Relação entre a Pácoa no AT e a Ceia do Senhor no
NT
A ceia do Senhor hoje a exemplo de Jesus
com seus discípulos no passado é uma refeição maravilhosa em sua
presença
“Cristo, nosso cordeiro pascal, foi imolado” (1° Co 5.7b).
O significado da palavra páscoa no original hebraico é passar por cima. Deus ao enviar o anjo da morte para matar todos os primogênitos do Egito, cumprindo a décima praga, passou por cima das casas dos israelitas: “O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes: quando eu olhar o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito” (Êx 12.13).
O significado da palavra ceia é refeição. A ceia do Senhor hoje a exemplo de Jesus com seus discípulos no passado é uma refeição maravilhosa em sua presença (Lc 22.14−23). A páscoa também foi uma refeição na presença de Deus. Êxodo nos diz como as famílias israelitas tinham que comer o carneiro sacrificado: “lombos cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão; comê–lo–eis à pressa: é a páscoa do Senhor” (Êx 12.11). Algumas pessoas poderiam argumentar que em hipótese alguma uma refeição feita às pressas poderia ser deliciosa. Devemos observar que a lição maior é prontidão. Prontidão para comer em obediência seguindo avante à liberdade.
Para o povo de Israel uma boa comida e bebida eram consideradas parte das alegrias da vida. A maioria dos judeus mais religiosos tinha o habito de dar graças a Deus à mesa pela refeição. Este era um costume muito arraigado entre os judeus. Jesus e Paulo seguiram este costume (Mt 26.26; Jo 6.11; At 27.35). Muitas amizades são feitas, bem como acordos selados em meio a refeições. É neste momento crucial que as famílias são mais fortalecidas. Era neste sentido que Israel se colocava à mesa em momentos importantes na presença de Javé, como por exemplo, o da páscoa.
Os seguintes argumentos provam que não era mais necessária a observância da páscoa segundo a antiga aliança:
- O cordeiro pascal tinha significado simbólico. Assim, todos os sacrifícios cruentos do AT ensinavam ao povo através das sombras que o derramamento de sangue era necessário para a remissão dos pecados, mas até certo período. Eles apontavam para o grande sacrifício futuro que seria apresentado na plenitude do tempo para tirar o pecado do mundo (Hb 10.12). Em vista disto seriam desnecessários sacrifícios anuais. Jesus entrou no santíssimo lugar e ofereceu de uma vez por todas um único sacrifício por todos aqueles que o Pai Lhe deu antes dos tempos eternos (Hb 9.26).
- A páscoa tinha significado nacional como um memorial da liberdade de Israel do cativeiro egípcio. Esta liberdade, como bênção de Deus para seu povo, deveria ser por Israel anunciada ao mundo; mas infelizmente isto não aconteceu. Pior, eles se fecharam em si hostilizando os outros povos por se acharem privilegiados. Mas pela morte de Cristo, a parede da divisão que se levantou entre judeus e gentios na história foi derrubada e as bênçãos da salvação foram estendidas ao mundo inteiro. Somente a ceia como símbolo de um novo tempo instituído por Cristo para acompanhar o progresso da revelação de Deus.
Em vista do que foi apresentado, concluímos que a páscoa, um símbolo com sabor nacional (Israel), foi substituído por Cristo por outro com implicação universal – A ceia do Senhor. “Cristo, nosso cordeiro pascal, foi imolado” (1° Co 5.7b).
Pr. Vilmar Rodrigues Nascimento
Fonte: www.icrvb.com
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