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quarta-feira, 14 de outubro de 2015

O QUE ESTAMOS FAZENDO DA VIDA ??




 
 
 

Qual o meu legado?


Qual o meu legado?

O tempo está passando muito rápido...
 
Sabemos que nem sempre foi assim e
muitas teorias existem para explicar
o porquê disso estar acontecendo.
 
Mas o que eu fico pensando é
no que estou fazendo de minha vida,
que vai indo nesta correria toda.




Será que eu avalio o que realmente tem valor pra mim e foco minha energia nisto? Ou será que me perco nas inúmeras alternativas e diferentes caminhos que se apresentam e não faço o que sei que seria mais importante para que eu pudesse me avaliar como valorosa, independente do pensamento dos outros a meu respeito?

Sinto que preciso estar atenta a isso, com relação às minhas escolhas e elas acontecem a toda hora... Vejo este vídeo, ou leio um livro especial que já espera a sua vez há muito tempo? Vou ao cinema, ou visito uma amiga que já me pediu que passasse lá para conversarmos e que sei estar precisando muito de atenção neste momento?

Enfim, fazemos muitas escolhas e qual o critério que eu estou usando quando as faço? Penso apenas no meu prazer pessoal, ou procuro ajudar alguém e assim sinto não apenas uma satisfação momentânea, mas algo maior, interior, que chega a parecer felicidade?

Certamente vim para este planeta, para este país, para a minha família, por razões sérias e significativas. Não por um mero acaso. Sendo assim, preciso encarar cada instante que estou por aqui, com responsabilidade, não esquecendo que tudo o que fizer, ou deixar de fazer, terá uma consequência que será vivida por mim mesma, em algum lugar.

Os caminhos se apresentam e cada um tem pontos positivos e negativos, para minha apreciação. Mas já percebi que se eu estiver bem atenta e ligada ao divino, vou tendo sinais de pra onde ir, do que escolher e principalmente do como agir em cada circunstância.

Não foi sempre assim... Entrei em muitos atalhos, em caminhos que hoje não entraria, mas tenho a consciência de que naquela época era o melhor que podia fazer. Mesmo sendo errados me ensinaram. Certamente precisei daquelas experiências, apesar de dolorosas, para aprender, para crescer um pouco.

Sinto hoje que estar presente no que faço, seja algo muito simples, ou muito difícil e complicado, é imprescindível para que me perceba realmente vivendo aquela experiência. Os mestres espirituais de todos os tempos sempre ensinaram isso, mas eu acho que muitos poucos de nós procuramos viver dessa forma. E eu confesso que ainda estou tentando aprender. Frequentemente me pego pensando no futuro, preocupada com situações que nem tenho a certeza de que realmente viverei... Desperdiçando minha energia inutilmente, pois não posso garantir nada, além do que estou vivendo agora, enquanto escrevo.

Costumo exercitar o estar atento várias vezes durante o dia. Procurando ouvir o canto dos pássaros – será que estão cantando? O barulho corriqueiro do tráfego, a fala de pessoas ao longe... Tentando sentir-me, verdadeiramente: Estou alegre, triste, feliz, desanimada? E por que razões?

Quando consigo viver dessa forma, me sinto mais viva e consistente. Imprimindo uma marca minha àquele instante, consciente do que estou fazendo e de como estou executando cada ação.

Chego à conclusão de que não importa tanto a grandiosidade e importância do que realizo, mais o quanto o faço de forma íntegra, leal, honesta, verdadeira. Tudo isso com relação a meus próprios valores. Preciso ter a coragem de ser, de expressar a minha singularidade, mesmo que isso seja apenas uma nuance sutil...
Se eu vivo minha verdade, acrescento ao mundo algo especial, que é só meu e que dessa forma, só eu posso fazer!

Ser reconhecida, ou não, pouco importa. A fama ou ausência dela não imprimem ao meu fazer qualquer grau de valor. O que eu preciso é ter a responsabilidade de viver a minha vida com lealdade e respeito pelo espírito imortal que sou e que passa pela Terra para aprender a servir melhor.

Aí está a minha felicidade. O reconhecimento de que se cuido de um cão, ou de um hospital inteiro, preciso fazê-lo estando integralmente presente em cada atitude que tome, para que minha energia possa imprimir, ali, um pouco de mim... Acredito que isto é pensar em viver deixando um legado, não apenas passando um tempo por aqui e partindo, vazio de contentamento, por não ter realmente vivido, mas apenas existido.
 

por Maria Cristina Tanajura    Socióloga, terapeuta transpessoal.
Lido 2527 vezes, 18 votos positivos e 1 votos negativos.    E-mail: tinatanajura@terra.com.br


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