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sábado, 14 de novembro de 2015

CORPO: CAMINHO PARA O SAGRADO



Sexo:

um caminho para

 o sagrado!


Sexo: um caminho para o sagrado!



por Flávio Bastos
"Se a vida e a alma são sagradas,
o corpo humano é sagrado".
 
(Walt Whitman)
 


A relação sexual é uma troca íntima de fluidos vitais, hormônios e energia sutil.
 
O clímax, no orgasmo, é o ápice na formação de um vínculo energético entre os parceiros.
 
Cria-se, então, uma memória energética celular comum, um evento que liga permanentemente os dois parceiros.
 
 



 Sempre que corpos se unem num beijo, num abraço, ocorre uma troca de energias.
 
Se a união é sensual, num beijo ou num ato sexual, a liberação energético-informativa hormonal que ocorre, estimula todas as células do corpo e torna a transferência energética muito mais intensa.
 
A relação sexual é uma troca íntima de fluidos vitais, hormônios e energia sutil. O clímax, no orgasmo, é o ápice na formação de um vínculo energético entre os parceiros. Cria-se, então, uma memória energética celular comum, um evento que liga permanentemente os dois parceiros.

Em seu livro "Além da Religião", David E. Elkins registra que "a Igreja cristã tem sido um dos principais instrumentos de repressão sexual, uma vez que a Igreja dicotomizou sexo e espiritualidade, milhões de cristãos cresceram associando sexo com pecado, em vez de ver como um caminho para o sagrado".

E segue a sua lógica fundamentada na história:
 
"Em todo o curso da história, a Igreja Católica tem visto o corpo e a sexualidade como obstáculos no caminho da perfeição espiritual. Jejum, privações, exposições ao perigo, autoflagelação e outras formas de ascetismo foram associados a estados de alta espiritualidade. O celibato, a virgindade e o controle de pensamentos e sensações sexuais foram considerados sinais de uma natureza espiritual evoluída. Quando essas medidas extremas falharam em manter o corpo e a sexualidade sob controle, alguns homens chegaram a se submeter à castração como tentativa de atingir um estado de pureza espiritual. Padres, freiras e Virgem Maria foram ideais espirituais, e a sexualidade foi vista não como um caminho, mas como uma obstrução ao sagrado".

No caminho inverso da repressão religiosa, Carl Jung, falando da sexualidade, disse:
 
"É, na verdade, uma experiência incontestável e genuína do Divino, cuja força transcendente oblitera e supera tudo que é individual".
 
E mais tarde, acrescenta: "Energia sexual é energia criativa que move a vida, nossa vontade e desejos".


Georg Feverstein, depois de extensa pesquisa no campo da sexualidade, afirmou:
 
"Minhas investigações convenceram-me de que o sexo pode ser uma importante porta de entrada para experiências místicas ou encontros com o sagrado.
 
 
 
David E. Elkins, registrou: "Eros, sexo e sensualidade são um caminho autêntico para o sagrado, mas esse caminho encontra-se em grave abandono, tomado de arbustos espinhosos e coberto de escombros que se acumularam em séculos de repressão religiosa. Para trilhar esse caminho, temos que remover os escombros, debaixo deles encontraremos um caminho antigo que conduz à presença do Divino".




 Segundo Marghanita laski, em seu livro "Ecstasy in Secular an Religious Experiences", 33% de pessoas pesquisadas em seu universo de amostragem indicaram o amor sexual deflagrador de uma experiência interdimensional:
 
"A sexualidade pode ser uma hierofania, um encontro com o sagrado. São aqueles momentos especiais em que a paixão sexual é tão intensa que os amantes irrompem em outra dimensão".


 Em seu livro "Sacred Sexuality", Georg Ferverstein apresenta vários relatos de pessoas que tocaram o sagrado por meio do amor sexual.
 
O que veremos a seguir é o relato de uma mulher de 25 anos que estava apaixonada por um homem.
 
Ela nunca havia tido uma experiência espiritual antes, mas fazer amor com esse homem a levava a um lugar transcendental.
 
Algum tempo depois, ela descreve a experiência:
 
"A primeira coisa que me vem à lembrança, a respeito desse incidente, é que acordei na manhã seguinte depois de uma noite de amor e me senti como se eu não tivesse dormido. Eu sentia como se tivesse consciente ou acordada todo o tempo num plano mais elevado. Lembro-me de que durante todo aquele dia eu me senti completa e perfeitamente relaxada.
 Nesse relaxamento perfeito, estive fora da tempo. Era como se a temporalidade normalmente fluísse num plano horizontal e entrado num estado atemporal. Não havia absolutamente nenhuma sensação de passagem do tempo. Dizer que não havia começo nem fim do tempo pareceria irrelevante. O tempo simplesmente não existia. Hoje, passados 17 anos, esse acontecimento continua sendo o momento mais significativo de toda a minha vida. Foi também o momento mais comum, simples, feliz, normal e livre de neuroses de toda a minha vida".





COMENTÁRIO

A repressão do sexo durante séculos pela Igreja, gerou na cultura ocidental a culpa, que deriva do desejo recalcado.
 
Energia bloqueada que procura uma "válvula de escape" para ser liberada e aliviar a tensão interna. Mas quando não ocorre essa liberação, gera somatizações pelo corpo e alma do indivíduo, sendo causadora de diversas psicopatologias diagnosticadas nos consultórios médicos e psicoterapêuticos.

 No entanto, aos poucos estamos percebendo que a nossa visão a respeito da sexualidade precisa ser ampliada para acompanhar o movimento expansionista do terceiro milênio.
 
Temos um Papa cuja visão se adéqua aos novos tempos de transformações. Temos, a partir das recentes descobertas, no campo do autoconhecimento e nos âmbitos da Psicologia, Astronomia, Física, Química, Arqueologia e Tecnologia, uma consciência mais ampliada de nossa natureza multi e interdimensional.

Portanto, estamos gradualmente apurando a percepção no sentido de compreender que toda vez que uma pessoa convida outra à comunhão sexual, ou aceita de alguém um apelo nesse sentido, em bases de afinidade e confiança, estabelece-se entre ambas um circuito de forças pelo qual a dupla se alimenta psiquicamente de energias espirituais em regime de reciprocidade, ou seja, libera a energia que é inerente à sua natureza humana, pois sentir desejo e prazer são "ingredientes" indispensáveis na busca da felicidade possível, que pode também ser vista como paixão pela vida onde a libido tem uma função destacada na conexão com o sagrado.

Nesta lógica, associo-me ao raciocínio de David. E. Elkins quando conclui que o amor romântico é uma força poderosa que pode abrir a alma e limpar as portas da percepção para que possamos ver a beleza e a profundidade da vida.
 
E quando um homem apaixona-se por uma mulher que excita tanto a sua alma como seus desejos eróticos mais profundos, a possibilidade de transcendência está próxima.
 
E quando uma mulher encontra um homem cujo próprio ser desperta-lhe o corpo e toca-lhe a alma, está na iminência da experiência sagrada. 



 








por Flávio Bastos   

  Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. O
utros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva, Psicoterapia Reencarnacionista, Terapia Floral, Psicoterapia Holística, Parapsicologia, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.  
   E-mail: flaviolgb@terra.com.br
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