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sábado, 18 de junho de 2016

VIVER PUREZA



O viver mais puro





O viver mais puro



Para mim, a natureza é uma das mais fortes expressões de nosso Pai, Criador de tudo. Por isso, como moro em Salvador, uma cidade cheia de praias maravilhosas, outro dia me peguei agradecendo por estar neste lugar. Enquanto os homens vivem destruindo a flora para construir cidades e usar a madeira na fabricação de objetos os mais variados, de maneira irresponsável, o planeta Água, nossa Terra é banhada por rios e oceanos, que embora também vivam sendo poluídos pela humanidade, desde sempre, ainda existem e alimentam nossas terras, trazendo-nos vibrações importantíssimas para o nosso bem viver.

Pensemos nisso: as cidades, para existirem, provocam a derrubada das matas e assim se transformam num complexo ambiente cheio de cimento armado e muito pouca natureza. Que pena não termos ainda consciência de como estamos prejudicando a nossa casa planetária e principalmente a nós mesmos...

Quem mora no interior, nas pequenas cidades, a maior parte das vezes tem muito menos conforto, mas em contrapartida, vive sempre próximo ao verde, respirando um ar muitíssimo mais puro e tendo uma qualidade de vida afetiva, que há muito, nós, moradores dos grandes centros, já perdemos.

Lá, vizinhos têm tempo de conversar uns com os outros, todos se conhecem de certa maneira, os problemas comuns são avaliados entre eles, existe muito mais troca afetiva da que pouco existe em nossas grandes cidades, onde mal trocamos um “bom dia” com o vizinho do lado.

Será que não precisaríamos retroceder um pouco? É claro que viver numa grande metrópole tem seus benefícios. Melhores escolas, um acesso a uma tecnologia mais moderna e avançada que nos ajuda muito no dia a dia. Mas será que pra sermos felizes realmente, precisamos pagar o preço de não termos sequer o tempo de entrar em contato com nossos amigos queridos, que acabam vivendo afastados de nós e que quando partem para o mundo espiritual, muitas vezes nem somos informados? E aí já não há retorno.




Viver é amar



Isso é a grande verdade que não pode ser esquecida por ninguém. Não se trata apenas de acumular títulos universitários, enchendo a mente de informações que acabam por nos escravizar a ela, levando-nos a caminhar pela vida repetindo o que alguém mais livre e criativo conseguiu escrever. Também não é para trabalhar sem descanso, indo de um local para o outro, sem tempo de conversar sequer com os que moram em sua própria casa, aqueles que você sente que ama e que são tão importantes na sua vida.

De uma hora para outra, tornamo-nos seres totalmente desconectados do Criador que nos habita e a tudo à nossa volta. Estamos no exílio... Perdidos e solitários, pois sequer conseguimos ouvir atentamente o que alguém nos fala quando conversamos. Nossa mente trabalha sem parar, pulando de um assunto a outro, como se não soubesse mais se aquietar, como se não houvesse mais nem um pequeno espaço interior sobrando para que um contato verdadeiramente humano aconteça.
Olho o outro a partir de seu invólucro, apenas. Se me agrada, me serve. Se não, eu o descarto. Não sei quem realmente ele é como também não sei muito de mim mesma.





O fato é que somos espíritos




Estamos em um corpo por necessidades impostas por este planeta que nos abriga. Mas isso tudo é passageiro, pois somos eternos...
Como viver na superfície das coisas, esquecidos de nossa essência, do que aqui viemos fazer, de qual o nosso dom especial que nos torna únicos, mesmo que o dobro de pessoas venha a nascer?
Será que encarnamos para conservar este corpo e se não gostarmos muito dele, operarmos até que fique como desejamos? Precisamos nos mostrar poderosos materialmente, para que os outros nos respeitem, como se amor e amizade fossem sentimentos compráveis e não cultiváveis?
Muito triste tudo isso. Precisamos, a partir do autoconhecimento, que é nossa prioridade enquanto seres encarnados, expressarmos o que somos, pois nosso lugar neste mundo intricado jamais poderá ser ocupado por qualquer outra pessoa.
Se não agradarmos a quem gostaríamos, sigamos em frente, pois uma relação sem sintonia jamais nos trará alegria!
Respeito por si mesmo é indispensável, para que também respeitemos os outros com todas as suas diferenças. Sem julgamentos, mas com empatia, pois em essência somos um!

A natureza está aí a nos ensinar. De forma simples, continua procurando se expressar, mesmo sofrendo por causa de nossa ignorância e rebeldia às leis divinas. 
Uma flor pode muito nos ensinar, com sua pureza. Lembremos de que quando a cortamos, retirando-a do pé que a produziu, a matamos. 


Quem somos nós, afinal? Monstros predadores? Se buscarmos viver de forma mais natural, certamente seremos mais felizes e permitiremos que os outros também o sejam.




AUTORA:
Maria Cristina Tanajura


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