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domingo, 3 de abril de 2016

PODE SENTIR PRAZER SIM !!





  

Não é pecado sentir prazer



Não é pecado sentir prazer



Acredito que o cinto de castidade seja um dos símbolos mais

fortes e violentos de repressão sexual e do prazer. 

Um acessório projetado para envolver os órgãos genitais e

trancado por cadeado, impingindo dor física, psicológica e 

emocional.


O espírito se manifesta na vida terrena e interage por meio

de duas sensações básicas: dor e prazer. 

Duas forças primárias e muito próximas.


O prazer é a sensação de satisfação, de bem-estar, alívio e

relaxamento. O resultado de uma tensão que é 

descarregada. 


A dor é todo estresse físico e psicológico 

representando uma tensão. Uma força, uma energia 

condensada que precisa fluir no prazer. 


Um elástico tensionado ao seu limite, que solto libera uma

 grande carga de energia, de prazer. 

Este é o princípio da dor e do prazer. 

Duas forças opostas e complementares, o yin e o yang.


Porém, para sentir prazer, é necessário se libertar das 

amarras de crenças que reprimem e deturpam a natureza

humana. Nascemos e crescemos envoltos pelo preconceito e 

pela culpa que condena o prazer como pecado.



Desde muito tempo, de outras vidas, 

trazemos no espírito a crença de que o prazer é vergonhoso.

Punindo e condenando a viver nos porões do sofrimento e da

 dor como forma de pagamento pelo pecado cometido.



Neste momento, quero trazer para você um entendimento 

diferente sobre o prazer, que desconstrói a velha e 

ultrapassada conceituação sobre o assunto. 


Precisamos assumir a energia animalizada, tanto quanto a 

energia da espiritualidade sagrada, que caminham juntas. 

Quando reprimimos o prazer, estagnamos a energia que 

deveria fluir com a vida.


O prazer é saudável e não deve ser confundido com a 

compulsão, que é um desejo insaciável, sem fim e que 

ocorre quando o prazer não flui naturalmente. 


A compulsão por comida, bebida, drogas, sexo, consumismo

, jogos e outros vícios tem como impulso a energia reprimida

 e a falta de prazer. Uma doença que é nutrida pela 

sensação de dor constante e interminável, de um desejo que

não é realizado, uma tensão que não é descarregada.


Quantas pessoas se acostumam a viver na dor e até 

consideram “normal”? O sofrimento passa a ser o único 

contato que se tem com a vida, preenchendo o vazio de 

prazer. A dor pode ser física, psicológica, emocional e o 

prazer também. A partir de uma ou de outra sensação, o 

espírito interpreta a vida e suas relações.



Há pessoas que se apegam a qualquer tipo de relação 

abusiva e permissiva. 

Mesmo que a dor seja o único elo de união, elas preferem

 continuar desta forma a ter que enfrentar o medo 

consequente da falta de amor. 

São espíritos que se desconectaram da presença amorosa e

evitam a solidão a qualquer preço.



A evolução pelo amor ou pela dor reserva ao espírito a 

oportunidade de aprendizado pelos caminhos da dualidade. 


Não colocando o amor como sinônimo de prazer e sim 

expondo que o prazer é fruto do amor. Quando amo eu sinto

prazer, não há dor no amor. Até a dor física a qual estamos

sujeitos, tem outra conotação quando envolvida pelo 

sentimento de amor.



A energia do prazer se armazena e flui no segundo chacra

 Swadhistana. Centro das forças criativas, da energia sexual

e das sensações. Quando saudável, este chacra proporciona

a naturalidade das relações e a vida flui através de seu corpo

e de sua alma. 



A energia sagrada da cocriação da vida e

da união no ato sexual.




Em desarmonia, a negação e recalque da sexualidade 

provocam a sua manifestação de forma inconveniente, por 

fantasias exageradas, masoquismo, sadismo, sensualidade

 grosseira e egoísta ou a falta de desejo sexual.



Segundo Wilhelm Reich, como expressão máxima do prazer

somático, a energia sexual é gerada no corpo e necessita ser

 liberada através da convulsão orgástica que envolve todo o 

organismo. Se inibida produz um represamento e as 

neuroses. A incapacidade de sentir prazer, de se entregar, 

de criar e também de um equilíbrio energético. 



A falta de expressão e prazer cria couraças, as armaduras 

bioenergéticas.





Sentir prazer é essencial para uma vida saudável e mais 

ainda, é um impulso para a cura. 

O prazer é um estado de contemplação, de meditação no 

aqui e agora. 



Sentimo-nos partes da vida, compartilhamos com ela. 

E nesse exato momento nos tornamos Um com o Todo,

entrando imediatamente em comunhão com Deus e com a 

harmonia que dele demanda. Dessa experiência prazerosa a 

cura é acionada, a energia que se estagnou nos corpos 

físico e sutis volta a fluir com a vida. 


Apartamo-nos da dor do egoísmo e viajamos nas asas do 

prazer.


Liberte-se, deixe que a energia do prazer possa fluir em sua

vida. Permita-se sentir seu corpo e sua alma dançarem como

Shiva Nataraj, representando o ciclo de morte e

renascimento, de dor e prazer, criando e renovando.


Seja Amor!




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