Seguidores

quarta-feira, 8 de julho de 2015

SONHOS: O QUE A CIENCIA JÁ RESPONDE...








11 questões sobre os sonhos que

 a ciência já responde






DREAMING SONHANDO

       


Nos últimos cinco anos, pesquisas com o uso de técnicas como:

 eletroencefalograma,
tomografia computadorizada e
ressonância magnética t

rouxeram avanços para a compreensão dos processos mentais envolvidos nos sonhos.

Os estudos modernos buscam decifrar a natureza dos devaneios noturnos e compreender seu papel ao substituir as interpretações psicanalíticas pelo método científico, ancorado em dados e testado em laboratórios.


VEJA:
11 QUESTÕES SOBRE OS SONHOS
QUE A CIENCIA JÁ RESPONDE:




1) Por que algumas pessoas se lembram dos sonhos e outras não?

Para recordar é preciso acordar em meio a um sonho, e preferencialmente durante a fase REM (sigla em inglês para movimento rápido dos olhos), o último dos estágios de cada ciclo do sono. Ainda assim, ao longo de qualquer experiência onírica, a serotonina, o neuromodulador responsável pela memória, está ausente. Lembra-se mais de sonhos do fim da noite, quase amanhecer, quando a serotonina volta a ser naturalmente produzida pelo organismo.



2) Por que os sonhos, mesmo nem sempre sendo assustadores, costumam ser absurdos, de puro nonsense?

Com a parte do cérebro responsável pelo pensamento racional desligada durante a noite, a mente fica livre para associar memórias, sensações e experiências de maneiras muito diferentes das que ocorrem na realidade. Inexiste, portanto, ordem ou lógica. Essa sinfonia atonal ocorre fundamentalmente nas últimas fases de cada ciclo de sono.



3) Dá para acordar e depois continuar no mesmo sonho?

Como os sonhos são causados por uma sequência de ações neuronais padronizadas, é possível que eles se desdobrem em “capítulos”, com as mesmas memórias e áreas do cérebro sendo ativadas. É semelhante ao processo seguido pelos pesadelos recorrentes.


4) Por que temos pesadelos?

Esses teriam sido os primeiros tipos de sonho em seres humanos, uma adaptação evolutiva construída pela mente para enfrentar mentalmente ameaças da natureza e, assim, proteger a espécie. Crianças, com o cérebro ainda em formação, costumam ter muitos pesadelos e sofrem com os terrores noturnos — imagens ou flashes de angústia e pânico que surgem nas primeiras fases do sono.



5) Conseguimos treinar o cérebro para evitá-los?

Há pelo menos quinze anos médicos e psicólogos usam técnicas de sugestão e visualização para modificar pesadelos. Com treino diário e acompanhamento terapêutico, o conteúdo pode ser amenizado e até mesmo desaparecer.



6) Por que quase nunca morremos no sonho?

É raro, mas não impossível. Normalmente, a pessoa acorda pouco antes ou logo depois da cena fatal. Como os sonhos são uma ferramenta evolutiva para ensaiar o futuro, não haveria vantagem na simulação da própria morte. Mas, quando alguém “morre” sonhando, é comum que isso se dê durante o sono REM, momento no qual a experiência de delírio é mais fantasiosa.



7) É possível escolher ter um tipo determinado de sonho?

Não. Mas há um tipo que nos faz imaginar ser possível controlá-lo. É o chamado sonho lúcido, em que, na definição de um renomado pesquisador do assunto, o americano Stephen LaBerge, “sonhamos sabendo que estamos sonhando”. Nele o córtex pré-frontal, parte do cérebro responsável pela racionalização, fica ativo, ao contrário do que acontece nas versões usuais. Em torno de 20% das pessoas têm ao menos uma experiência desse tipo ao longo da vida — oito em dez pessoas, portanto, nunca conseguirão tal lucidez. Alguns indivíduos têm um nível mais alto de percepção. Seu cérebro identifica o devaneio ao perceber que os eventos não fariam sentido algum fora dele.


8) Os animais sonham?

Não dá para saber com certeza, pois os animais, claro, não falam. Os mamíferos têm uma fase de sono REM longa, associada à presença de sonhos. No entanto, muitas vezes, nada ocorre durante esse estágio.



9) Uma pessoa em estado de coma sonha?

Nessa situação não costumam existir variações cerebrais que proporcionam o sonho, como o estágio REM. Portanto, em teoria, não seria possível, nem no coma natural nem no coma induzido por medicamentos. Há, no entanto, relatos de alucinações oníricas. Essas experiências poderiam ser causadas por variações na ação dos medicamentos — seriam, então, um efeito indesejado dos remédios.


10) E os cegos, sonham?

Sim, só que, em vez de imagens, os cegos de nascença vivenciam sensações sonoras, gustativas, táteis e olfativas. O sentido predominante é a audição — os sonhos dos deficientes visuais costumam ser uma trilha sonora de uma imagem escura. Para quem ficou cego depois de algum tempo tendo enxergado, ainda que com extrema dificuldade, a memória visual persiste, e os sonhos ocorrem tal qual com os aptos a enxergar.



11) Há quem sonhe em preto e branco?

A maior parte das pessoas diz sonhar em cores, mas, na metade do século XX, despontaram estudos relatando versões em preto e branco. Não por acaso, coincidiram com o advento da televisão em preto e branco. Havia, portanto, uma referência visual a partir da qual nasciam os sonhos. De acordo com esse raciocínio, hoje só sonharíamos em cores. Não é bem assim. Os sonhos, em sua origem, são constituídos de tons menos vívidos. O colorido é como uma película aplicada posteriormente pelo cérebro, ao acordar. Quando a lembrança é do formato primário, o sonho relatado terá sido em preto e branco.


FONTE:

REVISTA VEJA - EDITORA ABRIL

terça-feira, 7 de julho de 2015

POLEMICA NO RIO DE JANEIRO







Malafaia cobra prefeito do Rio após

 aprovação de norma que

beneficia transexuais





Por iG São Paulo | - Atualizada às
 

Pastor diz que Eduardo Paes não pode permitir a transexuais escolha do sexo com o qual se identificam em hospitais:

"Então todo status quo da sociedade tem de estar a serviço dos gays?"





O pastor Silas Malafaia em vídeo recente no qual respondeu a ofensas de Ricardo Boechat
Reprodução
O pastor Silas Malafaia em vídeo recente no qual respondeu a ofensas de Ricardo Boechat
Após a prefeitura do Rio de Janeiro publicar em seu Diário Oficial que transexuais da rede pública de Saúde poderão, a partir de agora, escolher o gênero com o qual se identificam no ambiente de trabalho, o pastor Silas Malafaia publicou vídeo a respeito da medida e esbravejou ao prefeito, Eduardo Paes: "Acabe com essa pouca vergonha!"


"Senhores, uma enfermaria de um hospital municipal tem de quatro a seis vagas. Então, um travesti – que tem um pênis, só para você entender bem –, que se sente como mulher, vai à enfermaria com outras cinco mulheres, tira a roupa da pessoa, dá banho lá na cama. Então quatro ou cinco mulheres podem ser constrangidas, mas o travesti nao", atacou ele.




"Eu já disse aqui que cada um faz o que quer com o seu corpo e com a sua vida. Não estou aqui para proibir relação homossexual. Agora, o jogo é muito mais profundo, olha a ideologia de gênero aí, gente. Daqui a pouco, a pessoa vai nascer, vão perguntar se é menino ou menina e os pais vão dizer: 'não sei' [...] Espero que o Eduardo Paes bote abaixo isso e respeite as mulheres. Que separe os travestis em uma ala, não lhes dê o direito de regalia, de ficar onde bem queiram. Quer dizer que todo o status quo da sociedade tem de estar a serviço da causa gay?"

Leia também:
Em vídeo, Malafaia propõe boicote ao Boticário: "Vá vender perfume pra gay"
Trans crucificada: Feliciano ataca 'cristofobia' e omissão de líderes religiosos


No mês passado, o pastor se tornou alvo de chacotas nas redes sociais após o jornalista Ricardo Boechat dizer, em programa na rádio Band News FM, "Malafaia, vai procurar uma rola", em resposta a uma acusação do evangélico de que setores da imprensa estariam promovendo uma guerra religiosa.
"Não me enche o saco. Você é um idiota, um paspalhão,um pilantra, tomador de grana de fiel, explorador da fé alheia. E agora vai querer me processar pelo que eu falei, que é o que você faz", disse Boechat na ocasião. Malafaia, que também é presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, avisou que processará o jornalista: "Vou te engolir".


De acordo com o texto publicado no Diário Municipal do Rio, assinado pela Secretaria Municipal de Saúde, em caso de internação hospitalar o transexual tem o direito de ficar na enfermaria de acordo com gênero com o qual se identifica, independente do sexo em que é registrado oficialmente. 

segunda-feira, 6 de julho de 2015

SAPATOS & DOENÇAS





SOLA DO SAPATO PODE TRAZER DOENÇAS PARA DENTRO DE CASA




Getty Images




A doença desagradável que pode estar na sola dos seus sapatos



Talvez você não acredite, mas pode estar levando essa bactéria cabeluda para dentro de sua casa (Imagem: Thinsktock)Talvez você não acredite, mas pode estar levando essa bactéria cabeluda para dentro de sua casa (Imagem: Thins …



Mesmo que você desse conta de desinfetar minuciosamente toda a sua casa,todos os dias da semana, bastaria que você abrisse a sua porta para encontrar uma legião de germes preparadinha para entrar em sua imaculada morada.

Em um estudo recente, pesquisadores da Universidade de Houston descobriram que 40 % das amostras retiradas dos degraus de entrada das residências analisadas estavam contaminadas com a bactéria Clostridium difficile, que também estavam também 39% das solas de todos os sapatos pesquisados.

Seria isso um problema? Como o seu próprio nome sugere, a bactéria Clostridium difficile, conhecida também pelo apelido de C. diff, é difícil de ser combatida. Ela tem variantes resistentes a diversos antibióticos e não deve ser tomada como um bichinho de estimação. Uma infecção causada por ela deixa o paciente com uma terrível diarreia que, em alguns casos, pode progredir até se transformar numa perigosa colite.

Uma pesquisa recente publicada pelo NewEngland Journal of Medicine sugere que, pelo menos, 500 mil de pessoas são infectadas por essa bactéria todos os anos. Embora mais conhecida por infectar pacientes hospitalizados, 35 por cento dos casos de infecção por C. diff dá-se fora do ambiente hospitalar.

Como que a C. diff chegar à porta de nossas casas? “Os nossos sapatos estão expostos a diversos tipos de contaminação e, com eles, contaminamos a entrada da nossa casa,” diz o autor do estudo, Dr. M. Jahangir Alam.

Fezes de diversos animais, incluindo as de passarinhos e outras aves, são examples das imundícies que os nossos sapatos carregam por aí, afirma o Dr. Alam.

Ao pousarem numa superfície qualquer, esses esporos podem sobreviver por meses a fio e, no caso de uma ingestão acidental, aumenta o risco dese adoecer.

Quer evitar de levar todos esses germes para dentro de sua casa? Quer evitar de passar mais tempo do que você precisa dentro do seu banheiro? A solução é simples: tire os seus sapatos e deixe-os na entrada, ao lado da porta, sugere Alam.

domingo, 5 de julho de 2015

SUCESSO: SAIU DA FEBEM E HOJE É EMPREENDEDOR








Em dez anos, ex-lixeiro passou pela extinta Febem, abriu o próprio negócio e concluiu pós-graduação na USP


RUNO




Enquanto tanto se discute sobre a redução da maioridade penal, aprovada na Câmara dos Deputados essa semana, Bruno dos Santos é prova de como é possível a recuperação de jovens infratores. Ele foi apreendido aos 16 anos, concluiu sua pós-graduação na USP (Universidade de São Paulo) aos 25, e hoje é um empreendedor que já contou sua experiência em palestras como o TEDx.


Filho mais novo de cinco irmãos, Bruno cresceu com a avó em Capão Redondo, na capital paulista, onde mora até hoje. Todas as casas da rua depositavam o lixo na mesma esquina para que o caminhão fosse buscar. Além de gostar de brincar com aquilo que não servia mais para os outros, ele conta que sempre se divertia observando o trabalho dos catadores.


Bruno veio de uma família humilde e cresceu no meio do tráfico. O crime fez com que seus parentes próximos fossem presos e, com ele, não foi diferente. "Aos 16 anos eu já estava na Febem, por pequenos furtos, aprontando para caramba", conta.


Em uma conversa decisiva com o pai, o jovem decidiu mudar de atitude e investir em um novo futuro. "Eu tinha um sonho muito grande dentro de mim, mas não sabia traduzir o que era. Eu queria mudar minha vida, não aceitava aquela condição”.




febem
Bruno se formando na Febem






Quando deixou a extinta Febem (atual Fundação Casa), Bruno fez supletivo e conseguiu emprego no posto que almejava desde de criança: coletor no caminhão de lixo. “É um trabalho difícil, insalubre. Independentemente das condições de clima, você tem que estar na rua para poder limpar. Exige muita resistência física e psicológica”, conta.


Enquanto isso, a família de Bruno participava de um projeto do Instituto Rukha, que atua em comunidades com palestras e programas culturais para tirar famílias da miséria.


Este mesmo instituto viu que Bruno tinha perfil para ser um líder comunitário, e deu a ele a oportunidade de cursar uma graduação , paga por empresários. Conversando com especialistas da área e sempre com olhos na sua paixão, a de cuidar de resíduos, ele optou pelo curso de Gestão Ambiental.


A contrapartida da oferta era fazer um trabalho em prol da comunidade. Bruno então reuniu os jovens de onde morava e, de um jeito bem informal, dar aulas sobre o que aprendia na faculdade. “Era tudo muito precário. Assistíamos a documentários, eu comprava coisas da xepa para preparar o lanche para eles, mas eles adoravam e queriam sempre que eu falasse mais.”






aulas




Bruno teve então a ideia de criar um projeto chamado Sustenta CaPão, em parceria com seu irmão. É um bistrô que vai até comunidades, onde fabricam pães artesanais. O objetivo é reunir os moradores para integrá-los e discutir questões relacionadas a comunidade onde vivem.


Com toda a bagagem que conseguiu, Bruno não parou mais. Foi convidado pela ONG Outward Bond Brasil a viajar para a Romênia para falar sobre o que aprendeu. "Fiz um workshop de reciclagem para jovens de 10 países, levando a experiência dos catadores que trabalham na invisibilidade no Brasil."


Como empreendedor, ele já foi convidado a falar sobre sustentabilidade e sobre o Sustenta CaPão em três eventos TEDx. Em São Paulo, Campinas, em 2013, e no Rio de Janeiro, em 2014.






Bruno ainda queria se especializar. “Participei de um Laboratório de inovação social onde uma empreendedora que trabalha com projetos de sustentabilidade topou investir e pagar o meu curso de pós-graduação”, conta ele. Desta vez, o curso escolhido foi Resíduos Sólidos, que ele terminou este ano, na Universidade de São Paulo (USP).


Professora de Bruno, Sylmara Lopes faz elogios ao aluno: “Ele faz comentários articulados, se posiciona”. Segundo Sylmara, o empreendedor se destaca dos demais. “Ele tem um perfil de muita luta e entende a posição de destaque que tem. Ele representa toda uma categoria batalhadora”, diz a professora.


Em novembro do ano passado, Bruno e seu irmão foram prestigiados na Câmara Municipal de São Paulo como autores do melhor projeto social de gastronomia com o Sustenta CaPão.


O objetivo agora é fundar um instituto com sua mulher para cuidar das famílias da comunidade e falar sobre sustentabilidade humana. No meio do ano que vem, ele também pretende lançar um livro.
“Para mim o lixo foi o que girou a chave, é onde eu me apego para fazer diferente. Eu tenho uma satisfação imensa quando pego uma coisa no lixo e consigo ‘resignificar’ essa coisa, que foi o que eu fiz com a minha vida também.”






FONTE:


Publicado: Atualizado:


Brasil Post  |  De  

sábado, 4 de julho de 2015

POLITICA, RELIGIÃO & INTOLERANCIA






"Bancada evangélica reflete a sociedade: conservadora, violenta e desigual"



Por Ocimara Balmant - iG São Paulo |

Para o professor de Antropologia Ronaldo Almeida, da Unicamp, Brasil vive ambiente de intolerância generalizada fincado em três palavras: ódio, fobia e vingança



Ronaldo Almeida é antropólogo e diretor científico do Cebrap
Divulgação
Ronaldo Almeida é antropólogo e diretor científico do Cebrap

Na última quinta-feira (2), a Câmara aprovou a redução da maioridade penal para 16 anos em casos de crime hediondo. O articulador e principal entusiasta da votação foi o presidente da Casa, Eduardo Cunha. Evangélico, Cunha é um dos principais nomes da chamada "bancada da Bíblia", que congrega 75 deputados.

No mês passado, a menina Kaylane Campos, de 11 anos, foi apedrejada ao sair de um culto de candomblé no Rio de Janeiro. Os suspeitos do ataque são participantes de uma igreja evangélica.
São duas manifestações do comportamento evangélico – notadamente das denominações neopentecostais – que, mais do que perfilar esse segmento da população, refletem uma onda mais conservadora que abrange a sociedade toda, na opinião do professor Ronaldo Almeida, professor de Antropologia da Unicamp e diretor cientifico do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento).




Para o pesquisador, o Brasil vive um conservadorismo que pode ser percebido em três sentimentos que têm impulsionado a população: o ódio (contra os gays, as religiões diferentes), a fobia (é tanto medo que boa parte dos brasileiros aprova legislação mais permissiva em relação ao porte de armas) e a vingança (refletida no apoio da maioria à redução da maioridade penal).


Confira a entrevista abaixo:


iG: Esses casos recentes de intolerância religiosa no Rio de Janeiro podem ter relação com essa guinada à direita que vive o Congresso Nacional, com a bancada evangélica tão em evidência?
Ronaldo Almeida:
No Brasil, o que se consolida é o pluralismo no interior do cristianismo, cujo movimento principal são católicos se tornando evangélicos. Esse aumento do contingente vai além dos templos, se reflete no âmbito da política, da economia, da mídia. A partir dos anos 2000, começou um movimento mais agressivo de influência dos fundamentalistas evangélicos que foi além do espaço que antes era ocupado por essa bancada no Congresso. Até então, os parlamentares dessa base se juntavam em comissões específicas, como a de Comunicação – até pelo interesse em espaços de mídia. Nos últimos anos, a área de influência foi alargada para a discussão sobre moralidade pública.
iG: Como no caso da comissão de Direitos Humanos...
Almeida: 
Em 2010, o José Serra [candidato à Presidência pelo PSDB] colocou o pastor Silas Malafaia para atacar a Dilma [à época candidata pelo PT] sobre o tema do aborto. Foi o início. Depois, com Dilma já no poder, o PT fez aquela besteira de entregar a Comissão de Direitos Humanos para o PSC [Partido Social Cristão]. O presidente, como todos sabem, foi o deputado Marco Feliciano. Na comissão de Direitos Humanos, esses religiosos acharam um espaço para lidar com temas morais. E essa comissão, que antes cuidava das minorias, como a causa indígena, começou a ter uma pauta moralista, a travar uma disputa pela moralidade pública, a replicar aqui temas do fundamentalismo norteamericano, como o ensino religioso e o criacionismo.
iG: E que vai além disso, não é? Muitos dos parlamentares da bancada evangélica compõem também a conhecida bancada da bala, que pede a revogação do Estatuto do Desarmamento...
Almeida:
O que está acontecendo agora no Congresso é uma onda de conservadorismo, mas uma onda quebrada, que quebra para vários lados. Por exemplo, Eduardo Cunha está à frente da bancada da segurança e da evangélica. Há, de fato, um discurso mais moralizador, de contenção ao secularismo, de contenção a uma série de direitos historicamente conseguidos no âmbito progressista. No lugar do que já se conquistou, os conservadores têm três projetos que dão tona às causas que defendem: o Estatuto da Família [determina que apenas a união de um homem e uma mulher pode constituir uma família, além de restringir a possibilidade de adoção por casais homossexuais], o Estatuto do Nascituro [lei que garante proteção jurídica aos embriões, o que eliminaria a possibilidade de aborto legal em qualquer caso, inclusive o de estupro] e a Cura Gay [projeto que permite aos psicólogos promover tratamento com o objetivo de curar a homossexualidade]. É uma proposta moralizante e que busca regular a família e a sexualidade da população brasileira.

iG: São causas que ganham apoio mesmo fora do âmbito evangélico fundamentalista, não é? Porque a população é conservadora.
Almeida:
Sim. Não é só religião. É uma moral da sociedade que não admite essas coisas. Tanto que, na defesa do ensino religioso, católicos e evangélicos estão unidos.
iG: O mais grave desses casos recentes de intolerância religiosa é o conservadorismo atrelado à violência.
Almeida:
Na questão religiosa, os fundamentalistas acabam por fomentar a ação violenta. O que não é novidade: basta lembra que o episódio do pastor da Igreja Universal que chutou uma imagem foi em 1995. É a cultura de demonizar o outro, de vilipendiar as outras religiões. Tem uma coisa cínica no Malafaia: na prática, ele diz: “o Estado laico tem de garantir que eu posso demonizar o outro”. É o oposto da noção clássica do protestantismo: de liberdade individual. Mas, no fundo, o que a bancada evangélica mostra são expressões de coisas mais profundas da sociedade: conservadora, violenta, hierárquica e desigual.
iG: Somos, os brasileiros, violentos e conservadores?
Almeida: 
O que vejo é um ambiente de intolerância generalizada na sociedade, uma intolerância fincada em três palavras: ódio, fobia e vingança. Ódio de quem pensa diferente de mim, como o gay e aquele que tem uma religião diferente, medo de tudo, o que me faz defender o armamento, e sede de vingança, o que me faz querer que haja a redução da maioridade penal. Ódio, fobia e vingança, são as três palavras tidas como fonte de energia, canalizadas e espalhadas pela sociedade. A sociedade é violenta, o Estado é violento. É uma lógica de guerra. O jogo democrático admite adversário, mas no Brasil nos tratamos como inimigos.
iG: Como isso aconteceu?Almeida: Ainda estamos em uma disputa político/cultural, mas os setores mais progressistas estão perdendo. Estão em desvantagem porque perderam porta-vozes também. A esquerda, por exemplo, ela tem culpa porque a conquista dos direitos era pauta dela. Agora, nesse cenário político tenebroso, quem está podendo falar de direito, de democracia? O medo é se vamos aprofundar.
iG: Como reverter essa situação?Almeida: A expectativa é de que tenha uma contra-ofensiva: bons pastores, mais igrejas inclusivas. A boa notícia é que, quanto mais o País se torna evangélico, mais os evangélicos se tornam brasileiros. Isso significa religiosos não praticantes e mais circulantes, que buscam conveniência. Se eu quero louvor, vou a determinada igreja. Se quero estudo bíblico, vou a outra. E assim vou calibrando minha espiritualidade

quinta-feira, 2 de julho de 2015

ERRADICAÇÃO DO HIV







Cuba é o primeiro país a

erradicar transmissão de HIV

de mãe para filho


 
       
19307516741_6EB60DA4B1_K




Cuba é o primeiro país do mundo a eliminar a transmissão do vírus da Aids e da sífilis de mãe para filho.


O feito foi reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta terça (30), após a avaliação de um comitê de 14 especialistas independentes.


Durante coletiva de imprensa da OMS em Washington, o ministro da Saúde cubano Roberto Morales Ojeda afirmou que a conquista se deve à vontade política. "Isso permitiu que um país com poucos recursos tenha feito estas conquistas", disse.


O chefe da pasta também disse que Cuba está "à total disposição para ajudar outros países".
“O sucesso de Cuba demonstra que o acesso universal e a cobertura de saúde universal são factíveis e, de fato, cruciais para o sucesso, mesmo diante de desafios intimidantes como o HIV”, disse Carissa Etienne, diretora da Opas, escritório da OMS para as Américas.






Entenda


A transmissão de mãe para filho é considerada erradicada quando as taxas de infecção de uma doença são tão baixas que não representam mais um problema de saúde pública.


No caso da Aids, quando há menos de 2 bebês infectados a cada 100 nascimentos, considera-se que a transmissão de mãe para filho foi extinta. Isso porque a taxa mínima possível, considerando os métodos de prevenção existentes hoje, é de 2%.


Todo ano, globalmente, 1.4 milhões de mulheres portadoras de HIV engravidam. Sem tratamentos antirretrovirais, as chances de transmissão do HIV para o bebê chegam a 45%. Se gestante estiver em tratamento, o risco cai para pouco mais de 1%.


Veja, abaixo, um minidocumentário que conta como foi a experiência de Cuba para alcançar a meta:



(Com agências de notícias)




FONTE:

Brasil Post  |  De




Publicado: Atualizado:


quarta-feira, 1 de julho de 2015

INDENIZAÇÃO: A POLEMICA ESTÁ DE VOLTA !!





Transexual crucificada

processa Feliciano e

 quer indenização






A polêmica está de volta. Depois de ser alvo de diversas ameaças por sua performance na Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, a atriz e modelo transexual Viviany Beleboni, que simulou uma crucificação no evento, irá processar o deputado e pastor Marco Feliciano (PSC).

Segundo Viviany, ela teve sua imagem indevidamente exposta pelo pastor e, por conta disso, passou a receber milhares de ameaças, fato que a obrigou a mudar completamente sua rotina. De acordo com a advogada da atriz, trata-se de uma ação de indenização que visa a exclusão de “todos os vídeos que [Feliciano] criou, todas as imagens e ofensas que fez”.

“Ele [Feliciano] colocou minha foto junto a imagens tiradas em outras marchas pelo mundo para manipular a população brasileira. Fui a única prejudicada, isso é distorção de imagem. Venho recebendo ameaças de morte, emagreci, estou com Síndrome do Pânico, passei a tomar remédios…”, afirma ela em entrevista ao portal Terra.

Existe ainda um pedido de retratação e indenização financeira por difamação e injúria por conta da incitarão ao crime que Feliciano teria feito em programas de televisão e em suas redes sociais. O processo de Viviany contra o pastor e deputado corre na 1ª Vara Cível do Fórum João Mendes Júnior.



FONTE:

Por | Yahoo Notícias – 13 horas atrás