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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

CANTAREIRA SAI DO VOLUME MORTO !!




Um ano e meio depois, 
Cantareira sai do
volume morto


Sistema Cantareira teve de ser socorrido no ano passado com o uso do chamado volume morto
© Fornecido por Estadão 
Sistema  Cantareira teve de ser socorrido
 no ano passado com o uso do chamado volume morto




Após chuvas acima da média nos últimos meses, racionamento e redução do consumo, o Sistema Cantareira voltou a operar no azul um ano e meio após entrar no volume morto. 

Os reservatórios que compõem o manancial atingiram o índice de 29,3% da capacidade, o suficiente para deixar de captar água da reserva profunda, segundo relatório da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), informado nesta quarta-feira, 30.
Mesmo com a recuperação do manancial, que está há mais de dois meses sem sofrer queda, a população deve continuar sofrendo cortes de abastecimento pelo terceiro ano consecutivo. A exploração do Cantareira, atualmente de até 18 mil litros por segundo, permanece limitada à metade da capacidade de produção do sistema, de 35 mil l/s.
Embora o sistema inicie 2016 em uma situação melhor do que a de 2015, quando o nível estava 21% abaixo de zero, a quantidade de água armazenada nas represas ainda é 44% menor do que em janeiro de 2014, ano marcado pela crise hídrica.
Há incertezas sobre o comportamento climático e o atraso nas obras para ampliar o estoque da Grande São Paulo. As projeções, contudo, são mais otimistas agora porque, depois de registrar o ano mais seco da história, o Cantareira encerra o último mês de 2015 com uma entrada de água (52 mil l/s) igual à média histórica de dezembro, o que não acontecia desde julho de 2012. Só em novembro e dezembro, meses em que choveu 15% acima do esperado, o Cantareira somou 130 bilhões de litros, mais da metade dos 220 bilhões de saldo acumulado no ano.
Ao longo de 2015, o Cantareira recebeu o dobro do volume de água de 2014. Entraram cerca de 711 bilhões de litros nos reservatórios, o equivalente a 70% da capacidade do sistema, enquanto que no primeiro ano da crise hídrica foram 357 bilhões. Mas só a chuva seria insuficiente para garantir a recuperação parcial do sistema.
Cálculos feitos pelo Estado a partir de dados da Agência Nacional de Águas (ANA) mostram que se a Sabesp tivesse mantido em 2015 o nível de exploração de água de 2014, o manancial teria perdido 34 bilhões de litros, em vez de ter acumulado 220 bilhões. Com a política de racionamento, a redução do consumo pela população e a exploração de outros sistemas, a companhia retirou 40% menos água do manancial neste ano do que em 2014.
Histórico
Quando o Cantareira passou a depender do volume morto, no dia de 10 de julho de 2014, a Sabesp retirava 22 mil l/s das represas, que recebiam dos rios afluentes apenas 6,4 mil l/s. Só naquele mês, o déficit do sistema foi de 50 bilhões de litros. Já em dezembro de 2015, o saldo foi inverso. Entraram 51,9 mil l/s e saíram 15 mil l/s, um saldo de 98 bilhões de litros.
A primeira cota do volume morto, de 182,5 bilhões de litros, foi adicionada ao cálculo da Sabesp em maio de 2014, o que fez o nível do manancial saltar artificialmente de 8,2% para 26,7%. Cinco meses depois, outra reserva profunda, de 105 bilhões de litros, seria acrescentada. Dessa vez, o sistema subiria de 3% para 13,6%.



FONTE:




quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

NÃO REPITAM MEU ERRO




As comemorações de fim de ano estão aí novamente e mais uma vez passarei o Ano Novo longe do meu filho, pois as feridas que causei a ele ainda não estão totalmente fechadas. 
Ainda não reconquistei a confiança dele. 
Ainda não fui clara de que ele pode trazer o seu marido e filho para passarmos estas comemorações juntos.


Há anos não passamos o Natal juntos



MULHER


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Até certo ano nossa família sempre esteve unida nas comemorações do Natal e Ano Novo.
De repente, como em um piscar de olhos, durante o ano que chegou após maravilhosas comemorações, meu filho assumiu ser homossexual.
Foi muito difícil entender o que significava aquilo. Eu temia, entre diversas situações, que nas próximas comemorações ele levasse um homem para a nossa festa familiar e o apresentasse como namorado. Não queria dizer para ele, mas os meus únicos sentimentos em relação a essa possível situação eram vergonha e medo da retaliação que minha família iria nos impor. Fiquei muito focada na minha tristeza, na minha frustração, e ignorei o que ele estava sentindo.
Não soube lidar bem com a situação e ele foi embora. Passei anos sem nenhuma notícia dele. Não dormia, não me alimentava direito, não sabia se ele estava bem, se estava vivo, se estava triste e se estava se alimentando tão mal quanto eu. Deixei o meu bebê, meu eterno bebê, assumir sozinho a dura sobrevivência nesse mundo. Todas as minhas orações falavam dele e pediam a Deus que o protegesse. Onde estava o meu filho?
A saudade e a dor dessa distância eram tamanhas, que eu passei a desejar tê-lo por perto, independente da sua orientação sexual. Eu só queria o meu filho por perto, mas onde ele estava?
Todos os dias me perguntava se um dia iria vê-lo de novo. Mais que isso, me perguntava se um dia eu seria merecedora do seu perdão. Caí na real que magoei o meu filho e neguei-lhe o amor incondicional que sentia por ele. Criei condições para esse amor e ele não sentiu a influência e segurança que esse amor poderia lhe oferecer.
Meu amor me fazia capaz de avançar como uma leoa sobre qualquer pessoa que magoasse o meu filho, mas fui eu quem o magoei. Eu merecia uma segunda chance, mas onde estava o meu filho? Será que ele sentia a minha falta?
Alguns anos depois, no Dia das Mães, ele me procurou por uma ligação telefônica, com uma voz chorosa que disse sentir a minha falta. Eu nunca mudei o número do telefone da nossa casa, para que no dia em que ele quisesse entrar em contato, conseguisse. Eu queria e pedia essa ligação todos os dias, mas não usei aquele tempo distante para me preparar para ela e simplesmente não soube o que falar, não soube transmitir para ele o meu desejo de tê-lo por perto novamente.
Ele me falou sobre a sua vida, de como ela tinha mudado, de como ele estava feliz, de como ele havia crescido. Ele se formou longe de mim, tinha uma casa que foi construída e montada sem que eu pudesse lhe dar nem uma panela. Ele tinha um companheiro que eu só conseguia enxergar como amigo. Eu não havia vencido o meu preconceito, que travestido de medo e vergonha, era preconceito.
Eu sou mãe, mas sou humana, sou imperfeita, sou feita de erros e acertos. Hoje eu quero acertar e resolvi escrever esta carta para todas as mães e pais.
Pode ser que um dia o seu filho ou filha chegue até você e assuma uma orientação sexual diferente da que você sonhava para eles. A orientação sexual dos seus filhos não diz respeito a você. É correto sonhar com o que você quiser, mas lembre-se de voltar para a realidade sempre que um sonho seu envolver a liberdade de escolha e a de vida de outra pessoa.
Descobri que há uma forma de vencer o medo, a vergonha, o preconceito: envolva-se na luta pelo fim desses sentimentos. Não imponha seus sentimentos às escolhas dos seus filhos. A menos que você deseje uma vida como a minha, não imponha.
O fato do meu filho ter tido sucesso na vida é um mérito somente dele. Jamais poderei dizer que tenho orgulho da minha maternidade. Errei feio. Todo o sucesso dele poderia ter sido fracasso e aí sim, o mérito seria todo meu. Que mãe deseja o mérito sobre o fracasso total na vida de um filho?
O mundo está repleto de preconceito, de criminosos que não poderiam ter dez segundos sequer, sozinhos, perto de uma pessoa LGBT. Não permita jamais que seus filhos estejam sozinhos por aí, sem o seu amor.
As comemorações de fim de ano estão aí novamente e mais uma vez passarei o Natal e Ano Novo longe do meu filho, pois as feridas que causei a ele ainda não estão totalmente fechadas. Ainda não reconquistei a confiança dele. Ainda não fui clara de que ele pode trazer o seu marido e filho para passarmos estas comemorações juntos.
Me dei conta de que ele alcançou tudo o que eu sonhava para a vida dele: uma formação profissional promissora, uma família e alguém que o amasse. Mas não tive maturidade suficiente para aceitar isso da forma que ele quis e precisava construir. Fui egoísta e quis desenhar a história dele.
Não repitam o que eu fiz. Não repitam o que ainda estou fazendo. De verdade: façam o que eu digo, não o que faço. Eu gostaria, mas ainda não venci o meu orgulho pessoal de chegar até ele e dizer que errei feio. Eu já disse isso para algumas amigas, mas ainda não tive coragem de dizer para ele. Estou escrevendo esta carta para começar a consertar isso.
A minha intenção é ensaiar dizer tudo o que ele merece ouvir, mas antes de dizer a ele pessoalmente, gostaria de deixar a minha experiência com outras mães e pais. Não trilhem o mesmo caminho.
* A identidade da autora da carta será preservada a pedido da mesma.


FONTE:

Publicado: Atualizado: 


O SAL NÃO VIRA AÇÚCAR




Humberto Martins:

 'Não aceitaria viver um gay na TV'



HUMBERTO MARTINS



O ator Humberto Martins afirmou que nunca aceitaria interpretar um personagem gay na TV.
Em entrevista à revista Quem, ele justificou sua posição como uma "questão comercial".
"A TV aberta não comporta esse tipo de escalação. Vai ficar falso, é novela. E novela é retratação da realidade. Você não consegue fazer sal virar açúcar. O gosto vai ser sempre sal."
Com carreira consolidada em novelas da TV Globo, Humberto enumerou os tipos que já interpretou: PM, capitão, agente e bombeiro, entre outros. "Como pegar um cara assim e fazer dele uma bicha?", questionou.
Durante a entrevista, um caso recente envolvendo o ator Marcos Pasquim foi citado.
Pasquim interpretaria um personagem gay na novela Babilônia. Porém, após pesquisas de opinião, percebeu-se rejeição do público e o papel mudou.
De acordo com Humberto, é fácil entender o episódio.
"O público manda na história, acolhe e decide o que quer assistir. Ele não gosta de ver uma pessoa que já idolatrou em sua mente como galã interpretando gay. Há outros atores para isso! (...) Marcos sempre foi visto como pegador!"
As declarações do ator não foram bem recebidas pelos leitores. Nas redes sociais, sua postura foi considerada machista e homofóbica





FONTE:

MUDANÇA NA VIDA DOS CEGOS


ESTE RELÓGIO PODE
 MUDAR PARA SEMPRE 
A VIDA DOS CEGOS




Reprodução


Relógio converte notificações e e-mails para braile


Há mais de 15 anos uma invenção realmente grande não surge para auxiliar os deficientes visuais. Porém agora, parece que o aparelho desenvolvido por um ex-estudante da Universidade de Washington poderá finalmente colocar um marco à frente daqueles que possuem tal deficiência.
Tudo começou quando Eric Ju Yoon Kim recebeu um estudante cego em seu grupo de estudos e observou que ele carregava um enorme e pesado livro. Era uma das 23 partes dos livros que traduzem a Bíblia para o braile. Na cabeça de Kim, aquilo ficou como uma semente para o que viria a ser uma brilhante ideia anos depois. O jovem não se comformava que não houvesse algum dispositivo que facilitasse a leitura por parte dos cegos de uma forma mais compacta.
Ele foi atrás de informações, no entanto, não havia nada como um iPad em braile ou algo assim. Ao encontrar a necessidade, Kim não duvidou e foi atrás de resolver tal problema. Ele reuniu um grupo de especialistas em hardware, software e design e hoje é CEO da companhia Dot Inc. Eles são especializados na criação de inovações tecnológicas para cegos e pessoas com dificuldades na visão. A missão do grupo é aumentar a acessibilidade ao braile e “reduzir a discriminação invisível contra pessoas cegas”.
O último produto que eles lançaram publicamente é um fino e estiloso relógio de pulso capaz de converter textos, emails, notificações e até mesmo ‘e-books’ em braile.

“Falando com deficientes visuais, muitos disseram que os relógios já existentes traziam muitas falhas”, comentou Doo Hyuk Chand, em matéria do 'Upworthy’. Isto porque a grande maioria deles utilizava o som como forma de dar o feedback aos deficientes, o que em locais públicos pode muitas vezes ser um problema.
Com o novo 'Dot Watch’ não há este incomodo, já que o relógio vibra para novas notificações e pequenos pinos em sua superfície levantam, produzindo quatro caracteres em braile por vez. Talvez ele não seja o melhor para ler um romance, mas para textos pequenos é, sem dúvidas, um belo avanço na praticidade e discrição.


FONTE:

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

OS ANTIGOS ROMANOS




POR QUE OS ANTIGOS ROMANOS 
NÃO PRECISAVAM 
DE DENTISTA ?




Antigos romanos 

não precisavam de dentista 

por conta de um alimento 

que não comiam



A forma como higienizamos nossa boca atualmente teria sido algo completamente desnecessário se tivéssemos vivido com os romanos da Pompéia, de acordo com estudos feitos por um grupo de cientistas. 
Para chegar a tal conclusão, eles realizaram exames específicos em que analisaram trinta habitantes da cidade que foi vítima de uma gigante erupção no Vesúvio, no ano 79 d.C..

O grupo, liderado por Giovanni Babino, liberou as fotos do trabalho em setembro de 29 e revelou e uma conferência de imprensa que os romanos tinham dentes perfeitos e “nenhuma necessidade aparente para dentistas”, de acordo com informações da Agência Jornalística Itália.

Na realidade, os cidadãos de Pompeia não precisavam deste “luxo” moderno, já que a quantidade de açúcar em suas dietas era baixíssima. 
Massimo Osanna, superintendente do site ‘World Heritage’, comentou em entrevista ao 'The Telegraph’ que eles mantinham uma dieta equilibrada dentro do que chamamos hoje de dieta Mediterrânea.
“Eles comiam muitas frutas e vegetais, porém pouquíssimo açúcar” comentou a ortodontista Elisa Vanacore, que analisou as amostras de dentes. “Eram melhores do que nós neste quesito”, completou.

fonte:
(Foto: Reprodução/EPA)

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Schumacher




Ex-empresário revela 
proibição de visitas 
à casa de Schumacher 
desde acidente: 

“Não pude visitar meu amigo”




Willi Weber, antigo empresário de Michael Schumacher, não recebeu autorização para visitar a casa do heptacampeão, vítima de um acidente de esqui em 2013. Weber revelou que Corinna Schumacher, esposa do ex-piloto, o proibiu as visitas, apesar de algumas tentativas de furar o cerco montado pela família.
Weber explicou a situação através de um post no Facebook. Lá, contou que não vê Michael desde o acidente e lamentou que, hoje, sua única chance de recordar Schumi é através da memória.
“Corinna Schumacher me proibiu qualquer contato com Michael desde o acidente. Até hoje não pude visitar meu amigo após seu acidente, minha única chance é manter ele na memória”, lamentou Willi.
“Tentei de tudo para ir e visita-lo. Claro que vou permanecer ao seu lado para sempre, faria de tudo para melhorar essa situação. Seus comentários na internet são totalmente justificáveis”, finalizou.
Poucas são as pessoas que receberam autorização para visitar Schumacher. Jean Todt, presidente da FIA, e Felipe Massa, ex-companheiro de equipe, são alguns dos poucos privilegiados. Mas Weber – empresário de Schumi desde 1989, quando o futuro campeão estreou na F3 Alemã – parece não ter passado pela rigorosa linha de corte da família.
FONTE:



domingo, 27 de dezembro de 2015

VASECTOMIA OBRIGATORIA SERÁ INDENIZADA




Universal terá que 
indenizar pastor 
obrigado a fazer 
vasectomia

Jeziel Severino da Silva alega que Igreja o acusou de apropriação indevida de valores e ainda foi expulso de casa.
© Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas
 Jeziel Severino da Silva alega que Igreja o acusou de apropriação indevida de valores e ainda foi expulso de casa.



A 5ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça paulista condenou Igreja Universal do Reino de Deus a indenizar um pastor e sua família, agredidos e expulsos de casa sob acusação de apropriação indevida de valores. 
O pastor teria ainda sido obrigado a se submeter à cirurgia de vasectomia como condição para exercer o ministério. 
O pastor e seus familiares receberão R$ 150 mil a título de danos morais.
As informações foram divulgadas no site do Tribunal de Justiça de São Paulo (Apelação nº 0076052-11.2008.8.26.0114)
De acordo com o processo, o pastor e os familiares teriam sido retirados à força do imóvel após participarem de reunião com bispo da igreja. 
A ação indenizatória foi julgada parcialmente procedente, razão pela qual a instituição recorreu.
Ao julgar o recurso, o desembargador Erickson Gavazza Marques entendeu presentes 
“os elementos que comprovavam a prática de atos ilícitos” 
e manteve a condenação, mas reduziu o valor arbitrado em primeira instância – a sentença havia determinado pagamento de R$ 500 mil a cada autor.
“Restando demonstradas nos autos as injustas agressões praticadas pelos prepostos da requerida (Universal), bem como a imposição de vasectomia a seus pastores, presentes estão os elementos essenciais da obrigação de indenizar, sendo que o desfecho da presente ação não poderia ser outro, senão o acolhimento do pedido de reparação pela ofensa moral experimentada pelos autores. Considero adequada a redução do quantum indenizatório, a título de danos morais, para o montante de R$ 50 mil para cada um dos autores”, 
concluiu o magistrado.

Gavazza Marques determinou, ainda, a remessa dos autos ao procurador-geral de Justiça para apuração de eventual prática de esterilização generalizada praticada pela igreja.
Os desembargadores Mônaco da Silva e James Siano também participaram do julgamento.

COM A PALAVRA, A IGREJA UNIVERSAL:
“Com referência à recente decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) no processo n° 0076052-11.2008.8.26.0114, a Igreja Universal do Reino de Deus esclarece que a acusação nele contida, de imposição de vasectomia a pastores da igreja, é desmentida facilmente pelo fato público e notório de que grande parte de nossos bispos e pastores tem filhos.
A Universal entende que o planejamento familiar é um tema que deve ser debatido exclusivamente pelo casal, e a instituição não interfere na questão, que é de absoluto foro íntimo de cada marido e cada esposa.
A Igreja recorrerá da decisão judicial.
Atenciosamente,
UNIcom – Departamento de Comunicação Social e de Relações Institucionais da Universal”
FONTE:


ÁGUA: CANTAREIRA EVOLUI



Nível do Cantareira 
tem elevação e 
sistema deve sair 
do volume morto 
este ano


Sistema Cantareira


O nível de armazenamento de água do Sistema Cantareira teve elevação, hoje (25), ao passar de 27,5%, ontem, para 27,7%, de acordo com dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). 
Ao todo, no mês, choveu 214,9 milímetros (mm) no Cantareira, o que equivale a 97,9% da média histórica do reservatório (219,4 mm).
O índice considera o volume acumulado em relação ao volume útil. 
Após ação do Ministério Público (MP), aceita pela Justiça, a companhia passou a divulgar outros dois índices para o Sistema Cantareira. 
O segundo considera a conta do volume armazenado pelo volume total de água do Cantareira, e era de 21,4%. 
O terceiro, conta com o volume armazenado, menos o volume da reserva técnica pelo volume útil, e era de -1,6%.
Segundo previsões da Sabesp, anunciadas nesta semana, o Cantareira, assim como os outros reservatórios do estado, devem sair da reserva técnica até o final do ano, caso as chuvas continuem. 
“Ao todo, temos hoje 36% do estoque máximo em todas as reservas. No Cantareira, temos 266 milhões de metros cúbicos, sendo que a capacidade total é de 982 milhões, o que nos remete a 27% da capacidade. Contando com a reserva técnica, temos hoje 21% da capacidade armazenada”.
O sistema abastece 5,3 milhões de pessoas na Grande São Paulo e vive uma crise hídrica há dois anos.

FONTE:
Agência Brasil

sábado, 26 de dezembro de 2015

TERRA SEM LUA: COMO SERIA ?



E se não houvesse Lua?

Foto divulgada no fim de semana pela NASA mostra a Terra captada a partir da Lua pela sonda LRO (L unar Reconnaissance Orbiter).
© NASA/GODDARD/ARIZONA STATE UNIVE 
Foto divulgada no fim de semana pela NASA mostra a Terra captada a partir da Lua pela sonda LRO (L unar Reconnaissance Orbiter).

O que aconteceria se a Lua desaparecesse de repente?

Imaginemos a Terra na atualidade: o que sucederia se fizéssemos a Lua desaparecer subitamente? Como a vida na Terra seria afetada? O efeito mais imediato que perceberíamos é que as noites seriam totalmente escuras, as fases lunares teriam desaparecido e todas as noites seriam noites de “lua nova”, noites sem lua. Seria o sonho de todo astrônomo, já que poderíamos desfrutar das estrelas, da Via Láctea e de outras maravilhas do cosmos sem ser ofuscados pela luz lunar. Deixariam de existir também os eclipses solares e os lunares. Além disso, desapareceria todo o romantismo e o mistério associado ao nosso satélite, que inspirou tantas canções, poemas, contos, romances, e tantos artistas, mas...aconteceria só isso se nosso satélite desaparecesse de repente? Claro que não!

1- Adeus às marés do modo como as conhecemos

Um efeito que sentiríamos no curto prazo seria o desaparecimento das marés decorrentes da gravidade da Lua. Nosso planeta tem 70% de sua superfície coberta de água líquida em forma de mares e oceanos. A Lua exerce uma força de atração gravitacional sobre tal crosta líquida, deformando-a e produzindo oscilações cíclicas ligadas à rotação da Terra com uma frequência aproximada de meio dia. É certo que o puxão gravitacional do Sol produz também uma deformação dos oceanos terrestres, mas seu efeito é aproximadamente a metade em força em relação ao lunar, de modo que, sem a presença da Lua, continuaria havendo marés na Terra, mas muito mais fracas. Seriam, basicamente, como um fluxo suave de ondas. Como consequência do desaparecimento das marés lunares, as correntes oceânicas se enfraqueceriam e as águas tenderiam a estancar-se. As margens dos mares perderiam seu sistema de drenagem e limpeza natural decorrente do avanço e recuo das águas. A água oceânica tenderia a redistribuir-se, tomando o rumo dos polos, e o nível do mar se elevaria nas costas. A consequência de tudo isso seria uma mudança drástica do clima da Terra.

2- Adeus a um eixo de rotação estável

O movimento da Lua ao redor da Terra está sincronizado, ou seja, o satélite leva o mesmo tempo para girar em si mesmo do que para girar ao redor da Terra. É por isso que sempre vemos a mesma imagem da Lua, e a outra permanece oculta para o nosso planeta. O movimento orbital da Lua ao redor da Terra estabiliza o eixo de rotação do planeta, mantendo sua inclinação fixa em cerca de 23 graus em relação ao plano de sua órbita (essa inclinação é a responsável pela existência das estações do modo como as conhecemos).
A Lua se formou uns 100 milhões de anos depois da Terra, após um violento impacto de um corpo do tamanho de Marte, denominado Theia
O eixo de rotação da Terra realiza um movimento circular estável chamado “precessão”, que é o que mantém tal inclinação fixa. O eixo terrestre demora cerca de 26.000 anos para completar esse movimento circular. Sem a Lua, a precessão terrestre se tornaria mais lenta, o que levaria o eixo de rotação terrestre a perder sua estabilidade, como quando um pião começa a balançar, prestes a cair, podendo variar seu eixo de forma caótica entre 0 e 90 graus. Isso resultaria novamente em uma mudança climática em escala global, que poderia produzir verões com temperaturas que superariam os 100 graus, e invernos com temperaturas abaixo de 80 graus negativos. No caso mais extremo, o eixo de rotação terrestre poderia alinhar-se diretamente na direção do sol, o que faria com que zonas do planeta ficassem sob uma permanente insolação e outras, em permanente obscuridade. As gigantescas diferenças térmicas entre uma metade e a outra da Terra provocariam ventos extremos, com velocidade de mais de 300 quilômetros por hora e outros fenômenos meteorológicos dramáticos.

3- Adeus a muitas das espécies e plantas terrestres

O desaparecimento da Lua afetaria também a vida na Terra. O efeito mais imediato seria o desaparecimento da própria luz solar refletida pela Lua, que alteraria os ritmos biológicos de muitas espécies animais e vegetais que se adaptaram e evoluíram sob a presença cíclica da luz lunar. Muitas espécies precisariam adaptar-se de repente à obscuridade total das noites sem lua.
O desaparecimento das marés lunares afetaria sobretudo as espécies adaptadas aos fluxos e correntes marinhos, como as que vivem nas costas às quais o fluxo das marés leva os nutrientes, ou as que habitam mares e oceanos, acostumadas aos atuais padrões das correntes marinhas.
Sem a presença da Lua continuaria havendo marés na Terra, mas muito mais fracas, seriam basicamente como um fluxo suave de ondas
As mudanças climáticas drásticas e globais, decorrentes do desaparecimento das marés e da desestabilização do eixo de rotação da Terra, seriam os fatores que produziriam as consequências mais terríveis sobre a vida terrestre. Os ritmos vitais de todas as espécies animais e vegetais seriam alterados por essas mudanças climáticas: as migrações, a época do cio, a hibernação etc. O crescimento das plantas também seria afetado pelas variações térmicas extremas. Muitas espécies seriam incapazes de se adaptar, haveria extinção maciça de plantas e animais. No caso muito extremo, que vimos antes, de que o eixo de rotação terrestre acabasse apontando para o Sol, a vida na Terra, tal como a conhecemos, seria impossível em qualquer dos dois hemisférios, e somente seria talvez viável no equador, entre os hemisférios ardente e gelado do planeta.

O que teria acontecido se a Terra nunca tivesse tido Lua?

Para poder analisar bem essa hipótese vejamos primeiro como acreditamos que a Lua se formou ao redor da Terra primitiva.

1- A formação da Lua

A Terra se formou há uns 4,6 bilhões de anos, a partir do disco de gás e pó que deu lugar ao Sol e aos demais corpos do Sistema Solar. Acreditamos que a Lua se formou uns 100 milhões de anos depois, após um violento impacto contra a Terra de um corpo do tamanho de Marte, chamado de Theia. O enorme impacto arrancou parte da Terra primigênia, que na época era uma esfera de magma, e a colocou em órbita terrestre.
O recém-criado sistema Terra-Lua começou a exercer uma atração gravitacional mútua. Tal atração produziu (e continua produzindo) a dissipação de uma enorme quantidade de energia decorrente da fricção dos oceanos com os fundos marinhos durante as idas e vindas das marés. Como consequência de tal dissipação, a velocidade de rotação da Terra se reduziu de cerca de 6 horas que durava o primitivo dia terrestre sem Lua até as 24 horas atuais (na atualidade a Lua continua freando a rotação da Terra a uma taxa de cerca de 1,5 milésimos de segundo a cada século). Para compensar essa diminuição na velocidade de rotação da Terra, a energia de rotação lunar precisa aumentar, o que produz um gradual afastamento da Lua da Terra, a uma velocidade de uns 3,82 centímetros a cada ano.
As condições dos fluxos e correntes necessárias para que a vida se desenvolvesse nos oceanos primitivos certamente não teriam existido
Não sabemos a distância exata entre a Lua e a Terra quando ela se formou, mas sabemos que estava a uma distância muito menor que a atual ((384.400 quilômetros), de modo que podia ser vista no céu com um tamanho de 10 a 20 vezes maior do que o da Lua atual. Essa proximidade produzia marés muito mais intensas que as atuais, que poderiam até mesmo afetar o magma terrestre e proporcionar uma energia extra para aquecer os elementos radioativos presentes na primitiva Terra. Essas marés intensas foram possivelmente muito importantes para mesclar e remover as águas de mares e oceanos, o que teria acelerado e possibilitado a origem e a evolução da vida há cerca de 3,8 bilhões de anos.

2- Uma Terra sem Lua

Agora que já sabemos como a Lua se formou e que efeitos teve sobre a Terra primitiva, podemos nos perguntar o que teria ocorrido se o corpo conhecido como Theia nunca tivesse se chocado contra a Terra em formação, rasgando um pedaço dela. O que seria então de uma Terra sem Lua? Já vimos que os efeitos da maré gravitacional entre a Lua e a Terra frearam a velocidade de rotação terrestre, das 6 horas originais até as 24 horas atuais. Se a Lua nunca tivesse sido formada, os únicos efeitos existentes da maré teriam sido os provocados pelo Sol, muito mais fracos do que os lunares. E a rotação da Terra seria atualmente de 8 horas.
Quanto maior é a velocidade de rotação de um planeta, maiores são os ventos produzidos nele. Assim, se o dia terrestre durasse somente 8 horas, os ventos típicos na Terra alcançariam 160-200 quilômetros por hora. Além disso, as marés, por serem ocasionadas somente pelo Sol, seriam muito mais suaves. Por isso, as condições de fluxos e correntes necessárias para que a vida se desenvolvesse nos oceanos primitivos certamente não teriam existido, ou teriam se formado centenas de milhões de anos mais tarde, retardando a origem e posterior evolução da vida terrestre. Já sabemos que, sem a Lua, a inclinação do eixo de rotação terrestre não seria estável, o que produziria variações extremas de temperatura e mudanças climáticas. Por tudo isso, em uma Terra sem Lua certamente na atualidade não existiriam formas de vida complexa e, quando finalmente surgissem, teriam com toda a probabilidade uma biologia muito diferente da que conhecemos.
Não sabemos a distância exata entre a Lua e a Terra quando ela se formou, mas sabemos que era muito menor que a atual
Se, apesar de tudo, vida complexa e inteligente chegasse a se desenvolver em uma hipotética Terra sem Lua, tudo seria muito diferente. Não existiriam, por exemplo, os calendários baseados nas fases lunares, que ajudaram nossa espécie a entender e dominar a agricultura, a caça, e os ciclos biológicos, e a construir, em suma, nossa civilização. A tecnologia e a ciência nesta Terra sem satélite seriam também muito diferentes. Mediante o estudo das fases lunares foi possível determinar a distância Terra-Lua, seus tamanhos, a distância entre a Terra e o Sol, os tamanhos e distâncias de outros corpos do Sistema Solar, e outras distâncias do universo que nos colocaram em nosso verdadeiro lugar no cosmos: um grão de poeira ao redor de uma estrela de um amontoado nos subúrbios de uma entre bilhões de galáxias do universo. Esse conhecimento não teria sido possível em uma Terra sem Lua.
Poderia haver verões com temperaturas que superariam 100 graus, e invernos com temperaturas abaixo de 80 graus negativos
Felizmente, para nós, Theia se chocou contra a Terra e formou nosso satélite, e é muito pouco provável que ele desapareça de repente. Sabemos, contudo, que existem muitos planetas girando ao redor de outras estrelas, desprovidos de lua, com condições, e talvez vida, que nos parecerão estranhas e exóticas. Nós, terrestres, podemos respirar tranquilos. Temos Lua para muito tempo, pois ela não conseguirá jamais escapar da atração gravitacional da Terra, apesar de estar se afastando pouco a pouco de nós. Além do mais, acreditamos que dentro de uns 5 bilhões de anos, quando o Sol estiver em sua fase final de vida e se transformar em uma estrela gigante vermelha, a Lua se deterá e voltará a se aproximar da Terra. Será a fricção de nosso satélite com a atmosfera mais externa do gigantesco Sol vermelho, dentro da qual a imensa Lua ficará imersa, o que a freará. O tamanho da Lua crescerá de novo nos céus da Terra até que a força gravitacional terrestre a fragmente em um último e letal abraço. Deixaremos então de desfrutar para sempre das lindas fases lunares, mas um anel composto por milhões de fragmentos do que foi nosso satélite poderá ser visto brilhando nas noites e dias terrestres...se houver então restado algum ser vivo para contemplá-lo.

MAIS INFORMAÇÕES

FONTE:
Pablo Santos Sanz é pesquisador do Departamento do Sistema Solar no Instituto de Astrofísica da Andaluzia-CSIC.