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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

CARNAVAL SEM FOLIA





TURISMO

 
Dicas para passar o carnaval sem folia
 

Dicas para passar o carnaval sem folia

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

INDONÉSIA: BATALHA DAS EXECUÇÕES




Por que as execuções cresceram na Indonésia

                                                     
BBC Brasil
 

Presídio de Kerobokan abriga prisioneiros condenados à morte. © Foto: AFP Presídio de Kerobokan abriga prisioneiros condenados à morte.
Karishma Vaswani 
 
 
Editora do Serviço Indonésio da BBC
 
 
 
Presídio de Kerobokan abriga prisioneiros condenados à morte
 
 
Do alto, o presídio de Kerobokan é um complexo amplo, com quadra de tênis, uma igreja e uma mesquita. Mas no interior da conhecida prisão em Bali, na Indonésia, estão condenados por tráfico de drogas que aguardam no corredor da morte sua execução por fuzilamento. É o caso do brasileiro Rodrigo Gularte, de 42 anos, preso em 2004 após tentar entrar na Indonésia com 6 kg de cocaína.
 
 
Também estão presos ali uma britânica de 57 anos e dois australianos, acusados de fazerem parte de uma quadrilha de narcotráfico conhecida como Bali 9.
 
Pedidos de clemência têm sido rejeitados pelo presidente indonésio, Joko Widodo. A Promotoria do país afirma que eles e o brasileiro podem estar em um novo grupo que será executado em breve, ainda que não esteja claro quando essas execuções devem ocorrer.
 
No mês passado, depois de um hiato de quatro anos, a Indonésia executou condenados de nacionalidades brasileira (o carioca Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos), malauiana, nigeriana, vietnamita e holandesa, além de um indonésio.
 
A atual onda de execuções é creditada à vontade política de Widodo. Ele está no poder há pouco mais de cem dias, mas tinha avisado que a guerra às drogas seria prioridade no seu governo.
 
"A Indonésia está no lado errado da história com essa política", argumenta Andreas Harsono, pesquisador do país na ONG Human Rights Watch.
 
"A atitude do país quanto aos direitos humanos é determinada por sua atitude perante a pena de morte, e essa postura está mandando uma mensagem equivocada ao mundo quanto às prioridades do país. Especialmente considerando que a Indonésia tem muitos cidadãos no corredor da morte em países como a Arábia Saudita. Como o país pode pedir sua libertação enquanto faz execuções internamente?"
 
 
 
Drogas e 'mulas'
 
 
E o país não é o único no sudeste asiático a usar a pena capital para punir o narcotráfico: Cingapura, Malásia e Vietnã fazem o mesmo, muitas vezes com regularidade alarmante.
 
Brasileiro Rodrigo Gularte foi preso em 2004 e está no corredor da morte

`No restante da Ásia, a China se destaca como o país que não tem pudor em usar a pena de morte no combate às drogas.
 
Agora, o novo apetite indonésio por execuções desperta temores de que os apelos feitos em prol de Gularte e da britânica Lindsay Sandiford sejam negados.
 
No mês passado, o Brasil e a Holanda convocaram seus embaixadores no país para consultas após a execução de Archer e do cidadão holandês, e o Palácio do Planalto afirmou que as execuções afetam as relações bilaterais.
 
Já a Indonésia alega que suas leis não são ambíguas: qualquer pessoa flagrada trazendo drogas ao país enfrentará a pena de morte. E justifica alegando que ao menos 40 indonésios morrem diariamente de overdose de drogas.
 
Ainda que esse número seja difícil de ser confirmado, é fato que o país tem enfrentado um crescimento no uso de drogas, sobretudo entre jovens.
 
Em uma clínica de reabilitação nos arredores de Jacarta, jovens na casa dos 20 e 30 anos contaram ao Serviço Indonésio da BBC que passaram a maior parte de suas vidas consumindo heroína e crack.
 
"Minha vida virou uma confusão", disse Pramudya, de 30 anos. "Não tinha amigos. Todos pararam de falar comigo. Só pensava em como roubá-los, para comprar drogas. Perdi tudo."
 
Pramudya não culpa os traficantes por seus problemas, mas acredita que eles deveriam ser executados, para servir de exemplo.

A britânica Sandiford, condenada à pena de morte, alega que foi forçada a traficar drogas para proteger seus filhos, que estariam sob ameaça
 
"Do meu ponto de vista, a lei indonésia é fraca", ele opinou. "Então acho que é a hora de tornar (as penas) sérias a traficantes. Isso nunca vai acabar com as drogas, mas talvez sirva de alerta às novas gerações - não brinque com isso. Mas isso nunca fará a Indonésia ficar livre das drogas."
 
Já ativistas contrários à pena de morte dizem que as pessoas que são executadas por tráfico são sempre "mulas" ou pessoas insignificantes na engrenagem do tráfico - nunca os grandes traficantes.
 
Defensores de direitos humanos alegam que o combate eficiente às drogas no Sudeste Asiático tem de envolver um esforço consistente e integrado para chegar ao topo da cadeia de comando do narcotráfico, em vez de apenas os executores de ordens.
 
Mas é uma batalha difícil: a maioria dos indonésios ouvidos por pesquisas de opinião dizem aprovar a pena de morte - especialmente para traficantes. Uma mudança de opinião é vista como improvável.

SECA NORDESTINA & ESTIAGEM SUDESTE



Entenda o que diferencia

a seca nordestina e

a estiagem no Sudeste

 
 

Especialistas analisam a situação nas duas regiões do país e orientam sobre o que podemos aprender com quem já vive com a falta de água desde sempre

 
 
iG Minas Gerais | JOSÉ VÍTOR CAMILO |
GERAL - BETIM - MG.
GERAL - BETIM - MG. SECA - CRISE DE AGUA - LAGOA VARZEA DAS FLORES - FALTA DE CHUVA
Na foto: marrecos  e  Gado vai a beira da Lagoa Varzea das Flores em Betim para beber agua, alem da falta de agua muita sujeira e encontrada ao redor da lagoa.  3/2/2015
FOTO: JOAO LEUS / OTEMPO  -
João Lêus
GERAL - BETIM - MG. GERAL - BETIM - MG. SECA - CRISE DE AGUA - LAGOA VARZEA DAS FLORES - FALTA DE CHUVA Na foto: marrecos e Gado vai a beira da Lagoa Varzea das Flores em Betim para beber agua, alem da falta de agua muita sujeira e encontrada ao redor da lagoa. 3/2/2015 FOTO: JOAO LEUS / OTEMPO -

O primeiro registro da seca no semiárido brasileiro, que engloba a maior parte da região do Nordeste do país e o Norte de Minas Gerais, foi feito ainda no primeiro século após o descobrimento.
 
Desde então, milhares de pessoas já sofreram com a falta de água e cada vez mais a região vem se adaptando e buscando formas mais dignas para os que vivem em meio à ausência de água. 
 
 
Diante da crise hídrica que a região Sudeste do país vem enfrentando nos últimos meses é inevitável comparar as duas situações.
 
Para isso, O TEMPO ouviu um engenheiro hidráulico, um ambientalista e um meteorologista, que tratam sobre as diferenças entre as secas e as soluções que foram aplicadas no semiárido e que também poderão auxiliar nestes tempos difíceis que vivemos. 
 
 
De acordo com o meteorologista Heriberto dos Anjos, do instituto TempoClima PUC Minas, a diferença principal entre as duas secas se dá por conta da localização.
 
 
"O Sudeste está em uma posição mais latitudinal, que é mais propícia às chuvas. O Nordeste sofre mais com a ação do fenômeno climático El Niño, consequência das águas aquecidas no oceano Pacífico Equatorial, e que tem sido predominante nos últimos oito meses", explica.
 
 
O período chuvoso no Sudeste se dá pelas características do verão. Com o dia mais longo o calor provoca um aumento na pressão atmosférica e gera um grande número de precipitação.
 
 
"O principal causador de chuva para nossa região são as passagens das frentes frias, que formam o fenômeno de Zona de Convergência do Atlântico Sul, com chuva durante vários dias seguidos. Ainda não se sabe o porquê disso estar acontecendo agora, se é por causa do desmatamento da Amazônia, por exemplo. O que temos é que a alta subtropical está mais posicionada para o oceano, bloqueando a frente fria e gerando o que chamamos de veranico, estiagem de 7 a 15 dias", finalizou.
 
 
Para o professor de engenharia hidráulica e recursos hídricos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Luiz Rafael Palmier, os problemas do sertão nordestino ainda estão longe de serem completamente solucionados, mas o que tem sido feito já serve de exemplo para a nossa região. "São problemas diferentes, já que lá se trata de levar água para pequenas populações dispersas em uma longa área e aqui se trata em garantir o fornecimento para grandes aglomerações de pessoas em um único espaço", explica. 
 
 
 
Para ele, existem duas formas de reduzir a escassez hídrica: aumento de oferta e diminuição de demanda.
 
 
A primeira delas se resume basicamente a medidas como transposição de água de uma bacia para outro local (como a do rio São Francisco),
 
captação de água da chuva em cisternas e
 
perfuração de poços artesianos,
 
 
sendo que a última não é muito utilizada no Nordeste por conta de água salobra (com maior presença de sais), impróprias para o consumo.
 
 
"Aqui em Minas, no Rio e também em São Paulo já está se falando em transposição de águas. Entretanto, isso se trata de algo mais demorado. No Nordeste, um programa do governo federal que vem tendo sucesso é o que disponibiliza cisternas que captam a água que cai no telhado das casas das pessoas e que também seria de boa aplicação aqui na nossa região", disse.
 
 
Entretanto, diferentemente do semiárido, essa água captada da chuva no Sudeste dificilmente seria usada da mesma forma que pela população que enfrenta a seca durante toda a vida, já que para eles se trata de sobrevivência.
 
 
"Aqui seria mais para limpeza, molhar plantas e afins. Não para consumo e higiene pessoal", garante Palmier. 
 
 
Segundo o engenheiro, a quantidade mínima de água a ser consumida por pessoa diariamente indicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) seria de 100 litros por dia.
 
As cisternas costumam ter uma capacidade média de 16 mil litros e, com isso, um dispositivo para uma única pessoa daria para 160 dias (5 meses). "Normalmente ela é usada por uma família inteira no período de seca. No Gabão as pessoas vivem com 4,5 l por dia", disse. 
 
 
A segunda forma de solucionar a escassez hídrica se trata da diminuição da demanda, que consiste basicamente no que já está sendo adotado pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), visando a redução no consumo.
 
Em Belo Horizonte, o consumo médio diário por pessoa está em cerca de 200 litros, ainda de acordo com Palmier.
 
"A Copasa pede economia de 30%, quando com base na indicação da OMS poderia haver uma redução de 50% no consumo", garante. 
 
 
No Nordeste, medidas como fechar a torneira para escovar dente, se ensaboar com o chuveiro fechado e ficar atento à vazamento parecem medidas absurdas, já que muitos deles praticamente não tem acesso a nenhuma das facilidades que um sistema de fornecimento de água garante para nossa população. 
 
 
 
 
 
"O Nordeste está mais preparado"
 
Para o ambientalista e idealizador do projeto Manuelzão, Apolo Heringer, a região Nordeste está mais preparada que a Sudeste por serem donos do maior sistema de açudes do mundo, sendo que alguns estados reúnem 35 bilhões de metros cúbicos de água. "Entretanto, esse é um bem para poucos, já que os açudes perdem muita água por evaporação sem ser distribuída para a população que realmente precisa", argumentou. 
 
Ainda segundo ele, as plantações de cana de açúcar que tomaram conta da região desde o início da colonização acabaram com a maior parte dos rios, transformando bacias permanentes em intermitentes.
 
 
"Por causa desses danos que contribuem para a seca, o Nordeste tem outorga limitada. Enquanto isso no Sudeste, que nunca viveu com esses problemas, a água é extraída praticamente gratuita e ilimitadamente", afirmou Heringer sobre a concessão para retirada de água de lençóis freáticos ou rios por parte de pessoas e empresas. 
 
 
O ambientalista afirma que enviou à presidente Dilma Rousseff, em outubro do ano passado, uma proposta para aumentar a infiltração da água no solo na região sudeste, aumentando assim o nível dos lençóis freáticos.
 
 
"Ainda não recebi nenhuma resposta sobre o assunto.  A proposta prevê pequenas obras para retardar o caminho da água. Funciona assim: vai colocando obstáculos, como pedras, forçando a água que corre a parar e se infiltrar no solo. Isso deveria ser adotado juntamente com o não desmatamento, que é o mínimo para manter o funcionamento do ecossistema", explicou.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

CRISE DA ÁGUA: PERGUNTAS QUE NÃO QUEREM CALAR !!!



15 PERGUNTAS E RESPOSTAS
 
SOBRE O DRAMA DA ÁGUA
 
 EM SÃO PAULO
 



Copo com água no deserto


No limite

 
São Paulo -  Assim como futebol e política, “água” virou assunto corrente nas conversas de quem mora em São Paulo.
 
No supermercado, na fila do ônibus, na hora do almoço, as perguntas estão sempre lá:
 
Meu bairro pode ser afetado?
 
A conta de água vai ficar mais cara?
 
Afinal, quantos volumes mortos existem?
 
E o Sistema Cantareira vai conseguir se recuperar?
 
Veja a seguir algumas respostas.
 
 

1) Meu bairro corre risco de sofrer com a falta d´água?

Finalmente, depois de mais de um ano de crise, a Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo (Sabesp) publicou em seu site os horários em que cada bairro é afetado pela redução de pressão, que pode durar de 7h a 18 horas seguidas. Segundo especialistas, a medida de contenção pode afetar o abastecimento em regiões elevadas, gerando falta de água. Veja aqui o período em que cada bairro tem a pressão da água reduzida.



Sistema de captação de água do sistema de abastecimento Cantareira na represa de Jaguari, em Joanópolis

2) Existem quantas cotas de volume morto?

São três, apenas. Com a segunda cota aproximando-se de 5%, São Paulo ainda poderia utilizar a terceira. Mas esgotar o sistema seria imprudente, segundo especialistas. Além disso, os 200 bilhões de litros de água da terceira e última cota estão praticamente no "lodo", conforme avaliação da Agência Nacional de Águas, o que exigiria soluções mais custosas para tratar o insumo de baixa qualidade.

 

3) Qual o impacto do uso do volume morto na qualidade da água e na saúde pública?

Por se tratar de uma área mais funda, abaixo do nível de captação, o chamado volume morto (ou reserva “técnica ou estratégica”, como diz o governo) serve de zona de sedimentação dos micropoluentes no ambiente aquático e, também, de alguns metais pesados. Quando remexida, pode impactar não só a qualidade da água, mas a vida dos seres daquele ecossistema.
Estima-se que os gastos da Sabesp tenham aumentado em 40% com tratamento dessa água, comparada à água do volume útil. Em nota enviada à reportagem de EXAME.com, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) afirmou que realiza, periodicamente, análises da qualidade da água dos reservatórios, com o objetivo de avaliar os aspectos ambientais do denominado “volume morto”.
"Essa caracterização é realizada por meio de parâmetros físicos, químicos e biológicos. Com base nessa análise, verifica-se que a água do reservatório continua apresentando boas condições de qualidade, tanto para proteção da vida aquática quanto captação visando o abastecimento público”, diz o órgão.


Torneira pingando  

 

4) Por que o rodízio de água não começou antes?

O rodízio de água era a primeira opção apresentada pela Sabesp para contornar os níveis decadentes do sistema Cantareira. O plano foi formalmente entregue em janeiro de 2014 ao Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE), mas foi descartado pelo governo Alckmin. Na ocasião, o rodízio proposto era de 48 horas com água e 24 horas sem para as localidades atendidas pelo Cantareira. Se tivesse sido implementada há um ano, a medida poderia ter resultado em uma economia de 120 bilhões de litros em 2014.

 
 

5) O Sistema Cantareira conseguirá se recuperar? Quando?

Deixar o manancial se esgotar, como está ocorrendo, gera graves efeitos ambientais. O esgotamento de uma represa afeta os lençóis freáticos do entorno e de todo o ecossistema. “Esses mananciais precisam ser preservados e não explorados à exaustão. É uma questão de preservação da qualidade da água”, disse à EXAME.com Roberta Baptista Rodrigues, doutora em recursos hídricos e professora dos cursos de Engenharia Ambiental e Sanitária e de Engenharia Civil da Universidade Anhembi Morumbi.
Segundo os especialistas, recuperar esses sistemas não será fácil, mesmo com muita chuva. À medida que a quantidade de água dos reservatórios diminui, aumenta a taxa de evaporação, uma vez que o solo fica mais seco em contato com a atmosfera. Assim, a água da chuva que cai evapora com mais facilidade, dificultado a infiltração no solo.
Segundo previsão do Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal do Ministério de Ciência e Tecnologia, o sistema Cantareira terminou 2014 sem recuperar 492 bilhões de litros de água perdidos durante os 12 meses. E até ontem (30), recebera apenas 54,52% dos 271,1 milímetros previstos os 31 dias de janeiro.


6) A conta de água vai ficar mais cara?

Já ficou. O primeiro reajuste na tarifa de água e esgoto foi de 6,7%, em dezembro. Mas o governo Alckmin já cogita um novo reajuste para o mês de abril, além de um endurecimento da sobretaxa para quem elevar o consumo. Tais medidas buscariam inibir o consumo através da “dor no bolso” e cobrir as perdas financeiras da Sabesp.



 

 LEIA AS OUTRAS PERGUNTAS E RESPOTAS EM:



 

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

SAMPA SEM ÁGUA = ÊXODO ??




Estadão Conteúdo


'Não tenho mais água, penso em deixar São Paulo'

 
Mesmo com negativas do governo,
racionamento afeta boa parte da população paulistana
 
 
 
 
 

Falta d'água já faz com que moradores de SP cogitem volta às cidades natais

 
                
 


 
Com seus 461 anos completos no último domingo (25), São Paulo começa a assumir um papel diferente do que o Brasil se acostumou a ver. Se por anos a fio a cidade abrigou gente de todo o país, agora, enfrentando uma crise hídrica jamais vista, ela faz com que esses migrantes pensem em abandonar a metrópole por falta de estrutura.

 
Tanto na periferia quanto em área mais nobres, a falta de água é latente e sentida por toda a população.
 
Em relato de seu cotidiano como morador da rua Augusta, na região central da cidade, Tales Longo Araújo, 24, estudante de Direito e vindo de Fartura, no interior de São Paulo, conta como ficar sem água em casa pode fazer com que ele tenha de abandonar não só a capital, mas também seus estudos e o estágio que tem na cidade.

"Poucos dias antes do Natal, entre 20 e 22 de dezembro, a água foi cortada por 12 horas em cada dia. Como na república todos saíram de férias logo depois, não sentimos os problemas. Isso até voltarmos no dia 5 de janeiro. Um dia depois começaram a cortar a água no período da noite e durante a manhã também.
Isso durou três ou quatro dias, até que no mesmo final de semana já começaram a cortar a água durante todo o dia. Tivemos que sair de casa e ficar com amigos ou parentes que nos ofereceram hospedagem durante o final de semana.

Como todos trabalham — eu, inclusive, moro a 15 minutos a pé do meu estágio —, fica difícil largar as coisas na sua casa e mudar pra outro lugar. Tivemos que comprar galões de 20 litros pra dar descarga, tomar banho de caneca, beber, lavar louça, chão e etc., até que houvesse uma solução por parte do dono do prédio. Como o edifício é antigo, não temos cisterna como nos prédios mais novos, nem bomba para empurrar a água até a caixa.

Na Augusta há duas semanas que todo dia vejo caminhões pipa parados em frente aos hotéis e prédios residenciais maiores do que o meu. É paliativa, claro, mas não há outra medida, não está chegando água nos prédios!

Coisas básicas do dia-a-dia, fica difícil de fazer. Lavar as mãos só de vez em quando, usar a descarga (de balde com água mineral) depois de urinar é proibido!

Eu não vejo uma solução em curto prazo para São Paulo, não está chovendo suficiente, a água vai acabar em poucos meses e já estou pensando em voltar pra minha cidade, pelo menos por um período de tempo até as coisas se estabilizarem. Nunca passou pela minha cabeça uma coisa dessas. Não quero sair daqui, tenho vínculos com a cidade, tenho mais um ano e meio até me formar, um ótimo estágio, projetos etc.

O que estou passando agora já acontece há meses na periferia. Agora, depois de faltar água em bairros nobres de são Paulo, começa a ter uma visibilidade.  A tendência, pelo o que estou vendo, é piorar. Se piorar — e olhe que já está feio pra mim —, não me resta outra opção senão ir embora da capital. Uma pena. Espero que encontrem uma solução em curto prazo, mas que não reflita muito no bolso da população, o que é difícil.

Enfim, depois de muita conversa com o proprietário, ficou acordado que seriam instaladas mais três caixas d’agua de mil litros (para comportar toda carga do caminhão, que é de 10 mil litros) e toda semana chamariam um caminhão pipa pra enchê-las.

Foi feito semana passada, porém durou de 3 a 4 dias apenas. Desde domingo estamos sem água. Amanhã, fiquei sabendo, o caminhão pipa chega com mais. Vão ser necessários dois por semana."
 
 
 
Leia também:
 

domingo, 1 de fevereiro de 2015

JESUS CRISTO & A CIENCIA MODERNA





11 coisas que a ciência

já sabe sobre o

homem chamado Jesus

 
 

<p>São Paulo - Jesus Cristo é um nome que desperta a curiosidade de todos. E, no mundo da <a href="http://www.exame.com.br/topicos/ciencia"><strong>ciência</strong></a>, não poderia ser diferente. Em busca dos vestígios deixados por esse homem, diversos pesquisadores já fizeram descobertas interessantes. Reunimos aqui algumas delas.</p>
 
 

Quem foi ele?

 
São Paulo - Jesus Cristo é um nome que desperta a curiosidade de todos.

E, no mundo da ciência, não poderia ser diferente.

Em busca dos vestígios deixados por esse homem, diversos pesquisadores já fizeram descobertas interessantes.

Reunimos aqui algumas delas.
 

Torrada

Por que algumas pessoas enxergam o rosto de Jesus em... torradas?

A pergunta foi respondida por um estudo de neurocientas canadenses da universidade de Toronto em parceria com pesquisadores chineses.

Segundo os cientistas, trata-se de um tipo de pareidolia, fenômeno psicológico no qual nosso cérebro enxerga faces humanas e outras figuras conhecidas nos objetos.

 

Julgamento

Após 15 anos de escavações, o arqueólogo Amit Re'em e sua equipe localizaram o palácio de Herodes.

Situado na parte ocidental de Jerusalém, o palácio é apontado como palco do julgamento de Jesus por historiadores.

Segundo eles, o local foi ponto de partida da Via Dolorosa até a mudança do percurso, no século XIII.

 

Cruz

A cruz de Jesus foi uma árvore.

É o que defende o arqueólogo Joe Zias, da Universidade Hebraica de Jerusalém.

Após pesquisas, ele descobriu que, naquela época, os romanos costumavam pendurar suas vítimas em árvores - pregando ao tronco uma tábua de madeira para prender os braços do condenado.

 

Existência

A ciência confirma: Jesus realmente existiu.

Em entrevista a VEJA.com, o historiador André Chevitarese explicou que diversos autores (que nunca se conheceram) relataram fatos semelhantes de sua vida, inclusive autores não-cristãos, como o historiador judeu Flávio Josefo, do século I.



Casado?

Um fragmento que indica que Jesus teria tido uma esposa teve sua veracidade confirmada por Karen King, historiadora da Harvard Divinity School.

De acordo com os pesquisadores, a tinta e a linguagem registradas no papiro indicam que ele deve ter sido escrito no século IX.

Embora não sirva como prova de que Jesus teve uma esposa, a descoberta aponta que cristãos daquela época tinham uma visão diferente da mulher.

 

Pedreiro

Jesus pode ter trabalhado como... pedreiro.

Quem afirma isso é o historiador John Crossan.  

"Em Marcos, o mais antigo dos Evangelhos, Jesus é chamado de tekton, que no grego do século 1 designava um trabalhador do tipo pedreiro, não necessariamente carpinteiro",

afirmou ele em entrevista à Superinteressante.

 
 

Nome

Por que o nome de Jesus é Jesus?

Segundo Paula Fredriksen, historiadora da universidade americana de Boston, a escolha tem uma explicação.

Em entrevista à revista Superinteressante, a pesquisadora afirmou que o nome "recordava o homem que teria sido o braço direito de Moisés e liderado os israelitas no êxodo do Egito". 
 

Fisionomia

Ruchard Neave é um pesquisador britânico especializado em ciência forense.

Com base em crânios do século I e softwares de modelagem 3D, ele reconstituiu o rosto de um adulto típico do tempo de Jesus.

E o resultado foi um homem moreno e de cabelo curto, bem diferente das representações mais conhecidas de Jesus. 
 
 
 

Cidade

Responda rápido: Jesus nasceu em Belém ou Nazaré?

Para John Crossan e outros historiadores, a segunda opção é a mais correta.

Segundo a Bíblia, Jesus teria nascido durante uma viagem de seus pais até Belém por conta de um censo.

Porém, registros romanos indicam que não houve recenseamentos naquela época e que, quando aconteciam, eles não exigiam o deslocamento dos cidadãos.
 
 

Aniversário

Então, gente: Jesus não nasceu no Natal.
 
Adotado no século IV, o dia 25 de dezembro foi escolhido em função da Natalis Solis Invicti, festa romana que comemorava o dia mais curto do ano.
 
"No início, o cristianismo não tinha uma data exata para o nascimento de Jesus", afirmou o teólogo da PUCRS Irineu Rabuke em entrevista à Superinteressante.
 
 
 

Analfabeto?

É muito provável que Jesus não soubesse ler.
 
Em entrevista a VEJA.com, o historiador André Chevitarese afirmou que os analfabetos eram cerca de 95% da população da região onde vivia Jesus.
 
Além disso, trechos bíblicos que relatam Jesus lendo ou escrevendo são alvo de discussão entre pesquisadores.
 
 
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