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domingo, 14 de junho de 2015

FIM DA MORTE POR INFARTO ??







Aplicativo pode reduzir mortes por infarto ao localizar socorristas próximos



ThinkStock

Estudos mostram que quando os primeiros socorros são prestados antes da chegada da ambulância, há mais chances de sobrevivência nos 30 dias após o ataque

Primeiros socorros são fundamentais para salvar vidas, quando feito por pessoas capacitadas, é claro. E se fosse possível localizar pessoas treinadas em primeiros socorros que estivessem mais próximas do que a ambulância chamada? Dois novos estudos mostram que isso poderia salvar ainda mais vidas.

Para testar essa possibilidade, um grupo de médicos do Instituto Karolinska, na Suécia, desenvolveram um aplicativo em que colocaram dados com mais de 9 mil voluntários treinadas em massagem cardiopulmonar. Quando alguém chamava uma ambulância para casos de infarto fora de um hospital, o sistema acionava os voluntários que estivessem há 500 metros do local para que eles socorrerem.

Nos 306 casos em que o sistema foi ativado, 62% dos pacientes receberam massagem cardiovascular antes da chegada da equipe médica, enquanto nos casos monitorados em que o aplicativo não foi usado, apenas 46% conseguiram atendimento antes da ambulância.

Outro estudo feito pelo menos Instituto, e com quatro pesquisadores em comum com a outra pesquisa, mostrou que a taxa de sobrevivência em 30 dias após um infarto é maior em pacientes que recebem primeiros socorros mais rapidamente. Pacientes que não recebem massagem cardiopulmonar tem 4% de chance de sobreviver em 30 dias após o problema, enquanto pacientes que recebem essa atenção tem 10,5% de chances. Quando o socorro chega em menos de 3 minutos, então, esse percentual sobe para 21,6%.

A junção de ambas as pesquisas, publicadas no jornal científico The New England Journal of Medicine, mostra a importância de ter um atendimento rápido nesses casos e que isso pode ser possível quando há medidas que aproximem os socorristas das pessoas que estão sofrendo uma parada.

Hoje, o sistema desenvolvido pelo Instituto Karolinska conta com 14 mil voluntários treinados em massagem cardiopulmonar. A ideia é que ele agora seja desenvolvido para que outros centros de chamadas de emergência no mundo todo possam ter esse banco de dados e usá-lo para ajudar pessoas próximas.

Identificando e socorrendo um infarto

As doenças cardiovasculares são líderes em morte no mundo, sendo responsáveis por quase 30% dos óbitos no Brasil. Dentre estas, o infarto agudo do miocárdio é a causa principal - e os riscos aumentam quanto mais demorado o tempo entre o início dos sintomas e o atendimento final.

Enquanto um sistema como estes não chega ao Brasil, veja como reconhecer um infarto e tomar os procedimentos adequados: 

homem com o braço dormente - Foto: Getty Images
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Reconheça os sintomas

Os sintomas típicos do infarto incluem dor no peito, como uma sensação de aperto, de forte intensidade, sem fatores de melhora e ou/piora, com irradiação para braço esquerdo e pescoço. Geralmente dura mais de 30 minutos e pode vir acompanhado de mal estar geral, náuseas e vômitos. "As mulheres e os pacientes diabéticos podem apresentar, de forma mais frequente, sintomas atípicos como falta de ar, cansaço desproporcional ao esforço e dor tipo queimação no estômago", afirma o cardiologista Bruno Valdigem, da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas.

Segundo o especialista, em homens a dor e aperto no peito ou queimação são muito comuns. Em mulheres, as dores podem assumir aspecto de pontadas, facadas, queimação ou aperto, entre outras. Confira a lista de sinais para suspeitar de infarto:

- Dor mantida desde a mandíbula até o umbigo
- Geralmente uma dor estranha, impossível de localizar com a ponta do dedo
- Normalmente dura mais que 20 minutos
- Costuma ter início após estresse emocional ou físico
- Pacientes diabéticos ou hipertensos tem maior chance de infartar
- Fraqueza intensa e súbita
- Falta de ar de início súbito

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