Seguidores

sábado, 4 de junho de 2016

O OUTRO ME ESPELHA





O outro me espelha






Em momentos de reflexão e silêncio, percebo que pertenço a uma teia incomensurável de relacionamentos que me ajudou, através dos tempos, a ser quem hoje já consigo ser. 

Na verdade, expresso partes da minha Essência, na medida em que busco ser mais verdadeira, estar mais consciente, ouvindo a voz que fala em mim e que nada mais é do que eu mesma me aconselhando...

Somos seres únicos e este é o nosso valor. 

Na medida em que vamos conseguindo ser mais verdadeiros, cumprimos melhor as nossas missões por onde passarmos.

É na relação com os outros que vou me conhecendo, ou melhor, me reconhecendo. 

Quando critico veementemente algo de que não gosto, em alguém, seria bom que buscasse encontrar este atributo ou defeito, em mim mesma, pois aquela pessoa está na realidade espelhando algo meu que ainda não tive a coragem de enxergar e transformar.

À medida que se evolui, a necessidade de julgar o outro vai diminuindo, pois, ao longo das vivências, vai-se corrigindo erros e aparando arestas na própria personalidade. 

Por isso é que os irmãos realmente sábios e evoluídos muito mais amavam do que criticavam os outros.

Sem dúvida, EU SOU. 

Mas, ser capaz de manifestar o meu Ser, é uma outra história... 

Muito mais fácil e prático é fazer o que a maioria faz, copiando os hábitos mais aceitos, dizendo o que o que os outros dizem, vivendo como um carneiro, seguindo os outros, sem muito questionamento.

Mas para sermos felizes verdadeiramente precisamos nos autoconhecer e tentar viver de acordo com o que sentimos que é verdadeiro, usando os nossos dons a serviço de todos.

Apenas usufruirmos do que já existe, pensando apenas em ter essa felicidade ilusória de viver sem problemas, de forma prática e sem desafios, não nos leva a uma realização verdadeira e plena.

Atraímos, por sintonia, as pessoas que precisam estar em nossas vidas, naquele período de tempo, para que elas nos ajudem a nos conhecer. 


Só evoluímos nos relacionando. 

Quem se isola, pensando que assim evitará dores e contratempos, acaba adoecendo de tédio, caindo na depressão – doença extremamente comum nos dias de hoje.

As portas que se abrem pra nós, a todo o tempo, são sempre oportunidades que precisam ser pelo menos observadas com atenção. 

Não existindo o que chamamos de acaso, experiências novas sempre são sinais de que há algo que ainda não vivenciamos e que precisamos fazê-lo, para aprendermos e evoluirmos.

A importância de uma nova encarnação é muito grande. 

Não podemos menosprezar os ensinamentos que nos chegam, a cada novo encontro, a cada novo caminho trilhado.

O medo nos atrapalha muito, neste processo, pois nos paralisa e impede de vivermos situações que nos trariam um pouco mais de clareza na compreensão da nossa existência.

As crianças se aventuram e assim se desenvolvem não só no corpo, mas também na alma. 

Vamos deixando de aceitar os desafios quando passamos a achar que novas situações podem nos fazer sofrer. 



E se for o caso, qual o problema? 

Não vivemos sem sofrimento, pois ele é que nos fortalece e ensina. 

Precisamos voltar a encarar a vida como uma maravilhosa aventura que só existe para nós quando nos permitimos vivê-la com todos os mistérios e surpresas.

Deixar de experimentar o novo é se furtar a viver o script que certamente foi escrito por nós e para nós. 

Nada, nem ninguém chega no nosso caminho sem que tenha um objetivo muito grande de nos instruir, de nos fazer melhores. 



Autor: Maria Cristina Tanajura   Socióloga, terapeuta transpessoal.

Nenhum comentário: