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sábado, 28 de setembro de 2013

Santificação é Efeito e Não Causa da Salvação

Quero dizer três coisas sobre a maneira pela qual Deus nos salvou.

(I) Nossa salvação é completa. O apóstolo diz: "Que nos salvou". Crentes em Jesus Cristo são salvos no momento que colocam sua confiança em Cristo. Eles não esperam que sejam salvos. Deus salvou completamente Seu povo. Ele o escolheu para esta salvação. O preço total da salvação desses pecadores escolhidos por Deus foi pago quando Cristo morreu por eles na cruz. Cristo disse quando pendurado na cruz: "Está consumado" (João 19:30). Estávamos completamente perdidos por causa da desobediência de Adão. Fomos completamente salvos quando Cristo, o segundo Adão, terminou Sua obra redentora por nós.
(II) Meu segundo pensamento é que o texto diz: "Que nos salvou, e chamou". Será que Deus nos salvou antes de nos chamar? O texto diz que Ele assim o fez. Não sabemos que somos salvos até que o Espírito Santo opere em nossos corações, trazendo-nos a Cristo. Entretanto, no propósito de Deus e na redenção de Cristo, somos salvos antes de sermos chamados. O Senhor Jesus Cristo pagou as dívidas do Seu povo quando foi crucificado. Por conseguinte, vocês podem ver que fomos salvos antes de sermos chamados.


(III) Deus nos chamou para uma vida santa. Aqueles pecadores pelos quais Cristo morreu são chamados pelo poder do Espírito Santo à santidade. Eles deixam seus pecados; tentam ser como Cristo. Antes de serem salvos amavam o pecado. A velha natureza deles amava tudo que era maligno. A sua nova natureza não pode pecar porque é nascida de Deus. Deus chama Seu povo à santidade. O povo de Deus não é santo porque quer que Deus o salve. Deus, através do Espírito Santo, opera a santidade nele. Portanto, o belo fruto espiritual que vemos num crente tanto é a obra de Deus quanto é o resultado da expiação pela qual Cristo o comprou. A salvação de um crente é unicamente pela graça. Deus é o autor dessa graça. Salvação tem que ser pela graça, pois não pode ser adquirida. A seqüência verdadeira é: Deus nos salvou antes de nos chamar.


Esta ordem mostra que nossa santificação não é a causa, e sim o efeito, da nossa salvação.
 
"Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos" (2Tm 1.9)ACF
|  Autor: Charles. H. Spurgeon  |  Divulgação: estudosgospel.com.br |

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

DEUS NÃO FAZ NEGÓCIO

Reprodução

Igreja não condena gays, diz padre

Padre Juarez critica pastores que prometem riqueza, mas acredita na bispa Sônia 2 Chopes com
 
 
FONTE: YAHOO 

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Crentes Devem Arrepender-se e Crer

Talvez você já tenha refletido sobre sua fé. Você lembra de um momento em sua vida que você voltou-se para Deus, deixando o pecado para servir ao Deus vivo e verdadeiro. Esses temas gêmeos que entrelaçam a Escritura, arrependimento e fé, verdadeiramente tornam-se seus. Desde então, você considera a si mesmo uma pessoa “de fé”. Agora, quando você lê passagens na Bíblia que falam sobre arrependimento e fé, você se lembra carinhosamente de sua conversão e espera que os outros experimentem o mesmo. Quando Jesus chama: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28), você pensa em seu amigo incrédulo que precisa ouvir essas palavras. Esse tipo de pensamento é correto, nostálgico e perfeitamente falho.

A Escritura é a revelação de Deus à humanidade, não importa de que lado da cruz você está. Quando Deus nos chama à fé e arrependimento, ele espera que o façamos! Só porque nós somos crentes agora, não temos pretextos para deixar de ver passagens bíblicos como se fossem “para nós”. Toda nossa vida deve ser marcada por confiança e arrependimento. Esses não são atos únicos que “nos levam ao céu”, mas são uma característica contínua que manifestamos. Somos chamados a uma vida de fé e confissão.

Fé e arrependimento são um estilo de vida

Tomemos a fé como ilustração. Podemos “crer” em algum momento em Jesus, então parar de crer, e desviar-se. Assim, quando as pessoas “creram no seu nome [de Jesus]” em João 2.23, João nos diz que “Mas o mesmo Jesus não confiava neles, porque a todos conhecia” (João 2.24). Isso porque Jesus sabia que a fé humana era volátil e, sem auxílio divino, fracassará (cf. João 2.25). Esse jogo de palavras entre as pessoas “acreditando/crendo” em Jesus e ele não “confiando neles” é importante para nosso argumento. Apenas começarmos a “crer” não significa nada se não continuarmos a verdadeiramente crer.

As passagens de advertência no livro de Hebreus nos encorajam a continuar em fé. Por exemplo, após uma exortação particularmente chocante para continuar na fé (Hb 6.1-10), o autor escreve: “Mas desejamos que cada um de vós mostre o mesmo cuidado até ao fim, para completa certeza da esperança; para que vos não façais negligentes, mas sejais imitadores dos que pela fé e paciência herdam as promessas”. Consequentemente, o autor aqui quer que perseveremos seriamente com segurança completa, e isso só acontece por meio de uma vida de fé (cf. Hb 11).

É lógico que um estilo de vida de arrependimento também é característica do crente. Os cristãos devem confessar seus pecados a Deus (1 João 1.9) e aos outros (Tiago 5.16). Resumidamente, arrependimento e fé não são assuntos isolados – eles são um estilo de vida.

Conclusão

Quando você lê passagens bíblicas que nos exortam à fidelidade e confissão de pecado, elas são para você. Mais que isso, se você está tentado a descansar em seus louros, pare agora. O fato de você ter crido e se arrependido no passado não te dá uma desculpa para parar agora. Essas não são ações que fazemos uma vez ou duas, fé e arrependimento caracterizam nossas vidas. Deus nos chama a uma transformação radical de como vivemos, e não devemos parar depois de nos tornarmos crentes. Você aí! Arrependa-se e Creia ainda mais!


| Autor: Wyatt Graham | | Tradutor: Josaías Jr | | Divulgação: estudosgospel.Com.BR |

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Nos Carvalhais de Manre

TEXTO. Gênesis 13.14-18
14.E disse o Senhor a Abrão, depois que Ló se apartou dele: Levanta agora os teus olhos, e olha desde o lugar onde estás, para o lado do norte, e do sul, e do oriente, e do ocidente; 15.Porque toda esta terra que vês, te hei de dar a ti, e à tua descendência, para sempre. 16.E farei a tua descendência como o pó da terra; de maneira que se alguém puder contar o pó da terra, também a tua des
cendência será contada. 17.Levanta-te, percorre essa terra, no seu comprimento e na sua largura; porque a ti a darei. 18.E Abrão mudou as suas tendas, e foi, e habitou nos carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom; e edificou ali um altar ao Senhor.

INTRODUÇÃO
Abraão, o grande patriarca do povo de Deus, chamado de amigo de Do Eterno e pai da fé, fato que os judeus, muçulmanos e cristãos não descordam, pois nas três maiores religiões do mundo Abraão é o pai da fé.

Era Abraão filho de Terá, e seu pai era um fazedor de imagens (Js-4:2). Segundo o Talmud e o Midrash, Abraão todas as vezes que olhava para aquelas imagens dizia em seu coração, “deve haver uma Deus maior do que essas imagens” , e realmente ele estava certo. Contam os sábios Judeus que certa vez, Terá, seu pai partiu para uma viagem, mas antes ele chama seu filho Abrão e lhe dá uma incumbência, cuidar das imagens e dar comida a elas. Mas quando Terá volta ele se dirige até ao local onde ficavam as imagens e vê uma grande imagem no canto da sala que segurava um taco de madeira e todas as outras imagens menores quebradas. Então ele pergunta a Abraão o que teria acontecido, veja o diálogo:

__ Meu pai, fiz tudo conforme me disseste, mas quando dava de comer as imagens menores, aquela maior, tomando o pedaço de pau em suas mãos veio e quebrou todas as outras menores. Mas seu pai não acreditou e disse:

__ Como pode isso ser verdade Abrão, se esta imagem tem mãos e não se mexe, tem olhos e não vê, tem pernas e não anda? No que de pronto respondeu Abrão:

Se tudo que o senhor meu pai disse é verdade, então porque acredita nelas? E naquele dia Terá, pai de Abraão se converteu ao único e verdadeiro Deus de todo o universo.

Porém, como nós, Abraão teve seu momentos difíceis, pois já fazia muito tempo que havia deixado sua família e obedecido a voz de Deus, saindo errante em busca da promessa de ser pai de um grande povo e possuir uma terra que mana leite e mel. E é sobre momentos difíceis que quero falar nessa mensagem.

A SEPARAÇÃO DE ABRAÃO E LÓ

A partir do capítulo 13, Abraão vê a necessidade de se separar de seu amado sobrinho Ló, e diz para Ló: “Escolhe, se fores para a direita eu irei para a esquerda, e se fores para a esquerda eu irei
para a direita (Gn,13:9)” , mostrando Abraão ser uma pessoa não avarenta ou ambiciosa. Mas Ló olha e escolhe as campinas verdejantes do Jordão que era toda bem regada, e ali Ló estendeu suas tendas com as cidades de Sodoma e Gom orra, mas Abraão vai para as terras de Canaã a um lugar providenciado por Deus.

Quando Deus chamou Abraão a sair de sua parentela, Ele não disse que era para que Ló fosse junto, mesmo sabendo da amizade entre tio e sobrinho, mesmo reconhecendo a união entre os dois, mas Deus havia chamado a Abraão que na ocasião ainda era Abrão. Muitas vezes queremos levar conosco coisas e pessoas que não podem fazer parte daquilo que Deus tem para nossas vidas. Muitos se casam e vão morar com os pais ou com os sogros, ao invés de obedecerem a palavra de Deus e construírem suas próprias vidas. A ida de Ló junto com Abrão não estava na vontade de Deus, mas passou a estar na permissão de Deus, e devemos sabe r que melhor é fazer a vontade de Deus. Mas com o tempo logo um problema se instaurou entre os empregados, pastores de Ló e os homens de Abrão, levando o tio a tomar uma decisão mais drástica, a separação, e é bem verdade que devemos nos separar de tudo aquilo que não é da vontade de Deus para podermos chegar de forma mais rápida até as nossas bênçãos e atingir o ápice da vontade de Deus.

Logo após a separação de Ló e Abrão, Deus aparece a seu servo e faz uma promessa a Abrão lhe dizendo que até onde seus olhos alcançarem Ele daria a Abrão e sua descendência (Gn, 13:14-17). Quando nos separamos daquilo que não é a vontade de Deus então nossos ouvidos começam a ouvir mais a voz do Senhor e novas promessas começam a vir para nossas vidas.

Após ouvir as palavras do Eterno, Abrão decide se mudar para um outro local que a bíblia indica e nomeia de Carvalhais de Manre, que estava junto a Hebrom e ali levantou um altar ao Senhor Deus Eterno.

Aquele local seria um marco na vida de Abraão, mas o inimigo sempre vai tentar nos afastar do caminho que Deus nos colocou para que não recebamos as maiores bênçãos de Deus. Foi assim com Abrão e não é diferente para conosco.

A PRISÃO DE LÓ

Quando Abrão já estava instalado nos Carvalhais de Manre, ele vê uma grande guerra se formar, uma guerra sanguinária e extremamente horrível, pois cinco reis se rebelaram contra um rei maldoso chamado Quedorlaomer rei de Elão, que as oprimia e as dominava e foram as cidades de Sodoma, Gomorra, Admá, Semeber e Zoar, perdedoras e os mantimentos e bens de Sodoma e Gomorra foram levados, entre os cativos de Sodoma estava Ló e toda sua família, e logo a notícia chegou aos ouvidos de Abrão, que vendo seu querido sobrinho naquela condição logo separou 318 homens de guerra para salvar a Ló e assim o fez, libertando toda a família de Ló, sua família e todo o seu povo das garras do rei e Elão, Quedorlaomer.

E derrotou Abrão a Quedorlaomer e libertou o rei de Sodoma, que lhe foi grato querendo dar a Abrão um pagamento com o prêmio, mas um homem de Deus que é sensível a voz e a vontade do Eterno nada pega da mão do Rei de Sodoma, isso para nos ensinar que quem recompensa o servo do Eterno é o Senhor Eterno. Isso nos ensina que existem coisas que não podemos nos conformar e sim nos levantarmos e irmos a luta, pois covardes jamais sentiram o gosto verdadeiro da vitória.

A TRISTEZA DE ABRÃO DE NÃO TER UM FILHO

Ainda morando nos Carvalhais de Manre, vemos no capítulo 15 o Eterno confortar o coração de Abrão lhe dizendo que lhe daria sim um filho, como já havia dito, pois neste contexto Abrão estava desolado, já quase sem esperança, pois todos os dias nasciam crianças no meio de seus servos e sua esposa não engravidava, e com isso foi vendo Abrão que os dias iam passando e ele não tinha um herdeiro para que seu nome fosse lembrado.

Muitas vezes nos entristecemos por não vermos nos sos sonhos ou nossos projetos realizados, e isso vai nos deixando cabisbaixos, entristecidos fazendo com que um desânimo invada nossos corações, mas isso não pode durar muito tempo, pois temos as promessas do Eterno a nosso favor.

Tão logo Deus reanima Abrão lhe dizendo que sua tristeza iria chegar ao fim com a chegada de um herdeiro, acontece que um sacrifício é feito a Deus. Somos cristão ignorantes, pois temosa bíblia a nossa disposição e não fazemos como praticar seus ensinamentos. Veja que todas as vezes que Deus fala Abrão faz um sacrifício a Deus, e nós ouvimos mensageiros ministrarem a palavra de Deus nos púlpitos, na internet, na televisão e no rádio, e até mesmo em mensagens como esta, e sem mesmo nos conhecerem eles lançam palavras proféticas e nós falamos em nossos corações “eu recebo!”, mas na hora de fazer o sacrifício a Deus, ele não acontece, e assim continuamos na espera, e por isso muitos morrem semreceberem suas tão sonhadas bênçãos e milagres.

O PROBLEMA ENTRE SARAI E AGAR

Os dias passam e ainda nos Carvalhais de Manre Sarai esposa de Abrão dá sua serva Agar, a Egípcia, para se deitar com Abrão e lhe dar um filho em seu nome e isso causou um grande problema na vida de Abrão, pois tão logo Agar se engravida uma briga familiar se instala dentro da casa de Abrão, pois Sara começa a atormentar a vida da serva egípcia, chegando ao ponto de Agar fugir para o deserto. Com certeza Aquilo não era a vontade de Deus, mas em sua eterna bondade Ele permitiu mais uma vez que acontecesse, e vemos que esse erro até hoje podemos ver o resultado no confronto entre judeus descendente de Isaque, e muçulmanos descendentes de Ismael que se atracam no oriente.

Devemos estar firmes na palavra e dela jamais nos desviarmos, nem para a esquerda e nem para a direita, pois é ela que vai nos sustentar no futuro bem próximo. Quando passamos a ouvir nossos corações deixamos de atender o coração do Eterno.

UM DIA DIFICIL

Certo dia nos Carvalhais de Manre no capítulo 18, logo no primeiro versículo vemos que Abraão já quase sem forças psicológicas para tantas lutas e a desilusão de ainda na ter um filho se assenta na porta de sua tenda no maior calor do dia, isso era no sol do meio dia, o momento mais quente do dia cerca de 45º a sombra era um sinal do s limites humanos. Mas porque Abraão não entrou na tenda, mas preferiu ficar do lado de fora, se no interior da tenda ele estaria abrigado do grande calor? Porque ficar do lado de fora se Sara estava do lado de dentro?

Abraão estava vivendo dias difíceis. Abrão sabia que seu problema estava dentro da tenda, não que o problema fosse Sara, sua esposa, mas sempre quando algo em nossas vidas dá errado, procuramos culpar alguém menos nós mesmos. Mas a bíblia diz que Deus havia falado com Abrão e não com Sarai, então ele agora passa por uma crise de existência, e nessa crise ele esta questionando ao Senhor. Nós, como homens falhos, também fazemos isto, de forma que desacreditamos na palavra de Deus. Veja que toda vez que Abraão olhava para sua agora velha esposa, ele recordava das palavras de Deus, mas nunca deixou de ser um amigo de Deus, pois já algumas promessas se haviam cumprido na vida de nosso patriarca, mas a grande e mais valiosa ainda não tinha acontecido, ter um filho, aquele que levaria seu nome.

Agora no maior calor do dia, um desânimo pega Abraão, dentro da tenda uma esposa velha e infértil, embora ainda a amasse, e do lado de fora a solidão e o calor, em cima Deus, e em baixo a terra que ele deveria possuir e em seus ouvidos a voz do diabo dizendo que Deus não iria cumprir a promessa, tentando fazer com que Abrão se desviasse.

O cenário estava pronto. Para o Eterno tudo era perfeito. Quando a sua vida parecer estar no sol do meio dia, e tudo parecer já não ter mais solução, Jeová entrará em cena, mas o importante é que estejamos firmes e com nossas tendas nos Carvalhais de Manre.

OS CARVALHAIS DE MANRE

Tudo isso e muito mais passou Abraão estando nos Carvalhais de Manre onde instalou suas tendas e fez sua morada, foi ali que travou batalhas e realizou sacrifícios e quase já sem forças parecendo que já não esperava uma saída que Abraão levanta os olhos e vê três homens que eram três anjos vindo em sua direção. Mas por que três anjos?

Uma grande verdade é que a escolha de Abraão em se instalar nos Carvalhais de Manre fez a diferença para toda a sua vida. Mas talvez você caro irmão leitor não se convenceu disso e eu lhe mostro o por que da minha afirmativa. E para isso precisamos primeiramente conhecer o carvalho.

O CARVALHO

Dentre todas as criações de Deus está uma árvore chamada Carvalho. Essa árvore é usada pelos botânicos e geólogos com o um medidor de catástrofes naturais do ambiente. Quando querem saber o índice de temporais e tempestades ocorridas numa determinada floresta ou região, eles procuram e observam o carvalho quando existindo no local, pois esta árvore é naturalmente a árvore que mais absorve as consequências de temporais, ou seja, quanto mais temporais e tempestades o carvalho enfrenta, mais forte ele fica! Preste atenção. Diante as inúmeras tempestades as raízes do carvalho naturalmente se aprofundam mais na terra e seu caule se torna mais robusto, sendo impossível uma tempestade arrancá-lo do solo ou derrubá-lo! Mas não pense que os cientistas precisam fazer essas análises todas para saber isso! Basta apenas eles olharem para o carvalho. Por absorver as conseqüências das tempestades, a robusta árvore assume uma aparência disforme, como se realmente tivesse feito muita força. Muitas vezes o carvalho possui uma aparência triste! Cada tempestade para um carvalho é mais um desafio a ser vencido e não uma ameaça!

Numa grande tempestade, muitas árvores são arrancadas, mas o carvalho permanece firme! Assim era Abraão. Devemos tirar proveito das situações contrárias e nos tornarmos ainda mais fortes! Um pouco marcados é claro, mas jamais derrubados. Muitas vezes com aparência abatida, mas certamente fortes! Com raízes bem firmes e profundas na terra! Podemos, com isso, compreender o que a palavra de Deus quer nos ensinar nos mostrando que Abraão escolheu viver entre os Carvalhais de Manre, era sem dúvida que observemos os exemplos que o próprio Eterno nos deixou para que possamos ter grandes vitórias em nossas vidas.

Quando a palavra do Eterno nos ensina que podemos todas as coisas naquele que nos fortalece, ela está nos ensinando que devemos ser fortes e persistentes como o carvalho. Eu chego a acreditar que o rei Davi já havia percebido o porquê de Abraão ter escolhido os Carvalhais de Manre para morar que no Salmo 23 ele escreve: “Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte eu não temerei mal algum, porque tu (O Eterno) estás comigo...”

Se você está passando por grandes lutas por estes dias, pense que (como o carvalho) é só mais uma tempestade que o tornará mais forte no dia de amanhã!

OS TRÊS ANJOS NOS CARVALHAIS DE MANRE

Nos Carvalhais de Manre Abraão tem uma das maiores experiências ministeriais de toda sua vida, quando ele já estava quase sem esperança vê três homens que na verdade eram três anjos caminhando em sua direção, aí eu te digo que quando tudo parecer perdido Deus ainda tem anjos para fazer aquilo que você não pode fazer.

Três coisas ainda deveriam acontecer na vida do servo do Eterno, Abraão, ainda residindo nos Carvalhais de Manre, porém estas três coisas estavam além das capacidades humanas de Abraão. Vem os que quando Ló foi preso Abraão foi e o libertou das mãos do inimigo, e quando Sara e Agar se agride Abraão toma decisões drásticas, quando a esperança está chegando ao fim Abraão se assenta debaixo do sol do meio dia talvez, para orar e buscar auxilio do Eterno, pois já era velho, mas em tudo isso ele não tirava seus olhos dos Carvalhos de Manre aprendendo com aquelas árvores com galhos torcidos e com as raízes profundas que abrigaram seu povo que nenhuma tempestade o faria desistir.

Porém agora três coisas estavam fora do alcance das capacidades de Abraão, então o Eterno envia a ajuda. Mas quais eram estas três coisas? Quais tarefas os três anjos realizariam? Qual a missão de cada um deles na vida do amado servo do Eterno? Como um homem com a capacidade intelectual e de fé inabalável precisava de anjos? Vejamos então.

A MISSÃO DO PRIMEIRO ANJO

Deus olhou do céu e viu grandes abominações em Sodoma e Gomorra e viu que aquelas cidades já não mais tinham salvação, pois seus habitantes haviam se contaminados pela ABOMINAÇÃO. Veja bem, existem pecados, transgressões, iniqüidades, e para estes e xistem o perdão de Deus, mas a abominação é como o pecado contra o Espírito Santo, quem a pratica se torna insensível a voz de Deus e quando chega a esse ponto já não mais sente arrependimento daquilo que faz.

Sodoma e Gomorra iriam provar da ira de Deus, mas uma família estava lá e precisava de um socorro, era a família de Ló. A missão do primeiro anjo era dar a Ló e sua casa a salvação da morte eterna os retirando dali por um caminho que só ele conheciam, e isso Abraão não poderia fazer.

A MISSÃO DO SEGUNDO ANJO

O segundo anjo estava junto ao primeiro e ambos foram juntos até Sodoma e Gomorra o primeiro para dar a Ló a salvação, e o segundo para realizar a destruição das cidades que se perderam nas abominações proibidas por Deus. O segundo anjo tinha a missão de trazer a destruição para as cidades trazendo chuva de fogo e enxofre para aquele lugar e todos morreram exceto aqueles que saíram com o primeiro anjo.

Hoje quem vai para aquele local pode perceber que nem praga rasteira nasce naquele local e um forte cheiro de enxofre predomina na áurea da região onde outrora fora Sodoma e Gomorra. Assim a missão do segundo anjo era a destruição de Sodoma e Gomorra e isso também Abraão não poderia fazer, levar o juízo de Deus somente Ele, o Eterno tem autoridade e poder.

A MISSÃO DO TERCEIRO ANJO

No capitulo 18 lemos que Ló recebe dois anjos em sua casa, mas sabemos que foram três os que se encontraram com Abraão. Então onde estaria o terceiro? E qual era sua missão?

O terceiro anjo foi aquele que veio com a missão de se fazer cumprir a promessa que o Eterno fizera a Abraão de que ele teria um filho com Sara sua esposa. E isso Abraão também não poderia fazer, pois somente o Eterno tem poder para trazer à existência aquilo que ainda não existe, somente Ele tem poder para chamar a vida o que ainda não tem vida ou que esteja morto. Sara sorriu da mensagem do anjo, mas Abraão não, pois ele andava com Deus e vivia nos Carvalhais de Manre, e aprendeu a suportar as maiores tempestade e acreditar que quando tudo parecer complicado, Deus virá a seu socorro e fará aquilo que para o homem é impossível, pois o Eterno é o Deus do impossível.

CONCLUSÃO
Todas as vezes que nos deparamos com problemas em nossas vidas, observamos o quanto somos frágeis. As alegrias se vão e só fica a verdade de que somos impotentes para lidar com adversidades que surgem no decorrer de nossa existência. Deus nos deixa lições interessantes em sua criação para nos mostrar o contrário, que o homem foi criado forte e que essa força é sempre adquirida e absorvida das situações adversas.

Manre era um homem cananita cujo nome significa “Riqueza”, e aquele local talvez tenha recebido o nome Carvalhais de Manre, como uma referência àquele que provavelmente teria plantado aquelas árvores. Deus tem um local onde as mais ricas bênçãos sobrevirão em nossas vidas, por isso acredite no Deus de Abraão, de Isaque e Jacó, que fez os céus e a terra e que te colocou diante dessa mensagem.

Foi nos Carvalhais de Manre que Abraão se encontrou com Melquisedeque rei de Salém, cujo nome significa “rei justo”, que o abençoou grandemente. Era Melquisedeque um tipo de Cristo, ou seja, uma Teofania no velho testamento, pois por duas vezes ele usa a frase El Elion, que quer dizer “Deus soberano”, mostrando que ele não servia a nenhuma divindade Cananéia, mas ao mesmo Deus que Abraão chamou de Yavé.

Quero falar uma coisa para você que está lendo esta mensagem, “Deus não se esqueceu de você!” Ele esta apenas te testando, por isso não desonre a Deus! Ele chegará no sol do meio dia e virá a ti com a resposta. Saiba que ainda que o sol esteja forte, há um Deus assentado no trono celestial que esta olhando por você, assim como Ele olhou para Abraão, Ele tem um “Carvalhais de Manre”, para cada um de nós.

Curiosidade:
O carvalho na foto abaixo é conhecido como OakAngel (carvalho anjo), tem aproximadamente 1.500 anos de idade e é atração turística na Carolina do Sul, ganhou esse aspecto devido ter enfrentado muitas e incontáveis tempestades.

| Autor: Alexandre Augusto | Divulgação: EstudosGospel.Com.BR |

terça-feira, 17 de setembro de 2013

A Blasfêmia contra o Espírito Santo

"Portanto, eu vos digo: Toda forma de pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens"
E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro. (Mateus 12.31-32)


Do grego (blasphemia) blasphemía, pelo latim blasphemia:

1- palavras que ultrajam divindade ou a religião.
2- Ultraje dirigido contra pessoa ou coisa respeitável.

         A declaração apresentada por Jesus neste episódio distingue a blasfêmia contra o Espírito Santo de todos os outros tipos de pecados que um ser humano pode cometer.
         É preciso, no entanto, apresentar ao leitor um dado a muito conhecido pelos teóricos do Novo Testamento com relação as expressão usadas neste período. A tradução Versão Autorizada Inglesa (King James) acertadamente traduz a expressão passa hamartia por “toda forma de pecado”. É evidente, no entanto, que o sentido da expressão é “toda outra espécie de pecado”. Portanto, a blasfêmia contra o Espírito Santo não está inclusa nesta expressão. As traduções de João Ferreira de Almeida, Edição Revista e Atualizada no Brasil (sociedade Bíblica do Brasil) e revista e corrigida, traduzindo literalmente do grego, todo pecado, obscurecem o sentido mais amplo.
         Existem, portanto, várias interpretações sobre o que realmente é blasfemar contra o Espírito Santo. Todos parecem saber que esse delito é imperdoável, porém as opiniões se divergem amplamente quanto ao que ele realmente pode ser. Alguns afirmam ser o suicídio, outros o adultério. Também há quem diga ser a rejeição do evangelho depois da vinda do Espírito Santo no dia de Pentecostes. Poucos se detêm a examinar o contexto das referências à blasfêmia contra o Espírito Santo, como acontece na maioria dos casos dos assuntos aparentemente divergentes na Bíblia. A análise cuidadosa do texto elucida alguns pontos aos quais devemos atentar. Os textos relevantes são encontrados nos três primeiros evangelhos chamados evangelhos sinóticos (que devem ser vistos em conjunto). Em Mateus 12, as afirmações de Jesus sobre blasfemar contra o Espírito Santo ocorreram quando ele curou um homem cuja possessão demoníaca o havia feito cego e mudo. Em Marcos 3, a cura não é mencionada, Lucas registra a cura no capítulo 11 e menciona a blasfêmia contra o Espírito Santo em 12.10.
         Afirmar que o mal é o bem e que luz é trevas, era pratica comum entre os fariseus. Esta prática traz em si mesma um alerta anunciado pelo profeta Isaias (Is 5.20) e agora reinterpretado por Jesus como Blasfêmia contra o Espírito Santo.
         Na história da Igreja, muitos estudiosos emitiram sua opinião sobre o assunto:
         Para Irineu, Blasfêmia contra o Espírito Santo seria a rejeição do evangelho;
         Atanásio – a negação da divindade de Cristo, a qual teve sua evidencia ao homem pela concepção do Espírito Santo;
         Orígenes – toda a quebra da lei após o batismo, Agostinho – a dureza do coração humano rejeitando a obra de Cristo[2].
         Vemos que a acusação feita contra Jesus em Mateus 12.24 “Este não expulsa os demônios senão por Belzebu, príncipe dos demônios”[3] de que ele não passa de um curandeiro, cujos exorcismos são feitos pelo poder maligno, acusação que se repete nos evangelhos. Contesta-se, o verdadeiro significado do poder e das obras do Messias. Não vemos no texto a negação da realidade do milagre, mas a acusação de que são diabólicos, nega-os como sinais do poder soberano de Deus. A reação de Jesus acontece em meio a uma série de parábolas rápidas que demonstram ser ilógico pensar que Satanás daria poderes a Jesus a fim de destruir a si próprio. A última parábola (Mat.12:29), acerca de apoderar-se dos bens do valente, pode ser uma alusão a Isaías 49:24-25, em que Deus descreve a salvação futura com o mesmo tipo de figura de linguagem.
         A existência de um pecado imperdoável tem mexido com a mente dos cristãos em todo mundo em todos os séculos do cristianismo. Podemos observar no contexto apresentado pelo evangelista, que a advertência de Jesus dirige-se contra os que rejeitam sua mensagem ao chamá-la de satânica. No entanto, vemos que, se há preocupação, pelo fato de que algo possa eliminar o ato do perdão de Cristo é, ironicamente, evidência de que o homem crê em Cristo e que o mesmo foi enviado por Deus, e constitui, assim, prova de que tal pessoa não cometeu o pecado contra o qual o Senhor adverte.
         Para compreendermos melhor esse assunto é preciso termos em mente o que de fato é a graça dispensada por Deus aos homens.
 
Dietrich Bonhoeffer, em sua obra intitulada Nachfolge, traduzida em português com título “Discipulado”, traz uma das melhores definições para este tópico, ao dizer que a graça barata é a maior inimiga de nossas igrejas, quando na verdade deveríamos defender a graça preciosa.
         Graça barata é graça como refugo, perdão malbaratado, consolo malbaratado, sacramento malbaratado – é graça como inesgotável tesouro da Igreja, distribuído diariamente com mãos prontas, sem pensar e sem limites; a graça sem preço, sem custo. A essência da graça seria, ao que pensamos, a conta ter sido liquidada antecipadamente e para todos os tempos. Estando a conta paga, pode-se obter tudo gratuitamente. Por ser infinitamente grande o preço pago, são também infinitamente grandes as possibilidades de uso e dissipação. Que seria graça se não fosse barata?
         A graça preciosa é o tesouro oculto no campo, por amor do qual o homem sai e vende com alegria tudo quanto tem; a pérola preciosa, para adquirir a qual o comerciante se desfaz de todos os seus bens; o governo régio de Cristo, por amor do qual o homem arranca o olho que o escandaliza; o chamado de Jesus Cristo, ao ouvir do qual o discípulo larga as suas redes e o segue. A graça preciosa é o Evangelho que há que se procurar sempre de novo, o dom pelo qual se tem que orar, a porta à qual se tem que bater. Essa graça é preciosa porque chama ao discipulado, e é graça por chamar ao discipulado de Jesus Cristo; é preciosa por custar a vida ao homem, e é graça por, assim, lhe dar a vida,- é preciosa por condenar o pecado, e é graça por justificar o pecador. Essa graça é sobretudo preciosa por tê-lo sido para Deus, por ter custado a Deus a vida de seu Filho fostes comprados por preço" - e porque não pode ser barato para nós aquilo que para Deus custou caro. A graça é graça sobretudo por Deus não ter achado que seu Filho fosse preço demasiado caro a pagar pela nossa vida, antes o deu por nós.
         A maneira como Bonhoeffer descreve o significado de “graça”, nos tranqüiliza no sentido de que, uma vez participantes dessa graça preciosa, temos instintivamente maior zelo em relação ao Sagrado. Logo somos guardados de blasfemar contra o Espírito Santo, no entanto continuamos sujeitos, como não poderia ser diferente, ao cometimento dos demais pecados.
          Atribuir as obras de Deus ao Diabo foi, no período patrístico e na idade média, o pressuposto usado para condenar à inquisição aqueles que de alguma forma não concordavam com o pensamento teológico da igreja vigente em sua totalidade nos assuntos doutrinários, como a Trindade e a divindade de Cristo. Desta maneira, declarava-se maldito, partindo do pressuposto que blasfemaram e, por conseguinte, não haveria perdão para os tais, nem de Deus nem da Igreja.
          Na sociedade pós-moderna este fato poderia se repetir, atribuindo o mesmo adjetivo ao mesmo tipo de comportamento, como por exemplo, os adeptos da confissão positiva, que acreditam que podem “determinar” que Deus cumpra isso ou aquilo, excluem deliberadamente os que não aderem esse tipo de comportamento como prática litúrgica, esquecem, no entanto que, o próprio Deus, criador dos céus e da terra, não se submete aos nossos anseios. Outro tipo comum em nossos tempos poderíamos assim dizer, são aqueles que impedem que as mulheres tenham seu papel no ofício religioso, tolhendo-as no meio eclesiástico de realizar algo além do que o ideal machista permite.
         Semelhante a estes, podemos ressaltar, são aqueles ensoberbecidos que ousam descrever o Ser de Deus e os seus atributos, como se O Criador eterno fosse um objeto, passível de análise, excluindo séculos de pesquisas e teorias daqueles que buscaram entender, não o inimaginável do Eterno, mas os aspectos tangíveis manifestos na vida e no comportamento do ser humano.
         Esse tipo de ultraje ao Sagrado, embora não seja uma blasfêmia contra o Espírito Santo no sentido mais estrito do termo, certamente se constitui em um outro pecado; a idolatria, tão condenável quanto, porém perdoável, uma vez que Deus deu o seu único filho para que todo aquele que nele crê não se perca mas tenha a vida eterna -(Jo 3.16).
         A blasfêmia contra o Espírito Santo é rejeitar a graça preciosa para a salvação em Jesus Cristo. Desta forma podemos concluir que apenas aqueles que se declaram apáticos as boas novas do Cristo, poderiam blasfemar contra o Espírito Santo, e não os cristãos, conforme recomendação do apóstolo Paulo em Efésios 4:17-22ss
 
“E digo isto, e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade da sua mente. Entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração; os quais, havendo perdido todo o sentimento, se entregaram à dissolução, para com avidez cometerem toda a impureza. Mas vós não aprendestes assim a Cristo, se é que o tendes ouvido, e nele fostes ensinados, como está a verdade em Jesus; que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano”  Efésios 4:17-22

Autor: Wilson R. Cardoso
FONTE: ESTUDOS GOSPEL

Estudo Bíblico Os Calçados de Boaz, Moisés e Josué

"Antigamente, em Israel, para que o resgate e a transferência de propriedade fossem válidos, a pessoa tirava a sandália e a dava ao outro. Assim oficializavam os negócios em Israel." Rute 4:7.

E através desse acordo público de descalçar os pés, entregar a propriedade do sapato a outro, eram firmados contratos de ordem comercial, conjugal e outros. Não havia cartórios, advogados, meios jurídicos que validassem e defendessem a causa da população, então em Israel, era comum se recorrer ao costume dos sapatos para solucionar pendências. Moisés chegou a instruir o povo a se organizar na porta da cidade e com ajuda dos anciãos, firmar contrato envolvendo os calçados. Aquele que rejeitasse o sapato do outro, estaria renunciando a um dever, por isso, se chamaria: “o descalçado”. Deuteronômio 25:5-10.

Era apenas um costume e que não deve ser lembrado ou considerado para nossos dias, dirão alguns. Vivemos em uma sociedade totalmente diferente do Israel no Antigo Testamento. É verdade, mas o que está escrito na Palavra de Deus, é para nosso crescimento espiritual, coisas antigas e novas, nada se despreza. Jesus nos falou algo sobre escrever para o Reino de Deus utilizando o Antigo e o Novo Testamento, vejamos: E ele disse-lhes: “Por isso, todo o escriba instruído acerca do reino dos céus é semelhante a um pai de família, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas. ” Mateus. 13:52. Gosto de mexer nesse Tesouro que é a Palavra de Deus e encher as mãos e o coração com riquezas que apenas Deus pode nos oferecer.

O costume dos sapatos em Israel, nos chega com lições aplicáveis em qualquer tempo da vida, para glória de Deus. Do mesmo Deus que prosperou a Rute e a Boaz ao fazerem o acordo público de casamento. Na ocasião, Boaz recebe os sapatos de um parente que estaria renunciando ao direito de casar com Rute. O sapato em posse de Boaz significava a posse de Rute.E dessa união se tem a descendência de Davi, de Jesus. Deus não rejeitou ou anulou o acordo dos calçados realizados nas portas da cidade de Belém, antes o honrou.

“A vida pública de uma aldeia israelita se concentrava em sua porta principal. Era ali que os assuntos legais eram apresentados perante a comunidade de anciãos para julgamento. Em ocasião como esta, Boaz recebeu os sapatos de um parente que renunciou casar com Rute. A partir de então nenhum impedimento havia para casar e suscitar descendência a Rute. Posse dos sapatos, posse dos direitos.” Great people of the Bible p. 133.

As sandálias de Moisés

Depois dos sapatos de Boaz, vamos dar alguns passos em direção A Terra Prometida? De lá nos chega a lição dos pés de Moisés. Ele estava apascentando um rebanho no Monte Horebe quando vê uma sarça ardente, acesa, e o fogo não consumia nada da planta, uma visão maravilhosa e intrigante! E quando Moisés olha para aquilo, escuta: “ Então disse Deus: "Não se aproxime. Tire as sandálias dos pés, pois o lugar em que você está é terra santa". Êxodo 3:5. Naquele dia, Moisés recebe de Deus um ministério, uma missão de apascentar as “ovelhas de israel”, o povo da Antiga Aliança.

As sandálias de Moisés são retiradas dos pés para que ele fale com Deus. Descalço, o servo de Deus demostra reverência a Deus, ao lugar que se torna santo pela presença do Santo. Entendo também que as sandálias de Moisés fora de seus pés, representava um acordo entre ele e Deus: “Vá, pois, agora; eu o envio ao faraó para tirar do Egito o meu povo, os israelitas". Êxodo 3:10. Moisés deveria se entregar ao chamado, renunciando a vida comum de pastor de ovelhas para assumir a vida e aos planos de Deus para ele. Os caminhos que Moisés seriam dirigidos por Deus. As sandálias de Moisés fora dos pés, repousando na areia do Horebe, percorreriam o deserto, vales e planícies, em total dependência de Deus.

As sandálias de Josué Josué foi outro que retirou as sandálias dos pés ao contemplar a visão de um anjo: “O comandante do exército do Senhor respondeu: "Tire as sandálias dos pés, pois o lugar em que você está é santo". E Josué as tirou. “ Josué 5:15 e ele estava prestes a comandar a derrubada dos muros de Jericó. Josué descalço estava confessando que a glória, a honra, o poder e o louvor, seriam de Deus . Sem Ele não haveria conquistas como a de Jericó. E Josué, assim como Moisés, seria líder de seu povo, caminhando com as sandálias de Deus e não com as suas próprias.

Nossa caminhada nessa vida pode ser realizada de muitas formas e com muitas calçados: orgulho, autossuficiência, egoísmo, pecado. Mas Deus nos oferece um acordo de paz, uma Aliança com Ele onde devemos retirar nossos calçados e entregá-Lo. Ao fazermos isso, estaremos renunciando ao nosso “eu” para que em nós habite Deus. Ele nos conduzirá a Terra Prometida, e ainda que passemos por vales, lamas, espinhos, o que for, estaremos guardados porque Ele tem a posse de nossos calçados. Ele sendo nosso remidor, Aquele que nos recebeu como herança:

Não temas, porque não serás envergonhada; e não te envergonhes, porque não serás humilhada; antes te esquecerás da vergonha da tua mocidade, e não te lembrarás mais do opróbrio da tua viuvez. Porque o teu Criador é o teu marido; o Senhor dos Exércitos é o seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor; que é chamado o Deus de toda a terra. Isaías 54:4-5

Sandálias de servos

Como Boaz resgatou a Rute, como Moisés tirou as sandálias no Horebe, como Josué ficou descalço em Jericó, assim seja conosco. Tiremos nossas sandálias, nos aliancemos a Deus para uma caminhada segura nessa terra em direção ao porvir. Jesus também tirou as sandálias dos seus discípulos e lavando-lhes os pés: “Se eu te não lavar, não tens parte comigo. Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo." João 13:8-10.

Oração: Senhor, eis aqui nossas sandálias, lava nossos pés e nos conduz nessa vida, para glória de Teu nome. Aonde formos, não nos deixa esquecer que estás conosco todos os dias. Que assim como cuidas de nossos pés, cuidemos também de outros, sabendo que a fé não é vã e que Teu socorro é em tempo oportuno. Obrigada pela herança revelada em Cristo Jesus, Ele que nos torna mais fortes e próximos de Ti. Amém.

Deus nos abençoe.

| Autor: Wilma Rejane | Divulgação: EstudosGospel.Com.BR |

domingo, 15 de setembro de 2013

A Mulher com Fluxo de Sangue

"E disse Jesus: Quem é que me tocou? E, negando todos, disse Pedro e os que estavam com ele: Mestre, a multidão te aperta e te oprime, e dizes: Quem é que me tocou?" (Lc 8:45)


        Pedro, que estava com Jesus retrucou: " A multidão te aperta e te oprime e dizes: Quem é que me tocou? o que Pedro não entendia era que aquele toque era diferente, especial."Quem me tocou?" Enquanto os demais, movidos por curiosidade, superstição e pensamentos naturais "apertavam e oprimiam Jesus", a mulher, com firmeza e determinação, tocara o coração do Mestre.
         Quem sofria com fluxo de sangue era considerado imundo. Não podia tocar nem ser tocado. Até mesmo objetos, perdiam o valor se tocados por um doente com fluxo, A impureza física era associada a moral e assim eram excluídos do convívio normal da sociedade (Lv 15).

Solidão e conflito

         Tocar em Jesus?!Estás louca?!! Certamente esta seria a reação das pessoas se a mulher lhes contasse sua intenção. Ela ouviu falar de Jesus, de seus milagres, do seu amor pelas pessoas...Talvez tenha vibrado de alegria em um lugar solitário da casa : "Vou ficar curada!!Acabou meu sofrimento!! O evangelho de Mateus relata:
 
"Porque dizia consigo: Se eu tão somente tocar a sua veste, ficarei sã".  Mateus 9:21.
        Ela não podia compartilhar sua alegria! Ninguém a compreenderia!.
 
"Alguém me tocou, então a mulher não podendo ocultar-se, aproximou-se tremendo e, prostrando-se ante Ele declarou-lhe diante de todo o povo a causa por que lhe havia tocado" Lc 8:46.

         O medo, sentimento de inferioridade e a vergonha ainda faziam parte de sua vida, mas, ao declarar perante todo o povo que tocara Jesus, vencera a si mesma e a multidão. Creio que antes de tocar Jesus, fora profundamente tocada por Ele. Durante o intervalo em que ouviu falar de Jesus até tocá-lo, muitas coisas aconteceram na vida da mulher. Ela viveu um processo de cura interior que teria lhe concedido forças em meio a sua fraqueza. O milagre aconteceu porque haviam elementos sobrenaturais movendo os céus. Eram sua fé, arrependimento, determinação.Ela era diferente da multidão.

O Toque na Orla

         Em seu encontro com a mulher com fluxo de sangue, as vestes de Jesus eram a de um Israelita obediente a Deus. É que no Livro de Números há uma orientação que deveria ser seguida por todo que desejasse ser santo e agradável a Deus: As vestes deveriam conter franjas nas bordas e um cordão azul.
 
"e as franjas vos serão para que, vendo-as, vos lembreis de todos os mandamentos do Senhor, e os cumprais" Nm 15:39.

        Foi exatamente na orla, parte mais significativa da roupa que ela segurou." No verbo Grego ela fez mais que tocar, ela agarrou, pegou " ( Gospel of Luke, pag 166). Ela agarrou o que era a representação do divino, celeste. Talvez tenha pensado que a pureza da veste lhe purificasse. Há quem diga que havia um misto de superstição e fé no gesto, um equívoco desfeito por Jesus ao falar-lhe : " filha, a tua fé te salvou".

Aprendendo com a Mulher do Fluxo de Sangue

         Ela nos ensina que a fé precisa de uma ação. A Bíblia diz: "Sem fé é impossível agradar a Deus" (Hb 11:6) e outra vez diz: " A fé vem pelo ouvir e o ouvir pela Palavra de Deus" Rm 10:17. Ao praticar essas verdades são vencidos os medos, fracassos e tudo mais que porventura nos impediriam de chegar até Jesus. Ele sempre está disposto a transformar vidas, porém, como a multidão, muitas vidas não conseguem alcançar o milagre.
         Existiam duas multidões nessa história: Uma próxima a Jesus e outra distante ,representada pelos familiares, vizinhos, enfim, todos os que faziam parte do cotidiano da mulher. O que aprendemos? Essas multidões ainda são reais. Da mesma forma, religiosos, fariseus podem nos impedir de alcançar o Reino, também pessoas queridas. A mulher, no entanto tinha muita convicção. O livro de Romanos diz:
 
"De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus "  Romanos 14:12

Somente nós poderemos tomar essa decisão.
         Se você ainda não teve um encontro real com Jesus, lhe convido a fazer como esta mulher. Agarre, segure o Mestre e confesse a Ele tudo o que está em seu ser. Ele pode e quer lhe curar totalmente dando-lhe vida em abundância.

Autor: Wilma Rejane 
fonte: estudos gospel 

 

Por Que Deus Permite o Mal?

Por que o mal existe? Por que inocentes sofrem? Se Deus é bom, por que permite tantas abominações? A questão do mal é um dos maiores temas da humanidade. Ao longo da história muitos pensadores se debruçaram sobre esta questão. Toda pessoa com sensibilidade já se questionou sobre este problema.

Algumas doutrinas buscam explicar o mal através de perspectivas reencarnacionistas onde o mal colhido hoje é conseqüência do mal plantado em outra vida. Sem querer entrar no debate sobre doutrinas, a verdade é que durante o tempo em que busquei respostas nesta via religiosa, não consegui explicação sobre como surgiu o mal primordial e como este ciclo de mal se estabeleceu de maneira tão concreta e abrangente, que afeta a todos, independente do caráter, da fé ou do status sociais.

No entanto, foi na Palavra de Deus que encontrei explicação precisa sobre as causas do mal, sobre porque afeta inocentes e sobre os planos de Deus para que não mais venhamos a sofrer. Vamos viajar juntos na Palavra?
 
No livro de Gênesis, aprendemos que Deus criou o mundo e logo após criou o homem à sua imagem e semelhança e o abençoou: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a Terra e sujeitai-a” (Gn 1:28).

Deus concedeu ao homem a prerrogativa de sujeitar, ou numa tradução mais livre, governar a Terra. A partir daquele momento o homem recebeu autoridade espiritual sobre toda a criação, autoridade esta que dada pelo próprio Deus.

A Bíblia ensina que os dons e vocações de Deus são irrevogáveis (Rm 11:29) e também que Deus é fiel, mesmo que sejamos infiéis (2 Tm 2:12). Este aspecto da natureza de Deus é que nos garante que suas promessas vão se cumprir e garante a salvação pela graça independente das obras de justiça. Se não fosse a fidelidade de Deus à suas promessas não haveria nenhuma esperança para nós. O Senhor não muda por isso nós não somos consumidos.

Assim, quando o Senhor deu ao homem autoridade espiritual sobre toda a criação o fez uma vez por todas, pois seus dons são sempre irrevogáveis e manteve-se fiel ao Seu decreto, pois não pode negar a si mesmo.
 
Deus é amor, ou seja, para Ele o amor não é opção é essência. Mas não existe amor verdadeiro se não existe liberdade. Liberdade até mesmo para negar este amor. Ao criar o homem à sua imagem e semelhança e dar-lhe autoridade espiritual sobre toda criação, Deus também lhe deu a liberdade de agir conforme seus próprios desígnios, pois se não fosse assim não seria amor, seria escravidão, talvez em gaiola de ouro, mas ainda assim escravidão. E se o amor de Deus nos escravizasse a só fazer a sua vontade Ele estaria negando a si mesmo.

Usando desta liberdade o homem resolveu seguir seu caminho longe de Deus. É o chamamos de queda. A partir daí nada mais seria como antes.

O homem caiu. E consigo arrastou toda a criação que caiu junto com o homem. Veja um exemplo: No mundo projetado por Deus a única fonte de alimento eram os vegetais, tanto para homens quanto para animais. Não havia seres carnívoros como hoje, mesmo as grandes feras alimentavam-se de capim (Gênesis 1:29-30). Não se matava, nem mesmo para comer. Mas depois da queda leões desenvolveram presas e garras, tubarões se tornaram máquinas de matar, terremotos e maremotos passaram a se tornar realidade quase cotidiana.

Tudo o que estava debaixo da autoridade espiritual do homem caiu junto com ele. A deformidade moral do homem se reproduziu sobre todos aqueles que estavam sujeitos a ele. É por isso que mesmo entre os animais, estupros, assassinatos, violência contra o mais fraco, genocídios, abusos sexuais acontecem com a mesma freqüência que nas sociedades humanas. “Maldita é a Terra por tua causa” (Gn 3:17).

Paulo escreve aos romanos que toda a criação está sujeita à perversidade, não por vontade própria, mas por causa daquele que a sujeitou. A própria criação também aguarda a redenção e geme e suporta angustias até hoje. Ou seja, toda a criação sofre por causa daquele que tem autoridade espiritual sobre ela (Rm 8:19-22).

O projeto de redenção em Cristo Jesus não é esperança apenas para a humanidade, mas é anseio de toda a criação que se perverteu juntamente conosco por conta das deformidades que tomaram conta de nossas almas quando nos afastamos Dele.

Os dons e vocações de Deus são irrevogáveis. Não havia como destituir o homem da autoridade que Ele mesmo outorgou a não ser que o próprio Deus se tornasse homem. Este é um dos motivos pelo qual Jesus, o Verbo, se fez carne, se fez homem: para ser o novo Adão, Espírito vivificante que redimirá o homem e toda a criação junto com ele.

Cada ser vivo deste mundo anseia pelo dia da volta do Nosso Senhor, quando poderão retornar à casa do Pai e à sua verdadeira vocação. Esperam ardentemente pelo dia em que “lobo e cordeiro pastarão juntos e o leão comerá forragem como o boi” (Is 65:25)

Somos nós os responsáveis pelo mal no mundo.

De que se queixa o homem? Queixemo-nos dos nossos próprios pecados.
 
|  Autor: Pr. Denilson Torres  |  Divulgação: estudosgospel.com.br |

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Estudo Bíblico A Vontade de Deus

Ao tratar da Vontade de Deus alguns teólogos têm diferenciado entre Sua vontade decretiva e Sua vontade permissiva, insistindo que há certas coisas que Deus tem positivamente pré-ordenado, mas outras coisas que Ele meramente tolera existir ou acontecer. Mas tal distinção não é uma distinção de maneira alguma, na medida em que Deus somente permite o que está de acordo com Sua vontade. Nenhuma distinção teria sido inventada, tivesse esses teólogos discernido que Deus pode ter decretado a existência e atividades do pecado sem Ele mesmo ser o Autor do pecado. Pessoalmente, nós preferimos adotar a distinção feita pelos antigos Calvinistas entre a vontade secreta e revelada de Deus, ou, para expressar de uma outra forma, Sua vontade dispositiva e preceptiva.

A vontade revelado de Deus é feita conhecida em Sua Palavra, mas Sua vontade secreta são Seus próprios conselhos encobertos. A vontade revelada de Deus é o definidor de nosso dever e o padrão de nossa responsabilidade. A primária e básica razão pela qual eu devo seguir certo curso ou fazer certa coisa é por causa da vontade de Deus, a Sua vontade sendo claramente definida para mim em Sua Palavra. Que eu não deveria seguir um certo curso, que eu devo me abster de fazer certas coisas, é porque elas são contrárias à vontade revelada de Deus. Mas suponha que eu desobedeça a Palavra de Deus, então, eu não contrario Sua vontade? E se é assim, como pode ainda ser verdade que a vontade de Deus sempre é feita e Seu conselho consumado todas as vezes? Tais questões fazem evidente a necessidade de se defender uma distinção aqui. A vontade revelada de Deus é frequentemente contrariada, mas Sua vontade secreta nunca é frustrada. Que é legítimo fazermos tal distinção concernente à vontade de Deus, é clara a partir das Escrituras. Tome esta duas passagens: "Porque esta é a vontade de Deus, a saber, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição" (1 Tessalonicenses 4:3); "Dir-me-ás então. Por que se queixa ele ainda? Pois, quem resiste à sua vontade?" (Romanos 9:19). Pode um leitor pensativo declara que a "vontade" de Deus tem precisamente o mesmo significado em ambas dessas passagens? Nós seguramente esperamos que não. A primeira passagem refere-se à vontade revelada de Deus, a última à Sua vontade secreta. A primeira passagem concerne a nosso dever, a última declara que o propósito secreto de Deus é imutável e deve acontecer não obstante a insubordinação das Suas criaturas. A vontade revelada de Deus nunca é perfeitamente ou completamente realizada por alguém de nós, mas Sua vontade secreta nunca falha na consumação até mesmo no mais minucioso detalhe. Sua vontade secreta concerne principalmente a eventos futuros; Sua vontade revelada, nosso dever presente: uma tem que ver com Seu irresistível propósito, o outro com Seu agrado manifestado: uma é elaborada sobre nós e realizada através de nós, a outra é para feita por nós.

A vontade secreta de Deus é Seu eterno, imutável propósito concernente a todas as coisas que Ele fez, para produzir certos meios para seus fins apontados: disto Deus declara explicitamente: "Meu conselho subsistirá, e farei toda Minha vontade" (Isaías 46:10). Esta é a absoluta, eficaz vontade de Deus, sempre efetuada, sempre realizada. A vontade revelada de Deus contêm não Seu propósito e decreto, mas nosso dever, - não o que Ele fará de acordo com Seu eterno conselho, mas o que nós deveríamos faze se quiséssemos agradá-LO, e isto é expresso nos preceitos e promessas de Sua Palavra. O que quer que Deus tenha determinado consigo mesmo, seja para Ele próprio fazer, ou para fazer pelos outros, ou tolerar que seja feito, enquanto isto está em Seu próprio seio, e não foi feito conhecido por algum evento na providência, ou por preceito, ou por profecia, é Sua vontade secreta. Tais são as coisas profundas de Deus, os pensamentos de Seu coração, os conselhos de Sua mente, que são impenetráveis para todas criaturas. Mas quando estas coisas são feitas conhecidas, elas tornam-se Sua vontade revelada: tal é quase todo o livro do Apocalipse, no qual Deus tem feito conhecido a nós "coisas que brevemente devem acontecer" (Apocalipse 1:1 - "deve" porque Ele eternamente propôs que deveriam acontecer).

Tem sido objetado pelos teólogos Arminianos que a divisão da vontade de Deus em secreta e revelada é insustentável, pois ela faz com que Deus tenha duas vontades diferentes, uma oposta a outra. Mas isto é um engano, devido a falha deles em ver que a vontade secreta e revelada de Deus dizem respeito a objetos inteiramente diferentes. Se Deus requeresse e proibisse a coisa, ou se Ele decretasse que a mesma coisa aconteceria ou não, então Sua vontade secreta e revelada seria contraditória e sem propósito. Se aqueles que objetam à vontade secreta e revelada de Deus como sendo inconsistentes, fizessem a mesma distinção neste caso que eles fazem em muitos outros casos, a aparente inconsistência imediatamente desapareceria. Quão frequentemente os homens traçam uma astuta distinção entre o que é desejável em sua própria natureza, e o que não é desejável considerando todas as coisas. Por exemplo, o pai carinhoso não deseja simplesmente considerar punir seu filho ofensivo, mas, considerando todas as coisas, ele sabe que este é o seu dever obrigatório, e assim corrige seu filho. E embora ele conte ao seu filho que ele não deseja castigá-lo, mas que ele está certo que isto é o melhor ao fazer considerando todas as coisas, então um filho inteligente verá que não há inconsistência entre o que o pai diz e faz. Exatamente assim o Criador Todo-sábio pode consistentemente decretar acontecer coisas que Ele odeia, proibir e condenar. Deus escolhe que algumas coisas existem que Ele odeia completamente (na intrínseca natureza delas), e Ele também escolhe que algumas coisas, todavia não existam, as quais Ele ama perfeitamente (na intrínseca natureza delas). Por exemplo: Ele ordenou que Faraó deixasse Seu povo ir, porque isso era justo na natureza das coisas, todavia, Ele secretamente havia declarado que Faraó não deveria deixar o Seu povo ir, não porque era justo em Faraó recusar, mas porque era melhor considerando todas as coisas que ele não os deixasse ir - isto é, melhor porque favoreceu um propósito mais amplo de Deus.

Novamente; Deus nos manda sermos perfeitamente santos nesta vida (Mateus 5:48), porque isto é justo na natureza das coisas, mas Ele decretou que nenhum homem será perfeitamente santo nesta vida, porque é melhor, considerando todas as coisas, que ninguém seja perfeitamente santo (experimentalmente) antes de deixar este mundo. Santidade é uma coisa, o acontecimento da santidade é outra; assim, pecado é uma coisa, o acontecimento do pecado é outra. Quando Deus requer santidade, Sua vontade preceptiva ou revelada considera a natureza ou excelência moral da santidade; mas quando Ele decreta que a santidade não ocorra (completa e perfeitamente), Sua vontade secreta ou decretiva considera somente o evento de que ela não ocorre. Assim, novamente, quando Deus proíbe o pecado, Sua vontade preceptiva ou revelada considera somente a natureza ou o mal moral do pecado; mas quando Ele decreta que o pecado ocorrerá, Sua vontade secreta considera somente sua real ocorrência para servir o Seu bom propósito. Portanto, a vontade secreta e revelada de Deus considera objetos inteiramente diferentes.

A vontade do decreto de Deus não é a Sua vontade no mesmo sentido como Sua vontade de mandamento é. Portanto, não há dificuldade em supor que uma possa ser contrária à outra. Sua vontade, em ambos sentidos, é Sua inclinação. Tudo que concerne a Sua vontade revelada é perfeitamente de acordo com Sua natureza, como quando Ele ordena amor, obediência, e serviço de Suas criaturas. Mas o que concerne a Sua vontade secreta tem em vista Seu fim supremo, para o qual todas as coisas estão agora operando. Portanto, Ele decreta a entrada de pecado no Seu universo, embora Sua própria natureza santa odeie todo pecado com infinita repulsa, todavia, porque este é um dos meios pelos quais Ele apontou o fim para ser alcançado, Ele tolera a entrada dele. A vontade revelada de Deus é a medida de nossa responsabilidade e o determinante de nosso dever. Com a vontade secreta de Deus nós não temos nada para fazer: esta é de Sua incumbência. Mas Deus, sabendo que falharemos em fazer perfeitamente Sua vontade revelada, ordenou Seus eternos conselhos consequentemente, e estes eternos conselhos, que aconteça Sua vontade secreta, embora desconhecida para nós, embora inconscientemente, cumprida em e através de nós.

Se o leitor está preparado ou não para aceitar a distinção acima na vontade de Deus, ele deve reconhecer que os mandamentos das Escrituras declaram a vontade revelada de Deus, e ele deve também aceitar que algumas vezes Deus não quer impedir a quebra daqueles mandamentos, porque Ele na realidade não o impede. Que Deus quer permitir o pecado é evidente, porque Ele o permite. Certamente ninguém dirá que o próprio Deus faz o que Ele não quer fazer.

Finalmente, deixe-me dizer novamente que, minha responsabilidade em relação à vontade de Deus é medida pelo que Ele fez conhecido na Sua Palavra. Ali eu aprendo que é meu dever usar os meios de Sua providência, e humildemente orar para que Ele possa Se agradar em abençoá-los para mim. Recusar assim fazer sobre o fundamente de que eu sou ignorante do que possa ou não possa ser Seus conselhos secretos concernentes a mim, não somente é um absurdo, mas também o ápice da presunção. Nós repetimos: a vontade secreta de Deus não nos diz respeito; é Sua vontade revelada que mede nossa responsabilidade. Que não há conflito entre a vontade secreta e revelada de Deus é claro a partir do fato que, a primeira é realizada pelo meu uso dos meios registrados na última.

| Autor: Pr Arthur W. Pink | | Tradutor: Felipe Sabino | | Divulgação: EstudosGospel.Com.BR |
 

domingo, 8 de setembro de 2013

As Desculpas de Moisés

Tentando Fugir da Responsabilidade
Moisés nasceu num momento crítico. O povo dele, os descendentes de Abraão escolhidos para receber grandes promessas, estava sofrendo terrivelmente. Os egípcios dominavam os hebreus com tirania, e até matavam os filhos recém-nascidos para controlar o crescimento da nação escrava. A mãe de Moisés escondeu o próprio filho e, depois, deixou que ele fosse adotado por uma princesa do Egito.

Moisés viu a injustiça e tentou defender seu povo. Ele matou um egípcio que espancava um dos hebreus, imaginando que o povo lhe daria apoio. Mas, o povo medroso não entendeu o que Moisés queria fazer, e ele tinha que fugir do Egito. Dos 40 aos 80 anos de idade, ele ficou longe do Egito, servindo como humilde pastor de ovelhas. Neste tempo, ele casou e teve filhos. Talvez ele conseguiu esquecer um pouco do sofrimento dos parentes no Egito. Até um dia, quando Deus apareceu no monte Sinai, numa moita que ardia mas não se queimava. Deus mandou que Moisés descesse para o Egito para livrar o povo da escravidão.

Moisés, com 40 anos de idade e com todo o vigor físico e o desejo ardente de ajudar os parentes, não conseguiu fazer nada. Agora, com 80 anos, vai fazer o que? Vai entrar na presença do rei do país mais poderoso do mundo e exigir a libertação de milhões de escravos? Moisés se considerava um libertador pouco provável, e começou a oferecer suas desculpas ao Senhor. Vamos examinar as cinco desculpas que ele deu, e a maneira que Deus respondeu a cada uma. O relato se econtra em Êxodo 3 e 4.


- Quem sou eu?

"Então, disse Moisés a Deus: Quem sou eu para ir a Faraó e tirar do Egito os filhos de Israel?" (3:11). Que convite para uma pregação positiva! Dá para ouvir alguns pastores, hoje em dia, fazendo belas pregações elogiando tal pobre sujeito que não reconhece sua força interior. "Você é alguém", diriam para Moisés. "Com pensamentos positivos, você pode realizar seus sonhos." Mas esses pastores não estão pregando a palavra do Deus que chamou Moisés. Deus não elogiou Moisés. Ele não fez algum grande discurso para mostrar que Moisés era alguém. Deus, implicitamente, concordou com Moisés. É verdade. Você não é ninguém.  Mas eu sou o Criador do universo e "Eu serei contigo" (3:12).

Muitas pessoas recusam cumprir os papéis que Deus lhes tem dado, porque se julgam incapazes. Olham para outras pessoas mais talentosas e acham desculpas por não fazer a vontade de Deus. O fato é que sempre encontraremos ao nosso redor pessoas mais inteligentes, mais fortes, mais eloqüentes e mais conhecidas. Mas, Deus nunca usou tais qualidades para medir seus servos. Ele não quer pessoas auto-confiantes, mas pessoas que confiam nele. Se você tende a fugir da responsabilidade porque não é ninguém, está olhando na direção errada. Pare de olhar no espelho para ver suas limitações, e comece a olhar para Deus Todo-Poderoso.


- O que direi?

Deus respondeu à primeira desculpa, e Moisés já ofereceu a segunda. Tudo bem, eu vou lá para falar com o povo sobre a libertação, e eles vão perguntar para mim. Vão querer saber o nome do Deus que me enviou. O que eu direi para eles? (3:13).
 
Os egípcios serviam muitos deuses, e os hebreus foram corrompidos pela influência deles (veja Josué 24:14). Para alguém chegar no meio deles e dizer que "Deus me mandou" seria uma mensagem vaga. Ao mesmo tempo, Deus já tinha se identificado para Moisés (3:6). Da mesma maneira que Deus usa muitas descrições de si nos outros livros da Bíblia, ele usou várias neste capítulo. Além de ser o Deus de Abraão, Isaque, Jacó e do pai de Moisés (3:6), ele se descreve como "Eu Sou o Que Eu Sou" (3:14). Esta descrição, a mesma usada por Jesus em João 8:24 e 58, é uma afirmação da eternidade de Deus. Ele é, e sempre existia. Mais ainda, Deus usou o nome traduzido na maioria das Bíblias atuais com maiúsculos: SENHOR. Este nome vem do tetragrama, ou nome de quatro letras (YHWH). Sem vogais, ninguém sabe a pronuncia correta deste nome (alguns sugerem Javé). Alguns séculos depois de Moisés, os judeus acrescentaram vogais e começaram pronunciar o nome como "Jeová". A tradução grega do Antigo Testamento usa a palavra "Kyrios" que é traduzida em nossas Bíblias como "Senhor".
Algumas pessoas hoje, incluindo as Testemunhas de Jeová, têm insistido que "Jeová" ou alguma forma semelhante é o único nome de Deus, e que devemos usar este nome exclusivamente. Usam passagens como Êxodo 3:15 ("este é o meu nome eternamente"). Algumas observações na Bíblia mostram claramente que Deus não estava dizendo que os servos dele usassem este nome como a única maneira de falar sobre Deus. Outras passagens usam diversos nomes ou descrições de Deus, mostrando seu poder, sua eternidade, etc. Um versículo é suficiente para provar o erro da doutrina de "um único nome" para Deus. Amós 5:27 diz: "...diz o SENHOR, cujo nome é Deus dos Exércitos". Se o próprio SENHOR  (YHWH) diz que seu nome é Deus (Elohim) dos Exércitos, nenhum homem tem direito de proibir o uso de descrições bíblicas de Deus. Para tirar qualquer dúvida, podemos ver o exemplo de Jesus. Ele citou, várias vezes, a tradução grega do Velho Testamento, que usa a palavra Kyrios (Senhor) no lugar de YHWH. (Por exemplo, ele cita a Septuaginta, que usa a palavra Kyrios, em Marcos 12:11). Mais uma observação nos ajudará: o nome YHWH não aplica somente a Deus Pai, como alguns falsos mestres sugerem. Mateus 3:3 fala sobre o papel de João Batista em preparar o caminho de Jesus, e cita Isaías 40:3. YHWH (Javé ou Jeová) de Isaías 40:3 é Jesus!

A resposta do Senhor a Moisés não foi dada para sugerir que haveria apenas um nome oficial de Deus. O Deus eterno e soberano queria se destacar dos falsos deuses adorados pelos egípcios e até pelos próprios hebreus.

- Eles não crerão

A terceira desculpa de Moisés mostra que ele continua preocupado com sua própria credibilidade. Eles não crerão na minha palavra, ele diz (4:1). Deus reconheceu que esta preocupação era válida, e ofereceu três sinais para confirmar a palavra de Moisés (4:2-9). O bordão se virou em serpente, a mão se tornou leprosa e a água tirada do rio se tornou em sangue. Esta é a primeira vez na Bíblia que Deus concedeu ao homem o poder para realizar milagres. O propósito dos milagres é bem explicado pelo contexto: para confirmar a palavra falada. Quando Elias e Eliseu introduziram a época de profecia do Velho Testamento, realizaram milagres. Quando Jesus e os apóstolos introduziram o evangelho, operaram vários sinais. Os milagres deles tinham o mesmo propósito: "...confirmando a palavra por meio de sinais..." (Marcos 16:20); "... a salvação, ... tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; dando Deus testemunho juntamente com eles, por sinais, prodígios e vários milagres e por distribuições do Espírito Santo..." (Hebreus 2:3-4). Quando Deus mandou pessoas com novas revelações, ele confirmou a palavra com sinais milagrosos.

- Eu nunca fui eloqüente

Moisés ainda não foi convencido (4:10). Mesmo depois de ver os sinais, ele tinha dúvida! Parece que ele não conseguiu entender que o mensageiro não é ninguém. É a mensagem que importa. Sobre esta desculpa de Moisés, podemos observar: ì Que não tinha base em fato. Estêvão, comentando sobre os primeiros anos da vida de Moisés, disse que ele "foi educado em toda a ciência dos egípcios e era poderoso em palavras e obras" (Atos 7:22). í Que não tinha importância. Mesmo se Moisés havia esquecido tudo que já aprendeu e não se achava eloqüente, foi o Senhor que fez a boca do homem (4:11). O mesmo Deus que concedeu dons miraculosos para Moisés, o mesmo que fez o universo, o mesmo que escolheu o povo de Israel e o mesmo que apareceu na sarça ardente fez a boca do homem. Deus controlaria a língua de Moisés para comunicar o que ele queria.

Ainda hoje, os homens tendem a supervalorizar a eloqüência. Enfatizam a homilética ao invés de ensinar como estudar e entender as Escrituras. Em muitos púlpitos, a embalagem se tornou mais importante do que o produto.

Paulo recusou valorizar a eloqüência acima do conteúdo: "Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando_vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado. E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus" (1 Coríntios 2:1-5).

Observamos a mesma coisa quando estudamos as qualificações de obreiros na igreja (presbíteros, diáconos, etc.). Deus quer homens com conhecimento que mostram obediência nas suas vidas (1 Timóteo 3:1-13; Tito 1:5-9; Atos 6:3). Os homens querem homens que têm sido formados em seminários e institutos de teologia. Vamos seguir a sabedoria de Deus ou a dos homens?

- Envie aquele que hás de enviar, menos a mim!

Pode ser que as primeiras "desculpas" de Moisés mostraram uma preocupão válida sobre sua própria capacidade. Assim, Deus respondeu a cada objeção que ele ofereceu. Mas, agora, ele ultrapassou o limite. Moisés não tinha mais motivo para recusar, mas ainda não queria assumir a grande responsabilidade de tirar o povo do Egito. Quando Moisés pediu que Deus enviasse outro, o Senhor se irou contra ele. Ele resumiu todas as outras respostas, dizendo que tinha o bordão, que Arão iria com ele, etc. e mandou que Moisés fosse.

É natural se sentir inadequado para as responsabilidades da vida. Muitos homens não se sentem capazes de ser bons maridos e pais. Muitas mulheres não querem assumir a grande responsabilidade de ser donas de casa e mães dedicadas. Muitos cristãos têm medo de ensinar a palavra de Deus, de corrigir um irmão ou de ajudar com os problemas dos outros. Mas, nem sempre dá para fugir! Às vezes, somos as pessoas indicadas para determinados trabalhos. O pai de família tem que protegê-la. A mãe de filhos tem que cuidar deles. Os pastores de igrejas têm que alimentar e proteger as ovelhas.

E se fugirmos da responsabilidade que Deus tem nos dado? A ira do Senhor se acendeu contra Moisés. Será que ele ficará contente conosco, se recusamos fazer a vontade dele?

Conclusão: Moisés obedeceu!

Depois de todas as desculpas, Moisés fez o que Deus pediu. Ele era um servo fiel na casa do Senhor (Hebreus 3:5), e ainda é um bom exemplo para nós. Às vezes, somos tentados fugir de alguma responsabilidade. Daqui para frente, vamos procurar ser servos fiéis, fazendo tudo que Deus pede de nós. O poder não está em nós, porque realmente não somos ninguém. O poder está em Deus. Precisamos aprender o que Paulo aprendeu: "tudo posso naquele que me fortalece" (Filipenses 4:13).

|  Autor: Dennis Allan  |  Divulgação: estudosgospel.Com.BR |

Estudo Biblico Sacrifícios Que Agradam a Deus

Texto básico: 2 Crônicas 29: 20-30.

Então, o rei Ezequias se levantou de madrugada, reuniu os príncipes da cidade e subiu à Casa do SENHOR. Mandou trazer sete novilhos, sete carneiros, sete cordeiros e sete bodes, como oferta pelo pecado a favor do reino, do santuário e de Judá; e aos filhos de Arão, os sacerdotes, que os oferecessem sobre o altar do SENHOR. Mortos os novilhos, os sacerdotes tomaram o sangue e o aspergiram sobre o altar; mataram os carneiros e aspergiram o sangue sobre o altar; também mataram os cordeiros e aspergiram o sangue sobre o altar. Para oferta pelo pecado, trouxeram os bodes perante o rei e a congregação e puseram as mãos sobre eles. Os sacerdotes os mataram e, com o sangue, fizeram uma oferta pelo pecado, ao pé do altar, para expiação de todo o Israel, porque o rei tinha ordenado que se fizesse aquele holocausto e oferta pelo pecado, por todo o Israel. Também estabeleceu os levitas na Casa do SENHOR com címbalos, alaúdes e harpas, segundo mandado de Davi e de Gade, o vidente do rei, e do profeta Natã; porque este mandado veio do SENHOR, por intermédio de seus profetas. Estavam, pois, os levitas em pé com os instrumentos de Davi, e os sacerdotes, com as trombetas. Deu ordem Ezequias que oferecessem o holocausto sobre o altar. Em começando o holocausto, começou também o cântico ao SENHOR com as trombetas, ao som dos instrumentos de Davi, rei de Israel. Toda a congregação se prostrou, quando se entoava o cântico, e as trombetas soavam; tudo isto até findar-se o holocausto. Tendo eles acabado de oferecer o sacrifício, o rei e todos os que se achavam com ele prostraram-se e adoraram. Então, o rei Ezequias e os príncipes ordenaram aos levitas que louvassem o SENHOR com as palavras de Davi e de Asafe, o vidente. Eles o fizeram com alegria, e se inclinaram, e adoraram. (2 Crônicas 29: 20-30 RA).

Amados, será que sacrifícios podem agradar a Deus. O uso do termo sacrifício está ligado a sofrimento, abstinência, dificuldades, dor, trabalho árduo, desistir dos prazeres do mundo. Sacrifício sempre nos aponta para algo desagradável.

Algumas religiões do mundo usam auto-flagelação como meio de purificar-se. Esse costume vem do paganismo, podemos observá-lo na época de Elias.

Tomaram o novilho que lhes fora dado, prepararam-no e invocaram o nome de Baal, desde a manhã até ao meio-dia, dizendo: Ah! Baal, responde-nos! Porém não havia uma voz que respondesse; e, manquejando, se movimentavam ao redor do altar que tinham feito. Ao meio-dia, Elias zombava deles, dizendo: Clamai em altas vozes, porque ele é deus; pode ser que esteja meditando, ou atendendo a necessidades, ou de viagem, ou a dormir e despertará. E eles clamavam em altas vozes e se retalhavam com facas e com lancetas, segundo o seu costume, até derramarem sangue. (1 Reis 18: 26-28 RA).
Outras impõem penitências como subir ou percorrer de joelhos uma escadaria ou determinado percurso, ou ainda visitar santuários longínquos, abster-se de determinados alimentos, ou coisas semelhantes como não assistir televisão, ver filmes, ir ao teatro, à praia, etc.

Será que Deus se agrada de sacrifícios? O único sacrifício que realmente agradou a Deus foi o sacrifício de Jesus.

Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do SENHOR prosperará nas suas mãos. (Isaías 53: 10 RA).

Todos os sacrifícios realizados anteriormente a Cristo eram sombras do perfeito sacrifício de Jesus Cristo, pois eles sempre se repetiam por não serem perfeitos.

Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação, não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção. Portanto, se o sangue de bodes e de touros e a cinza de uma novilha, aspergidos sobre os contaminados, os santificam, quanto à purificação da carne, muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo! (Hebreus 9: 11-14 RA)

Hoje o sacrifício que podemos oferecer é o de Cristo.
Era necessário, portanto, que as figuras das coisas que se acham nos céus se purificassem com tais sacrifícios, mas as próprias coisas celestiais, com sacrifícios a eles superiores. Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus; nem ainda para se oferecer a si mesmo muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santo dos Santos com sangue alheio. Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado. E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação. (Hebreus 9: 23-28 RA).

É através do sacrifício de Cristo que podemos nos achegar a Deus.
Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus, (Hebreus 10:19-21 RA).

Os sacrifícios realizados no Antigo Testamento simbolizavam arrependimento, confissão dos pecados, confiança e consagração a Deus. Para realizá-los, o povo sempre oferecia o que de melhor possuía, geralmente os animais mais valiosos, os primeiros frutos da colheita, aquilo que era de mais precioso para eles. O povo o fazia com muita alegria no coração. O que oferecemos a Deus hoje? O Senhor não quer nossos bens, Ele quer o nosso coração, o nosso louvor e adoração.

Porém Samuel disse: Tem, porventura, o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros. (1 Samuel 15:22 RA)

Sacrifícios e ofertas não quiseste; abriste os meus ouvidos; holocaustos e ofertas pelo pecado não requeres. (Salmos 40:6 RA)

Pois não te comprazes em sacrifícios; do contrário, eu tos daria; e não te agradas de holocaustos. Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus. Faze bem a Sião, segundo a tua boa vontade; edifica os muros de Jerusalém. Então, te agradarás dos sacrifícios de justiça, dos holocaustos e das ofertas queimadas; e sobre o teu altar se oferecerão novilhos. (Salmos 51: 16-19 RA)

Ofereçam sacrifícios de ações de graças e proclamem com júbilo as suas obras! (Salmos 107:22 RA)

Oferecer-te-ei sacrifícios de ações de graças e invocarei o nome do SENHOR. (Salmos 116:17 RA).

Hoje o nosso sacrifício é:
- e que amar a Deus de todo o coração e de todo o entendimento e de toda a força, e amar ao próximo como a si mesmo excede a todos os holocaustos e sacrifícios. (Marcos 12: 33 RA)
- e andai em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave. (Efésios 5:2 RA)
- também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo. (1 Pedro 2:5 RA).

Não nos esqueçamos de que o Primeiro a oferecer um Sacrifício foi o Próprio Deus. A glória de Cristo é o sacrifício pelo homem.

Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo. (João 17: 24 RA)

Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor (Efésios 1: 3-4 RA)

sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós (1 Pedro 1:18-20 RA)

Que possamos oferecer a Deus o nosso próprio corpo;
Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. (Romanos 12:1 RA).

| Autor: Pr. Alcebídios Garcia Dias | Divulgação: EstudosGospel.Com.BR |

Estudo Bíblico 10 Princípios Para Guiar Sua Oferta

No Antigo Testamento, ensinar o povo sobre ofertas financeiras à obra do Senhor era algo simples – havia ordens expressas ditando quando e quanto ofertar, e todos os fundos eram destinados à manutenção do templo e o sustento dos levitas. Porém, aquele sistema se foi juntamente com o véu do templo e, em seu lugar, surgiu uma igreja que é suportada pela generosa e sacrificial oferta dos membros.

O que significa que é uma parte básica do culto dar dízimos e ofertas à igreja que você frequenta. Isso é evidente em Atos, onde o culto corporativo tinha a oferta como um dos atributos centrais, e isso é confirmado em todas as epístolas também. Assim, ofertar é uma prática básica de piedade e o Novo Testamento ensina princípios fundamentais que deveriam guiar o modo como ofertamos. Aqui estão dez desses princípios:

1. Tudo que você tem pertence a Deus (Salmo 24.1): A sua visão acerca de suas finanças é baseada na sua visão da sua própria posição em Cristo, ou seja, cristãos são servos (Mateus 18.21-35, Marcos 10.43-45, Lucas 12.43, João 13.16, etc). Nós éramos escravos do pecado, mas fomos comprados por Jesus, e então adquiridos pelo Espírito Santo. Nós, juntamente com todas as coisas que temos, pertencemos a Deus. Somos Seus servos, e tudo o que temos é dEle. Portanto, quando você oferta a uma igreja ou a uma organização, você não está “devolvendo a Deus”. Tudo que você tem já é dEle!

2. Deus está usando suas posses para o avanço do evangelho (Lucas 16.1-12): Enquanto somos servos de Jesus, nosso senhor não está ocioso. Ao invés disso, ele está usando seus servos para duas coisas primárias: edificar sua igreja, e evangelizar os perdidos. Nós deveríamos enxergar todos os nossos recursos sob essa perspectiva.

3. Nesse sentido, nós somos mordomos dos recursos do nosso mestre. Não somos escravos anônimos à mercê dos planos de nosso mestre; somos, sim, todos administradores a quem muito foi dado (Lucas 12.48; 1 Coríntios 4.1-2, 9.17; 1 Pedro 4.10). Temos liberdade limitada (limitada pelas proibições expressas na escritura – em outras palavras, não devemos pecar com o nosso dinheiro), e podemos usar nossa liberdade para investir os recursos do nosso mestre da maneira que vemos que será apropriada. Mas sabemos que o dinheiro que gastamos não é realmente nosso, e está chegando o dia em que seremos chamados para prestar contas de como o gastamos. Lembre-se, o que temos é de Deus, e eles está trabalhando por meio de nós e de como usamos os recursos.

4. Portanto, nossa oferta deve ser vista como investimento (Lucas 16.1-12, Romanos 14.10, 2 Coríntios 5.10). Sabendo que seremos chamados para prestar contas de como gastamos nosso dinheiro, nós deveríamos ofertar aos ministérios que mostram um retorno a esse investimento. Não deveríamos financiar ministérios com missões vagas e resultados nebulosos. Ao invés disso, deveríamos usar nosso dinheiro para fazermos amigos no céu por meio do avanço do evangelho na Terra.

5. Nossa prioridade deve ser ofertar para nossa igreja local. Deus está avançando Seu evangelho por meio do trabalho de igrejas locais. Cristãos são chamados para fazer parte de congregações, para usar seus dons nessas congregações, e para ministrar um para o outro na igreja local. Com isso em mente, a prioridade ministerial de um crente é na (e por meio da) sua igreja local.

6. Ofertar à igreja financia o trabalho da igreja. Pastores, especialmente aqueles que pregam e ensinam, devem ser pagos pela congregação pelo seu ministério (1 Timóteo 5.17-18). Além do mais, as necessidades dos que são mais pobres na comunidade (a comunidade da igreja! – 1 Timóteo 5.3-16) são supridas pelas ofertas da igreja. Nesse sentido, a congregação compartilha com a igreja na pregação da palavra e no ministério àqueles em necessidade.

7. Ofertar à igreja é o modelo bíblico para o ministério de misericórdia e para missões. As viagens missionárias de Paulo foram bancadas por indivíduos por meio de suas igrejas (1 Coríntios 9.6-11, Filipenses 4.16). De fato, Paulo diz que nunca foi financiado por nenhum indivíduo (2 Coríntios 11.9). O mesmo é verdade para ministérios de misericórdia. Paulo exorta as igrejas a ofertarem no primeiro dia da semana (Domingo) com o propósito de doação aos pobres em outras igrejas (1 Coríntios 16.2-3, 2 Coríntios 9.5). Como um comentário complementar, muitas igrejas abdicam de suas responsabilidades para com as missões, o que, é claro, leva os cristãos a começarem a financiar todos os tipos de missionários diretamente – assim, há proliferação das redes de ministério de misericórdia e de missionários que estão fazendo todo o tipo de coisa, exceto estar sob a autoridade de uma igreja local).

8. Ofertar é parte do culto corporativo semanal da igreja. Desde a primeira semana de sua existência, a igreja de Atos se reuniu para o culto orando, cantando, estudando as escrituras, cumprindo as ordenanças e ofertando (Atos 2.45, 4.32, 5.2). Isso nos ajuda a entender como Paulo via os princípios de 1 Coríntios 9 e 1 Timóteo 5 sendo aplicados. Em ambas passagens, Paulo argumenta sobre quanto e como a igreja deve suportar os pobres que são membros fiéis da congregação, e como a igreja deve suportar financeiramente os pastores. Mas como? Ele não indica de quem as ofertas devem ser recolhidas ou de onde os recursos provém. Mas o livro de Atos descreve a oferta semanal da igreja, e isso explica o mandamento de 1 Coríntios 16.2-3 de que as ofertas devem ser recolhidas toda semana quando a igreja se reúne.

9. A oferta precisa ser sacrificial e generosa. Se uma pessoa está apaixonada pelo dinheiro, está arriscando causar danos à sua alma (1 Timóteo 3.3, 6.10). Uma pessoa não pode servir Deus e o dinheiro (Mateus 6.24, Lucas 16.13). Se uma pessoa pensa que dinheiro pode comprar felicidade, então essa pessoa não entende o que é dinheiro nem o que é felicidade e, certamente, não entende o que é o evangelho. Então, ser egoísta em relação ao seu dinheiro mostra que você não se enxerga como um servo ou um mordomo, e você inflama a ira de Deus sobre você (Mateus 18.22-35). Assim, uma marca simples da fé cristã é a generosidade acerca do seu dinheiro em direção à igreja. Esse é o motivo de Deus amar aquele que oferta com alegria, sacrifício e generosidade (2 Coríntios 9.7).

10. Ofertar à igreja deveria ser seu melhor investimento. Se você entendeu os princípios 1-9, então espero que você esteja num patamar a ponto de ver a si mesmo como um administrador das possessões de Deus, e que você queira usar essas possessões para o avanço do evangelho por meio de evangelismo, missões, ajuda aos necessitados e pregação da Palavra. Você entende que a maneira como você usa seu dinheiro nessa vida será julgada por Deus, e você deseja acumular tesouros no céu mais do que na terra. Você sabe que a melhor maneira de fazer isso é por meio de apoiar financeiramente a pregação do evangelho e as missões. Então, o que falta agora?

Bem, a sua igreja deve ser seu melhor investimento. A igreja não apenas é o lugar ao qual Deus te chamou para ofertar apenas por uma questão de princípios, mas muitos mais que isso, sua igreja deveria cumprir seus afazeres melhor e mais eficientemente do que qualquer outro lugar. Sua igreja deveria estar vendo cada real gasto como um investimento das pessoas que ofertaram, e eles deveriam estar usando os fundos para o avanço do evangelho pelo mundo, bem como para encher o púlpito com ensinamento sólido. Nesse sentido, ofertar à sua igreja é a maneira mais simples e mais eficiente de ser um administrador do dinheiro. Você não pode gastar tempo pesquisando sobre cada missionário ou sobre cada agência missionária que pede dinheiro – mas os oficiais de sua igreja podem. Você não pode sair pelo mundo pregando o evangelho – mas seus oficiais podem pegar o seu dinheiro e enviar àqueles que irão. Você não pode passar a semana toda preparando o sermão para o domingo porque você já tem seu trabalho para realizar – mas seus oficiais podem pegar o seu dinheiro e usá-lo para pagar alguém que possa. E se sua igreja não está usando o dinheiro de forma sábia (e com sábia eu quero dizer investir o seu dinheiro em coisas que tragam recompensa eterna), então é provavelmente a hora de encontrar uma igreja que entenda esse chamado. Se você não pode confiar suas finanças a eles, você, certamente, não deveria confiar sua alma.

Ofertar no Novo Testamento era para ser, obviamente, algo sistemático (por meio da igreja) e sacrificial. E quando é ambos, isso te prepara bem para o julgamento de Cristo, onde você será recompensado pela maneira como usou seu dinheiro nesta vida (2 Coríntios 5.10, Lucas 19.12-26).

| Autor: Jesse Johnson | | Tradutor: Fernanda Vilela | | Divulgação: EstudosGospel.Com.BR |

A SENSATEZ DE NABUCODONOSOR

"Pareceu-me bem fazer conhecidos os sinais e maravilhas que Deus, o Altíssimo, tem feito para comigo."  Daniel 4.2
 
 
O homem que tomou Jerusalém e destruiu suas muralhas levou o povo de Deus cativo para a Babilônia. A maldade dele foi grande, mas ele conseguiu um momento de sensatez e glorificou o Senhor. Na verdade, esse homem foi usado como castigador de um povo que tinha tudo para ser o exemplo para a humanidade, mas se deixou usar pelo inimigo nos mesmos pecados das nações que possuíam Canaã antes deles.
 
Há muitas pessoas que têm visto seus familiares receberem bênçãos, mas não têm reconhecido a soberania do Altíssimo. Parece que possuem um véu sobre a mente, pois não conseguem ver distintamente a verdade e, por isso, sempre estão sendo enganadas pelo maligno. Por não se submeterem à vontade divina, elas provarão muitos sofrimentos na Terra e, no porvir, o sofrimento eterno.
 
Não há nada mais honroso de que dar ao Senhor o louvor que Ele merece. Afinal, além de nos ter criado à Sua imagem e semelhança, Ele Se esforçou para realizar a obra da redenção, na qual teve de entregar o Seu Único Filho para nos substituir, morrendo em nosso lugar. Entretanto, por causa de um espírito maligno que engana muitas pessoas, elas não enxergam que é decoroso louvar a Jesus, o qual é o enviado do Altíssimo.
 
Conheço vários exemplos e, provavelmente, você também conhece pessoas que já passaram por circunstâncias difíceis, estiveram perto da morte, e, por misericórdia divina, seus pedidos foram ouvidos e atendidos pelo Senhor. No entanto, depois que se viram livres e ficaram fortes, sequer disseram um muito obrigado. Agora, como elas ficarão no Dia do acerto de contas? Elas confessarão a Verdade, mas será tarde demais.
 
Faça a sua memória funcionar e veja se Deus já não tem sido bom para você. É bem possível que encontrará motivos de sobra para dar a Ele um muito obrigado quilométrico. Mas você tem feito isso? Não seja como os loucos que desprezam a Palavra, a qual nos criou. Um dia, quando a situação ficar bem feia para eles, em desespero clamarão a misericórdia divina. Hoje é um dia especial para você voltar à sensatez.
 
O que Deus operou em seu favor é sinal de que Ele tem muito mais para fazer por você. A sua gratidão moverá sempre as mãos do Senhor para lhe dar mais e mais. Não se contente apenas com o que já tem recebido, pois Ele possui uma infinidade de boas obras para realizar em sua vida e por seu intermédio. Crendo no Altíssimo, você nunca sairá perdendo.
 
O perverso Nabucodonosor encontrou motivos para louvar a Deus e, sem dúvida, você também os encontrará. Comece, agora, a buscar o Senhor, pois, ao encontrá-Lo, a sua vida se transformará de tal modo a se sentir como uma das pessoas mais felizes de todo o mundo. Você não nasceu por algum acidente de percurso, mas, sim, pela vontade de Deus.
 
 
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares