Estava pensando nos momentos da minha vida: apertos e complicações, mas coragem,alegrias e realizações,enfim, não faltaram situações de aflição e também de enaltecimento.
A mais recente, vocês sabem, foi o acidente de automóvel que me aconteceu. (mais detalhes neste blog: Minha História Recente)
Muitos dos meus colegas que trabalham comigo deram mais ouvidos aos jornais, rádio e TV daqui da nossa cidade, onde declaravam que tinha sido tão grave que eu não sobreviveria. Eles até demoraram cerca de dois meses após o meu retorno aqui para casa para me fazerem uma visita...
Vinham com aquela apreensao toda, sérios e muito preocupados: "o que será que vamos encontrar?" e saíam aliviados, alegres, dando risada, pois contatavam, na prática, a minha plena recuperação, que estava inteira, prá lá de positiva, sem dramas, sem choro e sem dores!
Minha chefe, numa das visitas, não teve dúvida e me perguntou:
- Mônica, você é sempre tão alegre, nem parece que te aconteceu esta tragédia de acidente. Onde você conseguiu obter todo este ânimo?
Daí respondi:
- Os apertos todos nós podemos passar, mas o que faz a diferença é a forma como encaramos a situação.
Contei aos presentes em casa naquele dia que já havia tido exemplos de coragem e ousadia na minha família próxima.
Meu pai, minha mãe, minha irmã, meu tio, meu esposo são abençoados de Deus, pois, mesmo com as tribulações e reveses da vida, nunca os vi, chorando, desanimados ou reclamando.
E este era, e continua sendo, o maior e melhor exemplo vivo para mim, ou seja, as atitudes práticas que vemos ao nosso redor nas pessoas que nós convivemos e amamos nos dão força e coragem para encarar os nossos desafios, com a unção divina, é claro.
Aí eu especifiquei o caso do meu pai, que fará 84 anos amanhã, mas tem aparência e vivacidade de 60 anos, pois é contador e empresário ativo e não pensa em parar com suas atividades, de jeito nenhum.
Pois bem, eu falei para minha chefe:
- meu pai Archimedes é meu maior exemplo dentre os meus, pois aos 80 anos, ele teve câncer de próstata e não faltaram amigas da minha mãe para falar que ele iria fazer as seções de radioterapia, mas voltaria para casa e dormiria no sofá o dia inteiro.
Não é que com meu pai não foi nada assim: ele ia ao hospital fazer as aplicações, saía de lá, ia para o escritório, tinha um dia agitado de trabalho, chegava em casa à noite, jantava e ia dormir, para, no dia seguinte, retomar todas as suas atividades e durante o tratamento todo, ele nunca perdeu um dia sequer de trabalho.
Eu ia visitá-lo no escritório e ele estava com uma folhinha na mão, riscando os dias, não tive dúvida e perguntei:
- Pai, porque você está riscando os dias nesse calendário?
Ele não teve dúvida e me respondeu:
- Eu não nasci com isso, não vou morrer com isso e muito menos vou morrer disso! Estou riscando o calendário, pois é um dia a menos de radioterapia e eu vou ficar completamente curado!
Depois das 40 aplicações que ele teve de fazer, o médico pediu um novo exame de sangue e eu estava na casa dos meus pais quando o exame foi aberto e chorei de alegria e de louvor a Deus: o PSA do meu pai tinha voltado ao normal! Ele está completamente curado! Aleluia!
E terminei dizendo à minha chefe que estas atitudes é que fazem toda a diferença nas nossas vidas e que eu agradecia muito ao Senhor Jesus, pois assim como Lázaro, eu também havia sido ressuscitada! Eu choro só de me lembrar da presença do Senhor em minha vida! Glórias a Deus por isso.
Minha gratidão e alegria ao Senhor estão presentes em cada parte da minha vida, com todos os meus familiares, pois, mesmo com todos as tribulações que acontecem, eles dão a volta por cima e eu só tenho boas notícias!
Em Nome de Jesus.
Mônica Gazzarrini.
