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sábado, 24 de setembro de 2016

FIM DO MUNDO: SERÁ ?? AÍ VEM ESTE ALARDE DE NOVO !!

PREPARE-SE: 
2017 SERÁ O ANO EM QUE 
DEUS DESTRUIRÁ A TERRA



Pixabay




Prepare-se para o pior: o mundo acaba em 2017, diz pastora



Fazia tempo que ninguém falava em fim do mundo, não é mesmo? 
Mas quando o fim do ano vai se aproximando, os caóticos de plantão parecem começar a se animar. 
E tudo vira motivo para a chegada do apocalipse.


Bem, novamente o centro das atenções do eventual fim do mundo é a religião. 

Uma pastora dos Estados Unidos usou um texto bem conhecido para falar sobre o apocalipse. Ela diz que, segundo a Bíblia, o mundo acabará em 2017.

Pois é, segundo Donna Larson nós temos mais alguns meses para aproveitar a Terra antes que “a fúria divina” nos destrua de vez. 

Ela diz que, mesmo que ninguém tenha percebido, o livro sagrado dá a data certinha do fim e, infelizmente para nós, ela está chegando — detector de sarcasmo ativado.

A teoria de Donna é bem simples: 

a Bíblia diz que o homem vai governar a Terra por 6 mil anos. 
A pastora fez as contas e viu que Adão, o primeiro homem criado, teria nascido 3983 anos antes de Cristo. 
Se fizermos uma subtração rápida, 6000 menos 3983 é igual a… 2017, isso mesmo.


Mais um argumento
Se você não está acreditando na história de Donna, parabéns então ela tem mais um argumento para tentar te convencer. 
A pastora cita os 70 anos da fundação de Israel e 50 anos da unificação de Jerusalém para corroborar a sua teoria apocalíptica.

“Todos esses números têm um significado forte na Bíblia: 50 é o número da unificação entre a Páscoa Judaica e o Pentecostes, 70 é o número da execução, segundo o livro de Daniel, no capítulo 9”, explica a pastora.

Mas pode ficar tranquilo por aí

mesmo que venha a acontecer no ano que vem, o fim do mundo teria 365 dias para dar as caras. 
Os crentes nessa teoria dizem que poderá vir no eclipse solar de 21 de agosto. 
Outros, mais otimistas, falam em 23 de setembro do ano que vem. 
Ou seja, teríamos mais uma entrada de primavera para comemorar.
Até que surjam novas teorias…



FONTE:


Yahoo Notícias

sexta-feira, 29 de julho de 2016

29 DE JULHO = É O FIM DO MUNDO, NOVAMENTE ??




29 de Julho: chega o fim do mundo


Pixabay


Uma série de vídeos postados no canal YouTube da End Time Prophecies, intituladosArmageddon News, dão a emocionante notícia: o mundo vai acabar na sexta-feira, dia 29 de julho, em razão de uma combinação especial de eventos.
Não é a primeira vez que alguém profetiza o fim da humanidade: apresentamos um pequeno histórico do que deveria ter acontecido (e não aconteceu: caso contrário, não estaríamos aqui para escrever) e o quanto ainda está para acontecer.
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29 de Julho de 2016
O que você vê na foto é um dos muitos corpos celestes que na sexta-feira, dia 29 irão atingir o nosso planeta, começando uma cadeia interminável de terremotos que fará com que a existência da humanidade fique apenas na memória. Você se pergunta, por que todos os meteoritos chegarão naquele dia? A resposta do End Time Prophecies é clara: haverá uma reversão do campo magnético nos polos, fenômeno não muito frequente na história da Terra e, portanto, considerado um prenúncio de desgraças irreparáveis.
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O planeta assassino
Tudo isso provém do que foi escrito no The Independent no final de março de 2016, quando um artigo retomou as teorias de um astrofísico aposentado, Daniel Whitmire. De acordo com o cientista, um planeta não identificado teria desviado cometas e meteoritos contra a Terra. Quando se produzirá o impacto não é claro. Deve-se dizer que as teorias de Whitmire são de 1985: Trinta e um anos depois, não vimos nem sombra dessas colisões.
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Aquecimento global
A única ameaça minimamente sensata entre todas, é a do aquecimento global. Desde 2002, os dados do WWF dizem que, se não houver uma redução dos gases de efeito estufa e não houver aumento da utilização de energia renovável, 2050 será o ano em que tudo se tornará irreversível, e a Terra estará condenada. Para sobreviver, deveremos colonizar outros planetas. Deixando de lados os exageros, o aquecimento global é uma questão muito séria, e deve ser tratado por mentes inteligentes para entender exatamente o que fazer. O clima não é o mesmo de antes, isso é um fato.
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A lua vermelha
Por ocasião dos espetaculares eclipses lunares de 28 de setembro de 2015 não faltaram pessoas que viram nisso um mau presságio. O satélite, de fato, teria se aproximado perigosamente da Terra, a apenas 356 mil quilômetros de distância, criando desequilíbrios atmosféricos, tais como a própria destruição do nosso planeta. É uma pena que esta seja a distância entre a Terra e a Lua a cada 27 dias.


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O 2013 de Malaquias
O que tem a ver o pobre Ratzinger com o fim do mundo? De acordo com a profecia do monge cisterciense Malaquias, que viveu séculos atrás, no final do papado de número 112 o mundo iria acabar. Bom, Bento XVI foi o último da lista. Ele também teve a coragem de renunciar! (Precisamos dizer mais?)
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A profecia dos raelianos
Talvez se os Elohims se assemelhassem ao Alien tão caro à Ridley Scott. Iremos descobrir, de acordo com os raelianos (seita fundada em 1973 por Claude Vorillhon), em 2035, quando esses alienígenas de conhecimentos altamente avançados nos invadirem, obviamente nos subjugando para, em seguida, nos matar.
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O Natal dos Maias
O natal que não deveria ter acontecido. Isto é, o natal de 2012, pois de acordo com a mais famosa das profecias apocalípticas em 21 de dezembro o mundo iria acabar. Naquele ano não se fez nada além de falar sobre os Maias e suas visões: planetas colidindo com a Terra, painéis solares arautos da destruição imediata. Tudo isso é verdade, né?



FONTE:


Yahoo Noticias International

quinta-feira, 14 de julho de 2016

ASSUNTOS ESPIRITUAIS DIFÍCEIS DE EXPLICAR





CONVERSANDO SOBRE 

TEMAS ESPIRITUAIS 

DIFÍCEIS DE EXPLICAR





1) Haverá um ponto de chegada na escala evolucionária humana? Quando o ser humano cruza este ponto de chegada, o que acontece com o seu espírito? Haverá também um ponto de partida na evolução espiritual do ser humano? Quando os primeiros seres humanos surgiram estavam todos na mesma escala evolucionária?

Considere o seguinte: Eternidade não tem começo ou fim. É um conceito não-linear e atemporal. Se você pensa para frente só verá o infinito sem fim. Se observa para trás, também verá o infinito sem fim. Ou seja, conceitos de início ou fim de alguma coisa, em se tratando de evolução, são meras referências sensoriais. São ilusões baseadas nos sentidos. É óbvio que a evolução não tem fim. Sendo o espírito imortal, sua evolução é contínua. Mas, não dá para falar disso usando nossa referência espaço/temporal convencional. É como tentar definir as seguintes coisas, que escapam a um raciocínio intelectual: amor, Deus, evolução, infinito, intuição e vida.



Você acha que dá para explicar intelectualmente essas coisas?

Certa vez, um discípulo perguntou a seu mestre taoísta:

- Senhor, qual é o objetivo da vida?

O mestre sorriu e disse-lhe:

- O objetivo da vida é descobrir qual é o objetivo da vida! E só vivendo é que se decifra esse mistério de viver!

Resumindo: não se preocupe em encontrar explicações sobre a gênese disso ou daquilo, ou sobre o futuro evolutivo, que certamente virá ao longo da eternidade. Preocupe-se com o momento presente, pura causa, pois o futuro será seu efeito inexorável. E o passado, antiga causa, já foi, deixando seu efeito, que é o presente.

Esteja presente!

* * *

2) Existe um mundo material. E espiritual, só há um também? Ou vários? Há mais de um mundo superior? E mundos inferiores dos quais a Eubiose fala, o que são?


O plano espiritual é subdividido em várias subdimensões, chamadas esotericamente de planos e subplanos. Genericamente, podemos dizer que há o plano astral denso (umbral, inferno, planos inferiores), o plano médio e o sutil, elevado, rarefeito, quintessenciado, pura luz. Cada uma dessas divisões contém várias vibrações e panoramas extrafísicos diversos, de acordo com as freqüências dimensionais correspondentes.

Sugiro a você que leia os seguintes livros sobre esse tema:

"A Vida Nos Mundos Invisíveis"; Anthony Borgia; Ed. Pensamento.
"A Vida Além da Sepultura"; Ramatís/Hercílio Maes; Ed. do Conhecimento.
"Testemunho de Luz"; Helen Greaves; Ed. Pensamento.
"Voltar do Amanhã"; George G. Ritchie; Ed. Nórdica. 

* * *

3) Espíritos de animais reencarnam? Seres humanos podem reencarnar em animais?


Os animais também reencarnam e evoluem dentro de seu ciclo de evolução. Ou você acha que eles serão animais eternamente, sem chance de um progresso e ascensão?

É impossível um ser humano reencarnar numa forma de vida inferior ao seu estágio evolutivo. Muito embora, seitas orientais antiquadas preconizem essa possibilidade como uma espécie de punição. Mas, não passa de um mito antigo, fruto da ignorância espiritual.


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4) A nossa personalidade é a mesma em cada encarnação ou ela muda?


A individualidade nunca muda, mas a personalidade pode ser afetada pelo novo meio ambiente e apresentar algumas características diferentes. Porém, ao longo da vida a essência real se apresenta, denotando o verdadeiro caráter daquela entidade.


* * *

5) O que são os elementais?


Os elementais são os espíritos da natureza. Não são espíritos humanos desencarnados. Considere-os como uma espécie de animais extrafísicos, diferentes dos animais desencarnados aqui da Terra.

Leia sobre esse assunto os seguintes livros:

"O Reino dos Deuses"; Geoffrey Hodgson; Ed. Pensamento.
"O Lado Oculto das Coisas"; C. W. Leadbeater; Ed. Pensamento.
"A Viagem de Uma Alma"; Peter Richelieu; Ed. Pensamento. 


* * *

6) O que são demônios? O que é o Diabo? E o inferno?


Inferno é o plano astral denso, inferior. Diabo é uma antiga distorção religiosa significando os espíritos trevosos. Em seu original, do grego, significa "aquele que separa". Se você espera encontrar aquela clássica figura diabólica, com um tridente na mão ao lado de uma caldeira infernal, esqueça! Isso é puro mito. Muito embora, alguns espíritos perversos possam plasmar uma aparência assim para atemorizar os incautos que se deixam levar por suas enganações e tentações. E há, também, aquelas pessoas que após a morte, devido à autoculpas variadas e condicionamentos religiosos repressores e atemorizantes, plasmam inconscientemente formas-pensamento demoníacas e ambientes extrafísicos infernais deturpados por suas percepções distorcidas.


* * *


7) O nosso livre-arbítrio é total? O que o condiciona?


Nosso livre arbítrio não é absoluto, é relativo. Por exemplo, tente trocar de corpo, ou de planeta, ou tente deixar de ser imortal (nem o suicida consegue morrer, só perde o corpo). Você não conseguirá. Sabe por que? Porque estamos submetidos a ciclos evolutivos correspondentes à nossa necessidade de aprimoramento e crescimento consciencial. Há leis maiores interagindo com nossas vidas, num sentido coletivo. Contudo, num sentido individual, somos responsáveis por nossos atos e escolhas relativas nesse mundo onde vivemos.

Vamos a um exemplo explicativo:

- Imagine que a Terra é um rio e que seu corpo é um barco navegando nesse rio. Você não pode trocar de barco e nem de rio no momento. Mas, a maneira como você navega é por sua conta e risco. Poderá bater nos outros barcos, afundar as embarcações alheias, afogar pessoas ao longo do curso do rio ou salvá-las de afogamento. Você poderá navegar rápido ou devagar. Poderá usar os remos ou não. Poderá conduzir o timão à sua maneira.

Resumindo: O rio e o barco foram impostos a você pela Natureza, mas a maneira como você navega na vida é por seu livre arbítrio.

Outro exemplo: O universo é uma escola. A Terra é uma de suas salas de aula para uma determinada série de aprendizados. O corpo é o uniforme. E uma vida corresponde a uma série. Ao longo do ano-vida letivo, na categoria de aluno, você será submetido a uma série de provas e testes valendo notas. O currículo daquela série e as provas correspondentes serão impostos a você pelos mestres da raça-turma. Não serão de sua escolha pessoal. Mas, a maneira como você viverá esse ano-vida letivo e como você se sairá em relação a sala-planeta, as provas-experiências e os relacionamentos com seus colegas de raça-turma serão de seu exclusivo livre-arbítrio. Você poderá ser um péssimo ou ótimo aluno. Poderá quebrar a carteira escolar, rasgar o caderno, ser inimigo dos professores, matar aulas importantes, não gostar de estudar e bater nos alunos do lado. Ou, poderá ser um aluno brilhante, amigo dos outros alunos e preservador das condições sadias da sala-planeta.

A vida foi imposta a você, não é livre-arbítrio, é obrigatória! Mas, como você leva a vida, é por sua conta! Atos cósmicos são de competência da natureza. Atos pessoais são de competência humana.

Lembrei-me de um detalhe a mais: O suicida é alguém que não completa o ano-vida letivo. Ou seja, ele não chega a dezembro para as provas finais, pois ele saiu da sala-planeta em agosto e não completou seu ciclo de aprendizado. Dessa forma, como poderá evoluir, se fugiu do lugar onde a experiência de viver é que ensina?

* * *



Pelo menos, as respostas que estou colocando aqui não são dogmas e nem estão atrelados a nenhuma doutrina em particular. São apenas respostas de um sujeito espiritualista da cabeça aos pés, físicos e extrafísicos, extraídas das vivências espirituais de muitos anos de estrada nessa área.

Quem responderá essas questões para nós todos, com toda propriedade, é a vida, eterna professora de nossas consciências.

Paz e luz para você!

- Wagner D. Borges -
(Resposta do prof. Wagner Borges a um e-mail que recebemos)

quarta-feira, 13 de julho de 2016

TRISTEZA OU DEPRESSÃO ??



Quando termina a tristeza 

e começa a depressão?










Quantas (e repetidas) vezes na vida se falou – e se ouviu – o mandatório “não fica assim, não”?
“Assim.”
Assim como? Triste, recolhido(a), solitário(a), apático(a), sem energia, sem perspectiva?
Entre uma recomendação e outra, o “assim” tem se tornado uma sensação intransigente nas nossas vidas: melhor que o “assim” não invada nossa rotina e os dias de quem amamos. Que fique bem longe, que deixe de nos mostrar nossas limitações, que pare de impedir nossa produtividade.
De um lado, temos estatísticas e um urgente problema de saúde pública: em 2015, adepressão afetou mais de 350 milhões de pessoas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Só no Brasil, foram cinco milhões de pessoas.
De outro lado, dúvidas, muitas dúvidas: quando o “assim” diz respeito a umatristeza e quando devemos suspeitar de depressão? E se o “assim” se torna uma condição mais duradoura do que se imaginava ou se gostaria?
Entre números tão expressivos e o estigma sobre o assunto, fica evidente que a depressão precisa ser pensada com delicadeza e seriedade, muito além de dados estatísticos. Relatórios numéricos, quantidade de diagnósticos e recenseamento da saúde mental nos dizem pouco (ou quase nada) sobre a realidade difícil e particular de cada pessoa que lida com a chamada “doença da alma”.
Pensar a depressão acaba levantando dois questionamentos importantes: (1) quando termina a tristeza e começa um processo depressivo, e (2) o quanto a tristeza é desencorajada em nossa sociedade.


Tristeza ou depressão?
A associação entre tristeza e depressão costuma ser tão imediata que vez ou outra o senso comum afirma. Basta ver alguém mais recolhido para se comentar: “Ele(a) está deprê”.
Em um estado depressivo, estamos falando, quase sempre, das consequências de uma perda, não importa de qual natureza – seja de uma pessoa querida (morte ou separação), de um emprego, de um sonho que se mostra impossível ou de um projeto que se mostra inviável, explica a psicanalista Tatiana Monreal Cano, doutora em Psicologia Clínica pela USP e mestre em Filosofia pela Unicamp.
Nesses casos, o sujeito fica em uma situação na qual nada parece fazer sentido e a possibilidade de elaboração fica bastante comprometida.
Segundo Cano, elaborar a perda é dar um sentido a ela. É o equivalente a encarar um processo de luto, ou seja, poder dizer adeus àquilo que se perdeu e voltar a investir em outra pessoa, projeto ou sonho; em suma, promover novos laços. A dificuldade em elaborar esse luto, de se desvincular dessa perda, é o pano de fundo de um processo depressivo.
“Muitas vezes, o indivíduo que está sofrendo acaba se identificando com a pessoa ou a situação perdida, e passa a se recriminar de um modo muito severo quando, na verdade, essas recriminações e acusações deveriam ser dirigidas para quem ou ao que foi perdido. Do ponto de vista psíquico, é como se parte do sujeito passasse a ocupar o lugar daquele que se foi e a outra parte o acusasse ferozmente por tê-lo deixado.”
Por outro lado, sofrer uma perda não significa, necessariamente, que a pessoa vá passar por uma depressão. A dimensão do sofrimento gerado pelo que se perdeu é o que vai separar uma tristeza de um processo depressivo. Neste último caso, a questão é que nem sempre a pessoa é consciente daquilo que realmente foi perdido e de como isso a afetou nas suas profundezas, pondera a psicanalista.
No processo de luto diante da morte de alguém querido, por exemplo, “é esperado que a pessoa passe por um período de recolhimento, tristeza e reflexão, no qual vários processos internos ocorrem para enfrentar a dor gerada pela perda da pessoa amada”, esclarece Cano.
“Mas se esse período se estender por muito tempo, é provável que estamos diante de um luto impossível de ser elaborado. É o momento em que se instala um outro processo, chamado de melancólico ou depressivo.”
A dificuldade em superar uma perda está relacionada à própria história de cada um, principalmente pela maneira como os pais lhe ajudaram a lidar com as perdas e as frustrações, sempre inevitáveis, em suas vidas.
Por isso, Cano insiste que, mais importante que dar tudo aos filhos, é ajudá-los a criar condições para poder superar o sofrimento frente ao que não se pode ter, encontrando e criando substitutos. “Por exemplo, ao invés de comprar um brinquedo novo, por que não construir um com os materiais que já se tem em casa?”, sugere.
De acordo com a psicanalista, a diferença de uma pessoa para a outra é como ela vai lidar com todas essas infelicidades, perdas e frustrações.
Nesse sentido, a criatividade é de extrema importância, pois é por meio dela que o sujeito pode encontrar saídas alternativas:
“A capacidade de encontrar e de criar novas soluções é um sinal de saúde psíquica. Do contrário, tem-se a paralisia, ou seja, a dificuldade de enxergar outras vias possíveis de realização.”
De qualquer maneira, Cano ressalta que dimensionar a tristeza é uma questão bastante complexa, principalmente porque cada pessoa tem sua experiência particular da perda, sua capacidade de suportá-la e sua maneira de significá-la no contexto das suas vidas. E, embora a tristeza seja um afeto inerente a todo ser humano, existem momentos em que ela pode se tornar insuportável.
“A partir do momento em que a vida cotidiana passa a ser um peso para a pessoa, ou seja, quando tarefas básicas como o levantar da cama e o preparar o café da manhã passam a ser um fardo, existe aí um sinal de alerta a que é preciso estar atento.”
Em momentos de muita tristeza e de dor muito profunda, o sujeito sente que a própria vida perdeu o sentido; daí a necessidade de descobrir novos sentidos.
“Esse trabalho é o que cada um precisa fazer individualmente; se for o caso, com a ajuda de um profissional, em uma sessão analítica, onde a mente é estimulada a reencontrar o sentido perdido”, afirma a psicanalista.
Buscar ajuda, portanto, pode ser o caminho para lidar com o sofrimento — sobretudo quando ele paralisa, em vez de ser um estímulo para a mudança e possíveis reavaliações.
É importante que essa ajuda venha de um profissional capacitado pois, apesar de os pais, amigos(as) e companheiros(as) se colocarem à disposição, nem sempre eles saberão como lidar com a situação. Além disso, nem sempre aquilo que pôde ter sido bom para uns pode ser para outros. Segundo Cano, a escuta neutra e imparcial do analista é a mais indicada nestes momentos de angústia:
“Mas é bom deixar claro que uma análise ou uma terapia não vão dar uma solução milagrosa, mas sim fornecer as condições para que o próprio paciente encontre seu próprio caminho, o prazer e o sentido perdidos, para que a vida volta a valer a pena ser vivida.”

A tristeza e a solidão também fazem parte da vida
Quanto vamos correr, nos entreter e acumular para que assim não precisemos pensar a respeito do que ocorre em nossas vidas?
Vistos com maus olhos pela mesma sociedade que cobra a euforia e a felicidade ininterruptas, os momentos de tristeza e de solidão, muitas vezes, são importantes para que o sujeito possa reelaborar e ressignificar as perdas que sofreu ao longo da vida, enfatiza Cano.
“O que é a nossa vida senão uma constante reelaboração? Elaboração do que gente vive e também do que já viveu, do que tem e do que não tem. A atribuição de novos sentidos. Quantas vezes a gente olha e pensa ‘nossa, agora eu entendi aquilo que aconteceu comigo’?.”
Segundo Cano, a solidão e a tristeza podem ser vistas como uma convocação para a ressignificação de um passado eventualmente traumático. É também o momento em que se faz necessário olhar para si mesmo e questionar as escolhas feitas, os projetos, a própria vida.
“Nesse sentido, a solidão e o recolhimento podem ser a ocasião para a busca de novos horizontes, sonhos e projetos, pois não é incomum as pessoas viverem projetos que não são próprios. Daí ser justamente a oportunidade de escolher aqueles que expressem o seu desejo.”
Infelizmente, o sofrimento (e aí incluímos a tristeza) não é nem um pouco bem-vindo atualmente, especialmente em uma realidade em que o desempenho e a produtividade estão alinhados à noção de sucesso. É como se cada frustração fosse vivida como uma derrota, e não como acontecimento natural da vida.
“Muitas vezes os indivíduos são intolerantes com eles mesmos. Eles não se permitem passar por momentos de tristeza e vivem como se tivessem que estar sempre bem, postando selfies nas redes sociais, com caras e bocas”, pondera Cano.
Persona non-grata, o sofrimento é uma certeza em nossas vidas, por mais que teimemos em querer reescrever a vida com linhas exclusivamente felizes, eufóricas e blindadas de qualquer tipo de imprevisto.
“Sempre vai haver algum grau de sofrimento. Se a gente parte do princípio de que o ser humano é imperfeito e incompleto e, justamente por isso, está sempre em busca da perfeição e da completude, a satisfação nunca será plena e eterna. Pelo contrário, só será alcançada em momentos fugazes. Isso significa que sempre haverá uma parcela de frustração para ser enfrentada e elaborada.”
Junto a essa fórmula de sucesso baseada no desempenho e que ignora limitações e impotências, a sociedade capitalista ainda aparece com uma tentadora visão de mundo: a ilusão de que nós sempre vamos conseguir tudo.
“Essa enxurrada de produtos para serem consumidos tem um objetivo: criar a ilusão de que a falta não existe. A publicidade, sabendo que o que move o ser humano é o desejo – desejo de ser amado, de ser perfeito ou querido -, cria a ilusão de que, de posse daquele bem de consumo, vai se estar realizado.”
A psicanalista completa:
“Em outras palavras, a sociedade capitalista não só não oferece meios de o sujeito lidar com a falta como, pelo contrário, dá a ilusão de que se ele tiver x, y, z, ele estará completo e feliz. E isso não é verdade."
O problema é que lidar com a incompletude ou com a falta é basicamente um resumo da vida de todos nós.
“Passamos nossa existência em uma constante busca daquilo que não temos em nós mesmos, mas que supomos existir em algum lugar. Acontece que, se por um lado é isso que nos faz sair da cama todos os dias, ou seja, ter a esperança da realização, por outro lado, podemos nos tornar presas dessa armadilha, acreditando que nunca chegamos aonde supomos que devemos chegar. Por isso,mais do que finalmente alcançar, é preciso sempre sonhar e investir; em suma, desejar.”
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FONTE:

brasilpost.com.br

Amanda Mont'Alvão Veloso

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