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terça-feira, 8 de outubro de 2013

O Crente Deve Evitar a Televisão?

OS VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO (rádio, televisão, computador, jornal, revista, telefone, etc.) foram criados para facilitar a comunicação dos habitantes da Terra. A existência de uma formidável massa humana de mais de seis bilhões de almas exige sistemas de comunicação cada vez mais rápidos e eficientes.

Deus deixou a Terra aos cuidados dos homens e ordenou: “Crescei e multiplicai”. Crescer e multiplicar não apenas a espécie humana, mas progredir também no conhecimento científico e tecnológico, em todas as áreas. O homem na sua rebeldia tem usado o avanço da ciência não para exaltar e glorificar o nome do Senhor. Usa-o para o pecado. A Bíblia diz: “Não porei coisa impura diante dos meus olhos”. (Sl 101.3); “Bem-aventurado o varão que não se assenta na roda dos escarnecedores”. (Sl 1.1) e “As más companhias corrompem os bons costumes”. (1 Co 15.33).


Assim, como só sintonizamos o rádio na estação desejada, para ouvirmos os louvores e a Palavra de Deus; como só usamos o telefone em nossas necessidades, e não para piadas e trotes; escolhemos as revistas que nos interessam; usamos o computador e a INTERNET para o bem... da mesma forma a televisão deve ser usada na medida certa, para nosso proveito.


É dever do cristão controlar a televisão e não ser controlado por ela; a TV deve ficar a nosso serviço, sob nosso controle, e não nós a serviço dela e sob seu controle. Ela submissa a nós; não nós a ela. A TV tem sido usada para o mal, mas paralelamente é excelente veículo no trabalho de evangelização, por exemplo. Mas pode tornar-se numa má companhia, muito prejudicial à família. É preciso evitar programas onde há depravação, sensualidade, erotismo, violência e traição.
 
Sintonizar tais programas é o mesmo que participarmos da “roda dos escarnecedores” e colocarmos “coisas impuras diante de nossos olhos”. Cabe a cada um ter domínio próprio e fazer o controle. Se os pais, por qualquer motivo, não podem controlar o uso da TV por seus filhos, é preferível não ter televisão em casa.
Autor: Pr. Airton Evangelista da Costa
fonte: estudos gospel

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Fé no Trânsito

A minha fé manifesta-se, mais vezes que gostaria de admitir, no trânsito. A autenticidade da minha vida cristã, atrás do anonimato do insulfilme. Nos momentos em que somos provocados por “barbeiros” e tentados a “defender nossos direitos”, especialmente de chegar 5 segundos mais cedo no próximo semáforo, é quando “o justo viverá pela sua fé” (Hb 2.4).
Mudar meus hábitos de pilotagem tem sido um projeto pessoal em minha vida nos últimos anos. Sempre achei que Deus havia me chamado, como “professor/pastor”, a “dar um lição” aos outros motoristas na “auto-escola da vida”. Mas, pela graça de Deus, pela vida de Cristo em mim (Gal 2.20), tenho progredido cada vez mais. Minha esposa é testemunha disso. Mas ainda há uma boa estrada para andar. Literalmente.

Talvez eu seja hipócrita, mas acho graça assistir alguns outros motoristas, talvez irmãos em Cristo, que publicamente proclamam sua crença em Cristo através de adesivos de carro, mas cujos hábitos de pilotagem colocam em dúvida sua profissão de fé:


“Esse carro ficará desocupado em caso de arrebatamento”
“Buzine se você ama a Jesus”
“Carro rastreado pelo Espírito Santo”


É hora dos motoristas cristãos se converterem, assim como os para-choques de seus carros! E para aqueles que são chamados como líderes e exemplos para o rebanho do Senhor, é imprescindível que nossos hábitos no trânsito reflitam um coração transformado por Jesus: É necessário, portanto, que o bispo [pastor/presbítero] seja irrepreensível...temprerante, sóbrio, modesto...não violento, porém cordato, inimigo de contendas (1 Tm 3.2,3). “Torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza (1 Tm 4.12).  Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos...paciente (2 Tm 2.24).

Se somos o que somos quando ninguém nos vê (ou nos reconhece); se revelamos nosso verdadeiro caráter no escuro, quando ninguém consegue ver quem está no volante—quem somos, de fato? Assim como no lar, o trânsito tende a ser um lugar onde baixamos as máscaras e somos quem realmente somos.

Mas como mudar esse quadro? Como mudar velhos hábitos de ignorância, ira e impaciência nos engarrafamentos e diante de pessoas egoístas que ultrapassam quilómetros de carros parados quando voam pelo acostamento?


Mudança bíblica acontece quando vejo minha incapacidade, vejo meu coração, vejo as tendências da minha carne, e corro até a cruz de Cristo para obter misericórdia e graça em tempo oportuno (Hb 4.16). É um processo contínuo, momento após momento, em que identifico minha profunda carência da vida de Jesus sendo vivida através de mim, e em arrependimento e fé, corro até a cruz, onde encontro misericórdia e graça. Envolve uma renovação da minha mente, para não ser conformado ao egoísmo que norteia as leis de sobrevivência selvagem nas estradas, mas transformado à Lei Outro-cêntrica que é a vida de Cristo em nós (Rm 12.1,2; Mc 10.45; Fp 2.1-11).

Essa dependência de Cristo e Seu Espírito, momento após momento,  em que somos transformados pouco a pouco à imagem de Cristo, de glória em glória, chama-se “santificação” (2 Co 3.18). Diz respeito às atitudes e ações diárias, corriqueiras, “insignificantes” da vida, onde a vida de Cristo manifesta-se (ou não) em nossa vida.  Quando somos tentados a dar uma “cortada” no sujeito que nos cortou na rodovia.  Quando queremos falar algumas palavras escolhidas sobre o motociclista que arrancou nosso espelho no engarrafamento. Quando aquela mulher passou na nossa frente e pegou o último lugar no estacionamento. Quando o caminhão na nossa frente só anda 15 km por hora na longa subida, sem ultrapassagem. É nesses momentos que carecemos da graça (e da paciência) de Jesus!


Graças a Deus, pela obra de Cristo na cruz Ele já nos vê como “homens perfeitos”, vestidos na justiça de Jesus (2 Co 5.21). E um dia todos nós que conhecemos a Cristo chegaremos ao final desse processo, com a imagem de Cristo eternamente “impressa” em nós:

Estou plenamente certo de que Aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao dia de Cristo Jesus (Fp 1.6)

Sabemos que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque havemos de vê-lo como Ele é . . .  (1 Jo 3.2,3)

Mas hoje, Deus quer que cooperemos com Seu Espírito e Sua Palavra para que cada dia que passa nos tornemos mais parecidos com Seu Filho em atitudes, ações e pensamentos, para que Ele seja glorificado em nós—NO TRÂNSITO!


O livro de Provérbios nos traz grandes desafios neste sentido. Alguns textos que podem nos ajudar a renovar nossa mente nas horas de tentação no volante incluem:

A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira. (Pv 15:1)

A ira do insensato num instante se conhece, Mas o prudente oculta a afronta (Pv 12.16)

O insensato expande toda a sua ira, Mas o sábio afinal lha reprime. (Pv 29.11)

O longânimo é grande em entendimento, Mas o de ânimo precipitado exalta a loucura. (Pv 14.29)

Se procedeste insensatamente em te exaltares, ou se maquinaste o mal, põe a mão na boca (Pv 30.32)

Melhor é o longânimo do que o herói da guerra, E o que domina o seu espírito, do que o que toma uma cidade. (Pv 16.32)

Quem retém as palavras possui o conhecimento, E o sereno de espírito é homem de inteligência (Pv 17.28)
 
O homem iracundo suscita contendas, Mas o longânimo apazigua a luta (Pv 15.18)

Antes de por um peixe ou adesivo “cristão” no seu carro, veja se os hábitos do velho homem não podem ser crucificados pelo poder da ressurreição de Jesus. Na minha vida, sei que é uma obra em constante andamento. Antes de buzinar se você ama a Jesus, que tal dirigir como Ele?

Autor: Davi Merkh
fonte: estudos gospel

CONVERSÃO AO OPERADOR DE MILAGRES

"Convertei-vos, pois, àquele contra quem os filhos de Israel se rebelaram tão profundamente." Isaías 31.6
 
 
Se não fossem as promessas do Senhor, os filhos de Israel nem teriam existido. Foi o Altíssimo quem operou eficazmente em Abraão e Sara, além de ter atendido a oração de Isaque e escolhido Jacó. O Todo-Poderoso cuidou de toda a linhagem deles. Apesar de muitas vezes O terem provocado, o amor divino prevaleceu, e vieram a ser o povo escolhido. Ora, o povo de Deus é composto de todos os que nascem de novo.
Mesmo tendo visto Deus realizar os mais diversos milagres para virem a existir, os israelitas se rebelaram contra Ele e, com isso, sofreram muito. O Senhor não quer que isso volte a ocorrer com o Seu povo do Novo Testamento; mas não há outro jeito, a não ser deixar que passem apertos a fim de que voltem à comunhão com o Onipotente. Por que seguir as pisadas de Israel e se desviar do Altíssimo?
Não me refiro às pessoas que caíram em pecado da carne, mas a um sistema religioso que tem levado muitos às mais tristes situações. É preciso ficar vigilante, pois o demônio sabe que muitos não resistirão às suas tentações. Nem todos chegarão a negar o Senhor; mas, em vez de vigiarem e ficarem somente na Palavra, muitos se autoproclamam profetas e, com isso, levam outros para o caminho do erro.
A questão é mais séria do que pensamos. A maioria dessas pessoas age com bons propósitos, mas isso não muda o Senhor. Entenda que é muito perigoso embrenhar-se por conta própria no mundo espiritual, o que não é permitido. Por causa disso, para que não errássemos, o Altíssimo nos deixou Sua Palavra. Diante disso, os que querem “forçar” Deus a falar com eles, por meio de jejuns e orações, encontrarão caminhos sedutores que não vêm do Alto e se perderão completamente.
Naqueles tempos, vários reis de Israel achavam mais fácil buscar conselho nos “profetas”, cumprindo rituais religiosos pagãos do que consultar o Todo-Poderoso. O Criador falava por intermédio de Seus profetas, e estes não se afastavam nem um pouco do que já estava escrito ou, caso contrário, não havia luz neles (Is 8.20). Hoje, o Pai já não fala mais por nenhum desses que são conhecidos como profetas, mas, sim, pela pregação da Sua Palavra (Hb 1.1,2).
O perigo desses “ministérios” – embora a maioria esteja bem intencionada – é que não vêm do Senhor. Ora, quem despreza o que está escrito e tenta ouvir de Deus poderá ser facilmente enganado por um espírito familiar religioso, o qual o levará a tomar decisões loucas, pensando estar servindo ao Pai. A verdade é que o Altíssimo só fala por meio das Escrituras Sagradas.
De uma vez por todas: somente serve ao Senhor quem tem os Seus mandamentos e os guarda (Jo 14.21). A Palavra certa é conversão – mudar de direção. Se você tem sido um desses que têm buscado a direção divina com fundamento em algum sistema “profético”, pare agora. Isso é rebelião profunda, algo que você não entende e nunca entenderá, e o pior é que não tem base bíblica.
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares

domingo, 6 de outubro de 2013

Maria Madalena era Prostituta?

Consideremos o relato bíblico a respeito de algumas mulheres:
Maria Madalena: (Maria de Magdala).
Liberta dos demônios por Jesus (Lc 8.2).
 
Servia a Jesus com seus bens (Lc 8-2-3).
Esteve ao pé da cruz (Mt 27.56; Mc 15.40; Jo 19.25).
Observou o sepultamente de Jesus (Mt 27.61; Mc 15.47).
Chegou cedo ao sepulcro (Mt 28.1; Mc 16.1; Lc 24.10; Jo 20.1).
Viu a Jesus ressuscitado (Mt 28.9; Mc 16.9; Jo 20.11-18).
 
Certa pecadora
“E eis que uma mulher da cidade, uma pecadora, sabendo que ele estava à mesa em casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com ungüento.” (Lc 7.36-47).
 
Essa pecadora não pode ser identificada com Maria Madalena, nem com Maria, de Betânia. Maria Madalena é citada nominalmente pelo mesmo evangelista, em Lucas 8.2: “Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios”.

Maria irmã de Marta
Tinha ela uma irmã chamada Marta (Lc 10.39)
Assentou-se aos pés de Jesus e ouviu a Sua palavra (Lc 10.39)
 
Maria, de Betânia, irmã de Marta
Eram irmãs de Lázaro, a quem Jesus fez reviver (Jo 11.18...)
 
Maria, em Betânia
Enquanto Marta servia, Maria ungiu os pés de Jesus e os enxugou com seus cabelos (Jo 12.3)
Foi em Betânia, na casa de Simão, o leproso (Mt 26.6; Mc 14.3)
Foi em Betânia, onde estava Lázaro, que se achava presente. Estavam ali Marta e Maria (Jo 12.1-3)
 
Sobre as três últimas Marias, não há razão para não considerar tratar-se de apenas uma pessoa, isto é, Maria irmã de Marta, irmãs de Lázaro, a quem Jesus ressuscitou. Maria Madalena não pode também ser confundida com a pecadora referida pelo apóstolo João: “Os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério” (Jo 8.3). Portanto, o registro bíblico não nos autoriza a dizer que Maria, de Magdala, era prostituta, e que se trata da mesma pessoa citada em Lucas 7.36-47 e João 8.3.
 
Autor: Pr. Airton Evangelista da Costa
fonte: estudos gospel

terça-feira, 1 de outubro de 2013

O Que Significa Receber um 'Novo Nome'?

“Quando estivermos no céu, vamos nos reconhecer?” – essa é uma das perguntas que mais ouvia quando era criança. Alguns tinham certeza que não. Já eu achava que era um pouco injusto e desnecessário. Por que, afinal, nós não nos reconheceríamos? Qual a graça de fazer amigos na igreja e chamar amigos para a igreja se, no fim da história, nem saberíamos que eles estavam morando conosco?

Mais tarde, vi que a Bíblia parece indicar que saberemos quem são nossos vizinhos, mesmo os que não encontramos pessoalmente. Por exemplo, Jesus diz que Abraão, Isaque e Jacó sentarão conosco. Ele também diz para fazermos amigos no céu, a fim de que eles nos recebam em suas casas. Parece que saberemos quem são essas pessoas. E, claro, vemos que os discípulos reconheceram o Jesus glorificado – o mesmo deve acontecer conosco, então (1 Jo 3.2). Nós o reconheceremos e seremos reconhecidos.

Parte dessa crença se deve a um verso de Apocalipse, que diz que receberemos um novo nome. Na carta à igreja de Pérgamo, Jesus diz o seguinte: “Ao que vencer darei a comer o maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece, senão aquele que o recebe” (2.17). Isaías parece confirmar a profecia quando Deus promete que “a seus servos chamará por outro nome” (65.15).

Já que seremos diferentes e teremos outro nome – como reconhecer alguém assim?
É verdade que há descontinuidade entre nossa vida corruptível aqui e a vida incorruptível da Nova Criação. Entretanto, também existe continuidade e o tal “novo nome” não é um motivo para não sermos reconhecidos. Há algo muito mais belo por trás dessa expressão e, mesmo que você nunca tenha ouvido falar dessa “crendice gospel”, te convido a caminhar um pouco pela maravilhosa Palavra de Deus.

Uma teologia do “nome”

Já comentei em outro texto a importância do conceito de “Nome” na Escritura. Para os autores bíblicos, o “nome” é mais que uma junção de letras. Ele representa a própria essência da pessoa que o carrega. É por isso que o pecado dos construtores da grande torre de Babel – “façamo-nos um nome” (Gn 11.4) – não era simplesmente construir um prédio alto, mas glorificar a si mesmo, por meio de um nome célebre. Por isso também, por exemplo, quando dizemos que o nome de Jesus salva ou que todo joelho se prostrará a seu Nome, estamos falando do próprio Cristo, não apenas de uma junção de letras.

Além disso, dar o nome a alguém simboliza a autoridade que se tem sobre essa pessoa. Adão nomeou os animais como parte de seu chamado de vice-gerente da Criação (Gn 2.19). Da mesma forma, ele deu o nome de sua esposa – Eva. (Antes que alguma leitora tente me matar – ele fez isso, em Gn 3.20, com a autoridade de marido, não porque a mulher estava na mesma categoria do resto da criação). Por outro lado, José e Maria não escolheram o nome de seu filho – coube a Deus decidir que ele se chamaria Jesus (Mt 1.21).

De vez em quando, vemos Deus mudando o nome de alguém, simbolizando um novo status ou uma nova identidade – caso de Abraão, Sara e Jacó. Às vezes, o próprio portador do nome muda sua alcunha, representando uma nova situação. Noemi (“doce”) resolve chamar-se de Mara (“amarga”) após a morte de sua família (Rt 1.20), mas termina a história com um “nome afamado” (4.14). Aliás, note como a ideia do nome move todo o livro de Rute.

No livro que inspirou esse artigo, o autor G.K. Beale nos fala ainda de outras ideias por trás da expressão “Nome”:
- Quando alguém na época do Antigo Testamento ou do mundo antigo dava um nome a outra pessoa ou coisa, significava que ela possuia essa pessoa ou coisa. Ou saber o nome de alguém, especialmente o nome de Deus, frequentemente significava entrar em um relacionamento íntimo com essa pessoa ou poder.

Autoridade, posse, intimidade, status e identidade – tudo isso estava associado à ideia de Nome. E, como veremos, isso ainda encontra-se parcialmente em nossa sociedade.

Uma teologia do novo nome

Em nossa época de individualismo e feminismo, a prática perdeu um pouco da força, mas tenho certeza de que muitas garotas (e alguns rapazes) já fizeram isso – pegaram seu nome e o imaginaram junto ao sobrenome do namorado ou pretendente. “Como eu me chamaria se me casasse com ele?”, elas pensaram. É isso que acontece em sociedades tradicionais – a mulher, quando casa, tem seu nome modificado.

Às vezes, somos levados a pensar que isso é mero elemento cultural ou fruto de uma tradição das sociedades patriarcais. Entretanto, se entendermos a Bíblia como verdadeira e, consequentemente, o casamento como figura do relacionamento entre Cristo e a Igreja, descobriremos que essa prática ilustra algo belíssimo sobre a história da redenção.

Próximo a Apocalipse 2.17, encontramos outra promessa aos crentes: “Ao que vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus e dele nunca sairá, e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome” (3.12). Mais adiante, em 14.1, aprendemos que os crentes terão o nome do Pai em suas testas, o que lembra que os sacerdotes usavam uma lâmina de ouro com os dizeres “santidade ao Senhor” (Êx 28.36-38). Novamente, Beale explica:

Parte do significado dos cristãos terem o nome de Deus e de Cristo em suas frontes é que eles compartilham da presença, da semelhança e do caráter de Deus e de seu Messias, como consequência de consagrar-se a eles.

O que isso tudo significa? Basicamente, o que já falamos antes: uma nova condição, uma nova identidade – como Abraão, Jacó e Noemi tiveram – pela bondade de Yahweh. Jesus ensina ao mesmo tempo que temos um novo nome e que Deus escreveu em nós seu Nome. E como termina o livro de Apocalipse? Com um casamento. Nós somos a noiva e receberemos o nome do Noivo. Os dois agora são um.

Assim, casar e receber o nome de um marido torna-se uma figura dos cristãos que consagram-se ao Senhor e, consequentemente, tornam-se um com ele, e compartilham de seu caráter.

Autoridade, posse, intimidade, status e identidade
Poderíamos falar horas e horas das diversas implicações desse novo nome que receberemos. Listarei algumas delas e sugiro que meditemos sobre cada um desses itens, com corações cheios de alegria e gratidão.

- Receber um novo nome nos lembra que Cristo é nosso Senhor e tem autoridade sobre sua igreja;
- Como o pai escolhe o nome dos filhos, nosso Pai nos dá um novo nome, lembrando que fomos adotados e agora somos parte da família de Deus;
- Receber o nome de Deus é sinal de que ele é nosso dono e que pertencemos a nosso marido, Cristo;
- Conhecer o nome de Deus e o nome de Cristo mostra que temos profunda intimidade com Pai e Filho, como um filho e um marido têm;
- Receber o sobrenome do Noivo nos lembra que seremos um com ele, que compartilharemos um novo lar, cheio de amor e felicidade;
- Nosso novo nome lembra a Nova Criação da qual já fazemos parte, mas que será manifesta com a volta de Cristo. Somos nova criatura, novo homem, nova vida;
- Carregar o nome de Yahweh é ser habitado pelo Espírito, como o Templo de Israel era e como agora seremos – “coluna do templo”. G.K. Beale lembra que “quando o nome de Deus era aplicado a algum lugar… isso frequentemente indicava que sua presença estava lá”.

Alguns estudos dizem que, com o tempo, marido e mulher vão ganhando feições e trejeitos parecidos. Isso não é mentira! Se deve ao fato da convivência, da intimidade, de rir juntos. As marcas da idade até se tornam parecidas, dizem os cientistas. Cristo se fez como nós e, como futura esposa, devemos carregar uma vida que reflita quem é nosso Noivo.

Cristo se fez como nós e, como futura esposa, devemos carregar uma vida que reflita quem é nosso Noivo.

Eu não sei que efeito isso tem em sua vida, mas deveria nos levar a uma maior gratidão, a louvores que deveriam durar uma eternidade. Deveria nos lembrar que não há amor maior que este – sermos chamados filhos de Deus, noiva de Cristo, templo do Espírito. Que tenhamos isso em nossos corações até o dia que as palavras de Apocalipse 22.4 se cumprirem:

“E verão o seu rosto, e nas suas testas estará o seu Nome”.
| Autor: Josaías Jr. | Divulgação: estudosgospel.Com.BR |

As Obras da Carne - Parte 1

1 - Considerações        

Já de muito tenho ministrado que há uma ignorância muito grande acerca de Deus no mundo, e também dentro de nossas igrejas. A maior parte das pessoas que freqüentam conosco uma das igrejas de Jesus Cristo, não compreende muito bem o que Deus quer de nós e nem o que pretende fazer conosco.
         A questão que quero levantar é no tocante a uma das mais conhecidas e incompreendidas passagens da Bíblia: a que trata dos frutos do Espírito e dos frutos (ou obras) da carne (Gálatas 5).
         Uma grande parte de nossos irmãos, de nossos companheiros de igrejas, estão absolutamente convictos de que estão em posse do fruto do Espírito, e que tem rejeitado as obras da carne. Mas é uma convicção falsa, ilusória, porque na verdade estão em posse das obras da carne e tem rejeitado o fruto do Espírito. Estão na incômoda situação descrita em Mateus 6:23.
         Por que estão nessa situação? Porque desconhecem o significado das palavras que estão no texto bíblico, ou estão fechando seus olhos para a verdade, para viverem uma fábula, uma ilusão, uma utopia, um sonho, do qual serão tirados quando vier o dia da angústia já mencionado.
         Existem dois fatores principais que norteiam o comportamento humano: pensamento e sentimento. Via de regra, nós fazemos o achamos certo ou o que queremos fazer. As crises de consciência ocorrem quando desejamos o que condenamos, ou não queremos fazer o que acreditamos que deve ser feito.
         O problema maior e mais complicado é que nossos desejos são pérfidos, perversos, são decaídos e pecaminosos, contrários à essência e ao desejo de Deus... E nossos pensamentos são egoístas, são egocêntricos, individualistas, mesquinhos, destrutivos. Em suma: somos pecadores, e vendidos sob a escravidão do pecado (Rom.7 e 8)
         Não sei ao certo qual seria o conceito mais aproximado de personalidade, mas acredito que seja a essência de uma pessoa, o conjunto de seus valores, suas emoções, suas dores e suas aspirações. Personalidade é o conjunto de certo e errado, de bom e de ruim, de bonito e feio, de louvável e reprovável que cada um ser humano tem dentro de si.
         O que ocorre, e isto precisa ficar claro, é que tais valores são... "incorretos". Estão todos impregnados com essa alguma coisa nojenta aos olhos de Deus chamada 'pecado'.
         Então, quando o ser humano peca, quando faz alguma coisa que seja errada ou condenável pela bíblia, nada estará fazendo contrária à sua natureza. Gritar, xingar, amaldiçoar, mentir, aproveitar-se da situação, roubar, e coisas tais, são inerentes à condição humana. O natural é cometer pecado, e ter as obras da carne presentes em nossa vida. O sobrenatural é vencer a carne. É por isso que a Bíblia diz em Mateus 11:12 que desde os dias de João Batista até hoje o reino dos Céus e tomado à força e os violentos se apoderam dele. E os violentos que andam em espírito, não se curvam ao desejo da carne (Gal. 5:16)
         Se não lutarmos contra a nossa natureza vil e perversa, seremos dominados por ela, e as obras da carne se farão presentes em nossa vida. Quando as obras da carne se fazem presentes em nossa vida, significa que nosso espírito carnal está dominando nosso ser. Então, o Espírito de Deus se entristece, deixando-nos um vazio, e uma angústia em nossas almas e em nossos corações.
         Nas continuações da presente estaremos explicando o que é exatamente cada obra da carne listada em Gálatas 5, e é necessário que você, caso queira continuar, saiba que a carne (espírito carnal, decaído) deve ser extirpada, ou vai tirá-lo da igreja mais cedo ou mais tarde...

2 - Prostituição

         Já discorremos sobre a insignificância da diferenciação que fazem os cristãos sobre a existência de vários frutos ou apenas um fruto com várias partes. Discussão meramente acadêmica que não interfere na aplicabilidade do ensino bíblico, na vida da maior parte dos que freqüentam nossas igrejas.
         O primeiro fruto (ou primeira parte do fruto) é a prostituição. E o sentido que comumente se atribui a palavra é como sinônimo de fornicação, isto é, a prática sexual pré-matrimonial. Isto é prostituição, sim. Mas prostituição não é somente isto.
         As palavras podem ter seus sentidos alterados de acordo com o contexto em que estão inseridas. Assim, essa palavra pode adquirir outros sentidos, de acordo com o sentido que o Autor quiser lhe emprestar.
         No mundo, a palavra prostituição pode ser relativo a uma troca imoral, pessoas que dão coisas para receber outras coisas, prática esta que ofende a moral e ética. Mulheres e homens que alugam seus corpos por dinheiro, bens, necessidades. Isto é uma forma de prostituição (Ex.23, II Reis 17:17) que gostaria que ficasse claro para todos quantos se dizem cristão e se ufanam como sendo "filhos de Deus".
         Prostituir é vender a própria honra, a própria dignidade, é sacrificar o amor-próprio e a auto-valoração em troca de alguma outra coisa.
         Nós freqüentemente somos forçados a escolher entre o que é reto aos olhos de Deus, aquilo que Deus quer e exige de nós, é aquilo que é melhor (pelo menos aparentemente) aos nossos olhos. Como ocorreu em Números 25. Para possuirem as mulheres moabitas, os hebreus adoraram os deuses estranhos, e se inclinaram diante de ídolos feitos por mãos humanas. Nesse sentido, Adão e Eva se prostituíram quando a desobedeceram a Deus para poder saborear o fruto da árvore da vida.
         Abraão prostituiu-se quando mentiu para não correr o risco de ser morto por causa de sua linda mulher (Gen.12 e 20). Isaque repetiu o mesmo erro (Gen.26). Jacó mentiu para obter a benção de seu pai( Gen.27).
         Ocorre a prostituição quando as pessoas da igreja se vendem para obter o que desejam ou almejam. Negam a sua fé em Cristo, jogam para fora a honestidade e a pureza de suas mãos por dinheiro, por prazer, pela fama, pela diversão.
         E isto, infelizmente, é comum e rotineiro em nossas igrejas: pessoas que vendem a própria fé, a própria paz, a comunhão com o Espirito de Deus por dinheiro, por prazer e por uma qualquer outra mórbida forma de satisfação...
         Simão Pedro prostituiu-se para não ser capturado e morto com Jesus, mas depois de revestido com o poder do Espirito Santo, recusou-se a prostituir por dinheiro (Atos:8). Isto é o que quero transmitir para ti, e preciso que fique claro: toda vez que alguém que se diz cristão, deliberada e espontaneamente faz qualquer coisa contrária à palavra de Deus, para ganhar algo ou não perder algo que tem, está se prostituindo.
         Jesus tem que valer mais do que tudo em nossas vidas, e por ele temos que renunciar a tudo. Enquanto houver alguma coisa no mundo, neste mundo, que valha tanto ou tão mais do que Jesus, estamos sujeitos a nos prostituir para tê-lo ou não perde-lo.
         Pecado não é somente uma transgressão à lei de Deus, como muitos pensam e ensinam. Pecado não é somente o que não provém de fé. Pecado é tudo o que fere, magoa e entristece o coração e o Espírito de Deus.
         Toda vez que você faz alguma coisa, qualquer coisa, de forma consciente e deliberada, que venha a magoar, entristecer o coração de Deus para conseguir satisfazer uma necessidade, um desejo, um capricho, uma "inclinação da carne" (concupiscência), você estará vendendo a sua fé, sacrificando a sua comunhão e comunicação com Deus. A carne estará se manifestando e dominando a sua vida, a sua alma, o seu espírito.

3 - Impureza

         As palavras não têm sentido nenhum se isoladamente colocadas. E nenhuma delas tem melhor sentido se não houver que as leia, as interprete, as entenda.
         Impureza é sujeira, é escória, é o que atrapalha, é o que está destoando do conjunto. Um feijão no meio de muitos feijões não é impureza, mas um feijão no meio de um monte de arroz é sujeira, é impureza, porque não se cozinha feijão com arroz.
         Assim, impureza no sentido bíblico, é relacionado ao mau-uso da sexualidade humana. E isto é uma coisa, infelizmente, comum e até normal nos dias atuais. Muitas vezes, inclusive, é incentivado nas propagandas contra as doenças sexualmente transmissíveis. "Faça o uso que quiser de seu corpo e sua sexualidade, mas não transmita e nem adquira doenças" é a tônica das campanhas. As novelas, os filmes, as leituras, as conversas das rodas de bar, são onde encontramos incentivos para tal prática que tem desastrosas conseqüências para o ser humano em família.
         Os seres humanos (inclusive, talvez, eu e você) tem sido transformados em objetos, em coisas, em brinquedos sem alma, sem aspirações , sem desejos, com o único propósito de satisfazer nossos desejos e caprichos e também desejos e caprichos alheios...
         Homens com olhos cheios de impureza, olham apenas seios, nádegas e coxas das mulheres que incentivam essa prática insinuando-se com roupas que mostram "porções generosas" de seus corpos.
         Se por um lado tem se tornado comum que homens vejam mulheres como brinquedos sexuais, de outro mulheres tem se reduzido a tais objetos quando incentivam tais práticas.
          Com a liberação sexual, a quebra de tabus, e a diminuição da repressão sexual, um fenômeno inverso tem ocorrido: homens que se sujeitam a se rebaixam também à condição de brinquedos sexuais das mulheres. Às vezes, por dinheiro, o que se classifica como prostituição. Objeto de uma mensagem desta série.
         Homens e mulheres são despidos, seviciados, abusados, usados, explorados com os olhos da imaginação.
         Quais as imagens que vem a tua mente quando estás deitado? Quais são os sonhos e os desejos secretos e inconfessáveis que te assaltam na tua solidão enquanto esperas o teu sono?
         No secreto de teu coração, no esconderijo de tua mente, o que vês? Para o que olhas? Quais os atos que aspiras praticar? São santos? São agradáveis a Deus? São louváveis? Podem ser conhecidos e confidenciados?
         É comum que se pense que se assim for é impossível ao ser humano manter-se puro. E realmente é, daí porque a bíblia diz que a salvação é impossível aos homens (Mt.19).
         Quando formos dominados, subjugados, transformados pelo Espírito de Deus (Rom.12), poderemos ver as mulheres como elas são: mulheres. Mulheres com emoções, desejos, vontades, aspirações: alma, e não somente como bonecas, brinquedos, objetos, coisas. O mesmo também para as mulheres que se contaminam com a perniciosa mensagem das novelas e dos filmes mundanos. Se imaginando desfrutar de um homem a cada semana...
         Nossos olhos são a janela de nossa alma. Se nosso interior for limpo, tudo o mais será limpo. Mas se nosso interior for impuro, tudo nos será impuro.
O mau-uso de nossa sexualidade só nos traz conseqüências destrutivas. Somente dor e tristeza.
 
"Ainda que o pecado lhe seja doce na boca, ainda que ele o esconda debaixo da sua língua, ainda que não o queira largar, antes o retenha na sua boca, contudo a sua comida se transforma nas suas entranhas; dentro dele se torna em fel de áspides." (Jó 20:12-14)

4 - Lascívia

         Depois de toda a exposição acerca da impureza, não resta muito a se falar sobre a lascívia. Enquanto que a impureza se opera no plano abstrato, na imaginação, na mente, no coração e nos pensamentos, a lascívia é a prática de atos sexuais sem a pureza e a santidade colocadas na Bíblia para a consecução do "serão os dois uma só carne" (Gênesis 2:24).
         O relacionamento sexual, acredito, não tem sido muito bem compreendido pelos membros de nossas igrejas. Em parte por causa de falta de preparo dos líderes das igrejas, que não tem também um conhecimento suficiente para se sentirem seguros para ministrar sobre o assunto.
         O relacionamento sexual não tem fins meramente reprodutivos, como querem alguns, e não deve ser mera fonte de prazer como muitos o consideram.
         O relacionamento sexual tem vários objetivos que foram instituídos pelo próprio Deus. Este é um lado da moeda. O outro é a lascívia, a escravidão sexual, a degradação, o excesso, o mau-uso da sexualidade. Isto é, se por um lado temos uma total condenação e repressão da utilização de sexualidade humana, de outro, temos um excessivo e desregrado uso, que é igualmente destrutivo e fonte de angústias e sofrimentos.
         Num relacionamento sexual, os pares devem se preocupar mais com o prazer que podem proporcionar do que o prazer que querem e podem obter. A lascívia faz com que a pessoa se preocupe somente com o próprio prazer, e isto de uma forma excessiva, desregrada (sem regras, sem limites e sem medir as conseqüências...). Pessoas há que se relacionam com animais, com vários parceiros, com pessoas do mesmo sexo, usando objetos, assistindo filmes e vendo revistas pornográficas. Tudo isto é lascívia.
         A lascívia é uma água que não sacia, é uma água que dá mais sede, e cada vez que as pessoas se entregam à lascívia, mais são envolvidas por ela, mais são tragadas, são viciadas, controladas, dominadas, escravizadas. É uma escada que leva as pessoas cada vez mais para baixo.
         A pessoa que é dominada pela lascívia é aquela que está sempre "em busca de novas emoções", porque o que tem logo perde o gosto e a graça... E nessa busca, deixa sua humanidade para se tornar menos e pior do que os animais...
         Os filmes, as novelas, as propagandas estão cheios de elementos que acalentam a lascívia, que sempre começa com um "pequeno desvio" que descamba para longe da presença de Deus...
         O mundo incentiva e alardeia o mau-uso de nossa sexualidade, e, em alguns atos, dá a entender que seria uma forma de ser feliz. Mas são apenas umas flores que se colocam sobre as correntes que prendem as pessoas que se tornam escravas da lascívia...
         Tem um cena de um filme do Batman (o homem-morcego), que retrata e denuncia essas correntes. Nela, o Coringa grita: o riso que vês em meus lábios apenas escondem a tristeza que carrego no meu peito (ou coisa parecida). Assim é o mundo...
         A impureza é o começo da lascívia e o fim do caminho é a escuridão das trevas, a frustração, a angústia, a dor e o sofrimento.
 
"Ainda que o mal lhe seja doce na boca, ainda que ele o esconda debaixo da sua língua, ainda que não o queira largar, antes o retenha na sua boca, contudo a sua comida se transforma nas suas entranhas; dentro dele se torna em fel de áspides." (Jó 20:12-14)

5 - Idolatria

         Há muito pouco ou quase nada a ser dito de idolatria.
         Normalmente os cristãos lêem Jeremias 10 ou Salmos 115, e entendem que idolatria se reduz e se resume ao ajoelhar-se perante imagens de pedra ou madeira, e lhe dirigir orações, esperando comunicar-se com o que o ídolo representa.
         O Senhor nosso Deus é soberano, é absoluto, é total, é completo. E assim Ele deve ser adorado.
         Mas o ser humano é idólatra por sua natureza pecaminosa. Sente a incrível necessidade de ver, de visualizar, de ter contato com algo mais que os olhos da fé podem mostrar.
         Todas as religiões do mundo antigo e moderno, à exceção do judaísmo, tem imagens representativas de seus deuses.
        No cristianismo, à exceção do catolicismo, não se fazem imagens de escultura representativas de Deus.
         E Deus proibiu a edificação, a construção, a elaboração de imagens representativas de sua deidade (fato de ser Deus), porque em nenhuma imagem há lugar e espaço para conter toda a sua divindade. Deus, o nosso Deus , é onipotente, onisciente e onipresente.
         O outro sentido da palavra idolatria, ignorado pela maioria dos cristãos, é o que se interpõe entre o ser humano e Deus.
         Deus é soberano, completo, total, absoluto. E qualquer motivo, qualquer elemento, qualquer pessoa, qualquer coisa que valha mais ou tanto quanto Deus, é idolatria.
         É por isso que a Bíblia chama de idolatria a avareza: quando as pessoas esquecem- se de adorar e glorificar Deus, por causa do dinheiro...
         Deus tem que valer mais do que tudo. Mais do que a tua casa, tua conta bancária, teu carro (novo ou velho), tua chácara, teu emprego, teu próprio corpo, tua vida, teus sonhos, tuas aspirações, teus projetos de vida. Deus deve valer mais do que tudo, se assim não for, há idolatria em teu coração...
         São ídolos tudo que se interpõe entre você e Deus. Deus tem que vir em primeiro, e antes de tudo.
         Percebe agora como temos milhares de idólatras dentro de nossas igrejas? Pessoas que preferem magoar, ofender, ferir e entristecer o coração de Deus para não perderem tempo, dinheiro, carros, o respeito ou a amizade de alguém, o prazer de ver uma novela ou um filme... Pessoas que preferem magoar e ferir o coração de Deus a passarem por perdas e humilhações... As suas casas, a sua honra, ou o amor-próprio valem mais do que Deus...
         E milhares já abandonaram as igreja por causa do objeto de sua idolatria: dinheiro, posição social, homens ou mulheres, família...
         Deus que vir em primeiro lugar. Se assim não for, Deus não é o primeiro, não é absoluto em tua vida, não é teu Senhor.
         Oportuno colocar que há muitos que não tem consciência de que Deus não é o primeiro, o Senhor. Acreditam que realmente Deus esteja à frente de suas vidas. Há alguma coisa que vale mais do que Deus para ti? Se um dia você for colocado contra a parede, e tiver que escolher entre Deus e outra coisa, e escolher esse outra coisa (talvez a própria vida - Mt.26:69-75), esse será o objeto de tua idolatria.
         Todos os dias cristãos do mundo todo trocam a fidelidade, e a comunhão com o espírito de Deus por dinheiro, por prazer, pela satisfação de uma vingança. São os ídolos que estão adorando sem o saber.
         Agora você já sabe o que é idolatria. Você tem algum ídolo? Algo que valha mais do que Deus?
 
"Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." (Mt.6:33)

6 - Feitiçaria

         O ser humano é inseguro por natureza, é fraco e medroso. Mas também é ambicioso, orgulhoso e vaidoso. Quer ser mais, e melhor do que tudo e todos. E por isso, o oculto, o proibido, o ultrapassar os limites sempre esteve presente no curso da humanidade.
         A cobiça do ser humano desafia-o a conhecer o desconhecido, a pisar em solo perigoso, a brincar com forças que não pode subjugar ou controlar.
         Por que vai em busca dessas coisas? Por causa da três coisas que o mundo cultua: o prazer, o poder e a fama. Querem ser ricos, bonitos e famosos. Querem ser invejados, admirados, ser comentário da sociedade. O desejo de ter poder, de ter todas as vontades satisfeitas, leva muitas pessoas a desprezarem a própria vida, e a própria liberdade. Querem se sentir fortes, intocáveis, invencíveis, invulneráveis, infalíveis, vencedores, olhar todos com soberba e arrogância.
         O sucesso é objeto perseguido pela maior parte dos seres humanos. Eles acham que o sucesso é uma espécie de arco-íris, onde a felicidade estará escondida num pote de ouro. Então, os desavisados, para conseguir o sucesso que almejam para suas vidas, recorrem à feitiçaria. Não querem correr o risco de sofrer um fracasso. Não querem o risco de que alguma coisa não vá dar certo. Não querem ser objeto dos comentários maldosos de outrem, e nem querem ser vistos como fracassados. Não querem sentir a humilhação de um fracasso. Tem medo de serem objeto de chacotas e deboches. E isto não somente em grandes projetos de vida. Mas também, motivados pelo orgulho e pela arrogância, até mesmo em pequenas coisas.
         Há nos seres humanos uma ponta de desejo de serem invejados, admirados, respeitados como vencedores. Ser o objeto dos comentários e dos suspiros de outrem.
         Ao lado dos rituais declaradamente satânicos, há, contudo, uma outra faceta mais "soft" de feitiçaria, mais dissimulada, mais aceita e até incentivada: astrologia (horóscopo), a necromancia e a consulta dos espíritos.
         Dentro do que a Bíblia chama de feitiçaria, estão todas as práticas relacionadas ao contato com os espíritos e de previsão do futuro.
         Pessoas inescrupulosas, atrás de lucro fácil, enganam pessoas ingênuas falando-lhes aquilo que querem ouvir. Os que são explorados e enganados, na verdade o são pelo próprio desejo de ter as expectativas realizadas, de ter alguém que lhes diga: vai dar tudo certo, vai em frente.
         Medo... o medo faz com que as pessoas ajam de forma irracional em certos casos. O medo do futuro, o medo do fracasso, o medo da dor faz com que busquem na feitiçaria alguma certeza de que o objeto de seus medos não as encontre mais à frente...
         Medo... quando as pessoas são pressionadas, são colocadas em situações em que tem que escolher, que decidir sobre o que fazer, como fazer, elas tem medo. Medo de errar, de passar ou causar dor e sofrimento, de perder o que tem, ou de não conseguir o que querem. Então elas recorrem ao ocultismo, à feitiçaria para ter certeza de conseguir o sucesso em suas empreitadas.
         Na vida do cristão não há sorte, não há azar. Existe a benção e a direção de Deus. Se temos medo do futuro, é porque há alguma coisa que não está de acordo com a Bíblia. Ou não estamos confiando em Deus, que pode cuidar de nós, ou estamos fazendo algo que a Bíblia condena.
         Tua vida está de acordo com a Bíblia diz? Tua vida está nas mãos de Deus? Então, não temas, porque o Senhor é contigo. Nesta questão, não adianta mentir. Daí porque o Salmista pergunta para Deus se há alguma coisa contra Deus em sua vida (Salmos 139). Em caso contrário... a feitiçaria não vai poder te livrar das funestas conseqüências de teus atos, porque quem semeia ventos, colhe tempestades (Oseias 8:7).

7 - Inimizades

         A convivência em sociedade nunca foi fácil e nunca será.
         O comportamento humano sempre foi pautado por traições, mesquinharias, enganos, tropeços...
         O ser humano é extremamente melindroso, e se ofende, e se sente ameaçado por pouca coisa, às vezes por quase nada. Algumas vezes por nada...
         A já comentada insegurança da alma do ser humano, às vezes o leva a tangenciar a paranóia, fazendo-o pensar que há pessoas que querem prejudicá-las, afligi-las, machucá-las, atingi-las, roubá-las, matá-las... Assim, às vezes, uma falta de cumprimento, é suficiente para desencadear um processo que pode acarretar rompimento de relacionamentos.
         Nossos olhos são a janela de nossa alma, e o que vemos depende de nosso estado de espírito, do que somos e das circunstancias em que ocorrem os fatos.
         Nós filtramos, interpretamos o que vemos, e às vezes, chegamos a conclusões totalmente erradas. Construímos toda uma situação de maldade, toda uma cadeia de intrigas, toda uma fundamentação e o conluio de pessoas que se unem para nos prejudicar, nos ludibriar, que às vezes não corresponde à realidade dos fatos. Vemos intenções que somente existem na nossa imaginação.
         Por que estou falando sobre isto? Porque "inimizade" é um conceito ativo, não um conceito passivo. Isto é, no mais das vezes, não são as pessoas que se declaram nossas não-amigas. Lógico que há situações em que não tem como deixarmos de reconhecer inimigas porque elas assim se declaram e praticam atos de inimizades. Mas, no mais das vezes, nós é que "sentimos" que as pessoas são ou se tornaram nossas inimigas.
         Por um motivo ou outro de somenas importância, passamos a antipatizar com algumas pessoas. A acreditar que elas têm algo contra nós, e que, assim, não querem o nosso bem... ou, pelo menos, não se interessam com o nosso bem-estar.
         Há que se diferenciar quem são efetivamente, nossos inimigos, e quem são aqueles que consideramos, elegemos, como nossos inimigos.
         Quando as pessoas à nossa volta deliberada e intencionalmente querem nos prejudicar e fazem coisas no intuito de nos acrescentar dores e aflições, inegável que são nossas inimigas, e que por isso mesmo devemos amá-las (Mt. 6:44).
         A carne opera quando, seguindo nossa essência má e egoísta, consideramos, elegemos nossos irmãos como inimigos, e procuramos nos afastar deles, deixamos de nos preocupar com elas. E chegamos até a sentir uma ponta de satisfação se eles passarem por dores e aflições.
         Inimizade é obra da carne. Você tem sido amigo(a) de teus irmãos? As pessoas da igreja são tuas amigas? As pessoas da igreja tem a ti como amigo(a)?
         Existem três sentimentos que podemos sentir em relação às pessoas que estão nas igrejas: amor, ódio e indiferença. De longe, é possível concluir que o sentimento mais comum e a indiferença.
         Tanto faz como tanto fez se as pessoas estão na igreja ou não. Indiferença é uma forma da inimizade de que fala a Bíblia...
         Temos que amar, e sermos amigos das pessoas que estão na igreja. Não importa se elas se importam conosco ou não, se nos amam ou não. Nós temos que amá-las, e ajudá-las, e nos importarmos com ela. O que foge disto não é amor.
 
Respondeu-lhe Jesus: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. (Mt.22:37-39)



Autor: Takayoshi Katagiri
fonte: estudos gospel

SÓ SE DÊ AO SENHOR

"O que se dá à cobiça perturba a sua casa, mas o que aborrece as dádivas viverá."  Provérbios 15.27
 
Há várias coisas que nos tentam, enchem os nossos olhos e fazem-nos sentir atraídos por elas, mas a nenhuma delas devemos dar atenção. Não ouça as mais diversas vozes que chamam o homem para inúmeras situações. Ao contrário, dê ouvidos somente ao que o bom Pastor fala ao seu coração e, com isso, você continuará seguindo a sua trajetória de vitória completa. Deus lhe deu um alvo a atingir: a plena estatura de Cristo (Ef 4.13).
Alguns se dão à cobiça, não percebendo que, atrás dela, está o diabo. Com o tempo, descobrem que o seu ato de atender a essa tentação fez com que sua casa ficasse perturbada. O demônio fará de tudo para dominá-lo e, para isso, usará todas as armas que possui. Como ele é mentiroso, a melhor coisa a fazer é não crer em nada que ele lhe mostrar. Isso o protegerá de ser enredado pelo maligno.
O mesmo ocorrerá com quem se dá ao adultério. O maligno é mestre em enganar e, na usa astúcia, faz o adúltero não sentir remorso ou arrependimento pelo seu ato. Há quem diga que o amor pela sua metade acabou e, por isso, age assim, pois sente necessidade de alguém que verdadeiramente o ame. Contudo, quando a paixão passa, o que resta é desapontamento, sofrimento e tristeza.
A cobiça está presente em todos os setores da atividade humana. Existem pessoas que cobiçam os bens, o cônjuge e o emprego do próximo. Mais tarde, elas se sentirão péssimas. O pior é que quem faz isso se abre para ser possuído pelo vil tentador. Se alguém deseja viver em paz e ser bem-sucedido em todas as áreas da vida, deve desprezar a ajuda do inimigo.
Outra boa ação é fugir do suborno. Tendo essa atitude, você não se colocará debaixo do jugo escravizador de Satanás. Fique atento e vigie. Se o maligno mostrar-lhe o lado “bom” de algo errado, evite sequer examinar aquilo. O enganador é capaz de levar aquele que lhe dá ouvidos a mais perversa paixão, fazendo com que tal pessoa perca o seu poder de examinar tudo e descartar o que não convém.
O invejoso deve ser evitado, uma vez que, por ter dado atenção ao demônio, poderá ser usado para nos causar um mal muito grande, ainda que seja um indivíduo alegre, carismático. Quando se vê em qualquer aperto, quem está nas mãos do diabo não pensa duas vezes antes de nos prejudicar. O melhor é agir como o Mestre, evitando toda incursão infernal na sua vida.
Quando o demônio da cobiça vier tentá-lo, não se abra para ele a menos que você queira viver perturbado. Por que perder a sensatez, o domínio próprio e aceitar o sofrimento? Uma das maiores bênçãos que o Senhor nos deu é o poder de tomar decisões. Portanto, decida não se dar a nenhuma tentação. Viver em santidade é bom demais!
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares