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terça-feira, 22 de setembro de 2015

PERGUNTE-SE




importante que você pode
fazer a si mesmo


IN PEACE



Qual é a sua história de vida?


Eu não me refiro aquela onde você cresceu, estudou, conseguiu o seu primeiro emprego, etc.

O que eu quero dizer é: qual é a sua HISTÓRIA?

Qual a narrativa construída através dos acontecimentos da sua vida?

Você sabia que esta é a pergunta mais importante que você pode fazer a si mesmo?

De acordo com o fascinante campo da “psicologia narrativa”, as histórias que contamos sobre nós mesmos são a chave do nosso bem-estar. Se você já interpretou os acontecimentos da sua vida como indicação da sua falta de sorte ou imprudência é difícil olhar o futuro com otimismo.

Por outro lado, se você reconhece que cometeu erros e enfrentou dificuldades, mas busca (ou já teve certa) redenção, você percebe que tem maior controle sobre a sua vida.

Pense naquela vez que te demitiram, por exemplo. Será que era mais uma prova de que sua carreira não estava indo a lugar nenhum? Ou será que foi a melhor coisa que já te aconteceu, te deixando livre para encontrar um trabalho mais conveniente?

E o seu divórcio? Será que é um sinal de que você não tem sorte no amor ou será que foi uma mudança difícil para um romance mais esperançoso?

A ideia é não se iludir pensando que coisas ruins na verdade são coisas boas. Ao contrário, é encontrar sentido no desenrolar dos acontecimentos. É reconhecer que tudo muda constantemente. Na sua vida você vai passar do triunfo ao desgosto ao tédio e tudo de novo, às vezes em um único dia.

O que você faz com tantas emoções, tantas coisas acontecendo?



Os fatos importam menos do que a narrativa.

Era uma vez uma francesa de 18 anos, chamada Sophie Serrano, que deu à luz uma menina que sofria de icterícia neonatal.

O bebê passou os seus primeiros dias em uma incubadora sob luz artificial e foi entregue à sua mãe quatro dias depois. Sem saber, Sophie recebera outro bebê, também de 4 dias e com icterícia. A enfermeira as trocou por acidente.

Sophie chamou a sua filha de Manon. Mas à medida que ela crescia, ficava evidente que ela não parecia nem um pouco com seus pais. Ela tinha a pele mais escura, cabelos crespos e os vizinhos logo começaram a comentar sobre sua origem.

Mas Sophie nunca hesitou. A enfermeira tinha explicado que a luz artificial usada para tratar a icterícia poderia afetar a cor dos cabelos. Sophie amou mais ainda Manon. Ela conhecia a sua história de vida: seus choros, seus murmúrios e suas primeiras palavras.

Foi só quando o marido de Sophie a acusou de dar à luz um bebê de outro homem que ela foi fazer o teste de paternidade e descobriu que o seu marido estava (meio que) certo. O bebê, agora com 10 anos, não era dele e também não era dela. A filha deles pertencia a um outro casal que tinha criado a filha biológica deles em uma cidade a várias milhas de distância.

É uma fascinante e típica história de "troca de bebês". Mas justamente aqui essa história toma um rumo inesperado.

Um encontro foi marcado para as duas mães e suas filhas. Sophie viu que sua filha biológica parecia fisicamente com ela de uma forma que Manon jamais pareceria.

Mas ela não sentia nenhuma conexão com essa outra menina. Foi Manon que ela amamentou, foram os pesadelos dela que ela acalmou e foram as suas histórias que ela conheceu. Esta outra filha era parecida com Sophie - mas o que isso significa no fim, se ela não conhecia as suas histórias? A outra mãe se sentia da mesma maneira.

"Não é o sangue que faz uma família", disse Ms. Serrano ao The New York Times (onde li esta história). "O que faz uma família é o que construímos juntos, o que dizemos um ao outro."
Nossas histórias são tudo. Elas são o centro do amor e sua expressão.
E então, qual é a sua história? Você está contando a história certa? Você está contando para as pessoas certas?


 Aqui estão três conjuntos de pessoas que você pode escolher para contar as suas histórias:


1. "Declare-se" aos seus colegas de trabalho.

 Doug Conant, o muito admirado ex-CEO da Campbell Soup e fundador da Conant Leadership (e uma das pessoas que mais gosto), é um introvertido que não sente muita vontade de ficar falando por falar e mostrar quem ele é.
Por isso ele marca reuniões intituladas "Declare Yourself" (Declare-se), com cada um de seus subordinados diretos. O objetivo destas reuniões é contar aos seus empregados a sua história: como ele gostava de trabalhar, a sua filosofia de gestão e falar sobre as coisas e pessoas que mais importam para ele.
(Nós da Quiet Revolution, aqui no Huffington Post, temos parceria com a Conant Leadership para desenvolver uma ferramenta chamada "Declare Yourself" para que você possa usar com seus colegas. Fique de olho.)


2. Compartilhe as suas histórias com a sua família.

 Há algumas semanas eu contei ao meu filho de 7 anos uma história infantil que eu estou escrevendo. Eu mencionei que estava trabalhando nesta história há meses. "Como é que você nunca me contou antes?", meu filho queria saber. Ele estava naturalmente chocado, talvez até um pouco chateado que eu tivesse guardado os detalhes da trama para mim." Eu pensei que talvez você não fosse se interessar", eu disse sinceramente a ele.
Ele é obcecado por futebol e hóquei no gelo e a minha história é de meninas, de viagem no tempo e timidez. Mas o que o incomodou foi eu ter uma história que eu tinha escolhido não contar pra ele. De agora em diante, prefiro errar ao compartilhar meus sonhos, mesmo que não tenha nada a ver com bolas de futebol e tacos de hóquei.


3. Conte a sua história para você mesmo – e tenha certeza de contar direito.

 Se você tem problemas em construir uma narrativa sincera e ao mesmo tempo positiva este exercício pode ajudá-lo. Basta perguntar a si mesmo estas três coisas:
• Você consegue pensar em um momento na parte inicial da sua vida em que você se sentia forte e feliz? Se você teve uma infância difícil ou outros desafios que impediram a identificação deste ponto de partida, tente pensar quando você ainda estava no útero.
• Qual foi o desafio, ou desafios, que aconteceu e ameaçou a sua força e paz?
• Você pode dar um significado a esses desafios? Você não precisa do clássico final feliz desde que você tenha encontrado um significado. E não se preocupe se você ainda não chegou lá. Apenas pense no resultado que você gostaria de ver um dia. E lembre-se das palavras do mitólogo Joseph Campbell: "Onde você tropeçar é onde o seu tesouro está."
Quer compartilhar a sua história? Adoraria ouvi-la!

Este artigo foi publicado originalmente no QuietRev.com. Você pode encontrar mais insights da Quiet Revolution no trabalho, na vida e como parente que é introvertido em QuietRev.com. Siga Quiet Revolution no Facebook e Twitter.
(Tradução: Simone Palma)



FONTE:

The Huffington Post  |  De

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