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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

O AMOR É ALIMENTO




O alimento do amor - Osho


O alimento do amor - Osho

Autor Maísa Intelisano - maisa@maisaintelisano.com.br


Tradução de Maísa Intelisano

Assim é a vida… Eu a divido em três partes: café da manhã, almoço e jantar. A infância é o café da manhã. E, como acontece se não lhe deram hoje seu café da manhã, você irá se sentir com muita fome, mais que o normal, na hora do almoço. E, se você perder o almoço também, é claro que, no jantar, estará quase louco. Amor é alimento – por isso divido a vida em três: café da manhã, almoço e jantar.


Amor é alimento, alimento para a alma. Quando a criança mama no peito da mãe pela primeira vez, ela está sugando duas coisas, não somente leite. O leite está indo para o seu corpo e o amor está indo para a sua alma. O amor é invisível, assim como a alma é invisível; o leite é visível, assim como o corpo é visível. Se você tiver olhos de ver, poderá ver duas coisas juntas gotejando do peito da mãe no ser da criança. O leite é somente a parte visível do amor; o amor é a parte invisível do leite – o calor, o amor, a compaixão, a bênção.

Se a criança perde seu café da manhã, então, quando for jovem, será muito carente de amor... e isso gera problema. Será muito ansiosa por amor... e isso gera problema. Terá muita pressa de amar... e isso gera problema. Porque o amor cresce muito devagar, é preciso paciência. E, quanto mais pressa você tiver, maior é a possibilidade de se perder.

Você já observou isso em si mesmo e nos outros? As pessoas muito carentes de amor sempre sofrem, porque sempre sentem que ninguém vai preenchê-las. De fato, ninguém vai ser a mãe delas novamente. No relacionamento mãe-filho, nada é esperado da criança. O que a criança pode fazer? Ela está desamparada. Não pode dar nada de volta. No máximo, pode sorrir, isso é tudo. Ou seguir a mãe com os olhos onde for, isso é tudo. Pequenos e lindos gestos, mas a criança não pode fazer mais nada. A mãe precisa dar, a criança precisa receber.

Se, na hora do café da manhã, você tiver perdido isso, então estará procurando por uma mulher que possa ser sua mãe. Mas uma mulher procura um amante, não um filho; é claro que isso vai dar problemas. A menos que, por acaso, por acidente, você encontre uma mulher que esteja procurando um filho. Aí as coisas vão se encaixar, e dois problemas vão se combinar.

Isso sempre acontece: um pessimista sempre encontra um otimista para se ajustar; um sádico sempre encontra um masoquista para se ajustar; uma pessoa dominante sempre encontra alguém que precisa ser dominado, assim eles se ajustam. Você não pode encontrar dois masoquistas vivendo juntos, nunca. Eu já observei milhares de casais: até agora não fui capaz de encontrar um só casal no qual os dois parceiros fossem sádicos ou masoquistas. É impossível viverem juntos; eles precisam combinar. Só os opostos combinam, e as pessoas sempre se apaixonam pelo seu oposto.

Se puder achar uma mulher que esteja à procura de um filho… isso também é ruim, isso também é doentio, porque uma mulher deveria estar naturalmente buscando um amante, não um filho. E esse é o problema, e o problema fica mais complicado: mesmo que esteja procurando um filho, ela está inconsciente disso; e, mesmo que esteja procurando uma mãe, você está inconsciente disso. De fato, se uma mulher tentar ser sua mãe, você ficará magoado. Você dirá, “O que é que você está fazendo? Sou uma criança?” E você está procurando uma mãe... Milhares, milhões de pessoas estão buscando uma mãe.

Eis porque o homem parece tão interessado nos seios da mulher. Do contrário, não há necessidade de estar tão interessado nos seios da mulher. O interesse simplesmente mostra que, na sua infância, na hora de seu café da manhã, você perdeu algo. Isso continua, paira na sua mente, assombra você. Seios são para o café da manhã. Agora, por que você continua pensando nisso e sonhando com isso?

Observe profundamente, porque isso não é sua responsabilidade, isso não tem nada a ver com você. Você não pode mudar sua mãe agora. Aconteceu como tinha que acontecer. Mas você pode se tornar consciente. Você pode ficar consciente de todas essas coisas aí dentro. E, tornando-se consciente, um milagre acontece. Se ficar consciente dessas coisas, elas começam a desaparecer. Elas só podem se agarrar a você em profunda inconsciência. Uma conscientização profunda torna-se uma força transformadora.

Então, apenas torne-se consciente! Se tiver algumas atitudes infantis em relação ao amor, fique consciente disso, descubra, busque profundamente. E, apenas por estar consciente, elas desaparecem. Desse modo, nada mais é necessário. Não que primeiro você precise se tornar consciente para só depois se perguntar “O que eu faço agora?”. No momento em que se torna consciente, elas desaparecem, porque, em se tornando consciente, você estará ficando adulto.

Uma criança não é consciente. Uma criança vive em profunda inconsciência. Tornando-se consciente você está ficando adulto, maduro. Desse modo, tudo que estava agarrado à sua inconsciência irá desaparecer. Assim como você leva luz a um quarto e a escuridão desaparece, leve consciência ao fundo do seu coração.

Mas existem pessoas que perdem também a hora do almoço. Desse modo, na velhice, elas se tornam o que vocês chamam de “velho safado”. Na velhice, essas pessoas pensam continuamente em sexo e nada mais. Elas podem não falar em sexo de uma maneira direta – elas podem até a falar contra o sexo – mas irão falar sobre sexo. Ser contra não faz nenhuma diferença.

Vá e escute os chamados santos na Índia, e você os encontrará falando continuamente contra o sexo e louvando o brahmacharya (celibato). Eles perderam até mesmo o almoço. E agora chegou a hora do jantar... E eles estão loucos. Agora eles sabem que a morte está vindo a qualquer momento e, quando a morte está se aproximando e o tempo está escapando de suas mãos, é natural que eles fiquem neuróticos.

Existem histórias sobre esses neuróticos nas antigas escrituras que contam que, quando eles meditam,  apsaras - belas mulheres do paraíso – descem. Dançam nuas ao redor deles. Por que elas fazem isso? Quem se importa com um velho sentado no Himalaia meditando? Quem se importa? Ele está quase morto – quem se importa? Essas apsarasdo paraíso, elas podem encontrar pessoas melhores. De fato, tantas pessoas estão caçando apsaras, como podem encontrar tempo para caçar rishis, os chamados santos? Não, isso não tem nada a ver com apsaras,  ou com o paraíso, ou qualquer coisa assim. Essas pessoas apenas perderam tanto o café da manhã como o almoço. E, no jantar, sua imaginação lhes prega grandes peças. Isso é a imaginação delas. Imaginação faminta.

Faça uma coisa: apenas faça um jejum por três semanas, e então, em toda parte, você vai começar a ver comida... Por toda parte! Mesmo que você veja uma lua cheia correndo pelos céus, você vai achar que parece um pão, um chapati. É isso o que vai acontecer. Você vai começar a projetar, sua imaginação vai brincar com você.

Se isso acontecer, então, a compaixão nunca surge. Mova-se devagar, alerta, observando, seja amoroso. Se você for sexual, não estou dizendo para abandonar o sexo: digo para você praticá-lo mais alerta, fazer isso mais devotadamente, torná-lo mais profundo, para que ele possa transformar-se em amor. Se você for amoroso, então torne esse amor mais gratificante, traga profunda gratidão, alegria, celebração, devoção, meditação para ele, para que isso possa se transformar em compaixão.

A menos que a compaixão aconteça para você, não pense que viveu bem ou que viveu. Compaixão é florescimento. E, quando a compaixão acontece a uma pessoa, milhões de outras são curadas. Quem quer que chegue perto dessa pessoa é curado. A compaixão é terapêutica.
 
(Traduzido do original em inglês de A Sudden Clash of Thunder, Talk/Chapter #8, disponível em http://www.oshorajneesh.com/download/osho-books/zen/A_Sudden_Clash_of_Thunder.pdf)

Sobre o Autor 
Maísa Intelisano
   
Psicoterapeuta com formação em Abordagem Transpessoal, Constelações Familiares, Terapia Regressiva, Florais de Bach e Reiki II, é também tradutora e revisora

E-mail: maisa@maisaintelisano.com.br

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

VIVER & SER FELIZ




  

Nasci para curtir a vida e ser feliz!


Nasci para curtir a vida e ser feliz!


Autor Renato Mayol - mayko12@uol.com.br


É atribuída a Charles Chaplin a frase: “Não existe coisa melhor no mundo do que viver, curtir e gozar a vida”. Oh vida boa! Como é boa a vida!

Como é gostoso poder comer até se fartar de saborosas fatias mal passadas da carne de um pobre boi, muitas vezes abatido em matadouro clandestino, enquanto o medo e as lágrimas estavam a encher-lhe os esbugalhados olhos.

Como é bom beber litros e litros de um destilado qualquer de quaisquer grãos, que entorpece os sentidos, que abala o equilíbrio, confunde o pensar e dificulta as ações! Como é bom aspirar profundamente o fumo do tabaco de cigarros e charutos, que inflama os pulmões, a garganta e que, uma vez engolido com a saliva, também afeta estômago, intestinos, bexiga e que causa câncer. Como é bom ficar à-toa, falando mal e criticando tudo e todos. Ou ouvindo tudo e todos serem criticados. O importante é curtir a vida e ser feliz!

E quão vivo você se sente quando, entre amigos, tem a oportunidade de se espreguiçar na praia, ou à beira de uma piscina, bebendo todos os chopes e as caipirinhas que puder aguentar. Ou ir para as montanhas, viajar e conhecer outros lugares deslumbrantes. Que delícia! Melhor que isso, só tudo isso e mais sexo! Sexo que faz os animais suarem, quase perderem o fôlego e até entrarem em convulsão. Isso sim é que é bom mesmo! Quanto proveito!

Então, é a isso que você chama de vida boa? Pode até parecer boa em comparação a quem está doente, a quem tem fome, está na miséria ou com dor. Também os porcos, frangos e bois levam uma vida boa, com abrigo e comida farta até à hora do abate. Porém, na véspera, soubesse o peru o que o espera em Dia de Ação de Graças e para o que foi criado, não se sentiria tão bem ao se enxergar peru! Ele pode não ter cérebro suficiente para perceber ou mudar isso. Mas e você que tem cérebro, diga, está mesmo tudo bem com você?
Ah sim! Claro! O que você também necessita para poder bem curtir a sua boa vida, feliz e contente, é dispor de algum dinheiro e de muita saúde.

A saúde é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um completo estado de bem-estar, não só físico, mas também mental e social, e não apenas a ausência de enfermidade. Infelizmente, analisando o prontuário da raça humana, nos deparamos com um quadro desolador! De acordo com dados da OMS, da UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e da Global Issues (Questões Mundiais) o estado de saúde da população mundial, estimada atualmente em torno de sete bilhões, é o seguinte:
Há cerca de dois bilhões e 200 milhões de pacientes com doenças não transmissíveis, dos quais 750 milhões com doenças mentais e um bilhão e 450 milhões com doenças degenerativas, cardiovasculares, câncer, doenças neurológicas, doenças hormonais e outras. Quanto às doenças transmissíveis mais comuns, cerca de dois bilhões e 500 milhões de pessoas estão infectadas com algum agente infeccioso (vírus, bactérias, fungos, protozoários, vermes). Números esses talvez aquém dos reais em virtude dos casos que passam ignorados pelas estatísticas oficiais.
Ainda segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 200 milhões de crianças menores de cinco anos de idade sofrem de desnutrição infantil e, segundo dados da UNICEF, morrem, a cada dia, cerca de 22.000 crianças no mundo devido à miséria, à fome, à falta de acesso à água potável, e à falta de condições higiênicas adequadas. Ademais, cerca de 130 milhões de crianças no mundo não tem acesso ao ensino escolar, sendo que cerca de um bilhão de pessoas no mundo não sabem ler e nem assinar o próprio nome.

Quanto ao número de tentativas de suicídio no mundo, ele é estimado em 20 milhões por ano, e desses, cerca de um milhão morrem dessa forma, sendo esta a terceira causa de morte entre jovens, atrás de acidentes e homicídios.
Em relação às mulheres, os dados indicam que mais de um terço de todas as mulheres do mundo são vítimas de violência física, psicológica ou sexual, o que representa um problema de saúde global com proporções epidêmicas.
Frente a esses dados, é possível alguém se achar em pleno estado de bem-estar social? Como podem os que se acreditam felizes não ser afetados pela dramática situação daqueles em dificuldade? Com esse histórico como é possível alguém curtir a vida quando há tanta miséria a nos cercar? Pois, mesmo a que não vemos, nos atinge pelas vibrações que emite. Ou você pensa que pode se isolar e ser feliz satisfazendo apenas as suas próprias necessidades físicas e emocionais?
Tudo o que você come, bebe, usa, consome, veste, moradias, estradas, construções, transportes, saúde, diversão, tudo - absolutamente tudo, depende direta ou indiretamente, da criatividade, do trabalho, do esforço e da dedicação de centenas de milhares de pessoas, que muitas vezes nem tem o que dar para comer aos seus filhos. Apesar disso, nesse nosso mundo, supostamente civilizado, onde grassa a fome, a miséria e a doença, o gasto mundial com armamentos é 200 (duzentas!) vezes maior do que se gasta em saúde e educação!

E a principal causa dessa doença global reside no egoísmo que, alimentado pela inveja, leva à perda da ética e da moral, com a consequente corrupção, que é a mãe do inferno na Terra! E a solução para isso? Só mesmo pelo surgimento de uma nova raça de Homens honestos e honrados, tanto em sua forma de pensar como de agir. Uma nova raça de Homens corajosos, dedicados a lutar por ideais de Justiça, para finalmente conseguirem tornar este um Mundo bem Melhor. Um mundo onde todos possam, em estado de bem-estar físico, social e mental, curtir finalmente a vida e ser feliz.

Conheça o livro "O Labirinto Azul", do Dr. Renato Mayol 


quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

CRÍTICAS A EDUCAÇÃO SEXUAL




Após críticas de Bolsonaro, 

MEC tira do ar 

vídeo sobre educação sexual


JAIR BOLSONARO

O Ministério da Educação tirou do ar um vídeo sobre educação sexual. 
A aula sobre diversidade estava hospedada no Portal do Professor desde março de 2010 e voltou a ser compartilhada nas redes sociais após a publicação de uma gravação do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ).

Na publicação, o deputado denuncia uma falsa cartilha do ministério. Ele diz que a pasta estimula crianças com idade entre 9 e 10 anos a fazer sexo.
Já o vídeo que estava hospedado na página do ministério ensina a reconhecer esuperar os preconceitos.
Nos dados sobre a aula, a pasta explica que o vídeo ensina a perceber "que orespeito à livre orientação sexual merece e deve ter a mesma atenção e cuidado dado a outras formas de discriminação, como o racismo e o sexismo”.
Acrescenta também que o aluno poderá aprender a “expandir a 'cultura de direitos' que deve permear a sociedade brasileira, visando o desenvolvimento livre e saudável da pessoa humana”.
O vídeo ainda está disponível no Youtube, no canal do Grupo Pela Vida - São Paulo.
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Nos últimos dias, a aula foi alvo de reclamações no Twitter e na página do ministério.
s últimos dias, a aula foi alvo de reclamações no Twitter e na página do ministério.

O HuffPost Brasil entrou em contato com a assessoria do MEC e questionou o motivo de esse vídeo ter sido retirado do ar. Até o momento desta publicação, a reportagemnão havia recebido a resposta do ministério.



FONTE:


Publicado: Atualizado: 

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

COMPAIXÃO



O mestre da compaixão


O mestre da compaixão




Hoje o dia me inspirou uma reflexão breve e profunda sobre a verdadeira compaixão.

Ao aceitarmos a humanidade daqueles que nos cercam e oferecermos mais do que o certo ou justo nos abrimos a uma nova dimensão da bondade.

Ao ajudarmos aqueles que realmente não têm esperança, tocamos a profundeza da alma e naquele momento exato nos tornamos UM SÓ!


Uma história criada hoje e, portanto, inédita ilustra esse momento:

Uma vez, há muitos anos, um aluno perguntou ao seu professor querido:
- Mestre, sou uma pessoa compassiva, sigo todos os preceitos da minha religião, educo bem meus filhos, ajudo nos bazares de caridade, respeito todos por aqui, contribuo para várias associações de crianças carentes, ajudo na alimentação dos idosos... mas sinto que falta algo para conhecer verdadeiramente a compaixão.

O Mestre muito sábio disse:

- Saia daqui agora! Estou muito ocupado pra falar com você! Não aguento mais sempre as mesmas perguntas... estou cansado disso!
Sem saber o que tinha acontecido e muito assustado com a reação inesperada de seu amado mentor, o aluno sai rapidamente da sala e corre em direção ao jardim do templo.
Dentro dele algo começou a surgir.
Parecia uma raiva ou mágoa. Sentia-se rejeitado... desrespeitado.
Como ele havia falado com ele assim. Tudo errado. Afinal, ele tinha que estar disponível para perguntas repetidas, pois esse era o papel de um mestre.
Em poucos minutos, já desenhava uma estratégia para fazer uma reclamação formal aos superiores da ordem sobre as explosões de humor do professor. Buscava em sua mente outras situações onde pudesse ter presenciado essas cenas em momentos anteriores ou com outros estudantes.
Quando estava pronto para sair e tomar uma atitude, cheio de razão e coragem, sentiu uma doce mão pousar em seu ombro.

E a voz melodiosa de seu doce mentor sussurrou:

- Querido filho, a verdadeira compaixão não é sentida por aqueles que a precisam e sim pelos que não a merecem!



Sobre o Autor 

Nathalie Favaron
   
Nathalie Favaron é Coach certificada pela European Coaching Association e Terapeuta Sistêmica especializada em Constelações Individuais Familiares e Organizacionais e Hipnose Ericksoniana.  E-mail: mapadaalma@gmail.com

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

SINTA: VOCÊ É AMOR !!




Somos amor e somos amados


Somos amor e somos amados



O que tem me feito muito bem, ultimamente, 
é pensar e procurar sentir que 
sou amor e sou muito amada.


Não tenho dúvida de que sou uma partícula do Amor maior, que me criou e que me mantém viva. Também acredito que esta força amorosa me habita e me ama. Não gosto de usar a palavra DEUS para nomear esta energia, porque sinto que quando a uso, imediatamente imagino se tratar de um ser fora de mim, semelhante aos humanos e de quem estou apartada e isso não me faz bem.

Quando senti a vontade de me reportar ao Amor várias vezes durante o meu dia, procurando perceber e me recordar de que sou muita amada e faço parte deste Todo maior que abrange a vida em todas as suas esferas, mesmo eu sendo uma minúscula poeira cósmica em dimensão, passei a me sentir muito bem.

É como se eu estivesse me conectando verdadeiramente com a fonte de suprimento que me mantém viva e que também me reconhece e me acolhe. Percebo que me preencho de amorosidade, fico mais serena, exijo menos das outras pessoas e das circunstâncias. Prescindo menos do exterior e me sinto feliz apenas sendo.

A partir dessa vivência tão forte e abençoada, pego-me pensando como somos ainda teimosos e vivemos a brigar por nomes, apenas. Qual a diferença que faz, realmente, se o Pai ou o Amor maior é denominado com este ou aquele nome?

A diferença existe, sim, em nos sentirmos amados e aceitos pela energia cósmica que habita tudo que existe, ou não. Amados sem julgamentos, sem condições, apenas por sermos parte de uma realidade única e verdadeira que não escolhe a quem amar. Amor incondicional.
Essa é uma maneira da gente perceber que qualquer forma de vida merece o nosso respeito, atenção, compaixão e até perdão.

Quanto temos nos feito mal por causa de diferenças que foram criadas por nós mesmos. Na essência, somos todos iguais e almejamos as mesmas coisas.
Quando atacamos e ferimos, certamente em algum momento fomos feridos, mesmo que não nos recordemos dos detalhes.
Todos nós estamos sempre suplicando por amor! Com carinho e atenção, agindo com compreensão, ao invés de brutalidade, vingança, acho que conseguiremos mudanças inacreditáveis na humanidade.

Jesus pregou a não violência e veio nos ensinar o caminho da felicidade verdadeira. Como não nos sentimos Amor, não sabemos perdoar e amar a quem nos faz sofrer. Só podemos doar o que temos em nós. Não que o nosso cerne amoroso possa não existir, mas se não entrarmos em contato com ele, ficará embotado por falta de uso.

Quando lembro que sou Amor, sinto-me logo mais alegre. Também percebo que uma energia mais pulsante me preenche. A esperança renasce e as lentes com as quais eu vejo o mundo se tornam mais coloridas e benévolas.
Percebo, então, que tudo parte da resposta a uma pergunta crucial que preciso me formular e tentar responder: quem sou eu? Um corpo apenas, ou a energia que habita meu corpo e que existia antes dele e continuará a existir depois que ele se desintegrar?

A flor desabrocha naturalmente, sem pra isso precisar fazer qualquer esforço, assim como o Sol, que nasce sempre, independente de nossos pensamentos ou da definição que dermos dele.
Vivemos imersos num Universo amoroso, organizado, que obedece a um ritmo e nos acolhe sem nos considerar corpos estranhos nele. Por que escolhemos nos considerar apartados deste ninho infinito e eterno?
Que diferença faz a cor da pele que reveste o nosso corpo, se somos todos oriundos da mesma fonte, da mesma energia?

Se tivermos costumes diversos e falarmos línguas diferentes, isso terá acontecido por escolha nossa e essas diferenças são meramente culturais, consequências da liberdade inerente à natureza humana.

Sendo Amor e me sentindo muito amada, mais facilmente vou amar a vida e quem se encontrar em meu caminho. Pois quem ama perdoa, se coloca no lugar do outro e o compreende, respeitando as aparentes diferenças.
O amor jorra de uma fonte que quanto mais dá, mais cheia fica.
Só através do Amor encontraremos o nosso verdadeiro caminho de evolução e libertação.



Sobre o Autor 

Maria Cristina Tanajura
   
Socióloga, terapeuta transpessoal.
   E-mail: tinatanajura@terra.com.br

domingo, 17 de janeiro de 2016

COMO RESOLVER PROBLEMAS AINDA NÃO RESOLVIDOS ??




Como sair do fundo do poço!


Como sair do fundo do poço!





No sentido metafórico, sentir-se no fundo do poço é estar preso a problemas não resolvidos, cuja solução corresponde ao grau de dificuldade, que é compatível ao nível de discernimento -e lucidez- de cada pessoa. Complexidade que exige a percepção de momento para transformar envolvimento emocional em foco racional.


Como vimos, a saída do poço não é algo simples ou fácil de ser executado, e pode durar dias, semanas, meses, anos ou mesmo vidas. Porém, nada dura para sempre e a saída dependerá do esforço e determinação, no sentido do indivíduo retomar a sua caminhada na estrada da vida. É o que veremos a seguir, na abordagem de caso.

O histórico infantil de Augusto reune fatos marcantes que o levaram ao fundo do poço: pais ausentes e afetivamente distantes. Mãe restritiva e severa. Pai temperamental, de gênio explosivo. Constantes brigas do casal. Experiência de bullying na escola e precária situação financeira da família.

Como resultado de uma sofrida experiência infantil, restou-lhe a dor psíquica expressa por sentimentos de solidão, abandono e incompletude, onde a sensação de vazio e a tristeza, encontraram guarida em um coração amargurado pelas vicissitudes da vida.

No entanto, com a ajuda da única irmã, considerada sua melhor amiga, Augusto foi superando as adversidades impostas pelo desafio de viver, até a idade de 25 anos, quando apresentou os primeiros sintomas psiquiátricos, que foram tratados pela terapia holística que o ajudou a superar medos.

O segundo marco de sua jornada vital, foi há cerca de uma ano, quando entrou em depressão severa decorrente da aposentadoria compulsória e separação da esposa. Momento em que o suicídio tornou-se ideia fixa. Contudo, conseguiu libertar-se das garras da depressão se automedicando com a homeopatia.

Passada a depressão, foi com o objetivo de não depender de tratamento químico à base de remédios, que Augusto procurou ajuda na Psicoterapia Interdimensional. E assim, após algumas sessões de psicoterapia, encaminhamos a sessão regressiva de memória no sentido de estabelecer conexões com as informações registradas até aquele momento. 


REGRESSÃO

Primeiro momento: "Estou caminhando no meio do mato. Estou só e caminho sem destino. Parece que estou perdido. Tenho 6 anos de idade, sou magro e estou vestindo somente uma espécie de calção. Me pergunto o que faço neste lugar e pra onde vou?"

Segundo momento: "Agora vejo crianças nos balanços e escorregador de uma praça rodeada de casas. Alguns automóveis transitam no local. Tem mais duas crianças numa gangorra e um cachorro preto e branco. Quero ir embora deste lugar, sinto-me só e à parte deste grupo de pessoas".

Terceiro momento: "Estou num automóvel de cor escura e modelo antigo, dirigindo em direção às montanhas. Vejo plantações nos lados da estrada. O volante do carro é grande e encontro-me sozinho. Sinto um vazio, apenas ando, não sei porque estou aqui e pra onde vou".

Quarto momento: "Sinto-me num lugar escuro. Vontade de sumir, desligar. Sinto desilusão, fracasso e sem perspectivas. Não sei o que quero, estou cansado e sem ninguém".

Observação: Estimulo-o a encontrar uma saída do lugar escuro onde Augusto se encontra.

"Estou num poço e vejo uma claridade e a cabeça de uma pessoa lá em cima. Ela apenas me olha e não reage. Agora tento escalar o poço. Estou escalando. Saí do poço e me encontro num lugar bonito, muito verde, mas a pessoa sumiu. Tem uma casa antiga, de madeira e abandonada (sentimento ruim). Olho para trás e vejo o poço próximo da casa, que está em ruínas. Agora caminho por uma estradinha de terra e visualizo um córrego de águas cristalinas. É um ambiente de muita paz, mas solitário".

Observação: Pergunto o que ele estava fazendo no poço e Augusto responde que estava no poço "fugindo de mim mesmo, querendo morrer, sumir, acabar, dar um fim".


COMENTÁRIO

"Eu estava no poço fugindo de mim mesmo". A regressão revela em seus bastidores, o padrão emocional-comportamental que Augusto traz consigo de vidas passadas, acrescido de experiências infantis (vida atual) que não alteraram o modelo, e onde sentimentos de solidão, abandono, incompletude (vazio) e culpa/rejeição, alimentam um padrão que estimula a depressão, embora ele tente "manter a aparência de uma pessoa normal" como se referiu após a regressão.

A sensação de estar no fundo do poço, reforça a pré-disposição para a melancolia ou estados depressivos, onde o suicídio indica ter sido uma saída em vida passada e uma opção na vida presente.
A sensação de estar perdido no mato ou dirigindo na direção das montanhas, e sem destino, revela a latente vontade de fugir de si mesmo, ou seja, "morrer, acabar, dar um fim" ao sofrimento.

A partir da experiência regressiva, o desafio de Augusto é superar a Síndrome de Vitimização usando a ferramenta que ele já usou em momentos importantes e decisivos de sua vida, quando ele decidiu não resignar-se com a pobreza material, ou quando decidiu enfrentar a ideia fixa de suicídio ao procurar ajuda psiquiátrica, depois terapias holísticas e automedicação homeopática. Ou ainda, quando ele deu um basta em relacionamentos afetivos complicados, sempre usando a ferramenta da percepção de momento. E, por último, quando ele enfrentou os medos do fundo do poço e conquistou a liberdade ao escalar a parede e alcançar a saída.

Portanto, a ação em conjunto, ou seja, psicoterapia, terapia floral, reiki e exercício da percepção de momento no cotidiano de sua vida, onde o racional supere o emocional, associado à relação afetiva íntima na qual a parceira seja mãe, amiga e amante, é o ponto de partida para que Augusto desafie os seus fantasmas interiores e supere a Síndrome de Vitimização, alterando positivamente o seu modelo emocional-comportamental de forma gradativa.

Neste caso, a experiência em estado alterado de consciência foi clara ao revelar a situação existencial de Augusto (o poço escuro), e a saída para a luz da consciência (determinação na escalada). Experiência que acrescentou qualidade no processo de autoconhecimento.



Sobre o Autor

Flávio Bastos
  
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva, Psicoterapia Reencarnacionista, Terapia Floral, Psicoterapia Holística, Parapsicologia, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. 
 E-mail: flaviolgb@terra.com.br

sábado, 16 de janeiro de 2016

OLHE PARA SI MESMO AGORA



É tempo de olhar 

para cima e 

para dentro de você!


É tempo de olhar para cima e para dentro de você!

utor Flávio Bastos - flaviolgb@terra.com.br


"Se não existe vida fora da Terra, 
então o universo é um grande desperdício de espaço". 

(Carl Sagan)


Sobrenatural, segundo o dicionário, é aquilo que vai além do natural, do comum, do trivial, ou seja, tudo que não passa pela análise da sensorialidade comum associada à dimensão da matéria. Fatos pertencentes à área da fenomenologia que não são ou foram cientificamente comprovados. Como, por exemplo, a existência de extraterrestres inteligentes ou de fantasmas.

Na verdade, precisamos ver para crer como nos informa o velho teste de São Tomé, que atesta aquilo que é ou não real diante de nossos sentidos, mas que revela uma visão unilateral e limitada de nossa própria experiência existencial.

No entanto, o teste de São Tomé começa a ficar obsoleto, à medida que o século XXI avança com as suas velozes descobertas de âmbito científico, principalmente nas áreas da Física, Astronomia, Psicologia, Química e Bioquímica.

Nessa lógica, o nosso conjunto de crenças de modelo ocidental, arraigado a valores predominantemente materialista, apresenta fissuras por não acompanhar o ritmo da ciência que invade o cosmos à procura de vida fora do âmbito terrestre. De pessoas desinformadas, conformadas ou bitoladas, passamos a pessoas questionadoras, reflexivas e buscadoras. 

A Ufologia, que é o estudo de relatos, registros visuais, evidências físicas e demais fenômenos relacionados aos Objetos Voadores Não Identificados (OVNI), começa a ser considerada e respeitada, porque as evidências conquistam cada vez mais espaços nos meios de comunicação de massa, tornando o que era "invisível", por tratar-se de algo fora do nosso conjunto de crenças, em algo cientificamente admissível.

Com o passar dos milênios, a cultura de influência marcantemente materialista influenciou-nos a desenvolver uma visão linear e unilateral de nossa experiência vital. Por isso, deixamos de olhar para cima e para dentro, e limitamos a nossa existência ao que chamamos de realidade concreta, palpável e circundante, associada aos cinco sentidos.

Essa opressão cultural forçou-nos a supervalorizar o ego e as mazelas da experiência mundana, até surgir o computador e a internet, que abriram novos horizontes no sentido da busca por informações rápidas e eficientes.

Nos dias atuais, o que era opressão cultural transforma-se, gradativamente, em expansão consciencial através da apropriação de novos conhecimentos. Começamos a sair do casulo existencial e a olhar para cima e para dentro de nós mesmos à procura de explicações ou de respostas que são inerentes à natureza humana.

O medo do desconhecido começa a perder a sua força, à medida que aprendemos a enfrentá-lo com a mente aberta e percepção apurada, pois os monstros que ainda povoam a nossa imaginação, nada mais são que a transferência daquilo que existe em nós mesmos.

Já olhamos para o firmamento sem medo da culpa ou do castigo, e isso é saudável porque no "fundo" representa aquilo que buscamos, ou seja, a conexão interdimensional com uma realidade social mais evoluída. Portanto, justa e fraterna.

Tudo que nos leva ao desânimo, ao fundo do poço existencial, diz respeito à nossa multimilenar experiência relacionada à dor e ao sofrimento, que nos estimula a olhar para baixo e a nos fixarmos nas mazelas e vicissitudes da vida.

No filme "Matrix", temos um interessante diálogo entre dois personagens. Neo pergunta: O que é Matrix? Morfeu responde: Você quer saber o que é Matrix? Matrix está em toda parte [...} é o mundo que acredita ser real para que não perceba a verdade. Neo questiona: Qual verdade? Morfeu responde: Como todo mundo, você nasceu em cativeiro. Nasceu em uma prisão que não pode ver, cheirar ou tocar. Uma prisão para a sua mente.

Podemos entender o filme Matrix como uma alegoria ao mito da Caverna de Platão (ou alegoria da Caverna). A alegoria da Caverna mostra indivíduos que cresceram em uma caverna, acorrentados, de modo que não pudessem ver a entrada, sendo capazes de enxergar somente sombras de outros homens, do mundo exterior, que se projetavam nas paredes da caverna. Esses prisioneiros não tinham como saber que havia todo um mundo fora daquela caverna e, por isso, tinham como única realidade aquelas sombras que eram projetadas. Eram incapazes de entender que aquelas sombras eram projeções. A tinham como realidade única e independente.

Essa alegoria foi usada por Platão para mostrar que o homem normalmente vive na ignorância imposta por um conjunto de crenças, tomando muitas coisas por verdade universal devido a uma incapacidade de ver além dos sentidos.

Portanto, os condicionamentos impostos por um conjunto de crenças inserido num modelo cultural e associado ao padrão emocional-comportamental que trazemos de outras vivências, nos tornam cativos da Caverna de Platão, na qual acreditar em vida inteligente fora da Terra ou na existência de espíritos, é algo que começa quando buscamos a saída do labirinto existencial pelo caminho do conhecimento, que passa pelo processo de autodescoberta. É tempo de olhar para cima e para dentro de você. É tempo de expandir a consciência muito além do ego.


Sobre o Autor 

Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva, Psicoterapia Reencarnacionista, Terapia Floral, Psicoterapia Holística, Parapsicologia, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. 

E-mail: flaviolgb@terra.com.br