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domingo, 2 de agosto de 2015

CORRUPÇÃO ATÉ NA FÉ !!!



 
frequentada por Cunha
recebeu R$ 125 mil de delator,
diz jornal



Igreja evangélica frequentada por Cunha recebeu R$ 125 mil de delator, diz jornal




Lobista que acusou Cunha na Lava Jato fez repasse à Assembleia de Deus, igreja frequentada pelo presidente da Câmara



A empresa Treviso, que pertence ao lobista Julio Camargo, delator na Operação Lava Jato, repassou R$ 125 mil à igreja evangélica Assembleia de Deus Ministério Madureira, em Campinas (SP), no interior paulista. A informação foi publicada nesta sexta-feira (31) no blog do jornalista Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo.
O responsável pela igreja em Campinas é o pastor Samuel Ferreira, irmão do presidente da Assembleia de Deus Madureira no Rio, pastor Abner Ferreira. Em fevereiro deste ano, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), celebrou a sua vitória na eleição para presidir a Casa ao lado de Abner e lá anunciou o seu ingresso na igreja.
Segundo a reportagem do Estadão, um laudo da Polícia Federal mostra que o montante de R$ 125 mil foi repassado à igreja entre 2008 e 2014, sem mais detalhes (como se foi uma única parcela ou várias, por exemplo). Nem a defesa da Assembleia de Deus Ministério Madureira, nem a defesa de Camargo ou de Cunha falaram sobre o assunto.
O lobista declarou recentemente, em depoimento à Justiça em Curitiba (PR), que foi pressionado a pagar US$ 5 milhões em propina a Cunha. Após mudar o seu posicionamento em relação a depoimentos anteriores, Camargo perdeu a advogada de defesa, Beatriz Catta Preta, que disse ao Jornal Nacional, da Rede Globo, “ter visto aumentar a pressão” quando o nome do presidente da Câmara passou a constar na delação premiada do então cliente.
“Todos os depoimentos prestados sempre vieram respaldados com informações, dados, documentos, provas definitivas”, afirmou a advogada, que ressaltou que Cunha não havia sido citado antes por Camargo “por medo”. A atual defesa do lobista reafirmou temer o peemedebista e outros investigados agem com a ‘lógica de gangue’.
“Eventuais contradições de Julio Camargo, advém de seu justificado temor em relação ao deputado federal Eduardo Cunha, que hoje ocupa a presidência do Poder Legislativo Federal. A reação dos investigados contra o colaborador ocorre em várias instâncias informais, que vão desde a maledicência à calúnia descarada e formais com o uso da Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras para desencorajar e desacreditar a colaboração prestada por Camargo. Está em vigor a ‘moral da gangue’, que acredita por triunfar pela vingança, intimidação e corrupção”.
Em mais de uma oportunidade, Cunha e a sua defesa negaram qualquer envolvimento com Camargo ou qualquer irregularidade. Sobre Beatriz Catta Preta, o presidente da Câmara usou as suas redes sociais para se defender.

 


Os evangélicos são um dos grupos cujo apoio dá sustentação a Cunha dentro e fora do Congresso Nacional. Como a foto abaixo ajuda a dar uma boa ideia.

 


Baiano quer anular delação de Camargo
Os advogados de Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, tentam anular no Supremo Tribunal Federal (STF) o acordo de delação premiada de Julio Camargo no âmbito da Operação Lava Jato. Na petição encaminhada à Corte, os advogados alegam que o lobista usou diferentes versões nos depoimentos - omitindo informações no curso da delação premiada - e que o acordo não poderia ter sido homologado no Paraná, em razão da menção a Cunha.
Eles apontam que, em um primeiro momento, Camargo disse que o contrato de compra de navios-sonda pela Petrobras não tinha relação com Cunha. Posteriormente, em depoimento neste mês, Camargo declarou que o parlamentar exigiu R$ 5 milhões de propina em dois contratos da estatal. Ao pedir ao STF a rescisão do acordo de delação, os advogados de Fernando Baiano dizem que Camargo "firmou compromisso de dizer a verdade e não mentir ou sonegar informações" quando concordou em colaborar, o que não aconteceu.
"O 'colaborador' Julio Camargo, se pretendia fazer jus aos benefícios propostos pelo Ministério Público Federal, deveria ter cumprido à risca suas obrigações, jamais omitir fatos, mentir aqui, ali ou acolá, alterando conteúdo de seus depoimentos e prejudicando o exercício da ampla defesa e do contraditório por aqueles que foram delatados. Onde está a verdade? Aqui ou ali? Nem lá nem cá? A estória contada por Julio Camargo é inconfiável".
Fernando Baiano é réu, junto com Camargo, com o doleiro Alberto Youssef e com o ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró na ação penal que corre em Curitiba na qual Cunha foi citado. "Ora, se o delator deve dizer a verdade, inclusive com menção a agentes públicos, sem malícia ou reservas mentais, o que influenciará, inclusive, na fixação da competência para homologação do acordo de colaboração premiada, tem-se que Julio Camargo, sem qualquer dúvida, deu causa à rescisão do ajuste", escrevem os advogados de Baiano.
Como Camargo não mencionou qualquer parlamentar no acordo de delação premiada inicialmente firmado, o caso foi homologado pelo juízo de primeiro grau. Caso o deputado já tivesse sido citado Cunha, o termo deveria ser chancelado pelo STF, Tribunal competente por investigações penais sobre autoridades com foro privilegiado como deputados e senadores. "Embora o acordo tenha sido homologado pelo Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba, os novos depoimentos de Julio Camargo (...) revelam que o Juízo competente para decidir a rescisão do contrato é o Supremo Tribunal Federal", escrevem ao STF os defensores de Baiano.
A eventual rescisão do acordo de delação premiada pode gerar efeitos para as duas partes: tanto para o delator como para os investigadores. Caso a Justiça entenda por anular a eficácia das declarações do lobista, os depoimentos não seriam considerados indícios de provas. Já o delator pode perder os benefícios conquistados com o acordo de delação.
Além do pedido para anular a delação, o STF já recebeu três pedidos para suspender a ação penal que tramita no Paraná na qual Cunha foi citado e remeter o caso para Brasília. Além do próprio peemedebista, as defesas de Baiano e de Cerveró também protocolaram nos últimos dias reclamação contra o juiz federal Sérgio Moro, que conduz a Lava Jato no Paraná.
Ao analisar a reclamação proposta por Cunha - a primeira a chegar ao Tribunal desde que o peemedebista foi citado por Julio Camargo -, o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, determinou que Moro envie informações à Corte sobre o processo antes de julgar o caso.
(Com Estadão Conteúdo)




FONTE:

Brasil Post  |  De

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