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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

O Efeito do Pentecoste na vida da Igreja

Tendo primeiramente descrito em suas próprias palavras o que aconteceu no dia de Pentecoste e fornecendo, a seguir, uma explicação disso através do sermão cristocêntrico de Pedra, Lucas nos mostra agora os efeitos do Pentecoste, dando-nos uma linda descrição da igreja cheia do Espírito. É óbvio que a igreja não começou naquele dia, e não é correto dizer que o dia de Pentecoste é "o aniversário da igreja". Pois a igreja, como povo de Deus, remonta a pelo menos 4.000 anos, até os tempos de Abraão. O que aconteceu no Pentecoste foi que o remanescente do povo de Deus tornou-se o corpo de Deus cheio do Espírito. Quais foram, então, as evidências da presença e do Espírito. Quais foram, então, as evidências da presença e do poder do Espírito Santo? Lucas descreve-as para nós.

EXPOSIÇÃO

1. UMA IGREJA QUE APRENDIA

A primeira evidência do Espírito que Lucas menciona é que eles perseveravam na doutrina dos apóstolos. Poderíamos até dizer que, naquele dia, o Espírito Santo abriu uma escola em Jerusalém; seus professores eram os apóstolos que Jesus escolhera; e havia três mil alunos no jardim de infância! Vemos que esses novos convertidos não estavam se deliciando com uma experiência mística que os levasse a rejeitar a própria mente ou a teologia. O antiintelectualismo e a plenitude do Espírito são mutuamente incompatíveis, pois o Espírito Santo é o Espírito da verdade. Esses primeiros discípulos também não pensavam que, devido ao fato de terem recebido o Espírito, esse era o único professor de que precisavam, podendo dispensar os mestres humanos. Pelo contrário, eles se assentavam aos pés dos apóstolos, ansiosos por receberem instruções, e nisso perseveravam. Mas que isso, a autoridade didática dos apóstolos, à qual se submeteram, era autenticada por milagres: "muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos" (v.43). As duas referências aos apóstolos, no versículo 42 (a doutrina deles) e no versículo 43 (aos seus prodígios), dificilmente podem ser acidentais. Considerando que o ensino dos apóstolos chegou até nós em sua formadefinitiva no Novo Testamento, a devoção contemporânea ao ensino apostólico significa" a submissão à autoridade do Novo Testamento. Uma igreja cheia do Espírito Santo é uma igreja neotestamentária, no sentido de que ela estuda o Novo Testamento e se submete às suas instruções. O Espírito de Deus leva o povo de Deus a se submeter à Palavra de Deus.


2. UMA IGREJA,QUE AMAVA

Perseveravam .. , na comunhão (koinonia). Koinonia (de koinós, "comum") testemunha a vida comunitária da igreja em dois sentidos. Primeiro, o termo expressa o que compartilhamos. A saber o próprio Deus, pois, "a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo", e há "a comunhão do Espírito Santo. Mas, em segundo lugar, koinonia também expressa o que partilhamos uns com os outros, tanto o que damos como o que recebemos. Koinonia é a palavra que Paulo usou para a oferta que recolheu entre as igrejas gregas, e koinonikos é a palavra grega para "generoso". É a isso, especificamente, que Lucas está se referindo aqui, pois ele continua descrevendo como esses primeiros cristãos compartilhavam suas propriedades uns com os outros. Todos os que creram estavam juntos, e tinham tudo em comum (Koina).Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o seu produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade (vs.44-45). Esses versículos são perturbadores. Será que cada crente e cada comunidade cheia do Espírito deve seguir literalmente esse exemplo?
É importante notar que até mesmo em Jerusalém a comunhão de propriedades e bens era voluntária. De acordo com o versículo 46, eles partiam pão de casa em casa. Evidentemente, portanto, muitos ainda possuíam casa; nem todos as tinham vendido. Vale também notar que ambos os verbos no versículo 45 estão no tempo imperfeito, o que indica que a venda e a partilha eram ocasionais, em resposta a necessidades específicas, não feitas de uma só vez. Além disso, o pecado de Ananias e Safira, ao qual ainda chegaremos em Atos 5, não foi a ganância ou o materialismo, mas sim, a fraude; não foi o fato de terem ficado com parte do produto da sua venda, mas o fato de o terem feito, fingindo que estavam dando tudo. Pedro deixa isso bem claro quando diz:
"Conservando-o, porventura, não seria teu? E vendido, não estaria em teu poder? "(5:4).
Ao mesmo tempo, apesar de a venda e a partilha serem voluntárias, e de todo cristão precisar tomar decisões conscientes diante de Deus quanto a essa questão, todos somos chamados à generosidade, especialmente em relação aos pobres e necessitados. Já no Antigo Testamento havia uma forte tradição de cuidado pelo pobre, e os israelitas deviam dar um décimo de sua renda "ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva." Como os crentes cheios do Espírito poderiam dar menos? Esse princípio é mencionado duas vezes em Atos: "distribuindo ... à medida que alguém tinha necessidade" (v.45) , e
"nenhum necessitado havia entre eles ... se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade" (4:34-35).
E, como João escreveria posteriormente, se nós temos algum bem material e vemos um irmão em necessidade, mas não compartilhamos o que possuímos com ele, como podemos afirmar que o amor de Deus permanece em nós? ( 1 Jo 3: 17) A comunhão cristã é cuidado cristão, e cuidado cristão é compartilhamento cristão.


3. ERA UMA IGREJA QUE ADO-RAVA

"Perseveravam ... no partir do pão e nas orações" (v.42). Ou seja: a comunhão era expressa não somente no cuidado mútuo, mas também no culto conjunto. Mais que isso: os artigos definidos nas duas expressões (literalmente, "o partir do pão e as orações") sugerem de um lado, uma referência à ceia do Senhor (embora seja quase certo que, naquele primeiro estágio, fazia parte de uma refeição maior) e, do outro, cultos ou reuniões de oração (mais do que orações individuais). Há dois aspectos do culto da igreja primitiva que exemplificam seu equilíbrio.
Em primeiro lugar, era formal e informal, pois era realizado tanto no templo como de casa em casa (v.46), o que é uma combinação interessante. Pode causar surpresa o fato de terem continuado a usar o templo, mas usaram. Eles não abandonaram imediatamente o que poderíamos chamar de igreja institucionalizada. Não creio que ainda participassem dos sacrifícios do templo, pois já tinham começado a compreender que haviam sido cumpridos no sacrifícios de Cristo. Mas parece que participavam dos cultos de oração no templo (cf. 3:1), a não ser que, como se sugere, fossem ao templo para pregar, e não para orar. Ao mesmo tempo, complementavam os cultos do templo com reuniões mais informais e espontâneas (que incluíam o partir do Pão) em suas casas.
O segundo exemplo de equilíbrio no culto da igreja primitiva está no fato de ele ser alegre e reverente. Não se pode duvidar da alegria dele; está escrito que tinham alegria e singeleza de coração (v.46) , que significa literalmente "em exultação [agalliasis] e sinceridade de coração". Deus havia enviado seu Filho ao mundo, e agora Ihes enviava o seu Espírito. Eles tinham muitos motivos para se alegrarem. Além disso, "o fruto do Espírito é ... alegria", às vezes, uma alegria mais desinibida do que aquela que se vê (ou, até, se aceita dentro das tradições sóbrias das igrejas históricas. Mas cada culto de adoração deveria ser uma alegre celebração dos atos poderosos de Deus através de Jesus Cristo. O culto público pode ser majestoso, mas é imperdoável que seja enfadonho. Ao mesmo tempo, a alegria deles nunca era irreverente. Se a alegria do Senhor for uma obra do espírito, o temor do Senhor também será autêntico. Em cada alma havia temor (v.43), isso parece incluir tanto cristãos como não cristãos. Deus havia visitado a cidade; estava no meio deles, e eles sabiam disso: curvavam-se diante dele com humildade, maravilhados.


4. ERA UMA IGREJA EVANGE-LíSTICA

Até aqui, analisamos o estudo, a comunhão e a adoração da igreja de Jerusalém, pois Lucas afirma que eles perseveravam nessas três áreas. Mas esses aspectos fazem parte da vida interna da igreja; eles não nos esclarecem sobre o movimento misericordioso da igreja em direção ao mundo. Já se pregaram dezenas de milhares de sermões sobre Atos 2:42, e isso ilustra muito bem o perigo de isolar um texto de seu contexto. Sozinho, o verso 42 apresenta um quadro muito incompleto da vida da igreja. É preciso acrescentar o versículo 47b: enquanto isso, acrescentava-Ihes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos. Aqueles primeiros cristãos de Jerusalém não estavam preocupados em estudar, compartilhar e adorar a ponto de esquecerem de evangelizar. Pois o Espírito Santo é um espírito missionário que criou uma igreja missionária. Como Harry Boerexpressou em seu livro desafiador, Pentecost And Missions, Atos "é governado por um tema dominante que prevalece sobre todos os outros e controla todas as coisas. Esse tema é a expansão da fé através do testemunho missionário no poder do Espírito ... O Espírito levaaigreja a testemunhar lncessanternente e os testemunhos fazem com que' igrejas surjam continuamente. A igreja é uma igreja missionária."
Podemos aprender três lições vitais sobre evangelização da igreja local com esses primeiros crentes de Jerusalém. Primeiro, foi o Senhor (ou seja, Jesus) quem fez: acrescentava-Ihes o Senhor. Sem dúvida, ele o fez através da pregação dos apóstolos, do testemunho dos membros da igreja, do amor impressionante na vida comunitária deles e do exemplo de todos, pois estavam louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo (v.47a)
Segundo, Jesus fez duas coisas ao mesmo tempo: ele acrescentava ... os que iam sendo salvos ( o particípio presente sozoménous indica algo atemporal ou enfatiza que a salvação é uma experiência progressiva que culmina com a glorificação final). Ele não os acrescentou à igreja sem salvá-tos (no começo, não havia cristãos solitários). Salvação e participação na igreja andavam juntas; e continuam andando. Terceiro, o Senhor acrescentava pessoas dia a dia. O verbo está no imperfeito ("continuava acrescentando"), e o advérbio ("diariamente") não deixa nenhuma dúvida. A evangelização não era uma atividade ocasional ou esporádica da igreja primitiva. Eles não organizavam campanhas qüinqüenais ou decenais (campanhas são boas, conquanto que não passem de episódios dentro de um programa contínuo). Não, o culto deles era diário (46a) , e assim também o testemunho. O louvor e a proclamação eram o transbordamento. natural de corações cheios do Espírito Santo. Eles buscavam as pessoas de fora continuamente, e então os convertidos eram acrescentados continuamente. Precisamos recobrar essa expectativa de crescimento constante e ininterrupto da igreja.
 
CONCLUSÃO
Revendo essas marcas da primeira comunidade cheia do Espírito, fica evidente que todos eles se preocupavam com os relacionamentos dentro da igreja. E, em primeiro lugar, estavam relacionados aos apóstolos (em submissão). Estavam ansiosos para receber as instruções deles. Uma igreja cheia do Espírito Santo é uma igreja apostólica, uma igreja neotestamentária, ansiosa para crer naquilo que Jesus e seus apóstolos ensinaram, pronta para obedecer. Em segundo lugar, eles estavam ligados uns aos outros (em amor). Eles perseveravam na comunhão, amparando-se mutuamente e ajudando os pobres nas suas necessidades. Em terceiro lugar, estavam ligados a Deus em adoração). Eles o adoravam no templo e em casa, nas ceias do Senhor e nas orações, com alegria e reverência. Uma igreja cheia do Espírito é uma igreja que cultua. Em quarto lugar. Eles estavam ligados ao mundo (em evangelização). Eles estavam engajados numa evangelização contínua. Nenhuma igreja egocêntrica, autosuficiente (absorta em seus próprios negócios paroquiais) pode afirmar que está cheia do Espírito. O Espírito Santo é um Espírito missionário.

Portanto, uma igreja do Espírito é uma igreja missionária.

A OBRA COMEÇA DENTRO DE NÓS

Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;
Filipenses 1:6


A boa obra começa dentro de nós , quando alguém diz que Deus vai tem uma obra para fazer em nós , antes de fazermos
a obra para Reino de Deus a grande obra que Ele começou é DENTRO de nós , essa obra é para nos tornarmos pessoas
melhores por dentro e podermos fazer a sua obra com as mãos limpas e o coração PURO.

Pense comigo , a grandiosa mão de Deus espalhando todas as suas roupas no chão e separando as roupas sujas das
limpas pondo para lavar as sujas e dobrando e guardando as limpas , sabe o que isso significa?

Significa que ele limpa e conserta o interno para refletir no externo ou seja : as frustrações , dores , decepções nos fazem
CRESCER , AMADURECER Tiago 1:12 fala sobre isso :Bem-aventurado o homem que suporta a tentação; porque,
quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam.

Deus não desistiu dos SONHOS DELE para nós , na maioria das vezes nós é que atropelamos tudo , nosso Deus e´
especialista em usar tudo a nossa volta para realizar os SONHOS DELE PARA NÓS ,

Lembre -se DEUS sonda o nosso coração por isso para que os SONHOS se realizem ele arruma o interno e depois
recebemos as bençãos .

PAI AMADO , ENSINA-NOS E AJUDA-NOS A PERMITIR A BOA OBRA DENTRO DE NÓS PARA QUE DEPOIS SE REALI-
ZE A OBRA DO TEU REINO ,NÃO SABEMOS QUAL É O SEU PROPÓSITO , MAS PODEMOS SER USADOS PARA A SALVAÇÃO
DE UM GRANDE LÍDER OU SERMOS GRANDES LÍDERES EM NOSSA GERAÇÃO QUE FARAM A DIFERENÇA SEJA A TUA
VONTADE FEITA EM NÓS , QUE POSSAMOS DIZER SIM E ABRIR O CORAÇÃO PARA SUA OBRA E NOS TORNARMOS
AGENTES TRANSFORMADORES A COMEÇAR DAS NOSSAS FAMÍLIAS . AMÉM

 por Jane Chagas

fonte: Grupo Cristocentro3 - Google
 

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Elias e os Profetas de Baal

O episódio que envolveu Elias e os profetas de Baal nos faz pensar sobre a crise espiritual e moral que assola o sistema religioso evangélico e político no Brasil.

UMA PALAVRA SOBRE “SISTEMAS”

Estar (fisicamente) num sistema, não significa necessariamente "ser" (essencialmente ou ideologicamente) deste sistema.

Numa perspectiva macro, Jesus falou disso em João 17.14-18, onde substituirei no texto o termo "mundo" (macrossistema, caído e influenciado por satanás) por "sistema" (organizações religiosas, corporativas, políticas, etc., microssistemas influenciados pelo macrossistema):

Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o "sistema" os odiou, porque eles não são do "sistema", como também eu não sou. Não peço que os tires do "sistema", e sim que os guarde do mal. Eles não são do "sistema", como também eu não sou. Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao "sistema", também eu os enviei ao "sistema". (Jo 17.14-18)
Percebe-se no texto a possibilidade clara de "estar no", sem "ser do".

Os profetas bíblicos, e Elias e Eliseu se enquadram aqui, não foram enviados de outras nações (sistemas politicamente constituídos) para profetizar contra os pecados de Israel e Judá. Eles viviam no sistema (nação israelita e judaica politicamente constituída), e do sistema foram levantados contra o próprio sistema (nação politicamente constituida e influenciada pela idolatria, imoralidade, violência, corrupção, suborno, injustiça social etc).

Foi dessa forma que para Jeremias, filho de Hilquias, um dos sacerdotes que estavam em Ananote, na terra de Benjamim, o Senhor falou:
 
Tu, pois, cinge os lombos, dispõe-te e dize-lhes tudo quanto eu te mandar; não te espantes diante deles, para que eu não te infunda espanto na sua presença. Eis que hoje te ponho por cidade fortificada, por coluna de ferro e por muro de bronze, contra todo o país (sistema), contra os reis de Judá (sistema), contra os seus príncipes, contra os seus sacerdotes e contra o seu povo. Pelejarão contra ti, mas não prevalecerão; porque eu sou contigo, diz o SENHOR, para te livrar." (Jr 1.17-19)

Observe que Jeremias era filho de sacerdote e morador de Benjamim. Ele estava diretamente relacionado com o sistema em termos religiosos e políticos, mesmo assim, o SENHOR o escolheu de dentro do sistema para se posicionar contra o sistema, sem se isolar do sistema:

Olha que hoje te constituo sobre as nações (sistemas) e sobre os reinos (sistemas), para arrancares e derribares (nos sistemas), para destruíres e arruinares (os sistemas) e também para edificares e para plantares (nos sistemas). (Jr 1.10)

Ezequiel é um outro exemplo de profeta cuja origens remonta à família sacerdotal (ministros religiosos do sistema). Dele no diz a Bíblia:
Aconteceu no trigésimo ano, no quinto dia do quarto mês, que, estando eu no meio dos exilados, junto ao rio Quebar, se abriram os céus, e eu tive visões de Deus. No quinto dia do referido mês, no quinto ano de cativerio do rei Joaquim, veio expressamente a palavra do SENHOR a Ezequiel, filho de Buzi, o sacerdote, na terra dos caldeus, junto ao rio Quebar, e ali esteve sobre ele a mão do SENHOR. (Ez 1.1-3)

Ezequiel não apenas estava no sistema, como, inclusive, foi vitimado pelas consequências da desobediência a Deus que dominava o sistema, sendo levado cativo para a Babilônia junto com os demais integrantes do sistema.

Isaías tinha uma alta posição social no sistema, visto a liberdade com que transitava na corte real (Is 7.3-17; 39.3), a maneira como intervinha em questões de Estado (Is 37.5-7) e como se relacionava com os sacerdotes e portadores de altos cargos (Is 8.2). Mesmo assim, com toda esta liberdade e envolvimento com ilustres personagens do sistema, foi de dentro deste sistema e para profetizar contra este sistema que o Senhor o levantou.

Mesmo os profetas que não estavam muito próximos do centro do sistema (Jerusalém e Samaria), como é o caso de Elias (1 Rs 17.1), Amós (Am 1.1), Miquéias (Mq 1.1) e Naum (Na 1.1), de alguma forma se relacionavam com o sistema.

- Sim, é possível estar no sistema sem ser do sistema.
- É possível conviver no sistema e ser contra o sistema.
- É possível realizar coisas boas no sistema e denunciar as coisas ruins do sistema.
- É possível arrancar e derribar no sistema e também edificar e plantar no sistema.
- É possível ser voz e arauto de Deus "no" e "para" o sistema.
- É possível ser santo e íntegro no sistema.
- É possível não se vender e não se render ao sistema.
- É possível influenciar positivamente no sistema, sem ser influenciado pelo sistema.
- É possível imitar Jesus.

A QUESTÃO DOS FALSOS PROFETAS

Em relação aos falsos profetas, observe o que nos diz a Bíblia Sagrada:

"Sabe que, quando esse profeta falar em nome do Senhor, e a palavra de se não cumpri, nem suceder, como profetizou, esta é a palavra que o SENHOR não disse; com soberba, a falou o tal profeta; não tenha temor dele." (Dt 18.22)

"Quando profeta ou sonhador se levantar no meio de ti e te anunciar um sinal ou prodígio, e suceder o tal sinal ou prodígio de que te houver falado, e disser: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los, não ouvirás as palavras desse profeta ou sonhador; porquanto o SENHOR, vosso Deus, vos prova, para saber se amais o SENHOR, vosso Deus, de todo o vosso coração e de toda a vossa alma. Andareis após o SENHOR, vosso Deus, e a ele temereis; guardareis os seus mandamentos, ouvireis a sua voz, a ele servireis e a ele vos achegareis". (Dt 13.1-4)

Perceba que um falso profeta não é apenas alguém que fala (ou prediz) algo em nome de Deus, e que este algo não acontece. O segundo texto deixa claro que um profeta ou sonhador pode anunciar um sinal ou prodígio, e que isto pode vir a acontecer, mas que tal fato não autentica a integridade e a autoridade do profeta, nem a legitimidade da profecia.

Para discernir o falso do verdadeiro a pergunta chave é: Juntamente com a profecia, há um cuidado do profeta em se manter fiel ao Deus da Palavra e à Palavra de Deus?

Os falsos “profetas”, ou seja, aqueles que dizem falar em nome de Deus, são reconhecidos pela ausência de frutos em suas vidas (caráter cristão e compromisso com Deus), ou pela má qualidade dos mesmos. Eles geralmente;

- Falam para agradar seus ouvintes (I Rs 22.1-6 ).
- Falam sem serem autorizados por Deus (Ez 13.1-9)
- Suas profecias tendem a afastar o povo da palavra de Deus (Dt 13.1-4)
- Sempre estão procurando tirar vantagens dos seus “dons” (Nm 22.7; Jd 11)

Nos dias de Elias havia também falsos profetas, e estes serviam a Acabe e Jezabel:
Agora, pois, manda ajuntar a mim todo o Israel no monte Carmelo, como também os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal e os quatrocentos profetas do poste-ídolo que comem da mesa de Jezabel. (1 Rs 18.19)

Os profetas que eram sustentados por Jezabel nos faz pensar em algumas situações atuais, que envolve alguns “mensageiros”. Há profetas bajuladores que somente falam o que o seu “rei” e “rainha” querem ouvir, e assim garantem o seu sustento. Há profetas mercenários que sua mensagem é de acordo com a conveniência do momento e com o valor da oferta. Há profetas “agendeiros” que fazem de tudo para voltar às igrejas onde são convidados. Há profetas que nem crente são, pois nunca nasceram de novo. Há profetas empresários que somente pensam em aumentar seu patrimônio pessoal. Há profetas artistas, que somente pensam em aparecer.

Assim como nos dias de Acabe e Jezabel, tem muito líder político hoje comprando a consciência e calando a boca de profetas através de esquemas fraudulentos, de cargos e salários para o próprio profeta, ou para os seus parentes e familiares.

Apesar dos profetas de Baal e do poste-ídolo de nossos dias, ainda existem nas ruas, praças e templos, no interior e nos grandes centros urbanos do Brasil, homens levantados e sustentados pelo Deus de Elias.
| Autor: Pr Altair Germano | Divulgação: EstudosGospel.Com.BR |

domingo, 30 de dezembro de 2012

É SÓ CRER

"Eu irei adiante de ti, e endireitarei os caminhos tortos; quebrarei as portas de bronze e despedaçarei os ferrolhos de ferro." Isaías 45.2
 
 
Não tente enfrentar o inimigo com as suas forças, pois o Senhor fará isso por você com todo o poder que possui. Se houver caminhos tortuosos em sua vida, e, provavelmente, há muitos, Ele disse que os endireitará. Deixe que Deus cumpra o que prometeu e, desse modo, ainda que demore algum tempo e seja preciso retirar pedras que bloqueiam você, Ele quebrará qualquer porta de bronze e despedaçará os ferrolhos de ferro.
 
Quando o Altíssimo tiver terminado a primeira obra, Ele nos dará os tesouros escondidos. A verdade é que há muito mais no Evangelho do que imaginamos – coisas que os servos do passado desejaram conhecer, mas não lhes foi permitido. A vida com Jesus é muito mais que interessante; é a mais pura realidade espiritual. O Senhor nos tem feito conhecer o Pai e, com isso, concedido a nós os tesouros que nos realizam por completo.
 
Além desses tesouros, existem também as riquezas encobertas. Quando a graça divina o alcançou, o Senhor o fez participar delas, com as quais você pode endireitar o seu caminho e levantar a cabeça para olhar o que Ele colocou adiante de você. Sem tirar os olhos do Filho de Deus, terá acesso às riquezas da graça divina. Com a presença do Altíssimo em sua vida, será levantado para assumir tudo o que lhe pertence em Cristo.
 
Tudo isso lhe é dado com um propósito: saber que Ele é o Senhor, o Deus de Israel. No dia em que você tiver esse entendimento, sua vida se transformará por completo. Deus não o chama pelo apelido que o diabo lhe dá, o de derrotado, mas, sim, pelo seu verdadeiro nome, vencedor. Portanto, não se deixe abater pelos problemas do dia a dia, mas viva a Palavra que o Altíssimo lhe envia de modo intenso e abundante.
 
O Senhor faz tudo isso por amor a Jesus, que amou você a ponto de morrer para comprá-lo para Seu Pai. Ele lhe deu o nome de vencedor e sobrenome de vitorioso. Você O conhecerá na proporção que passar a confiar integralmente em Sua Palavra. Quanto mais se aproximar da Sua presença, mais se tornará envolvido por ela; com isso, estará armado para fazer a diferença que deve haver entre você e o ímpio.
 
O eterno Deus quer que você O conheça como o Senhor. Nem de longe aceite o pensamento de que Ele não lhe pode dar o que prometeu. O Altíssimo disse que fará mais do que isso, pois até os desejos do seu coração Ele suprirá (Sl 37.4). Não há quem possa impedi-Lo de agir em seu favor. O Senhor promete vesti-lo da autoridade necessária. Tudo isso para que você possa conhecê-Lo como o Deus que o ama e deseja ser o Seu companheiro em tudo.
 
 
Em Cristo, com amor,
 
R. R. Soares

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Vencendo a Mamon!

Muitas pessoas pensam que dinheiro não é algo muito espiritual. Todavia, a Bíblia fala muito a respeito de dinheiro. Existe uma estatística muito interessante que comprova esse fato. No Novo Testamento existem 215 versículos que falam a respeito de fé, 218 versículos que falam de salvação e 2084 versículos a respeito de finanças e dinheiro.
Em outras palavras, o Novo Testamento fala dez vezes mais de dinheiro do que de salvação. As pessoas concordam que a salvação é um tópico muito importante, mas, das 28 parábolas de Jesus 16 falam sobre dinheiro.


Porque Jesus falou tanto a respeito de dinheiro? Será que Jesus estava atrás de dinheiro? Será que ele veio a esta Terra a procura de dinheiro? É claro que a resposta é não. Jesus não está interessado em dinheiro. Ele está interessado em nossos corações.

Se ele está interessado em nossos corações, então porque ele falou tanto de dinheiro? Simplesmente porque as pessoas possuem muitos tesouros e riquezas. E Jesus disse que onde estiver o nosso tesouro, ali também estará o nosso coração.


O coração sempre vai atrás do tesouro. Se existe algo que valorizamos e que é importante para nós, não importa o que seja, o nosso coração vai atrás dele.


A questão do ofertar não está em absoluto ligado apenas a prosperidade e a bênção, mas acima de tudo é uma questão de quem governa a nossa vida, quem é dono de nosso coração.


Jesus disse que não podemos servir a Deus e a Mamon. "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas (Mt. 6:24)".


A Palavra usada no grego traduzida como riquezas nesse texto é "mamom". Ela não significa literalmente riqueza ou dinheiro. Jesus, nesse texto, está falando sobre duas coisas opostas: de um lado Deus e do outro lado mamon. Desta forma, se você serve a Deus; não pode servir a mamon, e se você serve a mamon; não poderá servir a Deus. São dois pólos antagônicos, opostos entre si.


Assim, se mamon significasse dinheiro, não poderíamos servir a Deus e ter dinheiro. Ter dinheiro ou uma conta no banco seria algo pecaminoso. Jesus nunca nos proibiu de ter dinheiro, por isso não penso que mamon significa dinheiro.


Nos dias de Jesus existia o povo filisteu. Sabemos que todos os povos que viviam em Canaã adoravam muitos deuses falsos e os filisteus eram um deles. Os moabitas adoravam a Moloque, outros a Dagon, e ainda outros a Baal e a Astarote, mas os filisteus adoravam a um deus chamado Mamon. Era o deus a quem eles oravam buscando prosperidade.


Atrás de todos aqueles deuses havia espíritos demoníacos. Esses espíritos trabalhavam por detrás daqueles ídolos para desviarem as pessoas para longe de Deus. Esses espíritos queriam a lealdade do coração das pessoas. É por isso que Jesus disse: você não pode servir a Deus e a mamon.


1. Mamon é um deus:

Mamon é mais que as riquezas, são as nossas fontes. Mamon é um deus concorrente do próprio Deus verdadeiro. Observe como mamon atua como um deus fazendo aquilo que somente o Senhor Deus poderia fazer em nossas vidas.


a. Um deus que me dá segurança:

Há pastores que se sentem seguros com o dinheiro, mas não se sentem seguros com Deus apenas. Isto mostra quem é o deus de suas vidas. Imagine se você estivesse à meia- noite no centro de Tóquio sem falar uma só palavra em japonês e sem um centavo no bolso, mas eu lhe diria que Deus estaria ali com você. O que você sente? Uma tremenda angústia, não é mesmo?


O fato de saber que Deus estará com você não ajuda muito, mas agora imagine a mesma situação com a diferença de que você estará com um cartão de crédito sem limites. Você poderá ir para o melhor hotel, pagar um intérprete, um carro e qualquer coisa que você necessite. A angústia desaparece porque confiamos mais em mamon do que em Deus.


b. Um deus que exige de mim santificação e dedicação:

Você já reparou como se exige integridade, transparência daqueles que lidam diretamente com o dinheiro? Isto é porque Mamon é um deus que exige santidade a ele. De quem você exige mais caráter: do tesoureiro ou do líder de visitação? Normalmente, somos flexíveis com o caráter do líder de visitação, mas não aceitamos nem o mínimo tropeço de um tesoureiro.


Para mostrar que não servia a mamon, Jesus escolheu a Judas para ser o seu tesoureiro. Judas era ladrão. É como se ele dissesse, para mamon eu dou o pior.

E a dedicação? As pessoas se dedicam muito mais a mamon que a Deus. Se um líder fica doze horas no seu trabalho a sua esposa não se importa, mas se ele fica uma pouco mais na sua ajudando na igreja ela logo se exaspera.

Tenho ouvido sempre críticas a respeito de pastores que trabalham muito. Mas veja, se um jovem abre um pequeno negócio e trabalha ali até catorze horas por dia, todos o elogiam como alguém de futuro, mas se um pastor trabalhar catorze horas por dia todos dirão que ele é irresponsável. Daí vemos que para mamon vale tudo, mas para Deus há restrições.


c. Um deus que exige o melhor:

Você já percebeu que os executivos são sempre os mais capazes e os mais bem treinados dentro da sociedade? Se alguém tão preparado vai ser um pastor todos ficam abismados. Se mandamos alguém se preparar tanto para servir a Deus todos se escandalizam.

O pensamento de Judas ainda prevalece hoje. É um desperdício gastar tanto com Jesus. Precisamos ver mais executivos, doutores e cientistas vindo servir a Jesus. Quem é colocado para ser pastor em sua comunidade? São os melhores, os mais capazes e bem treinados ou são aqueles que não servem para o mercado de trabalho? Não podemos servir a Deus e a mamon.


d. Um deus que determina o valor das coisas:

Se tenho dinheiro sinto que tenho valor. Se não tenho sinto-me sem importância. A minha auto-estima é proporcional ao dinheiro na minha carteira. Até o meu estado de humor depende do dia do mês. Quanto mais perto do dia do pagamento melhor fica o meu humor. Se mamon governa ele determina o valor das coisas e das pessoas.


e. Um deus que exige temor:

A maneira como mamon governa é por meio do medo e da ansiedade. Com receio de ficar sem dinheiro e passar necessidade, as pessoas vivem atormentadas pelo medo de mamon. Porque as pessoas perdem o sono à noite? Sobre o que elas ficam pensativas e muitas vezes ficam ansiosas? O dinheiro controla a maioria das pessoas. Mamon exige respeito.


f. Um deus que governa as circunstâncias:

Sempre que estou com uma pessoa do meu lado converso perguntando prá ela:

– O que você faz prá viver?
Depois que ela me responde eu prossigo perguntando:

– E você gosta do que faz?
Na maior parte das vezes elas respondem com um veemente não. Então eu as questiono:

– E porque você continua fazendo o que não gosta?
E a resposta é sempre esta: dinheiro. Ao responderem assim eles estão demonstrando quem é o senhor deles. Quando dizem: eu trabalho por dinheiro, estão na verdade afirmando: o dinheiro é o meu senhor, eu sirvo o dinheiro.

Nós nunca deveríamos trabalhar por dinheiro. Nós fomos planejados para trabalhar para Deus. O dinheiro deve ser o nosso servo e nós devemos servir a Deus. Não trabalhe por dinheiro; deixe o dinheiro trabalhar por você.

Não trabalhe pelo dinheiro, trabalhe por um visão, por um chamado de Deus. Se você foi chamado para fazer algo, então faça pela direção de Deus e não simplesmente por causa do dinheiro. A realidade é que mamon tem decidido qual profissão as pessoas seguirão.


É o dinheiro quem tem decide tudo na vida das pessoas. É mamon quem decide quantos filhos devo ter. Você já viu algum crente orando para saber quantos filhos deve ter? Eles dizem: a vida está difícil e pode ser que eu não consiga sustentar mais que dois. Quem decidiu? Certamente não foi o Senhor, foi mamon.

É mamon quem decide quando devo me casar. É mamon quem decide se devo ou não ir a uma conferência abençoada. É mamon quem decide se posso ou não ofertar. É mamon quem decide como devo tratar cada pessoa.

Mas a pior tragédia acontece quando mamon começa a decidir como devemos fazer a obra de Deus. Se deixamos de enviar missionários ou expandir a obra de Deus por causa de dinheiro, então vemos que não haverá mover de Deus naquela igreja.


g. Um deus que exige adoração:

Talvez você diga que nunca adorou a mamon, mas nós fazemos isso não com palavras, mas com atitudes.


A oração a mamon

Ó mamon como preciso de você. Se você está comigo sinto-me seguro, mas se vai embora fico angustiado. Consigo fico alegre, sem você perco o humor. Se está comigo sei que tenho valor, mas se você não está não tenho importância alguma. Por você faço qualquer coisa, qualquer sacrifício qualquer renúncia. Você é a minha realização e recompensa.


A Bíblia não diz que o dinheiro é mau em si mesmo. O dinheiro não é mau. O mau é o amor do dinheiro, como é dito em I Timóteo 6:10. O problema é quando o coração está apaixonado pelo dinheiro. Este é o verdadeiro problema. "Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores (I Tm. 6:10)".

Evitar o dinheiro não resolve o problema, porque o problema não está com o dinheiro, está com o coração. Não fomos chamados para evitar o dinheiro, fomos chamados para usar o dinheiro apropriadamente.


2. Mamon é um espírito atuante no mundo:

Um crente jamais se dobraria diante de uma imagem. Então, o maligno se esconde atrás do dinheiro para receber adoração.


3. Mamon é um deus imundo:

É uma verdadeira obra da graça o fato de Deus permitir que se traga dinheiro diante dele na vida da igreja. O dinheiro é uma das coisas mais imundas que existe.
 
Tenho ido a seminários de batalha espiritual onde se ensina que certas roupas ou objetos carregam espírito que podem ser transferidos para as pessoas. Invariavelmente, eles fazem um fogueira para queimar todos esses objetos instrumentos de Satanás. Todavia, eu nunca vi ninguém mencionar o dinheiro ou mesmo levá-lo para ser queimado. Mas, se existe algo como espírito de transferência; então, o dinheiro transfere um espírito a todos que tocam nele.

Pense na cédula que você está carregando. Pode ser que o dinheiro que você carrega no seu bolso foi recebido por uma prostituta como pagamento, por um travesti pelos seus serviços sexuais, ou como pagamento de propina e corrupção. Pode ser ainda que por causa dele alguém foi assassinado, ou seqüestrado ou pode ser que foi roubado ou furtado de alguém. Pode ser que por causa dele pais brigaram com filhos, esposas separaram de seus maridos. Imagine se esse dinheiro não foi colocado também numa oferenda ou num despacho numa encruzilhada. A mesma nota que andou por todos esses lugares está agora na sua mão, dentro do seu bolso e junto de sua família. Isto pode representar um sério problema espiritual.

Não estou sugerindo que você jogue seu dinheiro fora, mas que o santifique. Isto somente é possível pelo dízimo e pela oferta. Jesus disse que o altar santifica a oferta (Mt. 23:19). Quando você traz o dízimo, Deus santifica os outros 90% que ficaram com você.

Todavia, isso apenas realça a tremenda graça de Deus em permitir que você seja liberto do deus desse século, trazendo a ele uma oferta em dinheiro. Ai o inverso torna-se verdadeiro, o dinheiro ofertado ao Senhor é então santificado voltando depois para ser usado pelas pessoas. Se há espírito de transferência precisamos trazer imediatamente todo o dinheiro para a Casa de Deus para que possa ser santificado e se torne instrumento de transferência de bênção para todos.

 
Autor: Editorial Meu Maná

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O MUNDO NÃO ACABA HOJE, 21/12/12


O mundo não acaba hoje

Entenda o que a ciência diz a respeito das previsões apocalípticas marcadas para 21 de dezembro

iG São Paulo |



O fim do calendário maia resultou em teorias apocalípticas. Na imagem, pedra do calendário Maia encontrada em Yucatán . Foto: Getty ImagesIlustração mostra choque planetário, um dos grandes temores para o fim do mundo. Foto:  NASA/JPL-Caltech Arqueólogos encontram na Guatemala o mais antigo calendário maia . Foto: Tyrone Turner / 2012 National GeographicDescoberta é mais uma prova que ideia que civilização mesoamericana previu fim do mundo em 2012 não tem fundamento . Foto: Tyrone Turner / 2012 National GeographicO Templo do Sol Noturno foi encontrado no sítio arqueológico El Zotz. Arqueólogos afirmam que profecia maia é um erro de interpretação. Foto: EFEA cultura maia sempre gerou muita curiosidade. Na imagem, pirâmide Caana em Caracol, Belize. Foto: Cortesia de Douglas Kennett, Penn State
O fim do calendário maia resultou em teorias apocalípticas. Na imagem, pedra do calendário Maia encontrada em Yucatán . Foto: Getty Images


O mundo não vai acabar. Não nesta sexta-feira (21), de forma abrupta e nem tão cedo. Pelo menos, é o que astrônomos, físicos e antropólogos especializados na cultura maia afirmam sem titubear. O suposto término do calendário maia em 21 de dezembro de 2012 causou alvoroço em relação ao fim do mundo. Mas nada disso aconteceu e resta agora aos mais crédulos, depois de tanta desculpa para enlouquecer ou comer de tudo nestes “últimos dias”, entender por que ele não acabou.

Leia: Nasa divulga vídeo "desconstruindo" apocalipse maia


Antropólogos explicam que o fim do calendário significaria apenas o fim de uma contagem ou o surgimento de uma nova era e que a previsão de fim de mundo seria um erro de interpretação. De maneira simplista, a data representaria mais ou menos a mesma coisa que o dia 31 de dezembro. Para os maias, cada era conta com 5.125 anos, quando uma acaba, começa outra, sem nenhum tipo de desastre natural ou fim da civilização.


Uma grande preocupação sobre as interpretações de símbolos maias seria que justamente no dia 21 de dezembro ocorreria um estranho alinhamento dos planetas. Porém, de acordo com a Nasa, não ocorrerá nenhum alinhamentos planetários nas próximas décadas e mesmo que estes alinhamentos ocorressem seus efeitos sobre a Terra seriam quase imperceptíveis. Alinhamentos ocorreram em 1962, 1982 e 2000 e absolutamente nada aconteceu.



Inversão dos polos

Outra possibilidade seria a inversão dos polos magnéticos e da rotação do planeta nesta mesma data. Os pregadores do “fim do mundo” relacionam a rotação da Terra com a polaridade magnética da Terra, que muda com alguma frequência, a cada 400 mil anos. No entanto, a Nasa já afirmou que uma inversão na rotação da Terra é impossível.
Jessica Creveling, da divisão de Ciências Geológicas e Planetárias do Instituto de Tecnologia da Califórnia (EUA) que estuda o tema, afirma que as consequências sobre a alteração do campo rotacional da Terra incluem mudanças na latitude de todos os continentes, que resultaria em mudanças no sistema climático. “Mas é muito importante ressaltar que isto ocorre em processo muito, mas muito lento, que dura milhares de anos. Portanto não devemos antever mudanças catastróficas e imediatas na Terra”, disse ao iG.
A cientista critica o frenesi que a data tem gerado na sociedade contemporânea. “Há senso científico ao afirmar que o polo magnético se inverte ao longo do tempo, há muitas provas sobre isso. Mas quero ser bem clara que não existe sentido nenhum em prever que esta inversão vai ocorrer em um dia específico. Isto está além das capacidades da ciência e simplesmente é falso”, disse ao iG.



Ataques do espaço

Outra teoria para o fim do mundo seria o ataque de asteroides em rota de colisão com a Terra. Vale ressaltar que a Terra sempre esteve sob risco de ataque de meteoros. No entanto, grandes meteoros e ainda por cima vindo em direção à Terra são raríssimos. O último que se tem notícia, e mesmo assim não completamente confirmado, seria o que teria caído na Terra há 65 milhões de anos e causado a extinção dos dinossauros. “Astrônomos estão ao redor do mundo rastreando o que acontece no céu e há especialmente um programa da Nasa que procura pequenos asteroides que se aproximam da Terra”, disse David Morrison, astrobiólogo do Instituto SETI em um chat do periódico científico Science. E todos os vários telescópios e agências espaciais que monitora a trajetória de asteroides e meteoros afirmam: há nenhuma colisão prevista para hoje.

Outro temor seria a colisão de um planeta, conhecido como Nibiru ou Planeta X, com a Terra. A Nasa afirma que não há base científica nestas histórias. “Não há provas sobre a existência do Planeta X, mesmo assim, se ele estivesse se aproximando, seria visível a olho nu”, disse Bill Hudson, astrônomo amador durante o mesmo chat da Science.


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Mais uma previsão apocalíptica seria o fim do mundo como resultado de tempestades solares. Sim, elas existem e com uma certa regularidade. Para ser mais exato em ciclos de 11 anos, quando o Sol está em seu pico de atividade, solta labaredas que viajam pelo espaço. Se elas chegarem até a Terra são dispersadas pelo campo magnético. Como resultados destas tempestades solares estão a intensificação das auroras nos polos, e alguns problemas redes elétricas e sistemas de comunicação e voos interpolares.

Realmente, estamos passando por um período de maior atividade solar, mas os cientistas monitoram bem de perto toda a atividade do Sol, descobrindo com precisão e com dois ou três dias de antecedência quando essas descargas magnéticas chegam a nosso planeta.
As explosões solares também nem chegam a alterar o clima da Terra. De acordo com Petrus Martens, do departamento de Física da Universidade de Montana, a energia liberada pelo Sol varia apenas 0,1%, o que faz o Sol muito estável neste sentido. “Fazendo um cálculo rápido, isto alteraria a temperatura global em apenas 0,075 ºC, quase nada”, disse ao iG.




Apenas daqui a cinco bilhões de anos

"A ideia de que o mundo acabará subitamente, por uma causa qualquer, é absurda", disse à AFP o cientista da Nasa David Morrison. "A Terra existe há mais de quatro bilhões de anos e se passarão muitos anos antes do Sol tornar nosso planeta inabitável", insistiu o cientista, que criticou as "ridículas" versões que preveem o fim do mundo nesta sexta-feira.
Morrison se refere à expansão do Sol, quando ele se transformar em uma estrela gigante vermelha. Seu calor provocará a evaporação dos oceanos e o desaparecimento da atmosfera terrestre. Depois disso, a estrela deve se resfriar até se apagar e morrer. O prazo para isso acontecer? No mínimo, daqui a cinco bilhões de anos.

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fonte: IG CIENCIA