Seguidores

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

CRISE DA ÁGUA: PERGUNTAS QUE NÃO QUEREM CALAR !!!



15 PERGUNTAS E RESPOSTAS
 
SOBRE O DRAMA DA ÁGUA
 
 EM SÃO PAULO
 



Copo com água no deserto


No limite

 
São Paulo -  Assim como futebol e política, “água” virou assunto corrente nas conversas de quem mora em São Paulo.
 
No supermercado, na fila do ônibus, na hora do almoço, as perguntas estão sempre lá:
 
Meu bairro pode ser afetado?
 
A conta de água vai ficar mais cara?
 
Afinal, quantos volumes mortos existem?
 
E o Sistema Cantareira vai conseguir se recuperar?
 
Veja a seguir algumas respostas.
 
 

1) Meu bairro corre risco de sofrer com a falta d´água?

Finalmente, depois de mais de um ano de crise, a Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo (Sabesp) publicou em seu site os horários em que cada bairro é afetado pela redução de pressão, que pode durar de 7h a 18 horas seguidas. Segundo especialistas, a medida de contenção pode afetar o abastecimento em regiões elevadas, gerando falta de água. Veja aqui o período em que cada bairro tem a pressão da água reduzida.



Sistema de captação de água do sistema de abastecimento Cantareira na represa de Jaguari, em Joanópolis

2) Existem quantas cotas de volume morto?

São três, apenas. Com a segunda cota aproximando-se de 5%, São Paulo ainda poderia utilizar a terceira. Mas esgotar o sistema seria imprudente, segundo especialistas. Além disso, os 200 bilhões de litros de água da terceira e última cota estão praticamente no "lodo", conforme avaliação da Agência Nacional de Águas, o que exigiria soluções mais custosas para tratar o insumo de baixa qualidade.

 

3) Qual o impacto do uso do volume morto na qualidade da água e na saúde pública?

Por se tratar de uma área mais funda, abaixo do nível de captação, o chamado volume morto (ou reserva “técnica ou estratégica”, como diz o governo) serve de zona de sedimentação dos micropoluentes no ambiente aquático e, também, de alguns metais pesados. Quando remexida, pode impactar não só a qualidade da água, mas a vida dos seres daquele ecossistema.
Estima-se que os gastos da Sabesp tenham aumentado em 40% com tratamento dessa água, comparada à água do volume útil. Em nota enviada à reportagem de EXAME.com, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) afirmou que realiza, periodicamente, análises da qualidade da água dos reservatórios, com o objetivo de avaliar os aspectos ambientais do denominado “volume morto”.
"Essa caracterização é realizada por meio de parâmetros físicos, químicos e biológicos. Com base nessa análise, verifica-se que a água do reservatório continua apresentando boas condições de qualidade, tanto para proteção da vida aquática quanto captação visando o abastecimento público”, diz o órgão.


Torneira pingando  

 

4) Por que o rodízio de água não começou antes?

O rodízio de água era a primeira opção apresentada pela Sabesp para contornar os níveis decadentes do sistema Cantareira. O plano foi formalmente entregue em janeiro de 2014 ao Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE), mas foi descartado pelo governo Alckmin. Na ocasião, o rodízio proposto era de 48 horas com água e 24 horas sem para as localidades atendidas pelo Cantareira. Se tivesse sido implementada há um ano, a medida poderia ter resultado em uma economia de 120 bilhões de litros em 2014.

 
 

5) O Sistema Cantareira conseguirá se recuperar? Quando?

Deixar o manancial se esgotar, como está ocorrendo, gera graves efeitos ambientais. O esgotamento de uma represa afeta os lençóis freáticos do entorno e de todo o ecossistema. “Esses mananciais precisam ser preservados e não explorados à exaustão. É uma questão de preservação da qualidade da água”, disse à EXAME.com Roberta Baptista Rodrigues, doutora em recursos hídricos e professora dos cursos de Engenharia Ambiental e Sanitária e de Engenharia Civil da Universidade Anhembi Morumbi.
Segundo os especialistas, recuperar esses sistemas não será fácil, mesmo com muita chuva. À medida que a quantidade de água dos reservatórios diminui, aumenta a taxa de evaporação, uma vez que o solo fica mais seco em contato com a atmosfera. Assim, a água da chuva que cai evapora com mais facilidade, dificultado a infiltração no solo.
Segundo previsão do Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal do Ministério de Ciência e Tecnologia, o sistema Cantareira terminou 2014 sem recuperar 492 bilhões de litros de água perdidos durante os 12 meses. E até ontem (30), recebera apenas 54,52% dos 271,1 milímetros previstos os 31 dias de janeiro.


6) A conta de água vai ficar mais cara?

Já ficou. O primeiro reajuste na tarifa de água e esgoto foi de 6,7%, em dezembro. Mas o governo Alckmin já cogita um novo reajuste para o mês de abril, além de um endurecimento da sobretaxa para quem elevar o consumo. Tais medidas buscariam inibir o consumo através da “dor no bolso” e cobrir as perdas financeiras da Sabesp.



 

 LEIA AS OUTRAS PERGUNTAS E RESPOTAS EM:



 

Nenhum comentário: