cento e dez anos de idade; e o embalsamaram e o puseram num caixão no Egito. (Gênesis 50.26)

13.19 Moisés levou consigo os ossos de José...
Outra evidência da passagem dos hebreus pelo Egito foi a descoberta do Vale das Inscrições (Wadi Mukattab) na Península do Sinai.



Uma das inscrições feitas por hebreus descreve com detalhes a fuga pelo Mar Vermelho. As inscrições foram feitas em hebraico antigo em pedras e arqueólogos e pesquisadores ainda não sabem dizer quem são seus autores. Há também hierogrifos egípcios a respeito das minas de turqueza da região de Serabit El Khadim, inscrições de mineiros Canaãnitas e Nabateanos, em grego, latim e árabe ao longo do vale.
O explorador Charles Forster publicou estes achados em seu livro "Sinai Photographed" em 1862. Ele concluiu que estas inscrições eram uma combinação de alfabetos hebreus e egípcios que descrevem o êxodo. A foto abaixo foi tirada em 1857 por Francis Frith.



A mais recente descoberta sobre a passagem dos hebreus no Egito foi apresentada em 2003 quando 2 arqueólogos israelitas concluíram estudos dos anos 30 na parte ocidental do Nilo onde a Universidade do Instituto Oriental de Chicago estava fazendo escavações em Medinet Habu, área do sul da necrópole de Tebas. Arqueólogos descobriram evidências de algumas cabanas semelhantes às casas de 4 quartos predominantes na Palestina durante toda a Idade do Ferro (1200-586 A.C.).


Historiadores antigos e famosos também relataram a passagem dos hebreus no Egito:

Flavio Josefo, historiador judeu do 1° século D.C., em sua obra Josefo Contra Apion - I, 26, 27, 32 menciona dois sacerdotes egípcios: Maneto e Queremon que em suas histórias sobre o Egito nomearam José e Moisés como líderes dos hebreus. Também confirmaram que migraram para a "Síria sulista", nome egípcio da Palestina.
Diodoro Siculo, historiador grego da Sicília (aproximadamente 80 a 15A.C.) escreveu que "antigamente ocorreu uma grande pestilência no Egito, e muitos designaram a causa disto a Deus que estava ofendido com eles porque havia muitos estranhos na terra, por quem foram empregados rito estrangeiros e cerimônias de adoração ao seu Deus. Os egípcios concluíram então, que a menos que todos os estranhos se retirassem do país, nunca se livrariam das misérias".
Herodoto, historiador grego entitulado o Pai da História, escreveu o livro "Polymnia". Na seção c.89 escreve: "Essas pessoas (hebreus), por conta própria, habitaram as costas do Mar Vermelho, mas migraram para as partes marítimas da Síria, tudo que é distrito, até onde o Egito, é denominado Palestina". São localizadas as costas do Mar Vermelho, em parte, hoje o Egito, enquanto são localizadas as partes marítimas de Síria antiga, em parte, o atual Estado de Israel.

A Rota

O caminho para a terra dos filisteus (faixa de Gaza) era o mais curto mas para não haver confrontos a ordem foi seguir pelo caminho do deserto próximo do Mar Vermelho (Êxodo 13.17). Mesmo assim, até hoje a verdadeira rota do Êxodo é discutida e as 3 principais teorias são:



Teoria Tradicional - normalmente aceita por católicos, judeus e evangélicos. Com algumas variações com relação ao lugar exato da travessia do Mar Vermelho, defende que os hebreus teriam contornado a península do Sinai, sem sair do Egito.
Localizado no Egito por indicação do Imperador Justiniano, o tradicional Monte Sinai vem sendo usado como ponto turístico. As Bíblias atuais mostram mapas indicando lugares por onde poderia ter passado o povo Hebreu mas sem nenhuma comprovação ou evidência arqueológica. A sua localização é longe de Midiã, hoje região noroeste da Arábia Saudita.

Teoria de Ronald Wyatt - já aceita por muitos atualmente pela sua quantidade de evidências. Acredita que até o Mar Vermelho os hebreus caminharam pelo tradicional "Caminho dos Reis" atravessando o Golfo de Ácaba.
Anestesista, arqueólogo amador americano e adventista. Foi o pesquisador mais contestado, criticado e até perseguido principalmente por não ser formado em arqueologia. Contudo, o único que realmente conseguiu reunir o maior número de evidências. Em 1984 fotografou (cerca de 400 fotos) e filmou (12 horas de gravação) a região árabe mas teve o material apreendido pelas autoridades locais (suspeitavam ser um espião judeu) pois não queriam que suas descobertas fossem divulgadas. Após 8 anos de oração conseguiu reaver todo o material enviado pelos próprios árabes! Naquele momento estava hospedado num hotel na praia de Nuweiba, Egito. Morreu em Agosto de 1999.

Teoria de Emanuel Anaty - a mais recente, a mais rejeitada e a menos conhecida. Acredita que os hebreus teriam seguido o caminho para a Palestina.
Arqueólogo italiano que descobriu no deserto do Neguebe o Monte Carcom, que em hebraico significa "Monte de Deus". Sua localização é longe de Midiã. Pode ter sido um dos acampamentos hebraicos durante os 40 anos de peregrinação mas sem provas suficientes para afirmar. Situa-se entre Edom e o Egito, caminho para o Delta do Nilo utilizado por muitos quando havia fome na atual região Jordaniana.

A Travessia do Mar Vermelho

Durante muito tempo dizia-se que a travessia teria sido num lago ao norte do Mar Vermelho chamado de Mar de Juncos ou Lagos Amargos onde hoje foi aberto o Canal de Suez. Mas acredita-se que se dava este nome ao Golfo de Ácabe, um dos braços do Mar Vermelho.
Em 1988 o explorador americano Bob Cornuke defendeu a teoria de que a travessia teria sido no Estreito de Tiran, na entrada do Golfo de Ácaba, onde existe uma "ponte de terra" ("landbridge" em inglês) no nível do mar entre o Egito e a Arábia Saudita. Para ele a maré baixou e mais tarde subindo afogou os egípcios, ou seja, um evento natural. Porém, não foram encontradas evidências para comprovar sua teoria e o local é relativamente raso não sendo suficiente para afogar um exército de mais de 600 homens! A foto abaixo mostra o local.
Moisés foi claro em relatar o que viu: um vento oriental penetrou no mar formando "muros de água". É bem diferente de uma "ponte de terra"! Um evento sobrenatural provado pela arqueologia!



Mas o local onde se obteve mais indícios da travessia foi a praia de Nuweiba no Golfo de Ácaba, no Egito. É a única praia no Mar Vermelho com área suficientemente grande para suportar a quantidade de hebreus acampados (mais de 2 milhões além dos animais e objetos).
Até este ponto calcula-se que o povo hebreu teria caminhado mais de 300km durante 6 dias praticamente sem parar! Havia alimento para apenas 7 dias (Êxodo 13.6-8).
A imagem abaixo mostra uma vista aérea da praia onde está a pequena cidade de Nuweiba, onde o aluguel de equipamentos de mergulho para passeios submarinos é uma das principais atividades turísticas.



Foto de satélite ampliada da região. Os caminhos brancos são estradas entre os montes. Os hebreus e os egípcios vieram do norte (Êxodo 14.2).
Outra evidência é a planície do fundo do mar nesta área. As imagens abaixo foram montadas por mapeamento topográfico, e mostram que o mar é profundo ao sul (1700 m) e ao norte (900 m) da praia formando uma espécie de ponte submersa (cerca de 110 m de profundidade)! No fundo foram encontradas rochas agrupadas em linha reta na beira desta planície fazendo-a parecer uma estrada.
A distância entre a costa egípcia e a árabe é de cerca de 18 Km e calcula-se que a largura do caminho feito pelo afastamento das águas tenha aproximadamente 900 metros. Levando-se em consideração o forte vento nas laterais e que uma pessoa leve 3 horas e meia para percorrer essa distância, estima-se que a travessia de quase 3 milhões de pessoas possa ter levado umas 6 horas.



Na foto de satélite as medidas de profundidades são relacionadas entre si (os valores são razões).



Neste mapa a distância está em metros. A parte mais profunda da travessia assinalada é de 109m. Notar que ao norte tem 948 metros e ao sul 1720 metros, formando assim uma "ponte submersa".


A foto abaixo mostra a vista, ao nível do mar, para a praia de Nuweiba ao entardecer. Ao amanhecer os hebreus teriam visto imagem semelhante logo após o afogamento dos egípcios.



Possivelmente teria sido aqui ou um pouco mais para o lado esquerdo, a festa dos hebreus (Êxodo 15.1-21) pois foi neste local onde foi encontrada uma coluna comemorativa erguida por Salomão. Ao fundo está a praia onde estavam acampados antes da travessia.


Esta outra mostra o local onde Faraó teria avistado o acampamento dos hebreus na praia antes da travessia (Êxodo 14.9-10). É o único caminho para a praia.


Foram encontradas duas colunas em estilo fenício sendo uma na praia do lado egípcio (Nuweiba) e outra do lado árabe. A primeira encontrada foi no lado egípcio em 1978 onde havia uma inscrição em hebraico destruída pela erosão (a parte inferior estava no mar) praticamente ilegível. A segunda, em 1984, no lado árabe e idêntica, tem a mesma inscrição em hebraico e legível com as palavras: Egito; Salomão; Edom; morte; faraó; Moisés; e Jeová significando que foi erguida por Salomão, em honra a Jeová, e dedicada ao milagre da travessia do Mar Vermelho por Moisés e a destruição do exército egípcio. Semanas depois a coluna foi retirada e colocada um marcador-bandeira em seu lugar. Os árabes não apreciam estrangeiros pesquisando em sua terra, principalmente judeus e americanos.
Durante o reinado de Salomão, Israel foi uma potência no Oriente Médio onde obteve o controle marítimo da região (1 Reis 9.26 e II Crônicas 8.17). Há uma referência em Isaías 19.19 que acredita-se ser a coluna do lado egípcio.

No Egito

Na Arábia antes...

... e depois!

O local da praia onde se iniciou a travessia: A base da coluna estava sob a água e foi removida por soldados israelenses para atrás da estrada que beira a praia. Israel ocupou a região da península do Sinai entre 1967 e 1982.
O vento com força sobrenatural veio do lado árabe (das montanhas ao fundo), na direção do povo, mas se dividiu em duas correntes de ar separando as águas sob a forma de muros que, afastados criaram um caminho sem água (Êxodo 14.22). Dependendo da altura da maré no dia, esses muros de água chegavam a cerca de 100m na parte mais profunda, no meio da travessia. Quando o vento parou, a pressão do retorno das águas foi suficiente para matar e afogar os egípcios! Notar no mar a pouca profundidade no início da travessia pela sua tonalidade mais clara e a parte mais escura onde é mais profundo.


Periódicamente pesquisadores mergulham no local da travessia buscando materiais como ossos, cascos, rodas, restos dos carros egípcios entre outros objetos. É normal o mergulho de turistas em busca das belas paisagens submarinas e alguns até encontram esses materiais.
Abaixo estão alguns dos achados no fundo do mar em profundidades de até 60m a partir de 1978:

Fêmur humano




Agrupamento de costelas humanas


Alinhamento das rochas localizado na lateral da travessia. O caminho criado pelo afastamento das águas ficou limpo de obstáculos!



Rodas e seus eixos encrostados de corais

Foram encontradas rodas de 4, 6 e 8 raios. As rodas de 8 raios só foram fabricadas na 18a dinastia dos faraós. O rei do Egito usou toda a sua frota de carros (Êxodo 14.6-7) com todos os tipos de rodas existentes.





As rodas folheadas com metal (ouro com prata) cuja madeira se decompôs com o tempo, provavelmente eram dos carros dos oficiais, praticamente não foram cobertas pelos corais. Uma relíquia arqueológica!





Reconstituição retirando os corais de uma roda de 8 raios. Nota-se a ausência de um deles.



Roda de 6 raios com eixo. Um detetor de metais submarino acusou presença de ferro.



Os Hicsos, povo semita que conquistou e dominou parte do Egito durante cerca de um século, introduziram os carros de guerra no país. Foram expulsos pelo faraó Amósis (1540-1515 AC) alguns séculos antes do Êxodo. Esta mudança levou os hebreus à escravidão.

Foto de um carro egípcio da época. Era da 18a dinastia dos faraós e é notável a semelhança com as rodas encontradas no mar.

Passagem por Mara, Elim e Refidim

Depois de 3 dias chegaram a um local chamado Mara onde as águas eram amargas (Êxodo 15.23). Em 1988 o explorador Bob Cornuke e seu amigo Larry Williams encontraram uma fonte de águas amargas próximo ao Mar Vermelho. As fotos abaixo mostram o local.



O oásis de Elim onde haviam 12 fontes e 70 palmeiras (Êxodo 15.27).


Nos montes deste local arqueólogos Sauditas escavaram cavernas como a da foto abaixo. Informaram ao explorador Bob Cornuke que encontraram escrituras sobre a passagem de Moisés pelo local bem como as tumbas de Jetro e Zípora. Porém esta informação não foi confirmada.



A rocha em Horebe (Massá e Meribá), em Refidim, e uma vista da fenda por onde saía a água (Êxodo 17.6). Nota-se a erosão e o alisamento provocados pela nascente. Sua localização é próxima ao Monte Sinai (Êxodo 3.1), a menos de 24h a pé (Êxodo 19.1-2).




Ficaram alguns dias em Refidim. Foi aqui que Zípora, mulher de Moisés e seus 2 filhos (Gérson e Eliézer nascidos em Midiã) voltaram para casa contando a seu pai Jetro, como foi a fuga do povo. Em seguida, com seu pai e seus filhos, retornou para Moisés (Êxodo 18.1-4).
Também neste local ocorreu a guerra contra os amalequitas (Êxodo 17.8-13).

Na foto, o altar de Moisés "Jeová-Níssi" (O Senhor é Minha Bandeira) localizado cerca de 200m da rocha (Êxodo 17.15).



O Monte Sinai

A nomeação do tradicional Monte Sinai no Egito surgiu quando o Imperador Justiniano edificou o Monastério de Santa Catarina no ano de 527, dois séculos depois de Helena, mãe do Imperador Constantino, ter construído uma pequena igreja no mesmo vale, na península do Sinai, embora não tenha indícios arqueológicos nem relatos bíblicos do local. Mas em Êxodo 3.12 deixa claro que o monte verdadeiro fica fora do Egito e que Moisés esteve lá pastoreando quando vivia com seu sogro em Midiã.
O tradicional Monte Sinai é visitado durante séculos por turistas e religiosos. O vale é pequeno e não tem espaço para acomodar mais de 2 milhões de hebreus (600 mil eram de homens que foram a pé) com seus animais e objetos.
A foto de satélite e o mapa mostram o trajeto defendido e em grande parte comprovado por Ronald Wyatt. O local chamado Etham (ou Etã) é próximo da cidade hoje conhecida como El Thamad.


O mapa abaixo mostra o trajeto pós-travessia. Notar que os hebreus voltaram a acampar em outro local do Mar Vermelho (Golfo de Ácaba) após terem saído de Elim (Números 33.10).



Em Êxodo 3.12 confirma que o Monte Sinai localiza-se fora do Egito e que Moisés esteve no local quando apascentava as ovelhas de Jetro, seu sogro e sacerdote de Midiã, região noroeste da Arábia (Êxodo 3.1). Portanto o Monte Sinai não poderia ser tão distante do local onde Moisés vivia, como vem sendo informado durante séculos.
Depois de realizadas buscas nas áreas da rota do Êxodo a partir de 1761, foi então encontrado na Arábia Saudita o que se chama hoje de o verdadeiro Monte Sinai. Neste lugar bastante amplo existem evidências mostradas nos livros de Moisés como pode-se ver nas fotos abaixo tiradas em 1984. Em Gálatas 4.25 confirma que o Monte Sinai fica na Arábia! Em árabe a região montanhosa se chama "Jebel El Lawz" e os árabes beduínos da região a chamam de "Jebel Musa" (Montanha de Moisés).


O local é até hoje conhecido como Horebe (Wadi Hurab)! Na verdade uma cadeia de montes que formam um "C" semelhante a um anfiteatro conforme mostra o mapa abaixo.



Mapa da região - Horebe em cor de laranja

O pico do monte está "queimado" (carbonizado) conforme descrito em Êxodo 19.18-20, 24.17 e Deuteronômio 4.11. Exploradores quebraram algumas rochas e comprovaram que são de granito e escuras apenas por fora! É o local mais alto da região (mais de 60 metros de altura). Fica ao centro e na parte traseira da montanha.



Vista do pico para Refidim.
A rocha com a fenda está localizada no monte menor no centro da foto.
A foto de satélite abaixo mostra a diferença geográfica entre o tradicional Monte Sinai em AZUL (na península do Sinai), e o encontrado com evidências em AMARELO (na Arábia Saudita). Em VERDE a praia onde acamparam os hebreus e a travessia do Mar Vermelho (no Golfo de Ácaba).



Outra foto de satélite com mais detalhes


A Primeira Terra Santa dos Hebreus (Êxodo 3.5)

Outras evidências encontradas no local onde os hebreus teriam permanecido por cerca de 2 anos recebendo as leis e os estatutos. A foto mostra a vista para a área sagrada e para o arraial.
A: Casa da Guarda Árabe. Ao tomarem conhecimento das descobertas os árabes reconheceram a importância do local, declarando-o um sítio arqueológico.
B: Altar do Bezerro de Ouro (Êxodo 32.5,19). Situado ao pé de um monte pertencente a Horebe em frente ao Sinai a cerca de 1500 metros deste.
C: As doze colunas (Êxodo 24.4).
D: Altar de terra ao pé do monte (Êxodo 20.24 e 24.4).
E: Barreira de poços feita por Moisés para delimitar a área sagrada (Êxodo 19.23). O arraial dos hebreus situava-se atrás, da esquerda para a direita cobrindo toda a área entre os montes.

É evidente o contorno (em azul) da marca deixada pelo ribeiro que descia do monte até o arraial (Deuteronômio 9.21).


A água descia e acumulava nos poços dando condições ao povo de viver no local. Foram encontrados diversos vestígios desses poços

Platô de onde foi tirada a foto da área sagrada e do arraial em 1984.

No monte em frente ao pico existem pedras em forma de tábuas (Êxodo 24.12). Notar que há uma árvore crescendo entre as pedras. Logo abaixo destas existe uma caverna (parte escura um pouco abaixo do centro da imagem). Acredita-se ser a mesma na qual Elias se refugiou quando temeu a Jezabel (1 Reis 19.8-9), espôsa do rei israelense Jeroboão.



Vista de dentro da caverna. Talvez tenha sido usada por Moisés


Mapa arqueológico do local
As partes restantes das doze colunas e do altar (Êxodo 24.4). Os árabes o desmontaram levando parte das pedras para uma mesquita na cidade de Hagl assim que as autoridades tomaram conhecimento das descobertas de Ronald Wyatt. Moisés é reconhecido pelos árabes como profeta.

O altar do bezerro de ouro feito por Arão (Êxodo 32.5) que foi reconhecido pelas autoridades árabes como um tesouro arqueológico, sendo vigiado por guardas.

Muitos desenhos (petroglífos) de vacas e touros no estilo egípcio foram encontrados no altar. Os árabes ficaram admirados com a descoberta pelo fato deste estilo não ter sido achado em qualquer outro lugar na Arábia Saudita. Aqui estão alguns deles:





Todo esse tesouro arqueológico foi encontrado conservado e praticamente intacto devido ao fato da região ser no meio do deserto, longe de oásis como o de Elim, ainda existente.

Al Bad - Moradia de Jetro?

Um antigo mapa encontrado na Arábia mostra que a cidade de Al Bad teria sido o local onde o sogro de Moisés morava provando que o sacerdote de Midiã era conhecido e respeitado.
Está localizada a sudoeste do Monte Sinai e no mapa maior está assinalada pela seta inferior.





A foto abaixo mostra a região onde Moisés viveu 40 anos com sua nova família depois de fugir do Egito

Outro Monte Sinai?

Recentemente foi sugerido um "terceiro Monte Sinai" no deserto do Neguebe na fronteira entre Israel e o Egito, chamado de Monte Carcom que em hebraico significa "Monte de Deus" e fica entre o Golfo de Ácabe e o Mediterrâneo. Foram encontrados acampamentos circulares feitos com pedras, um desenho com 10 retângulos em uma pedra (foto abaixo) e 12 pedras posicionadas lado a lado em forma de colunas.



Mas em Êxodo 13.17-18 relata que os hebreus foram para o oriente pelo caminho do sul, próximo ao Mar Vermelho, basicamente a mesma direção que tomou Moisés quando fugiu do Egito. A diferença é que desta vez Deus mandou Moisés voltar e ir até a praia.
O monte Carcom pode ter sido lugar de um dos acampamentos de Moisés como nos dos montes Sefer e Hor (Números 33.23 e 37), por exemplo. Todos esses montes podem ter outros nomes nos dias de hoje. Além disso o que contraria as descobertas é a datação feita do local: 2200 AC, ou seja, cerca de quase mil anos antes do êxodo, antes até mesmo de Abraão! Não há evidências suficientes para afirmar que o povo hebreu tenha acampado naquele local.

Imagens de Satélite da Região

Conclusão

De todos os achados e descobertas estas são incontestáveis: As colunas comemorativas no local da travessia, os restos dos carros dos egípcios a mais de 30m de profundidade e o pico do monte carbonizado.

Reportagens do jornal Discovery Times

sobre os achados arqueológicos

Autores Diversos